NOTAS SOLTAS - OUTUBRO/2013

Governo – Foram mais eficazes os swaps a exterminar secretários de Estado do que os inseticidas a eliminar os mosquitos das praias algarvias durante o verão. A ministra das Finanças foi em busca de lã e voltou tosquiada. Ficou na dependência de Portas.

SLN – Quando a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento comprou ações da SLN ao dobro do preço do seu presidente, e este conseguiu para si o mesmo preço que o PR e a filha Patrícia, não houve crime, mas é lícito pensar que não eram bonitas ações.

5 de Outubro – A eliminação do feriado identitário do regime é um atentado à memória do povo, ao respeito que o cargo de presidente exige e uma provocação que nem Salazar ousou. Ficou mais descaracterizado o País e desonrado o Governo.

Eleições Autárquicas – A renúncia da AR à obrigação que lhe competia na clarificação da lei dos 3 mandatos irrevogáveis infamou o órgão mais simbólico da democracia. Não devia ter sido o TC a decidir o que os deputados não quiseram.

PSD – Estão de parabéns os autarcas que conseguiram ganhar as eleições apesar do PR e do Governo que o partido deu ao País. Têm de ser melhores para merecerem a eleição perante a monumental derrota nacional do PSD.

Paulo Portas – O ministro cuja demissão irrevogável é parte da tragédia nacional, subiu na hierarquia do Governo ao ritmo a que desceu no respeito dos cidadãos. Possui um passado pouco recomendável, um presente detestável e o futuro para prestar contas.

Rui Machete – Na visita a Angola, dificilmente um ministro poderia ser tão infeliz e indigno do cargo. Violou a lei da separação dos poderes e a manteve-se no Governo, para vergonha própria e do órgão de soberania que integra. Portugal bateu no fundo.

Pensões de sobrevivência – Partir das baixas pensões dos portugueses para assaltar as que somam mais de 2.000 euros mensais, é um roubo a quem descontou para as deixar e a forma de esquecer as grandes fortunas e um teto para reformas faraónicas.

P.R. – Tendo ajudado o seu Governo a evitar a desintegração, remeteu-se ao silêncio, ao contrário do que fazia contra o Governo anterior. Face à desastrada visita de Machete, seu antigo ministro, a Angola, devia ter reafirmado solenemente a separação de poderes.

Comissão Europeia – A chantagem sobre um Tribunal, de um dos países, é um ato tão indigno que achincalhou os órgãos de soberania que se remeteram ao silêncio, e tornou indigno Barroso, a quem Bush, Blair e Aznar ajeitaram a fuga do país.

Vantagens da pobreza – A afirmação de Paulo Portas, de que «Os mais pobres não se manifestam», ajuda a entender a política do Governo para garantir a paz social.

José Sócrates – Apoiado na mediocridade do atual Governo, após dois anos de silêncio e sem tréguas dos adversários, começou a comentar na RTP e acabou, laureado num dos mais prestigiados centros académicos europeus, a arrasar a inépcia governamental.

EUA – A permanente violação do respeito que deviam merecer-lhe os aliados, através da espionagem sistemática a Governos e pessoas, transformou amigos fiáveis em rivais, situação com que os inimigos exultam e os amigos se revoltam.

Programa cautelar – Depois de falhar todas as promessas e todas as metas, o Governo fala de um programa cautelar, não se sabendo se é o pseudónimo para o segundo resgate ou o swap escondido do Orçamento de Estado.

Câmara Municipal de Lisboa – A ausência não explicada do líder do PS, na cerimónia de posse do presidente, revela que o peso no aparelho partidário não é suficiente para se confrontar com a dimensão política de António Costa.

PS – António Costa ganhou as eleições autárquicas no país e Seguro em Gaia.

PCP – Sem surpresa, ao arrepio do peso eleitoral de que os partidos homólogos gozam nos outros países, foi o grande vencedor das eleições autárquicas, triunfo a que não são alheios a combatividade e o rigor que lhe é reconhecido nas autarquias que dirige.

BE – A erosão do partido, com a derrota clamorosa nas eleições autárquicas, precisa de um bom resultado nas europeias para evitar que a excelente prestação parlamentar deixe de ter eco nas próximas legislativas.

CDS – A derrota histórica que sofreu, em conjunto com o PSD, não pode ser escondida com malabarismos e traições do líder, o principal elemento desagregador do Governo e o menos confiável dos políticos em exercício.

Madeira – A derrocada eleitoral do PSD é o melancólico ocaso de Alberto João Jardim, governante autoritário cujas tropelias atingiram o ponto de saturação dos eleitores. Ter perdido 7 das 11 câmaras que detinha revela o seu declínio irreversível.

Espionagem – Compreende-se agora melhor o silêncio do PR e do Governo português perante o crime dos EUA contra líderes europeus. Eles, desolados, nem sequer constam da lista. De irrelevantes em Portugal, tornaram-se irrelevantes a nível internacional.

Paulo Portas – A unidade do CDS esteve à beira da rutura com a divisão entre João de Almeida e Assunção Cristas quanto ao número de animais que deve ser permitido por apartamento. As pessoas interessam pouco.

Ponte Europa / Sorumbático

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