tag:blogger.com,1999:blog-110542992024-03-28T23:17:50.762+00:00PONTE EUROPA"É ESCUSADO. NÃO POSSO TER OUTRO PARTIDO SENÃO O DA LIBERDADE" -
MIGUEL TORGACarlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.comBlogger17047125tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-80321175262632667372024-03-28T21:25:00.000+00:002024-03-28T21:25:03.790+00:00 XXIV Governo<p>Desconheço a competência de cada ministro nas áreas da sua
tutela e só posso comentar o que sei de alguns:</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Paulo Rangel – Vai ser difícil, depois de 8 anos lá fora a
dizer mal do Governo, voltar para ir dizer bem lá fora.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nuno Melo – É de temer que, com o exemplo de Portas, compre
4 submarinos, agora que os fundos europeus são pingues.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Apostila – Foi confrangedor ver Ventura a dizer mal de um
governo com Nuno Melo e Paulo Rangel, sobretudo depois de os deputados que o
sustentam terem votado Diogo Pacheco de Amorim para vice-presidente da AR. Ingrato!<o:p></o:p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-32760387206825355662024-03-27T22:39:00.002+00:002024-03-27T22:57:36.234+00:00AR<p>Ao ver Pacheco de Amorim como vice-presidente da AR não pude
deixar de sentir nojo dos deputados que, escondidos no voto secreto, o elegeram
para o cargo. Lembrei-me logo da condenação à morte de Melo Antunes pelo grupo terrorista
MDLP de que esse deputado foi o ideólogo. Melo Antunes foi informado pelo
embaixador americano. Vem na sua biografia, pág. 458.</p>
<p class="MsoNormal">É de presumir que os deputados do PSD e do CDS, depois da
humilhação a que o bando de fascistas sujeitou Luís Montenegro, foram os
responsáveis. Não foi uma eleição, foi um ato indigno. Uma coisa é votar num
fascista; outra, num fascista suspeito dos crimes de morte que não foram
investigados.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKQowl1KOlMMWamv2hI0zQctoWl0krqyPnGOmqKU679m_g-1S7_Z0SpLZhEwnFiIyWPNGg60F9V0v8Lq7QKKn0Ji8iJ2mvAEvYXB_d-LWD0SU-2bHEbyCYA3trHSL_-5vYV_N1GJoOeyM7wzP0kl2kfyN9jDrEIOmONGzCvESORIskqDT30cJ7/s655/melo%20antunes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="655" data-original-width="450" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKQowl1KOlMMWamv2hI0zQctoWl0krqyPnGOmqKU679m_g-1S7_Z0SpLZhEwnFiIyWPNGg60F9V0v8Lq7QKKn0Ji8iJ2mvAEvYXB_d-LWD0SU-2bHEbyCYA3trHSL_-5vYV_N1GJoOeyM7wzP0kl2kfyN9jDrEIOmONGzCvESORIskqDT30cJ7/s320/melo%20antunes.jpg" width="220" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /> <o:p></o:p><p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-57388986164092365902024-03-26T13:44:00.003+00:002024-03-26T14:38:16.381+00:00Os meus tweets de hoje<p>1 – A História e outras histórias – Há a História escrita
por historiadores e a história contada nos media. A primeira é ciência e
baseia-se em documentos, a segunda é veículo de propaganda de quem detém o
poder. Raramente coincidem.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHiBkqFDEjot86G7hyphenhyphennzquphFZZB5zgrWeYsHsv6mKjppAazE-IkFEfY4nXuMqAZCNRC_t9qZnDX3SqcS0Px7H2YwhTufg78sfYplRMzsxj_Nf5Kz17lpdK5XmUTHRjkL5qjzF-Lx2PTPEZvfMf3aBQPGLXTjPyC7O0Blt06Dul3Q-fHtWClAs/s1328/dn.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="788" data-original-width="1328" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHiBkqFDEjot86G7hyphenhyphennzquphFZZB5zgrWeYsHsv6mKjppAazE-IkFEfY4nXuMqAZCNRC_t9qZnDX3SqcS0Px7H2YwhTufg78sfYplRMzsxj_Nf5Kz17lpdK5XmUTHRjkL5qjzF-Lx2PTPEZvfMf3aBQPGLXTjPyC7O0Blt06Dul3Q-fHtWClAs/s320/dn.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal">2 – AD - PSDD / CDS / PPM – O PSD não é o maior partido, é a
barriga de aluguer que pariu um nado morto, para ter dois grupos parlamentares,
e um feto teratogénico incompatível com a vida.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">3 – Síndrome <i>burnout</i>: Sem medicamentos, aumentos ou
medidas estruturais, seja lá isto o que for, a vitória da direita, ainda sem
ser Governo, já restituiu o vigor e a força aos polícias, professores,
bombeiros, funcionários judiciais e todos os que queriam a mudança. Vive-se
melhor.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">4 – NÃO É NÃO: Não resistiu ao teste do algodão e garantiu à
AR um vice-presidente que em 1975 era o ideólogo de uma rede bombista, então
contra a democracia, agora também.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD8mtuj6CXcbkak4AIKbIzng6P6cujo9KIeE800ZYNfE2UeTUuhYAQCclmo0Zk9z3xQ2xBayYzJR9xH71c121iSWzcoMsSHi9bfU7XjKNhjN5kpF8AULhyeq2Gc3RBVAewSXEIGntR_fXgeCemdiBtsgc9dkAR5hWBcc7ECsQo-BzSRXB76ibL/s1500/0000000000000000004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1500" height="171" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD8mtuj6CXcbkak4AIKbIzng6P6cujo9KIeE800ZYNfE2UeTUuhYAQCclmo0Zk9z3xQ2xBayYzJR9xH71c121iSWzcoMsSHi9bfU7XjKNhjN5kpF8AULhyeq2Gc3RBVAewSXEIGntR_fXgeCemdiBtsgc9dkAR5hWBcc7ECsQo-BzSRXB76ibL/s320/0000000000000000004.jpg" width="320" /></a></div><br /><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-69247848174931806782024-03-26T00:14:00.004+00:002024-03-27T23:36:06.099+00:00Resposta a 4 perguntas do mensário Praça Alta (Almeida)<p><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">1 - Onde se encontrava no dia 25 de Abril de 1974, e
como recebeu a notícia da Revolução dos Cravos?</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">
</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">(Com esta pergunta visamos captar não apenas o ambiente popular onde o
Sr. Carlos Esperança se encontrava, mas também as suas primeiras impressões e
reações à revolução.)</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><i>R. - No dia 25 de Abril acordei a ouvir um comunicado que
se tornaria histórico, “aqui posto de comando…”, e parti de Coimbra para a vila
do Luso de onde segui para Penacova na atividade diária de delegado de
propaganda médica ao serviço da multinacional farmacêutica onde trabalhei.
Quando deduzi que o golpe militar era contra a ditadura, ao fim da tarde, louco
de alegria, dirigi-me a Lisboa, onde mantinha o apartamento, e onde regressava às
sextas-feiras para as reuniões da base da CDE de que era militante.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><i>Antes de ir a casa dirigi-me à Cooperativa Esteiros,
cooperativa livreira, na R. Braamcamp, que era a face legal do MDP/CDE. Fui manifestar
a vontade de me integrar num quartel que aceitasse ex-militares. Como não havia,
nos dias que se seguiram passei o tempo entre a Cooperativa e os escritórios da
Empresa, onde a agitação dos dias seguintes impediu qualquer trabalho. Vivi
intensamente o 25 de Abril, na libertação da escola da PIDE em Sete Rios, nas
manifestações permanentes e no 1.º de maio, um momento épico e irrepetível da
vida, dentro do estádio que tomaria o nome desse dia.</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">2 - Em Almeida, após a revolução, o que sentiu nos
nossos conterrâneos? Há alguma memória particular que gostaria de partilhar?
