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A mostrar mensagens de fevereiro, 2011

"Falar à mão"?...

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Primeiro o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos , e depois José Sócrates , admitiram hoje, na II Conferência da Reuters/TSF, em Lisboa, o cenário de atingir o objectivo do défice. “ Se a execução orçamental vier a revelar que são necessárias mais medidas, tomá-las-emos, mas, até ver, não temos indicação nesse sentido ”, disse Sócrates, lembrando que a execução orçamental de Janeiro deixa o Governo ‘ tranquilo ’...” economia.publico.pt O último PEC foi revelado aos portugueses como um programa datado. Até 2013. A discussão do OE de 2011 começou em Outubro, atravessou inúmeras peripécias e terminou com a votação final global em 26 de Novembro passado, com os votos favoráveis do PS, a abstenção do PSD e o voto contra do CDS-PP, BE, PCP e PEV. Isto é, há 3 meses! A execução orçamental em Janeiro – segundo os dados disponibilizados - " correu bem ", embora a despesa pública não tenha descido o esperado. Sendo assim, não se percebe o aviso de Teixeira dos Santos, corroborado

A regionalização e os seus inimigos

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Não são os barões A Regionalização, que os deputados constituintes aprovaram e numerosos pretextos serviram para adiar, torna-se cada vez mais urgente e indispensável. Bastam as alterações demográficas para aumentar o anacronismo da divisão administrava que herdámos da ditadura, agravada por concelhos e freguesias criados ao sabor dos interesses eleitorais. Parece existir uma estranha conspiração urdida para evitar a racionalização administrativa que há muito devia ter tido lugar com as cinco regiões-plano que  servem de matriz coerente. Desde os desmandos e provocações dos governos das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores onde os abusos autóctones criaram receios no país, até às lutas internas no PS e no PSD, passando pelo desamor do actual inquilino de Belém e o recente desinteresse do PM, tudo se conjuga para adiar para as calendas gregas a Regionalização, enquanto permanecem 18 distritos com parca utilidade. O peso do aparelho do Estado português e a dimensão faraónica 

KADAFI: O inexorável trânsito das extravagâncias políticas e comportamentais ao TPI…

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Kadafi, o "eterno" coronel, excêntricamente fardado... O levantamento popular na Líbia é um na sua essência um problema político. Uma revolta dos cidadãos contra um regime opressivo, ditatorial e cleptocrático. No actual contexto da situação político social do Norte de África e do Médio Oriente, integra-se na gigantesca “onda” de libertação dos povos de obsoletos despotismos que conduziram as suas populações a uma situação de subdesenvolvimento e de miséria. E a associação destes dois últimos vectores será o motor que incendeia o desejo de mudança e a torna inadiável a caminhada para a Liberdade. Muito está por decidir quanto ao futuro desta região. Mas, desde logo, as manifestações populares têm um cariz marcadamente libertador. O desenvolvimento imediato do processo político e, nomeadamente, as questões relativas aos futuros regimes, colocam o Mundo em tensão, com especial acuidade o “Ocidente” que de certo modo interferiu na manutenção das ditaduras que estão a desmoronar

Assim vai a corporação

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O Supremo não consegue fazer obedecer-se.

Janta a sério !!!

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WikiLeads: O desdenhoso pensamento "gringo” sobre a política de Defesa nacional…

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Embaixador Thomas Stephenson Hoje, os cables divulgados pela WikiLeaks oriundos da Embaixada dos EUA em Lisboa, publicitadas pelo Expresso, começaram a revelar “histórias” sobre a nossa política de Defesa. link Factos nada abonatórios para um País que – da leitura dos poucos documentos disponíveis – mostra um Estado sem rumo definido quanto às questões de Defesa nacional, à deriva sobre as estratégias de Defesa Europeia e na sombra de condicionamentos transatlânticos [OTAN]. É uma política de Defesa nada transparente e muito pouco soberana. O Instituto de Defesa Nacional [IDN] há um mês – Janeiro de 2011 – definiu novos vectores de investimento estratégico privilegiando os seguintes projectos: - Brasil e Atlântico Sul; - Estratégia e Política Internacional; - O Mar e o Interesse Nacional; - Política de Defesa Nacional; - Política de Segurança e Defesa Europeia; - Relações Transatlânticas; - Segurança e Desenvolvimento em África. Seria bom que as linhas estratégicas, recentemente def

