Jerusalém e a Assembleia da República (AR)

A maldição da cidade santa de três monoteísmos, que se digladiam entre si, transforma-a num barril de pólvora pronto a explodir à aproximação de qualquer detonador.

O proselitismo religioso e o expansionismo sionista conjugaram-se para dificultar a paz e a convivência entre Estados. O caminho do Paraíso que aí buscam, através de orações e bombas, os muçulmanos, judeus e cristãos, fazem da cidade um Inferno, e da região o húmus onde germina o ódio e o terrorismo.

Para ampliar a tragédia, quiçá para antecipar o Armagedão, faltava o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e o anúncio da transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém, decididos por Trump, contra os avisos de líderes mundiais e as sucessivas decisões da ONU, num intolerável atropelo ao direito internacional.

Jerusalém, cidade do Muro das Lamentações, da Basílica do Santo Sepulcro e do Domo da Rocha, que inclui a Mesquita de Al-Aqsa, foi o local de partida de Cristo e Maomé a caminho do Paraíso de cada um deles, segundo a mitologia das respetivas religiões, e é a cidade onde os judeus ortodoxos cabeceiam o Muro das Lamentações.

Não se sabe se a decisão irracional, de consequências imprevisíveis para a região e para o mundo, teve em vista desviar atenções das investigações por corrupção de Netanyahu e da interferência da Rússia nas eleições que conduziram Trump à presidência e que ora conseguiu, pela primeira vez, unir o mundo. Contra os EUA e Israel.

Portugal “condena o reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado de Israel pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump”, com votos favoráveis de todos os partidos, perante um voto apresentado por BE, PS e PAN. Com a enigmática abstenção de João Soares (PS) a várias propostas, houve unanimidade em todos os partidos, PSD, PS, PCP, BE, PEV, PAN, só quebrada no CDS. Vale a pena averiguar os problemas de consciência que dilaceraram o partido mais à direita, onde a líder, prudentemente, votou com outros deputados a condenação dos EUA.

O que terá levado cinco deputados do CDS a absterem-se e Teresa Caeiro e João Rebelo a votarem contra?

Não conhecendo declarações de voto, torna-se suspeita a abstenção nesta matéria, face à flagrante violação do direito internacional e a consequências tão desastrosas, mas grave é a votação ‘contra’ dos dois deputados. Só se explica por apoio ao sionismo, o que leva a recear, face a tantas abstenções, que a condenação dos EUA tivesse, no CDS, o antissemitismo como motivação.

O CDS já uma vez foi expulso do PPE por posições extremistas.

Comentários

osátiro disse…
ainda não LI..OUVI.em jornais, TVs rádios, blogs..um fundamento UM SÓ FUNDAMENTO para o islamismo arrogar se Jerusalém como cidade importante para eles....
dizem que vai haver raiva,,,barril de pólvora fim da paz...blá blá.....mas pk?????

pior
os palestinianos ( que só se chama a eles próprios assim depois de 1967.........!!!) querem a sua capital em ...........Jerusalém!

então como é???
como todos sabemos, jerusalém é importante para os judeus há mais de 3 mil anos.....e não pode ser sua capital


mas pode ser dos palestinianos..que ainda não apresentaram UMA ÚNICA PROVA DE SER IMPORTANTE PARA ELES......

ahhh

MÁFIA ISLÂMICA DO PETRÓLEO--comprou a europa e os liberais EUA.........

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