(Alguns detalhes sobre os sentimentos pessoais dos almeidenses, sejam eles de
alegria, confusão, esperança ou qualquer outra emoção que o 25 de Abril e os
dias que se seguiram lhes tenham suscitado).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><i>R. - Não me recordo da data do regresso a Almeida, mas há
de ter coincidido com férias porque estive em várias sessões de esclarecimento
ladeado pelos Drs. Mário Canotilho e João Gomes onde o lugar central me era
conferido, como representante do MDP/CDE, por essas duas grandes figuras do
distrito da Guarda, do PCP e do PS, respetivamente.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><i>O momento alto desse período, em que participei em
sessões de esclarecimento por diversas localidades do concelho, foi o comício
em que foi decidido destituir o presidente da Câmara e vereadores do regime
fascista. Na mesa ad hoc do comício tive como acompanhantes o padre Francisco
Vilar e o capitão Barroco, com o cap. Monteiro Valente do MFA na assistência
por não querer integrar a mesa.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><i>Foi nesse comício que foram aplaudidas a demissão do
executivo camarário, do Dr. Crisóstomo e dos vereadores do regime derrubado, e
a indigitação dos que viriam a integrar a Comissão Administrativa democrática.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><i>Aqui senti que a população da vila, ao contrário da de
algumas aldeias, estava ansiosa pela mudança e recetiva à democracia que, de
forma exemplar, pautou as instituições nos últimos cinquenta anos. </i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">3 - De que forma a Revolução dos Cravos influenciou a
sua vida e a comunidade almeidense? (Procuramos saber o impacto pessoal e
comunitário da revolução, com as subsequentes mudanças políticas, sociais,
culturais e económicas após os primeiros meses da revolução.)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">R. - A minha vida resultou do 25 de Abril. Pude casar sem
medo de que a PIDE me prendesse e viver meio século em liberdade. Nunca
imaginei ter filhos em ditadura e hoje sinto que devo a mulher que tenho, e os
filhos e netos que vieram, à democracia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><i>Quanto ao impacto comunitário da Revolução, penso que
teve coisas boas e más. Quanto às boas, gerou instituições democráticas na vida
autárquica do concelho e a nível nacional; na educação, substituiu a 4.ª classe
por 11 ou 12 anos de escolaridade; na saúde, no saneamento, nas condições de
vida houve progressos inimagináveis. As más resultam das boas: progressivo
despovoamento e abandono de aldeias e das próprias vilas numa hemorragia que
leva as pessoas para as cidades e esvazia o concelho; o envelhecimento da
população e o sentimento de desânimo comum a todos os concelhos rurais. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p><i> </i></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">4 - 50 anos depois, qual é a sua perspetiva sobre o
legado do 25 de Abril e como observa o futuro de Portugal?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><i>R. - Hoje tenho uma visão pessimista do mundo, mas como
europeísta convicto, ao contrário dos nacionalistas, confio que é na Europa,
que desejo cada vez mais integrada económica, social e politicamente, que
surgirão os caminhos do futuro, se os nacionalismos e a deriva belicista não
trouxerem de novo os demónios de há um século para precipitar o fim de tudo e
de todos.</i><o:p></o:p></span></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-18065803848554612372024-03-25T12:04:00.007+00:002024-03-25T12:04:56.329+00:00Os meus tweets de hoje – Eleições legislativas 2024<p>1 – Os pagadores de promessas: A redução de expectativas já
começou, mas quando se plantam promessas para comprar votos, arrisca-se a
colher revoltas dos enganados. Marques Mendes é o exemplo do contorcionista de
serviço.</p>
<p class="MsoNormal">2 – Marcelo pode ter perdido a dignidade, mas ganhou em toda
a linha. Conseguiu uma maioria, um governo e novos Conselheiros de Estado. Só
não conseguiu dissolver a Associação 25 de Abril e mudar-lhe o nome para 25 de
novembro no cinquentenário de Abril.</p>
<p class="MsoNormal">3 – Há 2 anos escrevi sobre Marcelo: «Sem funções
executivas, com os media a reverenciá-lo e Marques Mendes como seu alter ego,
pode dedicar-se à intriga, mas é perigoso para o País que desista da dignidade
do cargo para se dedicar à luta partidária.» Cumpriu e excedeu-se.</p>
<p class="MsoNormal">4 – O 25 de Abril e a música: A Grândola não é apenas a
canção que traz à memória a gesta heroica da resistência à ditadura e a senha
da Revolução de Abril. É hoje o cordão sanitário que separa democratas dos que
fogem dos seus sustenidos e bemóis como ratos de um barco que se afunda.<o:p></o:p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-25414455081274146352024-03-25T11:51:00.004+00:002024-03-25T11:51:30.077+00:00Depois das eleições<p> Da série:</p><p>É preciso mentir para ganhar eleições:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG4wusaIBYTRDwIuLU-F5kkFRRSJxh4g7btdj4SP-KzPHnluOrAQCraBAagSx-5MYFoj91e5cqXjMSwSW7fdGgD3FrVn3vyA_S3QDZm_i3wWMky1wQlX3KSSeBwy4M5AMqmxA-MhTNbl4MR1Jyu_JDD1Me8WxfQwIPCmOGdoMYQZMERJRa7UCX/s1454/marques%20mendes%20mente%202.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1454" data-original-width="1170" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG4wusaIBYTRDwIuLU-F5kkFRRSJxh4g7btdj4SP-KzPHnluOrAQCraBAagSx-5MYFoj91e5cqXjMSwSW7fdGgD3FrVn3vyA_S3QDZm_i3wWMky1wQlX3KSSeBwy4M5AMqmxA-MhTNbl4MR1Jyu_JDD1Me8WxfQwIPCmOGdoMYQZMERJRa7UCX/s320/marques%20mendes%20mente%202.jpg" width="257" /></a></div><div style="text-align: center;"><b>Marques Mendes, <i>alter ego</i> de Marcelo já chumbou no teste do algodão.</b></div><p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-74496469552532210332024-03-24T19:45:00.003+00:002024-03-24T19:45:13.873+00:00 Eleições legislativas 2024<p>Marcelo pode ter perdido a dignidade que lhe restava, mas ganhou em toda a linha. Conseguiu uma maioria, um governo e novos Conselheiros de Estado.</p><p>Só não conseguiu dissolver a Associação 25 de Abril e mudar-lhe o nome para 25 de novembro no cinquentenário de Abril.</p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-89076808163100887412024-03-24T00:10:00.000+00:002024-03-24T00:10:22.211+00:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSfZBkrUOVE6bEMxv8QRCN788s3zRScgfEFiaCv6r_xc9Pl1XtM2dtKrD7u3mMn01oYLJQ8aJuL9nZvlfV1PVYJF5Tp-Oeab9UwuA5RXGNPnzMWudKwOL9TH-eLxHINyEAp-aJbguQnlgoymAQ-fIVyxvZE6zDPxwoaMLlGuOpEzZBwW_15dpO/s2164/Globo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1598" data-original-width="2164" height="463" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSfZBkrUOVE6bEMxv8QRCN788s3zRScgfEFiaCv6r_xc9Pl1XtM2dtKrD7u3mMn01oYLJQ8aJuL9nZvlfV1PVYJF5Tp-Oeab9UwuA5RXGNPnzMWudKwOL9TH-eLxHINyEAp-aJbguQnlgoymAQ-fIVyxvZE6zDPxwoaMLlGuOpEzZBwW_15dpO/w623-h463/Globo.png" width="623" /></a></div> <p></p><p> <i> Cartune de Varella</i></p>Onofre Varelahttp://www.blogger.com/profile/02237117631761283911noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-67818618191623878282024-03-24T00:07:00.002+00:002024-03-24T00:07:55.993+00:00<p> <span style="color: var(--primary-text); font-family: inherit; white-space-collapse: preserve;"><b><span style="font-size: large;">QUANDO A CRENÇA COMANDA O PENSAMENTO </span></b></span></p><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div class="x1yztbdb x1n2onr6 xh8yej3 x1ja2u2z" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin-bottom: 16px; position: relative; transition-property: none !important; width: 700px; z-index: 0;"><div class="x1n2onr6 x1ja2u2z" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important; z-index: 0;"><div class="" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div class="" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div aria-describedby=":rm7: :rm8: :rm9: :rmb: :rma:" aria-labelledby=":rm6:" aria-posinset="2" class="x1a2a7pz" role="article" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; outline: none; transition-property: none !important;"><div class="x78zum5 xdt5ytf" style="animation-name: none !important; display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div class="x9f619 x1n2onr6 x1ja2u2z" style="animation-name: none !important; box-sizing: border-box; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important; z-index: 0;"><div class="x78zum5 x1n2onr6 xh8yej3" style="animation-name: none !important; display: flex; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important; width: 700px;"><div class="x9f619 x1n2onr6 x1ja2u2z x1jx94hy x1qpq9i9 xdney7k xu5ydu1 xt3gfkd xh8yej3 x6ikm8r x10wlt62" style="animation-name: none !important; border-radius: max(0px, min(var(--card-corner-radius), calc((100vw - 4px - 100%) * 9999))) / var(--card-corner-radius); box-sizing: border-box; font-family: inherit; overflow: hidden; position: relative; transition-property: none !important; width: 700px; z-index: 0;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div class="" dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div class="x1iorvi4 x1pi30zi x1swvt13 xjkvuk6" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id=":rm8:" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; padding: 4px 16px; transition-property: none !important;"><div class="x78zum5 xdt5ytf xz62fqu x16ldp7u" style="animation-name: none !important; display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px; transition-property: none !important;"><div class="xu06os2 x1ok221b" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px; transition-property: none !important;"><span class="x193iq5w xeuugli x13faqbe x1vvkbs x1xmvt09 x1lliihq x1s928wv xhkezso x1gmr53x x1cpjm7i x1fgarty x1943h6x xudqn12 x3x7a5m x6prxxf xvq8zen xo1l8bm xzsf02u x1yc453h" dir="auto" style="animation-name: none !important; color: var(--primary-text); display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; word-break: break-word;"><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><i>Por Onofre Varela</i></div><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><br /></div><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">A Natureza dotou-nos de um tipo de inteligência que nos tornou em “Homo sapiens sapiens”, um ser superior aos restantes animais nossos companheiros de vida na Terra. </div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Pela <span style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><a style="animation-name: none !important; color: #385898; cursor: pointer; font-family: inherit; transition-property: none !important;" tabindex="-1"></a></span>mesma razão somos religiosos por excelência, cuja característica nos levou à criação dos conceitos da Beleza, do Sagrado e dos Deuses (de Deus). Por sua vez, esta última criação encaminhou-nos para a prática de cultos religiosos tão diversificados como diversificado é o pensamento de cada um de nós perante os outros. </div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Na Alta Idade Média a Igreja pretendeu (parece que ainda pretende) ser proprietária do conceito de Deus, sobre o qual, no decorrer da História do Homem e do Pensamento, erigimos civilizações… mas, na verdade, do mesmo modo como a Língua que falamos é propriedade nossa, também o conceito de Deus a todos pertence, independentemente de seguirmos, ou não, uma religião… porque os deuses (o conceito de Deus) e os cultos inerentes, são fruto da nossa invenção… logo, como representantes da espécie “Homo sapiens sapiens”… cada um de nós é “co-autor” da ideia de Deus!