Maria Luís Albuquerque e a ‘nova’ charada política…

A situação da actual ministra das Finanças tornou-se politicamente insustentável link.

De nada vale esgrimir razões à volta de conceitos semânticos. Desde a afirmação de que ‘nada’ sobre este assunto constava na transmissão de problemas em 2011 entre o governo cessante e o recém-empossado XIX GC à revelação do conteúdo de e-mails trocados ente Pedro Felício e Maria Luís Albuquerque estamos perante uma interminável charada. Na realidade não sabemos onde a anterior Secretária de Estado guardou as informações que então recebeu. Provavelmente não foi na pasta de documentos de transição ( a que se agarra para sobreviver politicamente) mas na de ‘assuntos pendentes’.
E pendente ficou este assunto quase 2 anos com os seus custos associados.

Já a ministra ficou prisioneira de outras situações:

1.) da misericordiosa e infinita compreensão dos portugueses;

2.) e da insensatez de um Presidente da República que alega – e acredita - ter recebido de Passos Coelho expressas garantias sobre a nomeada.

Poderá nesta charada existir um amplo consenso. Todos fomos enganados à excepção de Passos Coelho que se dedica a promover casos dúbios. E tal actividade não se circunscreve às Finanças. Os Negócios Estrangeiros são outra face da mesma moeda ficando restrito aos Negócios (através do Banco Português dos ditos).

O ‘novo ciclo’ deste Governo prossegue com a conspurcação do ambiente político. Este o assunto que ameaça ocupar a centralidade do debate da moção de confiança. A discussão da governabilidade do País dará lugar às mais ignóbeis chicanas políticas. Por este caminho não há ‘salvação nacional’, ou qualquer outra.

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