Portugal, o PR e as alternativas ao Governo


Se, como é de presumir, o tribunal Constitucional, vetar o OE-2013, face à reincidência do atual Governo no desprezo pela CRP, torna-se inevitável  saber o que pensa o PR da situação, no improvável caso de pensar, e na obrigatoriedade de tomar uma decisão.

Não se lhe exige a euforia com que convidou o Papa Francisco a visitar Portugal, em 13 de maio de 2017, a pretexto do centenário das alegadas aparições da vigem que saltitou nas azinheiras da Cova da Iria, anormalidade em que Sua Excelência crê, sem imaginar que, na data aprazada, já terá sido despejado de Belém, há mais de um ano.

Exige-se-lhe, por imperativo constitucional, que informe os portugueses da situação do País e não das dificuldades económicas pessoais, do que pensa do governo e não do sorriso das vacas dos Açores, da decisão que vai tomar e não do seu estado de alma.

Portugal passa por uma situação conturbada a que a turbulência financeira internacional não é alheia, bem como a astenia económica europeia e a migração do fulcro económico mundial para a área do pacífico. O radicalismo ideológico do atual governo e a agenda extremista que escondeu na campanha eleitoral não terminou na apoteose augurada pelo ministro das Finanças mas na tragédia de um milhão de desempregados, na destruição do tecido económico, no aumento da dívida pública, na fuga de capitais, na redução do PIB e, paradoxalmente, na asfixia fiscal da classe média, em vias de extinção.

Depois de ter ganho a título vitalício, por mérito próprio, o direito de ouvir a Grândola em todas as deslocações, é altura de se sujeitar a ser entrevistado por um jornalista não hipotecado ao PSD e de fazer ao país uma comunicação sobre a tragédia que nos atinge enquanto, em silêncio, trabalha 14 horas diárias em Belém. Até ao fim de semana.

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