Queixa no TPI contra o Papa

Dois advogados alemães apresentaram uma queixa no Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o Vaticano. O tribunal terá de decidir se acusa Bento XVI de “crimes contra a humanidade “. Se isso acontecer, será a primeira vez que um Papa é processado pelos tribunais civis.

Carnaval antecipado? ...

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Alberto João Jardim integra painel de comentadores na TVI "Depois de a confirmação de José Alberto Carvalho e Judite de Sousa rumarem à TVI, a estação de televisão informou hoje que Alberto João Jardim vai integrar a equipa de comentadores. O presidente do Governo regional da Madeira vai fazer análise política às segundas-feiras, e estreia-se já na próxima segunda-feira no ‘Jornal do Dia’, de Henrique Garcia." destak.pt Bem. Deveria começar de segunda a oito. Isto é, em pleno Carnaval. Assim, a TVI soma um erro de casting a um erro de timing ...

Num País civilizado à beira mar plantado...

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Pistola eléctrica Taser... publico

Origem dos terramotos

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Investigação teológica

Jamahiriya e o fim trágico de uma utopia…

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O jovem coronel Muamar Kadafi , após o derrube , em 1969, do rei Idris – uma consequência da II Guerra Mundial - concebeu para a Líbia uma sociedade dividida em clãs e tribos com imensas diversidades culturais e interesses antagónicos um “regime popular de massas” apoiado em “comités populares” [que actuavam diversos níveis da organização tribal] tendo reservado para si o papel de “líder revolucionário” ou de “guia da Revolução” . Passou a denominar oficialmente a Líbia como: Grande Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia cujo órgão máximo do poder seria o “Congresso Geral Popular” , emanado dos comités locais. Jamahiriya é um neologismo criado por Kadafi, em 1977, que transpôs para o seu “Livro Verde” [onde colecta as ideias-chave do regime] e deriva do conceito jumhūrīya [que em árabe significa República] para designar um “estado de massas” emanado de uma “democracia directa” . Para conseguir esse objectivo “desconstrói” com “éditos revolucionários” – dois são fulcra

História da emigração (Conto)

Delfina de Jesus e Simão Borrego casaram muito novos, no início da década de sessenta. Tinha ela acabado de fazer 18 anos e ele 19. E não foi por haver mouro na costa, que é como quem diz ir ela já prenhe, infâmia de solteira que na aldeia o matrimónio lava ou as facadas de pai ou irmão reparam. Nada disso. Mas também não mereceria o ramo de laranjeira com que se apresentou na Igreja, descaramento murmurado por mulheres vigilantes e amigos do noivo que várias vezes viram desaparecer o casal por trás dumas fragas, enquanto eles se entregavam à prática do pecado solitário, ignorando os riscos da cegueira e da tuberculose com que o Senhor Padre repetidamente os prevenia na confissão e nas homilias. Nunca se atreveram a aproximar-se pois sabiam da perícia com que Simão punha uma pedra no sítio que pretendia, corno de cabra rebelde incluído, perícia de pastor que os mantinha em respeito, e limitavam-se a imaginar primícias saboreadas, corpos que se fundiam em êxtase, prazeres fantasiados,

Factos & documentos

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  Justiça alemã diz que cônsul abriu portas a Barroso

O trilema egípcio

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Excelente cartoon, de Bennett

Angariador de milagres

O postulador da causa de beatificação e canonização do papa João Paulo II, monsenhor Slawomir Oder, pediu para os fiéis relatarem novos supostos milagres atribuídos ao Pontífice . Segundo ele, é importante que todos colaborem para que o processo siga adiante e, após a etapa da beatificação, chegue à da “santidade”.

Visão "canina" da revolta popular na Líbia...