</div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Na pretensão vaidosa, ignorante e prepotente, de possuir “todas as verdades”, a Igreja Católica já perseguiu e puniu com tortura e morte quem se atreveu a abordar a divindade fora do âmbito da sua fé. E o Islamismo extremista ainda hoje mata em atentados terroristas praticados em nome de Deus, com os assassinos a gritarem “Allahu akbar” (Deus é grande). No século XXI voltamos à barbárie, desta vez refinada, que os mais bem intencionados de nós já tinham arrumado nas prateleiras da História mais macabra e longínqua que tanto desilustra a Humanidade. </div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Relativamente à crença é conveniente termos a noção de que “crer em Deus” não é o mesmo que “saber sobre Deus”. O saber precisa de conhecimento, obrigando à constante renovação das ideias, sem o que o verdadeiro saber não existe. E depois, o “saber” é lento, frio e racional. A “crença”, não! A crença é emotiva, ferve em pouca água e por vezes provoca danos irreversíveis. </div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Na crença afirma-se sem se saber, com a mente aquecida pela emoção cega. O crente não sabe, de saber certo, aquilo que afirma saber, porque “crer não é saber”. Por muito que eu “creia” que o comboio parte ao meio-dia, eu vou perdê-lo se não “souber” que ele parte às dez horas da manhã. (Se não houver greve!) </div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">A crença rejeita a dúvida e afirma a certeza na fé. O saber obriga à constante investigação e abertura ao que é duvidoso, novo e contraditório. Sem esta atitude de curiosidade e humildade, podemos ser crentes… mas nunca seremos sabedores. Em tudo, na vida, por uma questão de honestidade para connosco e com os outros, e até para que cada um sinta segurança no seu próprio raciocínio, é indubitavelmente preferível que se “saiba”, do que se “creia”. </div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Há que dizer que as religiões também são “modos de saber”, no sentido emocional da crença. Isto é: quando “eu sei que Deus existe porque o sinto”, adquiro um “saber” que ninguém destruirá, pois o meu sentimento mais profundo me diz estar a verdade do meu lado. É este “saber” que faz a “razão” dos crentes… embora não seja saber, nem razão, na verdadeira acepção dos termos. É um “saber” que não pode ser aferido pelas ciências, nem pela razão filosófica enquanto forma de chegar a conclusões reais, porque estas são contrárias àqueles saberes que não passam da imaginação que a fé alimenta. Este “saber religioso” constrói fundamentalistas… e alguns até são criminosos. </div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">(O autor não respeita o último Acordo Ortográfico)</div></div></span></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div><div class="xwya9rg x11i5rnm x1e56ztr x1mh8g0r xh8yej3" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: -16px 0px 8px; transition-property: none !important; width: 700px;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div class="x1n2onr6" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important;"><div class="x6s0dn4 xi81zsa x78zum5 x6prxxf x13a6bvl xvq8zen xdj266r xktsk01 xat24cr x1d52u69 x889kno x4uap5 x1a8lsjc xkhd6sd xdppsyt" style="align-items: center; animation-name: none !important; border-bottom: 1px solid var(--divider); color: var(--secondary-text); display: flex; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; justify-content: flex-end; line-height: 1.3333; margin: 0px 16px; padding: 10px 0px; transition-property: none !important;"><div class="x6s0dn4 x78zum5 x1iyjqo2 x6ikm8r x10wlt62" style="align-items: center; animation-name: none !important; background-color: white; color: #65676b; display: flex; flex-grow: 1; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; overflow: hidden; transition-property: none !important;"><div class="" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><span class="x4k7w5x x1h91t0o x1h9r5lt x1jfb8zj xv2umb2 x1beo9mf xaigb6o x12ejxvf x3igimt xarpa2k xedcshv x1lytzrv x1t2pt76 x7ja8zs x1qrby5j" style="align-items: inherit; align-self: inherit; animation-name: none !important; display: inherit; flex-direction: inherit; flex: inherit; font-family: inherit; height: inherit; max-height: inherit; max-width: inherit; min-height: inherit; min-width: inherit; place-content: inherit; transition-property: none !important; width: inherit;"><div class="x1i10hfl xjbqb8w x1ejq31n xd10rxx x1sy0etr x17r0tee x972fbf xcfux6l x1qhh985 xm0m39n x9f619 x1ypdohk xe8uvvx xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r xexx8yu x4uap5 x18d9i69 xkhd6sd x16tdsg8 x1hl2dhg xggy1nq x1o1ewxj x3x9cwd x1e5q0jg x13rtm0m x1n2onr6 x87ps6o x1lku1pv x1a2a7pz x1heor9g xnl1qt8 x6ikm8r x10wlt62 x1vjfegm x1lliihq" role="button" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; animation-name: none !important; background-color: transparent; border-radius: inherit; border-style: none; border-width: 0px; box-sizing: border-box; color: inherit; cursor: pointer; font-family: inherit; list-style: none; margin: 0px; max-height: 1.3333em; outline: none; overflow: hidden; padding: 0px; position: relative; text-align: inherit; touch-action: manipulation; transition-property: none !important; user-select: none; z-index: 1;" tabindex="0"><div><span style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><span class="x1e558r4" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; padding-left: 4px; transition-property: none !important;"><br /></span></span></div></div></span></div></div><div class="x9f619 x1n2onr6 x1ja2u2z x78zum5 x2lah0s x1qughib x1qjc9v5 xozqiw3 x1q0g3np xykv574 xbmpl8g x4cne27 xifccgj" style="align-items: stretch; animation-name: none !important; background-color: white; box-sizing: border-box; color: #65676b; display: flex; flex-flow: row; flex-shrink: 0; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; justify-content: space-between; margin: -6px; position: relative; transition-property: none !important; z-index: 0;"></div></div></div></div></div></div></div>Onofre Varelahttp://www.blogger.com/profile/02237117631761283911noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-77253776650961233782024-03-23T18:02:00.003+00:002024-03-23T18:02:39.537+00:00De que acusam António Costa e alguns dos seus ministros?<p>Se não houve motivos que levaram os autores a denunciar o primeiro-ministro ao
país, como suspeito, para o obrigarem a demitir-se, temos de concluir que
estamos perante um golpe de Estado.</p>
<p class="MsoNormal">Se, não contentes com isso, continuarem a arruinar carreiras
políticas e a manter reféns alguns dos mais dedicados servidores públicos,
desde o ainda PM a ministros seus, devemos concluir que estamos numa ditadura onde
ainda não se prendem adversários.</p>
<p class="MsoNormal">Curiosas são as divergências entre o Sindicato dos Magistrados
do Ministério Público e a PGR. Só falta a opinião do PR, certamente diferente
da de ambos porque é criativo.<o:p></o:p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-10708945380278430492024-03-23T17:28:00.001+00:002024-03-23T17:28:12.359+00:00Para memória futura<p> Da série;</p><p style="text-align: center;"><b>O Ministério Público é uma magistratura hierarquizada,</b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZbBbh4El1CS8zx4K_XvCbTDiX5DYtsXS_PaINbRQs_KGM_3cOaKu_2-v0L7KB6cargRMKT3dM0Ie9ifWzgGcRJt46E6ZjEBKSRWWeW5QkbrXNyP5PjmhPbIZ27_60-2PxOrASG7h_zluCTZbyyvs3zeRqFklGqjj8C57svO05F03yj4WEei1m/s2081/EXPRESSO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2081" data-original-width="1599" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZbBbh4El1CS8zx4K_XvCbTDiX5DYtsXS_PaINbRQs_KGM_3cOaKu_2-v0L7KB6cargRMKT3dM0Ie9ifWzgGcRJt46E6ZjEBKSRWWeW5QkbrXNyP5PjmhPbIZ27_60-2PxOrASG7h_zluCTZbyyvs3zeRqFklGqjj8C57svO05F03yj4WEei1m/s320/EXPRESSO.jpg" width="246" /></a></b></div><b><br /></b><p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-56855012682699377052024-03-22T23:42:00.005+00:002024-03-22T23:42:30.517+00:00M. - O PR<p>“Sem Justiça confiável não há democracia”</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Marcelo, PR)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Isto é admoestação à PGR por não dizer de que é suspeito
António Costa ou autocrítica pelo miserável comunicado que saiu para a Imprensa
depois da reunião entre ambos?<o:p></o:p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-91059184747730736112024-03-22T18:59:00.003+00:002024-03-22T19:35:16.141+00:00ANCORADOURO ~Livro de crónicas e textos de intervenção<p>Já está em Coimbra na livraria<a href="https://www.google.com/maps/place/L%C3%A1pis+De+Mem%C3%B3rias+-+Editora+E+Livraria+Lda/@40.1977801,-8.4110076,17.23z/data=!4m6!3m5!1s0xd22f98175c51e61:0x6c0c75cb1a7cda4d!8m2!3d40.1982085!4d-8.4106164!16s%2Fg%2F11bbrm5294?entry=ttu"> <b>Lápis de Memórias - Editora e Livraria, Lda</b></a>, de Adelino Castro, um livreiro da liberdade.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-XjfR4SgK1zeRPiZFcXoLSMK9ui9V6qATnPuoQgqp8ir2qAi2FYVbILaDh6HdjHx8aGBNKS2mr7Jarx7duVsuIK22wAbMMQR3OtRGa67zOyh1iY2dT-nc7X1d9OpM1ng5d9P7l-xsRImAivVW7J2_8J3O7zQOWoEelN-6eFtbUVlAPdfvgB73/s2767/CAPA_ancoradouro_07mar2024.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2767" data-original-width="1769" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-XjfR4SgK1zeRPiZFcXoLSMK9ui9V6qATnPuoQgqp8ir2qAi2FYVbILaDh6HdjHx8aGBNKS2mr7Jarx7duVsuIK22wAbMMQR3OtRGa67zOyh1iY2dT-nc7X1d9OpM1ng5d9P7l-xsRImAivVW7J2_8J3O7zQOWoEelN-6eFtbUVlAPdfvgB73/s320/CAPA_ancoradouro_07mar2024.jpg" width="205" /></a></div><br /><p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-89039749600371909492024-03-21T22:55:00.003+00:002024-03-21T22:55:47.168+00:00Assembleia da República<p>Finalmente, no 11.º dia depois de eleições e no dia seguinte à indigitação do futuro PM pela calada da noite, aparece a distribuição dos deputados da AR.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLuDYAZMkciJtpPJmwPnTHFOxW67xLBnVV34kJe93zOyIkd-nUrrANqBW7sv_63fLqWrFOwe3KdQtsGXZVzWtAcv-lWflQAiFN0F8V5dwwrMXrS08k45OcP8TX9o-dAWlh6W9Bm5hyphenhyphennm9uStH9jcMxwkqDZiFWg1l_DX1VF5D1dltqP74st8YM/s960/ar%20ar%20ar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="775" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLuDYAZMkciJtpPJmwPnTHFOxW67xLBnVV34kJe93zOyIkd-nUrrANqBW7sv_63fLqWrFOwe3KdQtsGXZVzWtAcv-lWflQAiFN0F8V5dwwrMXrS08k45OcP8TX9o-dAWlh6W9Bm5hyphenhyphennm9uStH9jcMxwkqDZiFWg1l_DX1VF5D1dltqP74st8YM/s320/ar%20ar%20ar.jpg" width="258" /></a></div><p></p><p>Como se vê, depois da fulgurante vitória do PSD, este aparece empatado com o PS. Vale-lhe a amizade do PR, de dia e de noite.</p><p>Depois disto, na impossibilidade de saber quantos deputados vale o grupo parlamentar do CDS, é possível dizer que o PSD é o partido mais votado?