Não há dever de reciprocidade?

O primeiro-ministro esloveno, o social-democrata Alenka Bratušek, lançou ontem a primeira pedra da primeira mesquita do país, em Liubliana, na presença de um ministro do Catar, país onde abandonar o islamismo é considerado apostasia e quem se converta ao cristianismo enfrenta perseguição severa.

Que a construção de uma mesquita é «uma vitória simbólica sobre todas as formas de intolerância religiosa» – como declarou o PM anfitrião –, é uma evidência irrefutável.

Mas será legítimo erigir mesquitas em países democráticos se no Catar a plena liberdade religiosa só existe para o totalitarismo islâmico?

Quando o Papa católico puder batizar um cristão na catedral do Bagdad, o grande rabino de Jerusalém orar na sinagoga de Cabul, o Patriarca da Igreja Ortodoxa Grega pregar em Rabat, o arcebispo de Cantuária oficiar no Bahrein, o bispo da IURD comprar um terreno no Azerbaijão, para expandir o negócio, e uma associação de ateus, céticos, agnósticos e racionalistas for legal no Iémen ou na Arábia Saudita, então poderão nascer mesquitas e madraças nos países onde o pluralismo religioso, político e filosófico são apanágio das democracias.

Que vitória sobre a intolerância seria ver um pagode em honra de Buda, em Omã, ou um templo hindu, dedicado a Vixnu, na Somália!

Até lá, encaro com apreensão a complacência com o multiculturalismo, sobretudo com o Islão, que promove a guerra aos infiéis, lapida mulheres adúlteras, decapita apóstatas e recusa respeitar a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Comentários

Manuel Galvão disse…
Os fluxos migratórios dos locais aonde não há pão para os lugares aonde há, são impossíveis de conter. Por mais muros que se construam...

É por essa via que se fará a islamização do el-dorado-ocidental.
Rui Cascao disse…
A Primeira-Ministra. Alenka Bratušek é uma mulher ;)
Agostinho disse…
Manuel Galvão,
O Ocidente a precisar de sangue novo povoado como está dos espectros de Roma. Montanhas de alzheimers, osteoporosos e esquizofrénicos a vaguear sem ambição à espera do crematório...

Seis anos! Que contradição é esta de religiões demenciais onde o amor é sacrifício, humilhação, destruição? Quem poderá explicar o dilatar das fés pelo fogo da crueldade e da subjugação?
Agostinho disse…
Manuel Galvão,
O Ocidente a precisar de sangue novo povoado como está dos espectros de Roma. Montanhas de alzheimers, osteoporosos e esquizofrénicos a vaguear sem ambição à espera do crematório...

Seis anos! Que contradição é esta de religiões demenciais onde o amor é sacrifício, humilhação, destruição? Quem poderá explicar o dilatar das fés pelo fogo da crueldade e da subjugação?

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