Governo, a crise, movimentos de contestação social, ...



Ontem, quer durante a greve geral convocada pela CGTP, quer durante a deslocação de Passos Coelho à Universidade do Porto, decorreram alguns incidentes entre manifestantes e forças policiais. link; link; link; link

Sobre o impacto político, consequências sociais e oportunidade destas manifestações cívicas é prematuro tirar ilações. Ninguém negará que são a expressão possível – e organizada - do descontentamento relativo ao plano de austeridade que o País está sujeito.

O Governo e os dois partidos da coligação do Centro-Direita, sempre que confrontados com o significado destes movimentos sociais de contestação declaram que reconhecem "o direito à greve e às manifestações"… link
De seguida, começam os “mas”. Sublinham, desde logo e fugindo a uma análise política destes movimentos sociais, o direito ao trabalho, como se as greves e manifestações que têm decorrido nos últimos anos fossem algum tipo de contestação a esse direito. Pretendem escamotear uma das principais motivações que está na base destes protestos, i. e., o flagelo social do desemprego.

Questionam, em surdina, o exercício destas liberdades consagradas como um direito inscrito na Lei Fundamental contrapondo prejuízos de terceiros. Aproveitam a oportunidade para salientarem uma dualidade virtual e perversa. Enquanto “uns” esfalfam-se a trabalhar e “outros” passeiam-se e perturbam as ruas e praças do País. Na verdade, o que é bem audível nestes protestos envolvendo o factor trabalho (para todos os portugueses) será a voluntariosa condenação da injustiça de “trabalhar mais por menores salários”. Enfatizam, por outro lado, os danos económicos destas greves empolando os seus custos, mas ao mesmo tempo, mostram-se empenhados na desvalorização dos efeitos de políticas recessivas, cada vez mais gravosas (para a Economia).

A evolução destas contestações, até ao momento, enquadradas pelo movimento sindical, institucional, organizado e coordenado começa, no entanto, a mostrar fragilidades. Surgem – e parecem estar para ficar – movimentos de contestação (de indignação) espontâneos cujo alcance é imprevisível.

Endurece a repressão - cada vez mais “musculada” - das forças de segurança pública, a estas manifestações, nitidamente com recurso a meios excessivos face às circunstâncias. De tal maneira que a foto que ilustra este post (agressão a uma jornalista) correu Mundo, não sendo abonatória para o nosso País, em termos de exercício das liberdades cívicas.

O descontentamento existe e é profundo. Tem sido difícil ao movimento sindical organizar e dar resposta aos desafios que o “memorando de entendimento” está a colocar ao País. Neste momento, está em discussão, uma dita “reforma” da legislação laboral. Chamam-na de “estrutural”. Na verdade, desestrutura os direitos sociais (direitos e não prerrogativas), desvaloriza o valor do trabalho e torna (ainda mais) precário o emprego.

Até aqui, tem existido uma profunda contenção social, entremeada pela expectativa e, não esquecer, o medo.
O Governo que tem apostado na desvalorização do movimento sindical poderá estar a brincar com o fogo, abrindo caminho a acções cada vez mais descontroladas e, eventualmente, mais violentas.
Procede assim porque pretende “ir para além da troika”. Porque persegue uma estratégia de empobrecimento cuja dimensão e consequências não sabe explicitar, nem explicar.


Citando Pessoa estamos a “passar além da dor”, mas de Bojador nada!

Comentários

Yeah cota, bué da bom e co pessoa e tdo k a gente dá gora n' 12º.
tens gum livr ke prestes ó cota?
é casetôra ker o livr do dez há ssussego e não há népia meu...
Morte há bófia..nice
Con tensão isso há muita, tá peor do que quando os catangueses ocuparam a Sorbonne.
(referência culturel ao mai de soixante et huit)
epá fost salvat?
Este posibilca un atheus salvat seo?
apariţia pe site ó comentariului cagente bebe umas bejecas e atira as garrafas à bófia...
E-Pá:

Para que conste: subscrevo o teu post e perdi a oportunidade de fazer outro no mesmo sentido.
Anónimo D.leonor de putocale disse...

