Silêncio

A reflexão é uma exigência legal, não uma necessidade de última hora, mas se a lei a tal obriga, há de ser por uma razão profunda, um motivo que, não sendo claro, é certamente forte, e com um fundamento que, não sendo cintilante, há de ter queimado os neurónios aos legisladores.

Reflitamos, pois. Não precisamos de rezar uma novena, como gostaria a Irmã Lúcia, de nos guiarmos pelo pároco, como era hábito, nem de invocar a inspiração divina.

A noite está fresca e húmida. Ajuda certamente à serena reflexão e ao apelo cívico, sem o mais leve esgar que denote uma intenção partidária ou um sentimento político, sem as palavras com que há menos de duas horas se dizia aos outros que a razão deles só estava certa se coincidisse com a nossa.

Na estante, viradas para mim, encontram-se dezenas de lombadas de livros que esperam a minha leitura. Vou fazer o gosto a um enquanto desejo aos diletos leitores as melhores saudações republicanas, laicas e democráticas, despedindo-me como o fazia no twitter:

Até amanhã, se eu quiser.

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