O PSD perdeu a cabeça...




- Marques Mendes, crispado, disse do Governo, a partir do Brasil, exactamente o contrário do que disse o Presidente da República em entrevista à televisão;

- Um vice-presidente do PSD atira-se ao PR, após a mesma entrevista, como gato a bofes;

- Luís Filipe Menezes colou-se ao PR, para preparar a queda de Marques Mendes;

- Na CML, Carmona Rodrigues preteriu um administrador protegido pela vereadora M.ª José Nogueira Pinto, a favor de outro, imposto por Marques Mendes, e destrói a coligação de direita;

- O PGR teve um almoço de trabalho com o primeiro-ministro e os ministros das Finanças e da Justiça. Onde o PCP, BE e CDS viram uma normal reunião para «tratar de assuntos de Estado», o PSD viu, sozinho, uma «completa e descarada interferência do poder político no poder judicial»;

Enquanto as facas se alongam para as noites que se avizinham, depois de conhecidas as deploráveis circunstâncias em que Durão Barroso fugiu para Bruxelas, no PSD travam-se as primeiras escaramuças de uma sangrenta batalha pela cavaquização do partido.

Comentários

Anónimo disse…
O problema aqui, é que as pessoas que andam na política, leram, honra lhes seja feita, MAQUIAVEL. Mas apenas Maquiavel, onde o lema é: "os fins justificam os meios". Apesar de MAQUIAVEL ser um humanista, induziu em erro os nossos políticos, que começaram a confundir ciência política com poder. Digo isto porque a distância que separa L.F.Menezes de Marques Mendes em termos de servir as populações é nenhuma.O L.F. porque é licenciado em medicina que nunca exerceu e joga bem à bola, manda umas bocas e julga-se credenciado para o disparate. E tem uma enorme falta de sentido de responsabilidade e julga-se engraçado. O MM tem que fazer o seu trabalho que é dirigir o partido mas prefere o bofe do PR e atira-se a ele. O novo PGR é outra treta pois foi buscar para adjunto um tipo que absolveu o guarda Abel que tinha dado uma carga de porrada no Presidente do Benfica, João Santos, diz-se a mando do Pinto da Costa. Deixo uma pergunta no ar. MAS ISTO É GENTE?

Manuel de Brito/Porto
Anónimo disse…
com oposições assim até o governo se ri
Anónimo disse…
O Dr. Marques Mendes aparentemente está perturbado e necessita de cuidados.
As suas grandes vitórias à frente do PSD - autárquicas e presidenciais - estão nitidamente a desmoronar-se.
A invectiva contra o PR, legitima no campo dos princípios é, quanto à forma, desastrada. Parece um menino amuado. As afirmações de que "não espera uma ajuda de Belém para chegar ao Governo em 2009", ou a afirmação de que "seguirá uma agenda separada de Belém", são de bradar aos céus. Poderia ser de outra maneira?
A sua vitória autarquica sofeu um violento abanão, exactamente na maior Câmara do País.
Tudo isto mostra, para um homem do Norte, um total desnorte. O calor dos trópicos deu-lhe cabo da moleirinha.
O edil e médico LFMenezes já se apressou a sugeriu (prescrever) repouso absoluto ... lá na sua quinta para os lados de Stº Tirso.
Mas, uma coisa é certa. depois da recente entrevista do PR, para além do eterno e descredibilizado LFMenezes, não é dificil prever a violenta tempestade, já em franca incubação, que se prepara para varrer o PSD.