</p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-59456948543498881502024-03-21T10:00:00.001+00:002024-03-21T10:00:00.131+00:00O PR<p> <span style="white-space-collapse: preserve;">O putativo PM ainda não foi indigitado e já cometeu a primeira fraude. </span><span style="white-space-collapse: preserve;">Levou ao PR o Nuno Melo e, em vez do Gonçalo Câmara Pereira, o Hugo Soares. </span></p><span style="white-space-collapse: preserve;">Marcelo, na ânsia de enganar os portugueses, aceitou a troca para não ter de aceitar que o PSD tem o mesmo número de deputados que o PS.</span><br />Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-76723712161728193472024-03-21T08:42:00.004+00:002024-03-21T08:42:33.295+00:00A opinião de Vital Moreira<p> </p><h2 class="date-header" style="background-color: white; color: #b40101; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 1em; min-height: 0px; position: relative; text-transform: uppercase;"><span style="background-color: #cccccc; color: black; letter-spacing: inherit; margin: inherit; padding: inherit;">QUARTA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2024</span></h2><div class="date-posts" style="background-color: white; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 16px;"><div class="post-outer"><div class="post hentry" style="margin: 0px 0px 25px; min-height: 0px; position: relative;"><a name="2595440605416925379"></a><h3 class="post-title entry-title" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 30px; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0.75em 0px 0px; position: relative;"><a href="https://causa-nossa.blogspot.com/2024/03/eleicoes-parlamentares-2024-44-licao-de.html" style="color: #b40101; text-decoration-line: none;">Eleições parlamentares 2024 (44): A lição de 1987 e de 2021-22</a></h3><div class="post-header" style="font-size: 14.4px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1.5em;"><div class="post-header-line-1"><span class="post-author vcard">Publicado por <span class="fn">Vital Moreira</span></span></div></div><div class="post-body entry-content" id="post-body-2595440605416925379" style="font-size: 17.6px; line-height: 1.4; position: relative; width: 690px;"><p><b>1. </b>Não me conto entre os que auguram vida curta ao novo Governo do PSD-CDS, atendendo à sua base parlamentar ultraminoritária (80 deputados em 230). Pelo contrário.</p><p>O meu argumento é o seguinte: nenhum Governo minoritário (mesmo Cavaco Silva em 1985 ou Guterres em 1995) iniciou funções em condições económicas e financeiras tão favoráveis como este: economia a crescer, emprego e salários a subir, folga orçamental substancial e receitas públicas a aumentar, peso da dívida pública a descer, o PRR a "bombar" financiamento do investimento público e privado, inflação controlada. Acresce que a esperada descida da taxa de juros pelo BCE vai facilitar o crédito ao consumo e ao investimento, estimulando o crescimento, e aliviar os encargos do crédito à habitação.</p><p>A não sobrevir nenhum fator adverso inesperado, <span style="background-color: #fcff01;">basta ao Governo explorar adequadamentea a herança recebida para sobreviver e, mesmo, ser bem-sucedido.</span></p><p><b>2. </b>Com efeito, nestas condições extremamente favoráveis, o Governo bem pode começar por satisfazer as reivindicações das corporações do setor público que tanto "azucrinaram" o Governo cessante (professores, polícias, militares, pessoal do SNS), apesar do significativo aumento da despesa pública corrente que elas implicam, e preparar a "compra" do voto do Chega no orçamento no final do ano, incluindo o início da prometida desoneração fiscal e do novo aumento das pensões mais baixas.</p><p>Se as coisas não decarrilaram, por inépcia ou sofreguidão governamental, não se vê como pode verificar-se uma convergência do Chega e do PS para derrubar o Governo (e só ela o poderia deitar abaixo). Como fazem lembrar as experiências em 1987 (derrube do I Governo de Cavaco Silva) e de 2021-22 (derrube do II Governo de A. Costa), <span style="background-color: #fcff01;">o pior que as oposições podem fazer é juntarem-se para derrubarem um Governo minoritário a quem as coisas estão a correr bem.</span></p><div><b>Adenda</b></div><div>Um leitor socialista, concordando com o post, considera que, <i>«depois desta pesada derrota, o próprio PS precisa de tempo para se recompor e para construir em novos moldes a sua relação com os eleitores e, por isso, não pode precipitar uma queda rápida deste governo»</i>. <span style="background-color: #fcff01;">Estou de acordo, como argumentei <a href="https://causa-nossa.blogspot.com/2024/03/eleicoes-parlamentares-2024-39-os.html" style="color: #2548cc; text-decoration-line: none;">AQUI</a></span>.</div><div><br /></div><div><b>Adenda 2</b></div><div>Um leitor adiciona um outro fator favorável ao novo Governo: o <i>«apoio ativo do Presidente da República, em vez da oposição pública que moveu contra o último governo do PS». </i>Tem razão: <span style="background-color: #fcff01;">a ajuda de Belém pode ser decisiva</span>.</div></div></div></div></div>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-43819681852784827662024-03-21T08:40:00.000+00:002024-03-21T08:40:01.401+00:00O PR<p>Tínhamos o Tempo Meridiano de Greenwich (TMG), passámos a
ter o Tempo Marcelo Rebelo de Sousa (TMRS).</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O país era governado à luz do dia com António Costa, passará
a ser governado pela calada da noite com Montenegro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Marcelo foi rápido a dissolver a AR e ainda mais rápido a
indigitar o novo PM. <o:p></o:p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-26693910159503162132024-03-21T00:00:00.001+00:002024-03-21T00:00:00.132+00:00O PR<p>O sonho de Sá Carneiro era ter um PR e uma maioria para
poder governar. O de Marcelo era ter uma maioria e um governo para ter poder.</p>
<p class="MsoNormal">Agora precisa de estabilidade para que o País lhe perdoe o
caos que se esforçou por criar. É difícil que o próximo governo seja estável,
mas o próximo PR terá de o ser.<o:p></o:p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-56511197178612969422024-03-20T19:48:00.006+00:002024-03-20T19:48:42.924+00:00Bem-vinda, Primavera<p>A luz do sol retorna no seu esplendor, as flores desabrocham
e a temperatura é mais quente, tudo como deve ser, a anunciar o equinócio da
Primavera que hoje, às 3h e 6 m teve lugar no Hemisfério onde nos encontra.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudemos o equinócio com o famoso quadro de Sandro
Botticelli, «Alegoria da Primavera».</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie-E4jQ9tyDIhyphenhyphen3zrFFdzUIqb_9Azh2wH9v9DohObTBAF0w2gZkGkR0KMuGYKqYISCsYndJQ1jXLrmecwdxal6jlflNZC0HkOtNeMoNFwyXOEezotWngwBYnMnBfLEsKluKoGvT4cA66B5mixuGRLPEIagU0a2Oq6gqbB9yLxK7KMY1uq6B6ES/s960/bottivcelli.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="960" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie-E4jQ9tyDIhyphenhyphen3zrFFdzUIqb_9Azh2wH9v9DohObTBAF0w2gZkGkR0KMuGYKqYISCsYndJQ1jXLrmecwdxal6jlflNZC0HkOtNeMoNFwyXOEezotWngwBYnMnBfLEsKluKoGvT4cA66B5mixuGRLPEIagU0a2Oq6gqbB9yLxK7KMY1uq6B6ES/s320/bottivcelli.jpg" width="320" /></a></div><br /><o:p></o:p><p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-20544780304854814022024-03-20T18:50:00.003+00:002024-03-20T18:50:33.832+00:00Novo livro de crónicas<p></p><div style="text-align: center;"> Saiu hoje da tipografia: já disponível na Editora</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUp6AzA4vu3ZmhCgIEgsbU_HhYexm8rhnpw2KxlDHY68ebPolpEqTwe4dv_-gyQdbtyfPE2svtJVeQEaDs9lRLL6y5w3OdPsvbNDxj2sMF01GCgVDvWKUjL6WQmzBQJVFjVTzbYmt43VVa33pbFQSwZIYqykwsiqX0fTUjNOcdLHvth3KmQJ0T/s940/capa%20capa%20capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="788" data-original-width="940" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUp6AzA4vu3ZmhCgIEgsbU_HhYexm8rhnpw2KxlDHY68ebPolpEqTwe4dv_-gyQdbtyfPE2svtJVeQEaDs9lRLL6y5w3OdPsvbNDxj2sMF01GCgVDvWKUjL6WQmzBQJVFjVTzbYmt43VVa33pbFQSwZIYqykwsiqX0fTUjNOcdLHvth3KmQJ0T/s320/capa%20capa%20capa.jpg" width="320" /></a></div><b>Brevemente nas livrarias</b></div><p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-26095946072853146362024-03-19T19:07:00.003+00:002024-03-19T19:07:39.944+00:00Major general Monteiro Valente, herói do 25 de Abril - Para memória futura<p>Fica aqui a <a href="https://www.aofa.pt/artigos/Carlos_Barroco_Revista_Praca_Velha.pdf">biografia de um dos heróis de Abril</a> a quem, no cinquentenário da gloriosa data, será prestad homenagem pelas Câmaras da Guarda e de Almeida:</p><p></p><p class="MsoNormal">Carlos Barroco ERevista Praça Velha = <a href="https://www.aofa.pt/artigos/Carlos_Barroco_Revista_Praca_Velha.pdf">https://www.aofa.pt/artigos/Carlos_Barroco_Revista_Praca_Velha.pdf</a>
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Major-general Augusto José Monteiro Valente – Militar,
Republicano, Patriota e<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Herói de Abril<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O percurso pessoal e a carreira deste brilhante militar e
íntegro cidadão, Augusto José<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Monteiro Valente, estiveram, por acaso do destino, ligados à
cidade da Guarda e ao seu<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">distrito.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os pais eram naturais da Miuzela do Côa, freguesia do
concelho de Almeida, no distrito<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">da Guarda. O ingresso do pai na GNR levou o casal a
peregrinar pelo país, como então<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">soía acontecer aos funcionários do Estado. Eis a razão por
que o filho, Augusto Valente,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">viria a nascer em Coimbra, em 16 de abril de 1944, mas
voltaria à Miuzela do Côa para<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">casar com Maria Alice Pinto Freire Beirão, uma professora
daí natural, descendente de<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">famílias com pergaminhos e sólida respeitabilidade, que aos
apelidos próprios juntou o<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">dele. As duas filhas são fruto desse casamento que teve de
ser adiado para que o oficial<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">não faltasse ao encontro da Revolução com que se
comprometera, depois de cumpridas<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">duas comissões por imposição na Guerra Colonial, a primeira
como alferes, em Angola<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(1967) e a segunda, como capitão e comandante de uma
Companhia de Caçadores<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Independente, na Guiné (1970-1972).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foi no cemitério da Miuzela do Côa que as cinzas do
major-general ficaram, num vaso<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">funerário que a população da aldeia acompanhou na presença
de numerosos amigos e<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">personalidades que, de longe, ali vieram. Lá estavam,
misturados com a multidão, a<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">acompanhar a inconformada viúva, as filhas, os irmãos e os
