Rui Rio e o País

Não conheço de Rui Rio o suficiente para me pronunciar sobre a sua competência para liderar o PSD, nem cabe a um adversário imiscuir-se na luta interna de um partido cujo presidente se arrisca a ser PM se se equilibrar no cargo até ao momento certo.

Foi autarca do Porto, onde terá feito uma gestão honesta, o que, não sendo suficiente, é positivo para as suas pretensões a PM. A incapacidade de um escrutínio exigente pelos únicos partidos de onde saíram primeiros-ministros conduziu a clamorosos desastres. É o que acontece quando as clientelas estão mais interessadas em vitórias eleitorais do que nos destinos do País.

É inútil falar dos defeitos que o PSD não deixará de lhe apontar e ampliar, para defender Santana Lopes.

Para já, o País deve a Rui Rio ter liquidado a carreira política de Luís Filipe Meneses, a única sanção a que um político de direita, fora do flagrante delito, parece estar sujeito, e, indiretamente, ter poupado a Misericórdia de Lisboa à continuação da gestão de Santana Lopes que, esquecidas as passagens pela Figueira da Foz, por Lisboa e pelo Governo se prepara para uma medonha reincidência governamental, ao disputar a liderança do PSD.

Por razões ideológicas, Rui Rio não terá o meu voto, mas pode merecer o meu respeito.

Para já, o saldo a seu favor é positivo. Não se conhece o seu apoio ao crime da invasão do Iraque, ao governo de Passos Coelho ou à obstinação de Cavaco em querer impor ao País um governo PSD/CDS contra a vontade da Assembleia da república.

O facto de ter deixado a Câmara do Porto a um cacique cuja matriz genética é suspeita e que mostrou o carácter no rancoroso discurso de vitória, não é motivo para suspeições.

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