Bolívia - Crise

BOLÍVIA – CRISE
Unasul declara apoio a Evo e pede investigação sobre Pando
A reunião de nove líderes da União das Nações Sul-Americanas em Santiago do Chile ontem (15/9) formou uma comissão para investigar o massacre de camponeses em Pando, departamento de oposição ao governo.

BOLÍVIA – CRISE
Sobrevivente relata massacre de Pando
Sobreviventes do massacre promovido pelos cívicos de ultra-direita em Pando, ao norte da Bolívia, relataram que a chacina teve crianças entre as vítimas.

Fonte: Agencia Informativa Pulsar Brasil [suscripciones@agenciapulsar.org]

Comentários

e-pá! disse…
O CARNICEIRO DE PANDO?

Para além das decisões da UNASUL de criar uma comissão de investigação independente, o presidente Evo Morales afirmou que já teria começado um processo judicial por genocidio a Leopoldo Fernández, prefeito do Departamento e, ao que tudo indica, activo participante do massacre de Pando.

Segundo informações de hoje do Canal 7 Tv Bolivia, o perfeito foi detido pelo Exército e posteriormente transferiso para La Paz, onde está detido numa base militar.
O Governo boliviano assegurou que todas as garantias constitucionais serão respeitadas.

Como se sabe, indios bolivianos foram atacados por homens armados, nas margens do rio Tahuamanu e, tentando a fuga, atiraram-se à água. Dentro da água, quando tentavam salvar a vida, foram metralhados das margens, o que provocou um bárbaro morticínio.
Segundo observadores locais, Leopoldo Fernández, comandava estas "operações".

Imagens deste massacre foram mostradas por Evo Morales e estão disponíveis na Net em:
www.BoliviaenVideos.com

Em meu entender, para além deste processo de genocídio, a decidir nos Tribunais, estará presente, neste crítico quadro boliviano, uma questão rácica e, finalmente, um movimento separatista.
Portanto uma siruação extrememente comoplicada que a UNASUL tenta resolver.
Um exemplo do racismo que alimenta a crise, para além, dos visíveis motivos económicos dos criadores de gado, os "revoltosos direitistas" são também conhecidos por "los blanquitos”, com praça forte em Santa Cruz de la Sierra.
Isto explica muita coisa...
e-pá! disse…
Adenda:

A situação de Evo Morales sustentada pela UNASUL tendo recibido o apoio da Argentina, Brasil, Colombia, Equador, Paraguay, Uruguay, Venezuela e Chile , começou a dar resultados.
Los "governadores opositores" de Santa Cruz, Rubén Costas, y de Tarija, Mario Cossío, apesar do apoio americano mas perante a unanimidade da UNASUL, aceitaram iniciar o diálogo com o Governo boliviano... O espectro de um isolamento político e económico foi determinante para levar a oposição à mesa das negociações.
São observadores deste litígio, para além da UNASUL que, publicamente, tem liderado o processo, a Igreja Católica (omnipresente nestas situações), a União Europeia (UE), a ONU e a Organización de Estados Americanos (OEA).
Todavia, o grande patrono destas conversações de Paz é o presidente Lula da Silva que, no Chile, conseguiu controlar os ânimos e se afirmou como lider da América do Sul.

O choque entre as pretensões autonómicas e a Constituição de Morales, que inclui uma reforma agrária e uma nova repartição das receitas provenientes dos impostos sobre os hidrocarbonetos, pressupõe duras negociações.

No fundo, Evo Morales preconiza a "refundação" do País.

Tal facto, mexeu em interesses instalados e deu origem a que os chamados "governadores oposicionistas" classificassem a "nova" Constituição de estadista e indigenista .

Agora, durante as conversações, haverá tempo para limar todas estas arestas...
E-Pá:

Os falcões dos EUA esperavam que Evo Morales mandasse as tropas actuar e provocasse um banho de sangue.

A paciência índia estragou-lhes os planos.
e-pá! disse…
CE:

Mais do que a paciência índia, a estratégia de Lula que tem apelado constantemente ao diálogo e, p. exº., fez questão de que o comunicado da reunião de Santiago do Chile (UNASUL), não fizesse qualquer referência aos EUA. Terá sido difícil convencer Hugo Chavez...

Ao Brasil, no actual contexto sul-americano, interessa-lhe:

1º) uma Bolívia pacificada;
2º) os EUA longe desta questão, bem como, a OEA;
3º) espaço para assumir-se como a grande potência regional.

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