cunhados, Marques Júnior,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">os edis da Guarda e de Almeida e os membros da direção da
Delegação Centro da<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Associação 25 de Abril de que era ele o presidente. Eram
muitos os amigos mas, se os<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">pudesse ver, sentir-se-ia surpreendido e honrado com os
«seus soldados» sobreviventes<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">da Guiné e os da Associação de Deficientes das Forças
Armadas, que ali se misturaram<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">com representantes dos partidos políticos, de associações
sindicais e gente anónima,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">escondendo as lágrimas, na derradeira homenagem.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foi aí que findou a viagem começada às 8H00 da manhã, de
Coimbra para a Figueira da<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foz, onde lhe foram prestadas honras militares antes da
cremação que desejou, perante<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">numerosos amigos e militares de abril, incluindo Vasco
Lourenço, presidente da<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Associação 25 de Abril, associação de que Monteiro Valente
foi sócio fundador e dos<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">mais empenhados. Lá estavam o primeiro oficial ranger
português, Delgado da Fonseca,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">que foi seu instrutor e o Vieira Monteiro, dois coronéis que
tinham sido seus superiores,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">como se diz na linguagem militar, e que o consideravam o
militar mais distinto dos que<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">comandaram. Não lhe faltaram os camaradas de curso na
despedida. Todos, militares e<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">civis, levavam um cravo vermelho na mão, como pedira; ele
levou consigo um fato civil<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">porque, orgulhando-se da farda que honrou, quis vincar o
carácter civilista que o<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">distinguia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os cravos vermelhos, o ramo de acácia e a bandeira nacional
foram os símbolos que<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">escolheu para marcar a cultura democrática, republicana e
laica do cidadão tolerante<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">que, na morte, quis dar testemunho dos princípios
filosóficos que o nortearam em vida.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Era mestre-maçon do Grande Oriente Lusitano (GOL), um
livre-pensador que defendia<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">a laicidade como vacina contra os desvarios extremistas que
varrem os monoteísmos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">2<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A fúnebre viagem que o levou do tanatório da Figueira da Foz
à Miuzela do Côa foi a<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">pungente metáfora do percurso de Eros a Tanatos. Voltou à
terra dos pais e da viúva,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">quase sempre por autoestrada, passando ao lado da Guarda,
donde saiu um dia, para<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">entrar na História, em direção a Vilar Formoso. Voltou. E lá
ficou feito cinza. Setembro<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">era mês e cinco o dia, no ano 2012 da era vulgar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foi aos 68 anos, ao fim da tarde do dia 3 de setembro,
enquanto o país ardia, que o<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">general Monteiro Valente decidiu deixar-nos. Partiu um
capitão de Abril, um militar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">que amou a Pátria e honrou a farda, um cidadão que arriscou
a vida para que Portugal se<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">tornasse uma democracia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Fez na Guiné uma comissão onde o PAIGC já dominava o terreno
e tinha superioridade<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">militar. Partiu sem três dos quatro alferes, que desertaram
antes do embarque. O último<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">desertou depois. Aguentou, com os furriéis e os soldados, o
isolamento quebrado pelos<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">reabastecimentos lançados a grande altura de aviões que
evitavam a artilharia inimiga.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os mantimentos e munições nem sempre acertavam no alvo, que
era o aquartelamento.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Portou-se com bravura e percebeu aí que aquela guerra
injusta já não tinha saída militar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ganhou a consciência política, com mortos para chorar,
feridos para evacuar e vivos<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">para confortar. E nunca mais sarou essa dor, essa fratura
exposta a sangrar por dentro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foi dos mais brilhantes militares portugueses e dos mais
empenhados no 25 de Abril. O<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">regime, receoso dos capitães que já tinham ultrapassado a
reivindicação corporativa e<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">aderido à tarefa patriótica de derrubar o Governo,
transferiu-os de unidade na esperança<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">de desarticular a rede conspirativa, na sequência do
fracassado golpe de 16 de março. O<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">capitão Augusto José Monteiro Valente recebeu guia de marcha
de Lamego para a<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Guarda.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Na tarde do dia 24 de abril, o capitão Aprígio Ramalho saíra
de Viseu com o aspirante<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">António Saraiva, natural da Guarda, para transmitir aí, ao
único oficial do MFA no RI<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">12, o plano de operações que lhe fora destinado. Houve
dificuldades no encontro e já a<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">tarde se extinguira quando se reuniu com Monteiro Valente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A hora tardia e o escasso tempo que levava na unidade não o
impediram de cumprir – e<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">bem – a perigosa tarefa. Prendeu o seu comandante,
necessitando de dar um tiro para o<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">chão, para o convencer de que o ato não era a ousadia de um
homem só mas a do MFA,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">que decidira libertar Portugal da mais longa ditadura da
Europa. Sublevou sozinho o<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Regimento de Infantaria da Guarda (RI 12), deixando o
comandante preso, à ordem do<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">capitão Pina, e marchou para Vilar Formoso a desarmar a Pide
e a controlar a fronteira à<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">ordem do Movimento das Forças Armadas. Do outro lado, a
polícia espanhola, nervosa,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">acoitava alguns pides foragidos e receava um derradeiro
desvario do genocida Francisco<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Franco a quem agradaria fazer abortar a Revolução
portuguesa. Em breve, a democracia<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">seria exportada para o lado de lá. Foi o capitão Monteiro
Valente quem levou mais perto<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">de Espanha o fermento da democracia. Até à raia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Fez parte do punhado de heróis que restituíram a Portugal a
dignidade e aos portugueses<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">a liberdade. Levou a Revolução de abril, até onde uma
ditadura caía e a outra começou a<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">vacilar. A fronteira da liberdade passou por ali, à guarda
de um capitão que assinou<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">autorizações de regresso, em bocados de papel, a quem tinha
ido fazer compras a<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Fuentes de Oñoro, com autorização da Pide para sair e a
precisar da sua para entrar. À<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">mulher que, em tom autoritário, reclamava o direito ao
regresso, invocando ser a esposa<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">3<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">do presidente da Câmara de Almeida, respondeu-lhe um militar
que era melhor ocultar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">essa qualidade. E lá entrou, acompanhada de outras
professoras, com os nomes de todas<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">escritos num único pedaço de papel pardo, assinado pelo
capitão, que escreveu:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">«Autorizo a entrada».<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">De todas as funções militares que desempenhou foi o comando
do Centro de Instrução<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">de Operações Especiais (Rangers), em Lamego, a que mais o
marcou e maior honra lhe<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">deu. Foi dessa unidade que quis, na morte, as honras que lhe
eram devidas, mantendo o<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">respeito pela tradição militar que honrou e a cujos valores
mais nobres se manteve fiel.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Depois da epopeia do 25 de Abril, nunca mais abandonou a
trincheira dos que acima da<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">vida puseram a defesa da democracia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Augusto Monteiro Valente aliou a intervenção cívica ao
permanente aperfeiçoamento<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">cultural e ao rigoroso cumprimento das suas funções
profissionais. Licenciou-se em<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
e graduou-se em Estudos<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Europeus pela Faculdade de Direito da mesma Universidade.
Foi o primeiro oficialgeneral a comandar a Brigada Territorial n.º 5, em
Coimbra, e findou a carreira militar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">como 2.º Comandante-Geral da GNR, em 2003, porque diversos
ministros de um novo<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Governo, sobretudo o da Defesa, Paulo Portas, sempre viram
nos heróis de Abril os<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">implicados numa sublevação.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Converteu-se investigador associado do Centro 25 de Abril e
do Centro de Estudos<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra.
