O escândalo da lista VIP do fisco – Governo PSD/CDS

O escândalo, no governo Passos Coelho / Paulo Portas, levou o então diretor-geral dos Impostos, António Brigas Afonso, a pedir a demissão, mas os processos disciplinares foram arquivados, ilibando-o a si e a outros três altos funcionários suspeitos de terem criado a referida lista. Foi inútil. Nada aconteceu.

O líder do PS, António Costa, defendeu publicamente que existiam indícios criminais, que justificaram a iniciativa dos socialistas de remeter o caso para o Ministério Público (MP), que arquivou o processo em fevereiro do ano corrente.

Agora foi a vez da Direção-Geral de Impostos proceder também ao arquivamento. Os instrutores concluíram que “agiram no cumprimento dos seus deveres de proteção dos dados” e não se provou que a lista fosse da responsabilidade do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, que fora acusado de ter conhecimento. Foi certamente suspeição infundada, pois a lista tinha apenas quatro políticos, os únicos com medidas especiais de proteção de dados, dois do PSD e dois do CDS.

Por não virem mencionados no último livro de Cavaco Silva, aqui ficam os nomes da lista VIP que mereceram proteção acrescida: Cavaco Silva (PR), Passos Coelho (PM) e, para manter a paridade com o PSD, Paulo Portas (vice-PM) e… Paulo Núncio.

Que raio de desconfiança teria António Costa?! Afinal foi para defesa do sigilo fiscal. Dos 4. E apenas deles.

Fonte: DN, ontem, pág. 10.

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