A Igreja católica e os feriados privativos

Tal como previ, os tartufos, hábeis na dissimulação, depois de conseguirem eliminar o 5 de outubro e o 1 de Dezembro, do calendário dos feriados, começaram por protelar o fim de dois dias litúrgicos para, agora, contestarem o fim dos feriados religiosos, que os bispos aceitaram, e de que o Papa discorda com refinada duplicidade.

O respeito devido aos crentes não pode estender-se ao Vaticano, onde o diretor-geral da multinacional da fé, herdeiro da política das concordatas, continua a considerar países laicos como protetorados. O envio a Lisboa de monsenhor Fabio Fabbri, para afirmar que "não se pode deitar fora" o feriado do 01 de Novembro (Todos-os-Santos), a "festa da família", e questionar os motivos "por que se atacaria a celebração da Assunção de Maria" (15 de Agosto), é um ato de hipocrisia e de chantagem sobre um Governo que não impõe ao Vaticano, num elementar ato de reciprocidade, que celebre o 25 de Abril.

O 5 de outubro não é apenas a data que mudou o regime, que vivia do contubérnio entre o trono e o altar, é o marco histórico que transformou os vassalos em cidadãos, acabou com os títulos nobiliárquicos e recusou a sharia romana, instituindo o registo civil obrigatório, permitindo o divórcio e tratando com igualdade todas as religiões.

A Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) que transformou em Estado um bairro de 44 hectares, graças ao tratado de Latrão, negociado com Moussolini, a quem o Papa de turno chamou enviado da Providência, está a seguir os passos do fascismo islâmico que pretende submeter o mundo a Maomé.

O proselitismo deve ser contido com a laicidade, e a honra de um país não se troca pelo Paraíso que alguns governantes almejam com a capitulação perante as sotainas.

Ponte Europa / Sorumbático

Comentários

JARRA disse…
Vamos lá ser pragmáticos - valha-nos o Vaticano, seja porque motivo for, que com os Neocons estamos tramados.
JARRA:

Estamos tramados com os Neocons mas não há pragmatismo que ature os talibãs cristãos, émulos do fascismo islâmico.

Quem viveu na ditadura salazarista sabe do que a Igreja é capaz.

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