O jantar com a comunidade portuguesa no Rio de Janeiro, pode ter sido um repasto de despedida.
A ver vamos...
Anónimo disse…
marques mendes nem tem sido pior do que se esperava.
no fundo, ele próprio sabe que o país precisa de cumprir os programas de governo, sob pena de nunca ter governo.
cavaco é o presidente da república e não do psd. vai estar vigilante, mas no essencial não levantará problemas ao governo.

não me espantaria que sócrates fizesse a cavaco o que este fez a soares no segundo mandato.
ainda vamos ter os socialistas a votar massivamente cavaco.

moral da história: se não os podes vencer, junta-te a eles.
Anónimo disse…
Vamos lá ver nos entendemos. às vezes um pouco de senso comum ainda é a melhor das análises políticas.
Nos últimos 11 (!) anos o país foi governado pelo PS durante 8 anos. Exactamente. Portanto qualquer culpa do PSD na desastrada situação económica do País esfuma-se literalmente dia a dia. E Sócrates sabe disso. O PR sabe disso. E o povo não devia olvidar. Sempre ouvi dizer que Deus escreve direito por linhas tortas. Ou seja, dito doutro modo, como fazer o PS engolir a m.. que fez, nomeadamente durante o "não governo" de Guterres, que é a fonte objectiva de todas as nossas desgraças? Resposta: Fazer o PS governar. Exactamente aquilo qure o PR está a exigir, nem mais nem menos. E agora vem o mais bonito: É que governar o País nesta altura e se quisermos continuar na moeada única, significa cortar despesas, despedir funcionários, racionalizar comportamentos, endireitar o ensino, acabar com as chulices e os desregramentos, etc. ect. Ou seja: o bom e o bonito como se costuma dizer. E ainda em tempo: O PSD e o PR só têm uma coisa a fazer: Exigir que o PS governe para fazer aquilo que nunca seria permitido à direita executar em termos de reformas duras, ou não será? Mesmo com todas as aldrabices eleitorais que já são assumidas pelo Sócrates. Mas e de que outra forma se poderia enganar o eleitorado socialista e fazê-lo engolir a pílula? E ainda dizem que não há Deus. Quanto ao PSD: Que se limite a ficar quieto, atento, exigente no cumprimento e... rir..., porque mais uma vez, pela boca se apanhou o peixe (PS).
Anónimo disse…
Vamos lá a ver...

Da sua crónica retirei o seguinte:- “PSD e o PR só têm uma coisa a fazer: Exigir que o PS governe para fazer aquilo que nunca seria permitido à direita executar em termos de reformas duras, ou não será? Mesmo com todas as aldrabices eleitorais que já são assumidas pelo Sócrates."

Concluo daqui que em política, quem a quiser perceber, terá de saber conviver com a mentira e possuir uma capacidade de raciocínio alicerçado na aldrabice. Será?... Eu não estou treinado nisso.... e sou contra a mentira.

Manuel de Brito/PORTO
Anónimo disse…
Anónimo de Ter Nov 21, 12:32:14 AM

Não esperava, mas encontrei, nestes comentários sobre a situaçção portuguesa, a apologia do fim da política.
A elegia do pragmatismo, da tecnocracia e do economicismo sem cor nem cheiro, isto é, sem qualquer fundamentação ideológica, de esquerda ou de direita, não importa qual, empurra-nos - aos que se consideram cidadãos - para uma "nova escravidão".
Só isso.
Anónimo disse…
Ao Manuel Brito e ao e-pá

Desde logo uma promessa eçeitoral não cumprida não é propriamente uma aldrabice ou uma mentira. Mesmo objectivamente pois, quando em campanha, os candidatos não dominam todas as variantes do problema que se chama "gerir o estado". Por isso tudo muda após o momento em que metem o "rabinho" dentro e têm que ser pragmáticos à força para gerir as circunstâncias. Tem razão o e-pá quando fala de uma nova escravidão de raiz económica imposta pelas regras de manutenção do Euro. Só que não esqueça que fomos nós a colocar as grilhetas de livre vontade e não vejo nenhuma alternativa para o País no horizonte...
Anónimo disse…
Anónimo Ter Nov 21, 11:06:07 AM

Para mim, a vitalidade política de um País passa pela capacidade de gerar alternativas e, consequentemente, permitir livremente escolhas, sem recurso aos embustes das promessas eleitorais.
Nos últimos anos, nomeadamente desde o tempo de Cavaco como 1º. ministro, as soluções, nomeadamente em termos económicos e financeiros, tem sido impostas aos portugueses como "as únicas viáveis". O argumento está gasto e é sempre o mesmo: a integração europeia. Quando olhamos à nossa volta - para a Europa, p. exº. - percebemos que não é bem assim.
Portanto, acho que ninguém "colocou as grilhetas de livre vontade".
O "adormecimento da sociedade civil", a perda do estatuto de cidadania, permitiu que elas fossem, ao longo de sucessivos governos (não só deste), colocadas subrepticiamente.
Agora, os políticos vendem-nas como "inevitáveis".
Uns acreditam, outros não!
Anónimo disse…
Ao anónimo anterior.