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"I am in Tripoli and not in Venezuela. Do not believe the channels belonging to stray dogs"... blogs.aljazeera "Estou em Trípoli e não na Venezuela. Não acreditem nos canais pertencentes aos cães vadios" ... Declaração telegráfica de Muamar Kadafi, ontem, na TV oficial líbia.

Uma cultura a erradicar

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Em Portugal, a fraude fiscal goza de benevolência e não inibe o exercício dos mais altos cargos públicos.

Casamento promíscuo

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Para memória futura

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"O segredo de justiça em Portugal é uma fraude" (DN)

Eleições alemãs: O amansar da fera…

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A estratégia de defesa do euro, no decurso da actual crise, tem sido dominada pelas concepções financeiras, económicas e políticas da chanceler alemã Angela Merkel . A líder da União Democrata-Cristã [CDU] tem desenvolvido uma política conservadora que tem influenciado toda a Europa. No decurso das eleições regionais alemães, hoje, sofreu o primeiro grande revés. Na Cidade-Estado de Hamburgo, terra donde é natural, o candidato da CDU, Christoph Ahlhaus, obteve 20.5% dos votos, sofrendo uma inequívoca derrota para o social-democrata Olaf Scholz [49.5% dos votos]. euronews Este foi o primeiro dos 7 actos eleitorais dos “Landers” e, era considerado pelos analistas importante, para a sobrevivência política de Merkel, à frente dos destinos da Alemanha. Em Março, realizam-se as eleições em Baden-Wuerttemberg onde – segundo as projecções - a CDU corre novamente o risco de ser derrotada. Começa, assim, um novo ciclo político que é caracterizado pelo empalidecimento da sustentabilidade

Palpite de um merceeiro de sucesso

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Crise alimentar, insurreições populares e futuras guerras…

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Os levantamentos populares no Norte de África e Médio Oriente traduzem a vontade de mudança e de libertação dos povos concretizada na luta pela queda regimes opressivos dirigidos por ditadores, suportados por uma elite autóctone [política e/ou religiosa] envolvida na pilhagem dos recursos económicos e financeiros locais, na corrupção sistémica através do aparelho de Estado ou, ainda, receptores das “ajudas externas”. Mostraram ao Mundo que a ocupação das chefias [políticas] nacionais por um conjunto de títeres ao serviço de interesses internacionais, concertados num vasto quadro estratégico mundial onde, desde as mortíferas fanfarronices de G.W. Bush e a paranóia do combate ao terrorismo, atingiu níveis insuportáveis e incompatíveis com as liberdades individuais e, simultaneamente, contribui para eternizar no poder regimes fantoches. Mas existem outros factores para além das questões políticas. Na verdade, a persistência destes opressores no poder, acabou por trazer à superfície questõ

Esta direita sem vergonha e sem memória

Para quem tem memória curta e acusa o actual Governo – talvez com razão, mas com falta de pudor –, de colocar correligionários na direcção dos Centros de Segurança Social, deixo aqui um texto que publiquei no «Expresso» na secção de “Cartas”: A radical limpeza étnica levada a cabo por Bagão Félix, ao abrir de uma assentada 18 vagas de directores distritais da Segurança Social e igual número de directores-adjuntos, para gáudio de outros tantos cidadãos ansiosos de provarem a sua “identificação com a missão”, pode causar suspeitas de compadrio partidário. O método faxista (através de fax) de exonerar de forma expedita e em simultâneo todos os dirigentes pode criar a ideia de irreflexão, sem ter em conta a avaliação do mérito individual dos atingidos, ou a suposição de ter agido por vingança para com os protagonistas de um ministério emblemático da gestão socialista. Com  tantos fiéis à espera dos lugares, a demissão de trinta e seis dirigentes pelo piedoso ministro corre o risco de

Mundo Árabe - Eppur si muove

El Gobierno retira al Ejército y a la Policía.- Los opositores gritan en la plaza: " Queremos la caída del régimen" y "ni suníes ni chiíes, somos bahreiníes "

Mediáticas e insondáveis alarvices...

