O alfaiate de D. Maria Cavaco Silva e a venera

Não se duvida da criatividade do estilista, da dificuldade de fazer a roupa à medida do corpo de que dispõe e, muito menos, do merecimento de tal peito para a venera.

O que surpreende não é a condecoração cair num estilista, é a distinção incidir no da mulher do PR e ser atribuído o mais alto grau de uma das maiores condecorações. Assim, estranha-se que tivessem sido ignorados o sapateiro, a manicura e o cabeleireiro e esquecida a Ordem de Mérito Empresarial, Classe de Mérito Comercial, ao vendedor de frutas e legumes para o Palácio de Belém ou a comenda do Mérito Industrial para o fabricante e fornecedor de pastéis de bacalhau.

Se nada há a dizer quanto ao grau de grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique a Júlio Pereira, fica por atribuir o de comendador ao fotógrafo dos netos, o de cavaleiro  ao sapateiro e o de dama à manicura. Aliás, nunca mais terminariam os esquecidos.

Reconheço que na feira das vaidades é difícil agradar a todos sem melindrar o mestre da obra na marquise da Travessa do Possolo, que esperaria a comenda da Ordem do Mérito Empresarial.

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