O primeiro-ministro, o desemprego e a falta de senso



Desde a ditadura, onde a casa era o mundo da mulher, que não havia tantos portugueses  com oportunidade de mudar de vida, mas jamais alguém, nem o atual inquilino de Belém, que não prima pela sensibilidade, manifestou tamanha indiferença pelo drama que todos os dias se agrava e já ultrapassa 15% dos portugueses.

Talvez seja a animosidade contra os políticos e a inveja por quaisquer privilégios da função que conduziram Portugal a este estado e o Governo a este elenco.

Podem as circunstâncias internacionais e o histórico atraso de país periférico dificultar a recuperação económica que permita erradicar a chaga do desemprego em Portugal, mas não podem permitir ao PM estagiário manifestar pela vida das pessoas o apego de um elefante pelos cristais.

Não se trata de mera incompetência para gerir um país, de incapacidade para resolver os problemas do desemprego ou de insensibilidade para avaliar o desespero de numerosas famílias, trata-se da mais despudorada humilhação a quem procura um lugar em que se sinta útil e que lhe permita angariar meios de subsistência.

Pode pensar-se que, à falta de preparação para o cargo, Passos Coelho alia uma absoluta incapacidade para comunicar, mas começa a ser claro que estas frases, associadas ao conselho aos jovens para emigrarem, revelam um extremismo ideológico que faz parte da agenda ultraliberal do partido que se disfarça sob o nome de social-democrata.

Se a deriva reacionária deste Governo não for parada a tempo não é o destino da Grécia que nos espera, é uma experiência chilena que espreita.

Comentários

e-pá! disse…
Não faltará muito para ouvirmos de Passos Coelho 'tiradas' de filosofastro para tentar explicar problemáticas humanas, sociais e políticas.
Por exemplo:
A morte é, também,uma oportunidade (!).

Silêncio.

Retoma: - em primeiro lugar para as agências funerárias e, depois, para a 'sustentabilidade' da Segurança Social...

Na mesma peoração 'criticou' os jovens com formação (salientou a mais diferenciada formação) cuja ambição é encontrar um emprego por conta de outrém.
Certíssimo e oportuno!
De facto, nem todos podem aspirar a ter um 'padrinho' do tipo do Sr. A. Correia.

Enfim, 'excêntricas' máximas de um neoliberal a dar os primeiros passos. Isso mesmo: a dar 'Passos'.
experiência chilena?

vem ai o salvador allende nacionalizar as minas de cobre?

eódespois a gente exporta o quê?

neo li bera all tem a ver com os diamantes bera?

nã phodiamos ao menos trazer o salvador da Bahia ê sei que só temos lá uns massons na reforma

mas é melhor um salvador pedreiro

que um salvador com chilli

com chilli como não...
a morte é uma oportunidade?

é pá com a segurança social e as juntas de freguesia cheias de votantes mortos cainda recebem

do que precisamos menos

é de epás mortos
mesmo os congelados custam balúrdios

só é oportunidade se os comessemos
mas se nem vamos ós pombos e esses tão vivos...

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