são pides senhor são pides.....

eu anónimo aqui me confesso

eu pide de pidesca idade

em anónima carta professo

que só à pide dei felicidade


uma vez tinha um aluno nas aulas de deformação cívica que alinhava
com os romenos do poço do bispo
em pequenos furtos e desacatos...

odiava de morte os bófias como o pessoal de chelas à margem sul
(e provavelmente no norte)
escrevia morte à bófia

como dantes se escrevia morte à pide...

a polícia é feita pelo rebotalho da sociedade e este jovem que odiava a polícia até aos 15 anos...é agora um candidato a essa mesma polícia

que é recrutada nos meios rurais e nos bairros sociais (nos guetos deste país..dantes dizia-se tens o 11º (na verdade dizia-se conseguiste fazer o 11º) e és burro suficiente vai para a polícia

se só tens o 7º ou 9º vais para ladrão...
isto era no maior gueto da margem sul...

e assim continua pretos ciganos e polícias (pretos ou brancos tanto faz) são a ralé o rebotalho social

levam porrada dizem que chegaram atrasados malandros...


o pessoal mais fino com curso superior inacabado ia para a judite

a judite já era fino até aparecer a escola superior da polícia e deixarem de ter oficiais

24/3/12 02:03
Blogger Merda que falhanço...os gajos nã treinam? disse...

quando vejo um anónimo

penso logo naquela gente que não tinha completado os estudos primários para ir prá Pide

e era delator anónimo e tinha direito a uma arma quando deixava de ser anónimo e passava a bufo

era um modo de ascensão social

ser ladrão potencia maiores ganhos no gueto mas tem mais riscos

ser polícia é o único cargo de funcionário púbico que não evita o despedimento e o processo

e o pagamento da farda se tiver buracos ou rasgões

um ex-aluno meu que teve a infelicidade de estar naquela praça levou um rasgão na lapela

talvez fosse ele a lançar-se contra um dos jornalistas

tenho pena se for ele...

isto de ser cidadão tem disto

temos pena deles quando há um rosto humano por baixo...
se ele é bruto...é
foi abusado em miúdo tem o 12º tirado a ferros...é ignorante formado por um sistema de ensino incapaz

e achou que ser polícia dava-lhe mais sexo do que ser ladrão ou dealer...pobre puto

eu tenho pena...
mas isso sou eu que sou tolo...

24/3/12 02:11
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Blogger Merda que falhanço...os gajos nã treinam? disse...

resumindo olha a pide...

olhem os bufos

eles nunca saíram do pé de nós


simplesmente reconverteram-se em cidadãos honrados...nada de novo

as gerações de bufos e pides multiplicam-se há 900 anos...

e de Pinas maniques que agraciam juizes e punem guardas pouco apreciadores da sua farta paga

se ele fosse dealer no bairro alto como um que estava nos indignados...filho de boas famílias que faz mil a 2000 eurros em pastilhas e haxixe no fim-de-semana

24/3/12 02:16
Eliminar
Blogger Merda que falhanço...os gajos nã treinam? disse...

é evoluimos muito ...quase tanto como os mações

mas nem todos podem evoluir

só evolui quem pode nã evolui quem quer

adesculpe a intromissão e vou-me indo destes espaços birtuais...façam as vosssas cruzadas

e esmaguem os putos brutos que eles merecem a roda e a forca do marquês sempre serão ralé...

se fossem bons tinham tirado um curso...

economia direito como isaltino ou soares
arquitectura paisagística como um dos fiéis lambedores do Ribeiro Telles que é vice camarário do PSD depois de ser boy do PS na ria formosa

um amigo desta ave rara...é hoje polícia nã conseguiu tirar sociologia

um falhado se tivesse ido para a judite
talvez ainda fossem amigos né?
versão mais resumida para iletrados funcionais...

espero que o puto não tenha acertado na jornalista porque tem
a gaja grávida (o puto até pode nã ser dele) mas se leva com um processo em cima ou sai da polícia

é mais um bruto na rua
e um retrocesso civilizacional
ao gueto donde nasceu

passar bem intelectuais de merda..

geralmente nã insulto...
mas hoy

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