Foi um excelso militar e<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">um ilustre académico.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Era o presidente da Delegação Centro da Associação 25 de
Abril onde, durante quatro<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">anos tive a honra de ser seu vice-presidente e de apreciar a
dimensão ética, a capacidade<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">de trabalho e a qualidade intelectual do amigo de quase
quarenta anos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Rejeitava sempre o título de herói com o mesmo
desprendimento com que recusou uma<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">promoção por mérito que o Conselho da Arma lhe propôs pela
reconhecida competência<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">militar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Honrou a divisa da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade
e Fraternidade. Deu o<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">exemplo e foi militante da trilogia que permanece como
matriz do regime republicano e<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">lema democrático. Defendia a laicidade como imperativo de um
Estado moderno e a<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Igualdade como base da justiça social. Fez tudo o que pôde e
o que devia. Foi para os<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">membros do Movimento Republicano 5 de Outubro (MR5O), em
Coimbra, um exemplo<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">e o motor de um projeto de pedagogia cívica que todos temos
a obrigação de prosseguir.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mereceu, pois, a homenagem pública que lhe foi prestada
junto ao monumento ao 25 de<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Abril, evocado perante numerosas pessoas de Coimbra e muitas
outras, vindas de longe.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foi em 5 de Outubro, o dia em que o Governo de turno queria
que fosse pela última vez<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">feriado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Monteiro Valente era homem de uma integridade à prova de
bala, com elevado sentido<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">da honra e do cumprimento do dever, um cidadão exemplar e um
democrata.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O seu discurso de tomada de posse como comandante da Brigada
de Coimbra foi uma<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">lufada de ar fresco que percorreu a GNR. Alguns oficiais
contorciam-se na tribuna e<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">olhavam de soslaio à espera de verem a reprovação das
palavras do seu comandante que<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">4<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">preferiu advertir os militares em parada de que mais
importante do que a ordem, que<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">lhes cabia manter, era o respeito pela Constituição e a
defesa, que ela consagrava, dos<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Primaram pela
ausência as autoridades<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">locais mas, talvez pela primeira vez, em Coimbra, no comando
da GNR, sob as estrelas<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">de um oficial general, brilhou o cidadão civilista que
substituiu a cultura de caserna pela<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">da cidadania.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Teve, como poucos, a noção de que a democracia só é completa
em regime republicano,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">onde há cidadãos e não vassalos, onde se exoneram os poderes
hereditários e vitalícios,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">onde ao alegado direito divino se sobrepõe a legitimidade do
sufrágio popular. Por isso<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">se insurgiu com tanta veemência contra a traição de quem
rasgou do calendário o<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">feriado comemorativo do 5 de Outubro, a data que mudou
Portugal e foi a pedra basilar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">da democracia, ofendendo a história, a cidadania e os heróis
da Rotunda, vilania que<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">nem a ditadura ousou.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Partiu destroçado com o rumo dos acontecimentos políticos,
de mal com o estado a que<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">o País chegou, revoltado com a deriva ultraliberal, que o
amargurava, receoso do futuro<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">da liberdade que ajudou a conquistar e dos direitos dos
trabalhadores que via postergar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Portugal e a democracia ficaram mais pobres e a família e os
amigos destroçados.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas o seu exemplo, os seus valores e a sua generosidade
ficarão como símbolos. Ele foi<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">o melhor de nós e aquele que a História há de recordar. Quis
apenas um ramo de acácia<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">e três cravos vermelhos sobre o caixão, antes de ser cinza,
mas nos nossos corações hão<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">de florir sempre os cravos que ele plantou e a República que
sonhou.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Membro proeminente da Comissão Cívica de Coimbra para as
Comemorações do<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Centenário da República e, depois, do Movimento Republicano
5 de Outubro (MR5O),<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">que lhe sucedeu, foi um entusiasta na defesa do feriado que
celebra a data fundadora do<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">regime em que vivemos e era determinado a lutar pela sua
reposição.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Monteiro Valente foi um apóstolo da democracia e um exemplo
da ética republicana.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Escreveu numerosos artigos de intervenção e desdobrou-se em
conferências, colóquios,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">mesas-redondas e tertúlias. Muitas centenas de alunos do
ensino secundário o ouviram<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">defender a democracia, a república e o 25 de Abril sem
suspeitarem que estavam na<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">presença de um herói que participou na mais bela de todas as
madrugadas, sem mostrar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">que esteve na preparação do maior feito da História de
Portugal, sentindo que persistia<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">no desempenho de um dever, o dever que o levou, sem vacilar,
a abraçar a Revolução<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">com o entusiasmo de um jovem e a determinação de um
patriota. E por lá semeou os<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">princípios republicanos do amor à Pátria, à liberdade e à
democracia sempre que as<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">escolas o convidaram. E foram muitas as escolas e as que
reincidiram.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A Grã-Cruz da Ordem da Liberdade com que foi agraciado, em
1986, pela participação<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">no Movimento das Forças Armadas e na Revolução de 25 de
Abril de 1974, sendo uma<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">altíssima condecoração que extravasava a condição militar,
foi a justa homenagem a um<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">herói. Não a ganhou na secretaria, mereceu-a com o risco da
vida e a determinação com<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">que cumpriu a missão de libertar Portugal, depois dos
perigos conspirativos que correu.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A carreira militar, as medalhas, condecorações e numerosas
publicação sobre história<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">militar, geopolítica e geoestratégica constam da Biografia
referida no final deste artigo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">5<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É justo referir, para além da coautoria de vários livros
publicados e de outros que verão<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">o prelo a título póstumo, que foi conferencista e
dinamizador de ciclos de conferências<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">em que, além das próprias, foi o responsável pelos convites
aceites pelo seu prestígio. O<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">editor e livreiro Adelino Castro, em Coimbra, homenageou-o
batizando com o seu nome<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">o espaço da livraria «Lápis da Memória», por onde têm
passado e continuarão a passar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">destacados escritores, artistas e grandes vultos da cultura
e da cidadania.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Monteiro Valente foi o investigador que retirou do anonimato
e resgatou a memória do<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">general Adalberto Gastão de Sousa Dias, general demitido na
sequência da revolta<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">militar de fevereiro de 1927, que se encontra sepultado na
Guarda, através de vários<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">artigos e da obra “General Sousa Dias – Militar,
Republicano, Patriota” (Edição da<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Câmara Municipal da Guarda, 2006), referida na sua
biografia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foi o tributo de um general-historiador, republicano e
patriota, a outro general também<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">republicano e patriota. Foi a investigação empenhada de um
herói que triunfou a outro<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">herói que foi derrotado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O historiador Monteiro Valente prestou um inestimável
tributo à grande figura histórica<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">– general Sousa Dias –, à cidade da Guarda, onde o destacado
militar está sepultado e ao<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">conhecimento da luta contra o salazarismo protagonizada por
um general honrado que<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">os velhos democratas da cidade da Guarda homenageavam todos
os anos na romagem<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">ao jazigo cedido pela família de José Maria Proença, para
onde foi levado em segredo,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">de Cabo Verde, em 1936, no apogeu da ditadura, segundo
investigação do historiador.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dois anos depois de haver falecido deportado em S. Vicente,
o seu corpo foi depositado<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">às escondidas, pela calada da noite, no cemitério da Guarda,
no jazigo onde<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">permanece dentro do «caixotão» de madeira enegrecida e com
os pregos ferrugentos, à<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">espera do funeral a que não teve direito e apenas lembrado
pela família e por alguns<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">democratas, como revelou a investigação de Monteiro Valente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É um dever dos portugueses conhecerem o general Sousa Dias,
um herói que se opôs à<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">tentativa de restauração da monarquia com a mesma coragem
com que quis pôr termo à<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">ditadura, com a diferença de ter sido vencido neste combate
que lhe valeu a demissão, o<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">degredo e toda a sorte de humilhações que o salazarismo
reservava para quem o<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">enfrentasse. Augusto Monteiro Valente recuperou a memória de
um injustiçado em vida<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">que foi silenciado na morte. É imperioso ler a obra
publicada pela Câmara Municipal da<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Guarda para conhecer a dimensão moral, heroica e humana de
um mártir da democracia<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">e da República.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Volto ao único capitão comprometido com o MFA e que comandou
tropas da Guarda ao<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">serviço da Revolução de Abril. Regresso ao homem cujos pais
eram naturais do distrito<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">onde escreveria a página mais gloriosa da sua e das nossas
vidas naquela madrugada<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">que o levou a Vilar Formoso numa corajosa viagem de destino
incerto mas do lado certo<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">da vida e da História.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sozinho, sublevara um Regimento, o da Guarda. Partiu da
Guarda, do RI 12, para Vilar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Formoso, com o País dominado pela ditadura, para regressar
dias depois, com o dever<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">cumprido, e assumir o comando da unidade que sublevara, num
Portugal libertado. Foi<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">6<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">o herói de Abril na cidade da Guarda com os militares que
contagiou para o ato heroico<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">que marcou a História e colocou Portugal na vanguarda da
liberdade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Monteiro Valente não foi apenas um herói da Revolução sem
sangue, da Revolução dos<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Cravos que emocionou o mundo e contagiou os países europeus