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E se todos nós, ilustres cidadãos, começássemos a falar de instituições bancárias, engenharias financeiras, sistemas de crédito, operações bolsistas, projectos de enriquecimento rápido, de Fundações de Arte, etc.? Não apareceria alguém a mandar calar a turba? Não nos puxavam pelas orelhas? Não nos arrancavam a língua? Não levávamos uma roda de ignorantes? Então como é possível dizer tantos dislates em tão pouco espaço e merecer honras de publicitação? jornal de negocios Irra! Já nos basta o Medina Carreira...

Sur la bonne voie...

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Marek Rybinski - foto dnia/news/polski Cerca de 1 mês após a fuga de Ben-Ali, a Tunísia, enfrenta as primeiras questões sobre a laicidade do futuro regime. O rastilho que acabou por provocar a primeira manifestação pela laicidade na Tunísia foi o assassínio de um pastor católico polaco, Marek Rybinski , nas proximidades de Tunes, ao que parece, envolvendo esbirros "benalistas" . O governo interino da Tunísia apressou-se a condenar este atentado à vida e a intolerância religiosa que lhe está subjacente. No entanto, é de registar que o principal movimento islamita tunisino, Ennahda, também condenou, veementemente, esta morte. Mais, o Ennahda, denunciou este caso como "uma manobra para desviar os tunisinos dos objectivos da revolução" ... liberation.fr Entretanto, na rede social Facebook circula uma petição mais concreta: "Por uma Tunísia laica" e "Fim aos actos extremistas" ... Comentário: No bom caminho!

PALESTINA: Insanáveis contradições da política externa americana…

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Os EUA têm sentido algumas dificuldades em lidar com a actual situação insurreccional que se vive no Norte de África e Médio Oriente. Não vale a pena mistificar nem complicar a situação. Trata-se de países submetidos a ferozes regimes ditatoriais [nas suas múltiplas modalidades] que, em nome da “perigosidade do islamismo”, beneficiaram de ampla protecção política e económica do Ocidente, nomeadamente, dos EUA. Esta posição, por mais voltas de que dê, entronca-se no arrastado conflito israelo-palestino e tem determinado a política expansionista de Telavive [ver acima mapa "evolutivo"]. Os EUA tentam acompanhar [influenciar] – de modo subtil e discreto – o curso dos acontecimentos nos Países que se libertaram [ou lutam para libertar-se] dos seus ancestrais regimes despóticos, com o intuito de salvaguardar a possibilidade que o processo de mudança em curso venha a desembocar em “Estados Islâmicos”, facto que destruiria os equilíbrios estratégicos concebidos para essa região. Par

Registo Civil Obrigatório – 1.º CENTENÁRIO

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Em 18 de Fevereiro de 1911, há cem anos, a inscrição obrigatória de todos os portugueses no Registo Civil, independentemente da confissão religiosa, a República transferiu da esfera paroquial para a tutela do Estado o registo das pessoas que passaram a ser cidadãos sem necessidade de baptismo. A lei que instituiu o Código do Registo Civil precedeu a promulgação da Constituição da República Portuguesa e obrigou a que todos os registos paroquiais (baptismos, casamentos e óbitos) anteriores a 1911 gozassem de eficácia civil e fossem transferidos das paróquias para as Conservatórias do Registo Civil, recém-criadas. Laicizaram-se os nascimentos, casamentos e óbitos passando a actos civis as meras cerimónias litúrgicas da religião do Estado. Em breve, em 20 de Abril de 1911, a "Lei da Separação da Igreja do Estado daria à República o carácter laico que a colocou na vanguarda da modernidade. Não foi pacífica a medida que transferiu o monopólio dos padres católicos para os funcionário