É que não se trata de uma promessa eleitoral não cumprida, são muitas, e este muitas já dá corpo a uma boa mentira. E depois a mentira circula por todo o lado e instala-se nas mais diversas actividades económicas do País. No prós e contras de ontem à noite, o João Salgueiro conseguiu convencer-nos de que, se a banca for chamada pagar mais imposto sobre os rendimentos vai `a falência. E mais, disse que os empréstimos aos particulares e empresas, quem empresta são os bancos estrangeiros. Mas esta não é uma explicação clara e de duvidosa viabilidade. O que se devia ter perguntado e ninguém teve a habilidade de o fazer, era esta simples pergunta. Os lucros da banca (milhares de milhões) são direccionados ao reinvestimento, para o bolso dos accionistas ou para onde?... Ninguém ficou a saber isto. A imagem que ficou é que está tudo bem e a banca existindo, mesmo nestes termos, é uma dádiva de Deus, disse o Engº Ferraz da Costa. Ora omitiu-se o destino dos milhões dos lucros da banca dizendo-se que está tudo bem o que não me perece ser verdade. Penso que é a mentira que prevalece. E isso magoa-me...

Manuel de Brito/Porto
Anónimo disse…
Perdão, a minha crónica dirige-se ao cronista que, por sua vez, se dirigiu ao Manuel Brito e e-pá.

Manuel de Brito/Porto
Anónimo disse…
Ao e-pá:

O meu amigo pode "espernear" à vontade e apregoar aos quatro ventos a sua vontade de liberdade e cidadania interventiva que isso não muda a raiz do problema nem cria nenhuma alternativa...
Em democracia, governar é a arte de gerir o possível, mesmo que estejamos imbuidos da mais espontânea, genuína e empenhada vontade de mudança.
Por isso, se quiser ser sério acrescente algo à discussão e afaste-se do registo típico do "analista" que tudo opina e nada produz de novo.
Enquanto País soberano, temos alguma alternativa prática à Europa? E ao Euro? Não controlamos o déficit e somos expulsos do Euro? Continuamos a aumentar o peso brutal do Estado e a matar a pouca competitividade da nossa economia?
E passamos a produzir o quê para vender a quem? etc. etc.
Estas são as questões a que, como País independente temos de dar resposta. Isto porque ninguém come do ar, nem ninguém nos dá nada pelos nossos lindos olhos.
O resto são "locubrações" e sonhos que todos temos o direito de ter, mas que não resolvem rogorosamente nada..
Anónimo disse…
Lamento que o senhor defenda a mentira. Eu não a defendo.

Manuel de Brito/Porto
Anónimo disse…
Ao anónimo Ter Nov 21, 12:36:46 PM

É obvio que a nossa adesão à CE nos trouxe importantes limitações e considerável perda de autonomia nas nossas capacidades de decisão.
Por princípio, não contesto a nossa adesão à CE. Embora, passado o entusiasmo inicial, haja um certo desencanto em algumas áreas. Muitos Países não se revêm nos processos, que têm marcado passo, em relação ao "Estado Social Europeu". Todos temos a sensação que a União Monetária está a estrangular tudo.

Julgo que, apesar disso, existe um largo campo de manobra, isto é, são possíveis escolhas políticas alternativas e, concomitantemente, uma democracia com liberdade e cidadania.
Se não acreditarmos nisto melhor será extinguir o governo e, de seguida, aceitar como "solução única" a nomeação - a partir de Bruxelas - de uma comissão técnica, para a aplicação das directivas europeias...

"Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência."
Henry Ford

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