onde ditaduras ainda<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">se mantinham. Ele foi também um militar de altíssimo valor
profissional e o intelectual<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">que pensou a estratégia e propôs reformas militares e nas
forças de segurança que não<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">tiveram políticos à altura para as executar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O destacado aluno da Academia Militar foi, ao longo da vida,
um oficial inteligente e<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">digno que defendeu a subordinação dos militares ao poder
político democraticamente<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">eleito. E, por mais que o torturasse a inépcia de alguns
governos ou a venalidade de<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">vários governantes, nunca fez, enquanto exerceu funções
militares, qualquer censura ou<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">gesto de revolta.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Este herói de Abril merece da cidade da Guarda a homenagem
que já lhe devia ter sido<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">prestada em vida. Da toponímia à escultura não é o defunto
que a cidade honra é ela<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">própria que se enobrece. De uma rua condigna para tão
ilustre nome até ao busto em<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">bronze que assinale a sua saída do RI 12 para a histórica
Revolução de Abril, são dois<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">atos que a cidade da Guarda deve chamar a si para se
engrandecer e reclamar a histórica<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">participação no 25 de Abril de 1974 pelo melhor dos seus
filhos, pelo que escreveu com<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">risco da vida a melhor página do século XX no álbum da
liberdade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Glória ao major-general Augusto José Monteiro Valente,
republicano ilustre, herói de<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Abril.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">NOTA BIOGRÁFICA<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nome: Augusto José Monteiro Valente<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Data de Nascimento: 16 de abril de 1944<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Categoria profissional: Major-General do Exército, na
situação de Reserva<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Estado civil: casado com Maria Alice Pinto Freire Beirão
Valente; duas filhas, Marta<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Eliana e Paula Sofia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Última Residência: Rua Infanta D. Maria, N º 446 – 6 º D,
3030 – 330 Coimbra.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Data de falecimento: 03 de setembro de 2012 – Funeral em 05
de setembro de 2012<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Local onde jazem as cinzas: Cemitério da Miuzela do Côa,
concelho de Almeida, distrito da Guarda<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Habilitações profissionais<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Licenciatura em Ciências Militares, ramo Infantaria –
Academia Militar (1963-1966).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Cursos de Instrutor de Operações Especiais – Centro de
Instrução de Operações Especiais (1967).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Curso de Topografia, Cartografia e Fotogrametria – Serviço
Cartográfico do Exército (1968).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Curso Geral de Comando e Estado-Maior – Instituto de Altos
Estudos Militares (1982 -1983) .<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Curso de Operações Não Convencionais – Centro de Instrução
de Operações Especiais (1993).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Curso de Auditor da Defesa Nacional – Instituto da Defesa
Nacional (1994-1995).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Curso Superior de Comando e Direcção - Instituto de Altos
Estudos Militares (1997- 1998).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Despacho N º 247/96, do Chefe do Estado-Maior do Exército)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Outras habilitações académicas<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Licenciatura em História – Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra (1978-1982).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Curso de pós-graduação em Estudos Europeus – Faculdade de
Direito da Universidade de Coimbra<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(1997-1998).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Promoções<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Coronel – Portaria de 01 de Julho de 1992.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">7<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Major-General – Deliberação N º 555/99 – Diário da
República – II Série, N º 196, de 23 de Agosto de<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">1999).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Funções e cargos profissionais desempenhados<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Adjunto de Comandante de Companhia em Angola (1967).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Instrutor, Comandante de companhia e Diretor de Cursos de
Operações Especiais, no Centro de<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Instrução de Operações Especiais, em Lamego (1968-1970,
1972-1974).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Comandante de Companhia de Caçadores Independente na Guiné
(1970-1972).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Comandante de Companhia, Comandante Interino do Regimento
e Diretor de Instrução no Regimento<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">de Infantaria N º 12/Batalhão de Infantaria da Guarda, na
cidade da Guarda (1974-1977, 1978-1979).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Comandante de Companhia e Oficial de Estado-Maior da
Escola Prática do Serviço de Transportes, na<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Figueira da Foz. (1980-1981).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Oficial de Estado-Maior do Quartel-General da Região
Militar do Centro, em Coimbra (1981-1987,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">1990-1992).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Comandante do 1º Batalhão de Infantaria Mecanizado, da
Brigada Mista Independente, de Santa<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Margarida, Regimento de Infantaria de Tomar (1987-1990).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Despacho de 27 de Julho de 1987 do General Chefe do
Estado-Maior do Exército).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Comandante do Centro de Instrução de Operações Especiais,
em Lamego (1992-1994).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Despacho de 12 de Agosto de 1992 do General Vice-Chefe do
Estado-Maior do Exército).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Inspetor do Comando da Região Militar do Norte, no Porto
(1994-1995).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Despacho de 14 de Outubro de 1994 do General Comandante do
Pessoal. Ordem de Serviço N º 227 de<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">30 de Novembro de 1994 do Quartel-General da Região Militar
do Norte)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- 2 º Comandante da Brigada Ligeira de Intervenção em
Coimbra (12 de Junho de 1995<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- 05 de Novembro de 1995).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Despacho de 31 de Maio de 1995 do General Chefe do
Estado-Maior do Exército)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Comandante Interino da Brigada Ligeira de Intervenção em
Coimbra (06 de Novembro de 1995-1997).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Ordem de Serviço N ª 18, de 09 de Novembro de 1995, da
Brigada Ligeira de Intervenção)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- 2 º Comandante do Campo Militar de Santa Margarida
(1998-1999).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Despacho de 01 de Julho de 1998, do General Chefe do
Estado-Maior do Exército)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- 2 º Comandante da Brigada Territorial N º 5 da Guarda
Nacional Republicana, em Coimbra (1999-<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">2001).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Despacho N º 25/99-OG, de 20 de Setembro de 1999 do General
Comandante-Geral da GNR).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Inspetor-geral da Guarda Nacional Republicana (2001 –
2002).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Despacho N º 22/01-OG, de 26 de Setembro de 2001).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- 2 º Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana, em
Lisboa, (2002-2003).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Despacho n º 3879/2002 - 2 ª série, de 06 de Fevereiro de
2002, do Ministro da Administração Interna –<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Diário da República – II Série, N º 44, de 21 de Fevereiro
de 2002).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Louvores, Medalhas e Condecorações<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- 21 louvores averbados (2 concedidos por Ministro, 3
concedidos por Chefe de Estado-Maior do<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Exército, 14 por Oficiais Generais (1 em campanha) e 2 por
outras entidades).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Medalhas de Comportamento Exemplar – Graus Prata.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">(Despacho de 26 de Julho de 1979 do Director do Serviço de
Justiça e Disciplina, por delegação do<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">General Ajudante General – Ordem de Serviço n º 209, de 10
de Setembro de 1979 do Batalhão de<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Infantaria da Guarda).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Medalhas de Comportamento Exemplar – Grau Ouro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Medalhas Comemorativas das Campanhas de Angola (1967) e
Guiné (1970-1972).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Medalhas de Mérito Militar – 3ª, 2 º e 1 ª Classes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Medalhas de Serviços Distintos (duas) – Grau Prata<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Condecoração da Ordem de Avis – Graus Cavaleiro e
Comendador<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Condecoração da Ordem da Liberdade – Grã-Cruz.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Artigos, Trabalhos, Comunicações, Obras:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Artigos:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Área: Militar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “O Comando e Chefia Militar na Sociedade Contemporânea”,
in Atoleiros, Revista Militar do Campo<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Militar de Santa Margarida e da Brigada Mecanizada
Independente, Ano I - N º 1 – Abril de 1999.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">8<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Área: História<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “Portugal e a Primeira Grande Guerra”, in Baluarte,
Revista das Forças Armadas Portuguesas, N º 2,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">1984.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “Primeira Guerra Mundial – O Prelúdio do Colapso do Regime
Democrático em Portugal”, in Revista<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">História, N º 64, Fevereiro, 1984.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “Os Exércitos e o Feudalismo na Europa Ocidental durante a
Baixa Idade Média”, in Baluarte, Revista<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">das Forças Armadas Portuguesas, N º 5, 1985, pp. 6 - 11.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “Os Exércitos e o Feudalismo durante a Baixa Idade Média”,
in Revista História, N º 85, Novembro,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">1985. Pp. 88 – 96.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “A Batalha do Buçaco”, in Revista Militar, N º 10 – 11,
Outubro – Novembro, 1994.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “O Serviço Militar na História de Portugal – Uma síntese e
uma perspectiva”, in Jornal do Exército N º<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">437, Maio, 1996.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “Exército, Sociedade e Poder Político na História de
Portugal – Da formação do reino à consolidação da<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">nacionalidade”, Revista Militar, N º 2368 – Maio de 1999,
pp. 945 - 967.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “Atoleiros”, in Atoleiros, Revista Militar do campo
Militar de Santa Margarida e da Brigada<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mecanizada Independente, Ano I - N º 2 – Outubro, 1999.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “Do Serviço Militar Obrigatório à Profissionalização das
Forças Armadas”, in Atoleiros, Revista Militar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">do campo Militar de Santa Margarida e da Brigada Mecanizada
Independente, Ano II - N º 3 – Abril,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">2000.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “O Movimento dos Capitães”, in Guerra Colonial, Edição
Diário de Notícias.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “General Sousa Dias: um republicano silenciado pela
ditadura e esquecido pela democracia”, in Revista<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">ESEG – Investigação, Escola Superior de Educação da Guarda,
N º 0, 2 º Semestre, 2004.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “Em Memória do General Adalberto Gastão de Sousa Dias”, in
Revista Militar, N º 2436, Janeiro, 2005.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “O 25 de Abril e a construção da Lusofonia” – in “Estudos