O pântano da reformas, estruturas e superestruturas…

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Ontem, Pedro Passos Coelho, na grande entrevista [RTP1] voltou a repisar o tema das “reformas estruturais” . No seu entender, isto traduz-se na “racionalização da Administração Pública e do Sector Empresarial do Estado…”. link E, para o dirigente do PSD, racionalizar é “cortar”. Se é verdade que este é um assunto candente, i. e. , a UE tem, recorrentemente, insistido nesta tecla perante os programas de estabilidade e crescimento que lhe são apresentados, é evidente que a concepção reformista centrada em cortes é, confrangedoramente, redutora. “Reformas estruturais” é um chavão que os portugueses ouvem há dezenas de anos…sem perceberem o seu significado, muito menos o seu real alcance. A luminosa visão de Pedro Passos Coelho, expandida no citado programa televisivo, de que as empresas púbicas têm “administradores, carros e motoristas” a mais, sendo um facto incontroverso, é demasiado vulgar. Mais parece uma boçal conversa de café. Muitos portugueses partilham a convicção de que a refor

Bodo aos pobres...

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A situação política e social nos países de maioria muçulmana no Norte de África e no Médio Oriente, como temos vindo a observar, é explosiva. As causas profundas desta crise são múltiplas e vão desde a corrupção, passando pelo despotismo até ao “código de vida islâmico” ... Estas situações têm merecido a complacência – quando não o apoio público - do Ocidente em nome de equilíbrios políticos que têm como denominador comum a estabilidade. Muita dessa estabilidade tem um cheiro nauseabundo, uma consistência viscosa e cor castanho escuro, i. e., o petróleo… Mas, tomemos como exemplos dois países em “convulsão”: O Bahrein e a Líbia. Perante a “onda” de descontentamento popular, face aos “dias de raiva” que fizeram – para além da repressão - os vitalícios déspotas? No Bahrein , o emir Hamad bin Issa al-Khalifa distribuiu 3000 US dólares por cada família para assinar o “10º. aniversário da Carta de Acção Nacional” e “como prova de apreço ao povo”… link Na Líbia , Muammar al-Khadafi propôs a

Diploma estratégico…

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O governo aprovou um diploma que prevê a extinção do número de eleitor. Trata-se de uma decisão para aplicar a partir de 1 de Janeiro de 2013. link Esta decisão foi criticada pelas oposições parlamentares apodando-a de “precipitada” , ou mais drasticamente, como um “tiro no escuro” , “um passo muito arriscado” , etc. Independentemente da necessidade de resolver um problema eleitoral que as últimas eleições presidenciais levantaram e que colocaram membros do Governo na senda de uma imputada responsabilidade política, esta medida tem, na actual conjuntura, um alcance estratégico. Estando o Governo sob o fogo das oposições este é um sinal, para o País, de que o Executivo está determinado em cumprir a totalidade do seu mandato . Ou seja, ao postergar a sua aplicação para 2013 manifesta a convicção que não prevê a hipótese de eleições intercalares...

Foram-se as indulgências (conto)

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Jerónimo Felizardo estava a aliviar o luto a que a perda da amantíssima esposa, Deolinda, o obrigara. Não se pode dizer que lhe fora muito dedicado em vida nem excessivamente fiel. Mas habituara-se a ela como um rafeiro ao dono que o acolhe. Sentia-lhe agora a falta. Deolinda de Jesus dera-lhe tudo. Mesmo tudo. Até o que é obrigação e nela nunca foi devoção e, muito menos, entusiasmo. Deu-lhe independência económica, boa mesa, respeito e uma filha. Deixou-lhe uma pensão de professora, metade do ordenado do 10.o escalão, que acrescentava a outros proventos e o punham ao abrigo de sobressaltos. Com a filha não podia contar. Fora para Lisboa frequentar a Universidade Católica, a cujo curso e influência deve hoje o desafogo em que vive e o lugar importante no Ministério. Metera-se no Opus Dei e enjeitou a família. Mesmo a mãe, a quem fora muito chegada, só lhe merecera duas breves visitas nos três anos de doença prolongada com que Deus quis redimi-la do pecado original.

