«L’important c’est la rose».


A política francesa é importante pelo peso económico e cultural e pela história recente da França na construção da União Europeia de que foi, com a Alemanha, o motor, e a quem forneceu o mais carismático e competente dos presidentes – Jacques Delors.

Para Portugal a França foi sempre a referência obrigatória da cultura e dos costumes. Foi o lugar de acolhimento dos que fugiram à fome e dos que se exilavam da ditadura. Foi e é uma fonte de inspiração para os movimentos sociais, artísticos e políticos.

Talvez, por isso, vivamos com mais intensidade o quotidiano francês do que o italiano, o inglês ou, mesmo, o espanhol.

A escolha de Ségolène Royal não deixa indiferentes os portugueses, particularmente os que nutrem simpatia pela área política em que se situa. A escolha de uma mulher culta, inteligente e preparada, capaz de despertar ondas de simpatia em sectores diversificados da sociedade francesa, é um motivo de esperança e um exemplo de modernidade.

Ségolène tem uma forte probabilidade de conquistar o Palácio do Eliseu e constitui uma vacina para evitar a repetição do trauma de 2002 em que a esquerda se viu obrigada a apoiar o candidato de direita contra o perigo efectivo de uma figura patibular da extrema-direita – Le Pen.

Renasce a esperança, de Maio de 1981, que levou François Mitterrand à presidência.

«L’important c’est la rose». O importante é a rosa – como diz a canção. Se fosse francês, votaria Ségolène. Como europeu, é a minha candidata.

Comentários

Mano 69 disse…
«Talvez, por isso, vivamos com mais intensidade o quotidiano francês do que o italiano, o inglês ou, mesmo, o espanhol.»

Pergunte a qualquer pessoa, até da sua idade, qual é a sociedade - "o quotidiano" como lhe chama - que mais o identifica e verá que é a dos países anglo-saxónicos e o inglês é a língua de referência.
Paris capital do mundo civilizado era no séc. XIX...
Vítor Ramalho disse…
Não cantem já vitória.
http://www.frontnational.com/
Anónimo disse…
O lepenista de Cantanhede que é nacional-socialista como o tipo do bigodito alemão mesmo se diz não o conhecer, (é o costume dos fascistas), vem hoje aqui colocar um link para os seus favoritos franceses.
O partido do porco Le Pen, antigo torcionário na ex colonia argelina, pretende favorecer os mais baixos instintos do povo, como os nazis acederam ao poder com os votos dos desempregados.
Vítor Ramalho disse…
Anónimo, você é o maior.
Brilhante.
Anónimo disse…
Preferia de longe a Segolène ao Cavaco, é que nem pensava duas vezes.
Mas também nisto estamos uns vinte anos atrasaditos...
Anónimo disse…
aqui ainda estamos a anos luz da cidade da luz.
andrepereira disse…
Viva Ségolène!
Bonne chance!
Pela Europa! Por um Mundo melhor!
Anónimo disse…
Se eu fosse francês votava Sègolène,Marcelo R. Sousa dixit
Anónimo disse…
Marcelo de facto disse isso na sua homília dominical da RTP 1, mas o queria dizer é que, mesmo os infantes e os cavaleiros da Direita, em França e no Mundo, têm relutância em "engolir" Nicolas Sarkozy...
Anónimo disse…
Apostilha:

Em França saíu, este mês, uma BD "détonante", chamada "LA FACE KARCHÉE DE SARKOZY", editada pelos "Vents d'ouest" que está a fazer, entre os franceses, furor.
Sarkozy é, aí, retratado como um cínico e um homem sem escrúpulos....
Vítor Ramalho disse…
Cardeal patriarca

Pró Espanhol é o Lino Ibérico, com todo o respeito pelo povo espanhol, sou português e bem português. Se pretendeu fazer uma piado foi de muito mau gosto.
Anónimo disse…
Quem é o lepenista de Cantanhede? Não me digam que é o dôtô Rui.

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