de literaturas africanas: cinco povos, cinco<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">nações”. Org. Pires Laranjeira, Maria João Simões, Lola
Geraldes Xavier - Coimbra: Novo Imbondeiro:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2005, p. 126
-131.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “As Invasões Francesas – Objectivos, Estratégias e
Tácticas em Confronto”, in Almeida e as Invasões<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Francesas, Edição da Câmara Municipal de Almeida, Almeida,
2006.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “O Movimento Republicano e o 5 de Outubro”, in
Referencial, Revista da Associação 25 de Abril, N º<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">85 – Outubro – Dezembro, 2006.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “O General Sousa Dias e a «Revolução» de Fevereiro de
1927”, in Heloísa Paulo (Coord.), “Memória<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">das Oposições (1927 – 1969), Minerva Coimbra, Julho de 2010,
pp. 83 – 96.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “A Batalha do Bussaco e as suas consequências nas
estratégias em confronto”, Actas do Congresso<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Internacional Comemorativo da Batalha do Bussaco (29 a 31 de
Outubro de 2010), Publicação da<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Academia Portuguesa da História, Lisboa, MMXI. Pp. 378 –
389.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “5 de Outubro de 1910 – 25 de Abril de 1974: duas
revoluções distintas por causas comuns”, República<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">e Democracia, Ed. Município de Miranda do Corvo e Edições
Minerva Coimbra, 2011, pp. 167-181.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Geopolítica e Geoestratégia<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Trabalhos:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Área: Militar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “O Comando e a Chefia Militar e os Desafios da Sociedade
Moderna” (Coord), in Boletim N º 50,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Outubro de 1999, Instituto de Altos Estudos Militares,
Lisboa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “O Serviço Militar Obrigatório, o Serviço Cívico e a
Defesa Nacional”, in Anuário do CDN95,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Trabalhos Monográficos Individuais, Volume V, Instituto da
Defesa Nacional, 1995.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Área: Geopolítica e Geoestratégia<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “As Relações Entre o Mundo Ocidental e o Mundo Árabe”
(Coord), in Boletim N º 45, 26 de Maio de<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">1998, Instituto de Altos Estudos Militares, Lisboa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “A Construção da Cidadania Europeia, a Identidade e Coesão
Nacionais e a Regionalização” (Coord), in<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Instituto de Altos estudos Militares, CSCD, Junho/Julho de
1998.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “A Mundialização da Economia e a Construção Europeia –
Desafios, Dificuldades e Riscos”, in Instituto<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">de Altos estudos Militares, CSCD, 1997/1998.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Comunicações<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Área: Segurança<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">“Educação para a Segurança e Desenvolvimento”, in VII
Congresso Nacional, Cidadania e Cultura de<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Segurança, Caderno 19, Associação de Auditores dos Cursos de
Defesa Nacional, 2003, Lisboa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">9<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Obra<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “General Sousa Dias – Militar, Republicano, Patriota”,
Colecção Gentes da Guarda, N º 6, Edição da Câmara Municipal da Guarda, 2006.<o:p></o:p></p><br /><p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-47341256502867971792024-03-18T21:11:00.002+00:002024-03-18T21:11:40.579+00:00Marcelo e Ventura<p>O impensável tornou-se provável, Ventura mais credível do
que Marcelo, sendo evidente que a notícia que este pôs no expresso era apenas
para deslocar votos do PS para a AD.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglpUIFdpZdcOWeNt7q7FchpfrO4BtjKe5rgPOvokx08cfHEleF27k_Z-X0hUx5UdduVrTzIBvydE33Kvp1lfmusN6TgJKFb5yNvHYIAkMGwMDQlK3PaxFFXpo3gk95NYbilB5SOJwBFg7Ido95OvarSMVml3q5-hAIurBrah3Qe7MASOGXJVxV/s4000/99999999.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="4000" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglpUIFdpZdcOWeNt7q7FchpfrO4BtjKe5rgPOvokx08cfHEleF27k_Z-X0hUx5UdduVrTzIBvydE33Kvp1lfmusN6TgJKFb5yNvHYIAkMGwMDQlK3PaxFFXpo3gk95NYbilB5SOJwBFg7Ido95OvarSMVml3q5-hAIurBrah3Qe7MASOGXJVxV/s320/99999999.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-54135806827050476872024-03-18T12:25:00.008+00:002024-03-18T12:25:31.698+00:00Finalmente, a paz… e havia petróleo no Beato!<p>Acabaram os problemas! O SNS já está bem, as urgências
normalizadas, e não faltam vagas nos hospitais ou obstetras às crianças que temiam
nascer sob asfixia socialista.</p>
<p class="MsoNormal">As Forças de Segurança vão ter os aumentos e os professores
recuperar o tempo que Passos Coelho queria definitivamente perdido. A seguir,
os militares do Exército, verão os seus vencimentos subir com os da GNR. Todas
as carreiras estagnadas vão acelerar. Todos os impostos vão baixar e o PIB continuará
a subir acima do da UE.</p>
<p class="MsoNormal">Os Polícias, GNRs, procuradores, professores, médicos e,
principalmente o PR viram os esforços coroados de êxito, êxito para que a PGR
contribuiu. O PR, que interpreta os superiores interesses da Nação, farto de
ser contrariado pelos eleitores, dissolveu a AR para lhes dar a oportunidade de
votarem melhor, para não terem de repetir.</p>
<p class="MsoNormal">A CAP, as Ordens, os empregadores, o Dr. Marques Mendes, o
ADN, a D. Isabel Jonet, os Sindicatos dos Magistrados, os prestamistas e os
bombeiros exultam.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></p>
<p class="MsoNormal">A paz desta semana mostrou que valeu a pena substituir o
governo. Até o professor que dormia no automóvel se conformou com um quarto. O
partido que partiu para eleições cansado, segundo Marques Mendes, e que, depois
da maioria absoluta, tinha o PM que ameaçava cumprir a legislatura obrigou à
dissolução da AR para ser afastado.</p>
<p class="MsoNormal">A PSP, como prometeu Ventura, cumpriu a obrigação de
assegurar o transporte de votos para as mesas eleitorais. A ameaça do dirigente
sindical era a brincar e, em vez de preso, há de ser promovido e, quiçá,
condecorado pelo dono das veneras.</p>
<p class="MsoNormal">O país já tem habitações condignas para todos, a inflação já
cedeu, o desemprego jovem acabou, os emigrantes jovens fazem bicha nos
aeroportos para o regresso e os baixos salários extinguiram-se com a redução de
impostos para os que os pagam.</p>
<p class="MsoNormal">Os telejornais voltaram à normalidade e os velhinhos passam
a dormir sem medo de que os queiram vacinar contra a Covid e libertos da
eutanásia, porque o sofrimento redime.</p>
<p class="MsoNormal">Afinal, havia petróleo no Beato e o malandro do António
Costa não dizia! Há de penar sem saber de que é acusado. E merece. Ainda haviam
de o convidar para algum cargo sem descobrirem o perigo que viram nele o PR e a
PGR!</p>
<p class="MsoNormal">Apostila – Para os que não apreciaram o sacrifício do PR ao
serviço da Pátria, convido-os a refletir no sofrimento pela privação de selfies
e de viagens, especialmente ao Brasil. E no trabalho que vai ter com a
transferência da formação do Governo de S. Bento para Belém.<o:p></o:p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-47616938810683482592024-03-17T16:59:00.004+00:002024-03-17T16:59:44.644+00:00Tragédia na Praça da República – crónica (3662 carateres)<p>Em 1938 Salazar e o Estado Novo garantiam à Pátria ordem e
segurança. A Legião e a Mocidade Portuguesa eram, desde 1936, instrumentos de
enquadramento ideológico e de defesa dos valores nacionalistas.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O País vivia satisfeito com o homem que, segundo confidência
posterior da freira Lúcia, vidente em Fátima, ao Cardeal Cerejeira, fora
enviado pela Providência, desígnio que os hereges contestavam e os crentes
repudiariam muitos anos depois.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Por toda a Europa florescia o fascismo e os autóctones
nutriam-se de propaganda e das tradições religiosas. Em S. Bento, Salazar
imitava Mussolini, cuja fotografia exibia na secretária do seu gabinete, mas
sem os arroubos folclóricos do ideólogo nas ruas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os tambores da guerra rufavam e as cordas do nacionalismo
vibravam em toda Europa. Em Portugal cultivava-se a fé, o analfabetismo e a
miséria. Festas e procissões eram o divertimento que empolgava as massas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No início de julho de 1938, Coimbra vivia o entusiasmo dos
anos pares com a procissão da Rainha Santa, com o andor de uma tonelada a
percorrer a Baixa, vindo do convento de Santa Clara aos ombros de 24 mancebos
que alombavam a pesada padiola até à Rua da Sofia e, no regresso, em sentido
inverso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Para juntar a fé e a festa profana lembrou-se o edil de
Coimbra, Ferrand Pimentel de Almeida, de solicitar à Legião Portuguesa, ou esta
ao edil, uma exibição para provar a eficácia dos meios de salvamento em
situações de catástrofe.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Deve aqui o cronista fazer um parêntese para dizer que a
Legião Portuguesa promovia em várias cidades cursos de Defesa Civil do
Território ensinando a colar papéis nos vidros das casas, para evitar a quebra
com eventuais explosões de bombas, e encenando fogos que os bombeiros
rapidamente apagariam. Esses cursos mantiveram-se depois da guerra até à década
de sessenta e os edis, nomeados pelo ministro do Interior, garantiam os meios
necessários.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Voltemos, pois, a essa segunda-feira da festa da Rainha
Santa que ficaria na história pela tragédia que há cinquenta anos ainda ouvi
referir diversas vezes pelos que a recordavam com amargura e, sobretudo, pelos
que a usavam para ridicularizar a ditadura.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Entre os espetáculos previstos, exposições, feiras de
gastronomia e artesanato e provas desportivas, o exercício de salvamento
provocava a maior animação. A noite, foi para a noite que o espetáculo fora
montado, seria iluminada pelo clarão de chamas por entre as quais circulariam
macas com as vítimas salvas do incêndio para gáudio da populaça.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Na Praça da República foi construído um edifício de madeira
de 4 andares para mostrar a eficácia dos bombeiros no simulacro de um fogo que
seria ateado para mostrar que os bombeiros estavam preparados para o salvamento
de pessoas e bens nas habitações.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Próximo do incêndio, sentadas em cadeiras, as melhores
famílias desfrutavam, como no teatro, os melhores lugares e exibiam a
ascendência. Atrás, de pé, milhares de pessoas. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A multidão aguardava impaciente o primeiro fumo e dentro, à
altura dos quatro andares, aguardavam varredores do lixo como figurantes. Foi
ateado o fogo, e o fogo não pegou. Deitaram mais combustível e o incêndio
irrompeu furioso. Os bombeiros ainda não tinham chegado e já se ouviam gritos
vindos do edifício em chamas. Os gritos tornaram-se lancinantes e os bombeiros
não apareciam. Das janelas atiraram-se as vítimas, em desespero. Dizem que foi
breve a consumação da tragédia. Morreram 11 pessoas entre os que se estatelaram
e os carbonizados. A multidão dispersou horrorizada.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dois dias depois saíram da Sé Nova 11 caixões acompanhados
pelas autoridades civis, militares e eclesiásticas. No funeral, à frente da
multidão, seguiam o bispo, o presidente da Assembleia Nacional, o edil e altos
dignitários militares, civis, religiosos e da Legião Portuguesa no pungente
adeus às vítimas do fracasso do salvamento. Então já tinha morrido outra
vítima, mas do posterior funeral desta não encontrei registo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Apesar de tantos mortos e tão poucos milagres não esmoreceu
a fé na Rainha Santa e a procissão continua com o desfile ora enriquecido com
cavalos da GNR e sem exercícios de incêndios simulados.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em 1938 os varredores do lixo foram incinerados em Coimbra,
e o País manteve o lixo da ditadura por mais três décadas e meia à espera de
incineração numa madrugada de abril.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Coimbra, 10 de março de 2024<o:p></o:p></p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11054299.post-20602936334825605682024-03-17T00:00:00.002+00:002024-03-17T17:02:36.441+00:00Marcelo - O PR<p>Os que conspiraram contra a democracia são agora os que, invocando a defesa, pedem ao PS uma oposição construtiva, isto é, a capitulação.</p><p>Marcelo diz-se preocupado com o Chega, de cujo crescimento foi o principal responsável, mas a sua maior preocupação é ter a esquerda como única oposição e sentir que será julgado pelo golpe com que julgou afastá-la definitivamente.</p><p>É um triste fim de mandato para quem destruindo a honra alheia acabou por destruir a sua.</p><p>Quando um PM é levianamente acusado e demitido, não é a corrupção que se investiga, é o Estado de direito que fica refém e a democracia sequestrada.</p><p>O País compreende que é preciso manter refém António Costa para que o clamor não se levante antes da posse de Luís Montenegro cujos resultados eleitorais precisaram de ser adicionados aos do CDS e PPM para ocultar a derrota do PSD, mas, depois disso, ou se diz de que é suspeito o ainda PM ou nunca mais se desvanece a suspeita da urdidura do golpe de Belém através da PGR. </p>Carlos Esperançahttp://www.blogger.com/profile/17078847174833183365noreply@blogger.com0