Berlusconi em maus lençóis

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In Público, hoje

Acabar com o folhetim…

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Desmontada – como parece que está - a questão do voto de censura anunciado pelo BE é tempo de acabar com este folhetim que ocupou a “classe política” portuguesa nos últimos dias. De facto, a voluptuosa efervescência que nasceu - e cresceu - à volta do tremendo erro político que foi protagonizado pela direcção do BE, poderá ter efeitos perversos e acabar por ferir a confiança dos portugueses em relação ao Governo e às Oposições. Ninguém fica de fora! A já dissecada infantilidade da posição BE induziu respostas desconformes. Conduziu a uma “dramatização” excessiva e desproporcionada do ambiente político nacional reveladora de uma imaturidade que um regime com 37 anos de percurso parecia ter ultrapassado. Criou - vemos com um distanciamento histórico de menos de 1 semana – aquilo que hoje podemos considerar “uma tempestade num copo de água” . A moção de censura nasceu pejada de pecadilhos, politicamente inconsistente, com um incompreensível timing , titubeante para os próprios protagonis

Uma nova "rua árabe” ? …

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Os recentes acontecimentos ocorridos na Tunísia e no Egipto reavivaram no Ocidente uma velha questão: a islamização desses Estados. Este receio, condicionou uma perversa complacência dos Países ocidentais para com os regimes tirânicos e despóticos que, durante o séc. XX, aí se foram instalando, i. e., na era pós-colonial. Mas, o Ocidente, saltou do receio para o pesadelo com a queda do Xá da Pérsia, em 1979, seguida da implantação de um regime teocrático, regido pela lei islâmica [sharia]. Assim, a pergunta que paira no ar é: que rumo tomarão este Países que se libertaram de ditaduras ? Nestes 2 países as revoltas desenrolaram-se sem que o islamismo desempenhasse um papel preponderante. Na verdade, ambos os regimes ditatoriais [tunisino e egípcio] perseguiram e condicionaram a possibilidade do islão político influenciar o seu exercício autocrático do poder. E estes povos, maioritariamente muçulmanos, uma vez libertos dos ditadores, qual o papel que reservam para o “Islão político” ? As

Moções & Emoções...

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O Bloco de Esquerda [BE] anunciou no último debate parlamentar – depois de desafiar José Sócrates a apresentar uma moção de confiança na AR – que, no dia 10 de Março, apresentaria uma moção de censura ao Governo. E explicou porque datou esta moção. O PR toma posse a 9 de Março passando, a partir desse dia, a exercer a plenitude das suas competências constitucionais. Isto significa que o BE pretende credibilizar a sua moção carregando-a com todas as consequências políticas, i. e., provocar a queda do Governo e Eleições Legislativas antecipadas. Este anúncio caiu de supetão na AR. Desencadeou uma imediata reacção do 1º. Ministro, na própria AR, resposta que começou com sorrisos nos lábios para acabar com um tom de alguma altercação. Todavia, este arremedo político tem, por detrás, alguma história. Na verdade, há cerca de uma semana, o PCP , pela voz do seu secretário-geral, Jerónimo de Sousa, tinha aventado a hipótese de apresentar uma moção de censura ou, então votar favoravelmente qua

PICARDIAS DO BLOCO DE ESQUERDA

O Bloco de Esquerda é um agrupamento de intelectuais de café, sem qualquer implantação popular, constituído por uma aliança espúria de ex-trotzkistas, ex-estalinistas, ex-maoístas e uns/umas aristocratas gauchistas que acham demasiado plebeu ser do PC ou do PS. De tal mistela nunca poderia sair nada de bom. Em todos os países da Europa existem grupelhos assim, mas são exotismos sem qualquer expressão política relevante. Em Portugal, porém, graças às vicissitudes do salazarismo e do PREC, dá-se a bizarria de um tal agrupamento conseguir ter uma dúzia de deputados na Assembleia da República e uma desproporcionada expressão na comunicação social. Tal bizarria tem causado enormes prejuízos à Esquerda e ao País. Ainda há pouco isso se viu nas eleições presidenciais. A prometedora candidatura de Manuel Alegre foi ferida de morte pelo presente envenenado que constituiu o apoio que lhe foi manifestado pelo BE. Os resultados eleitorais confirmaram o que já era previsível: tal indesejáve