A beatificação do bispo salvadorenho D. Óscar Romero

O Papa Francisco, ao beatificar, sem necessidade de criar um milagre, Óscar Romero, assassinado durante a missa por um esquadrão de extrema-direita, tomou uma nobre e corajosa decisão e fez justiça a um defensor dos direitos humanos, mártir da liberdade.

Corre riscos, tal como Óscar Romero, mas a sua decisão ficará na História para redimir a Igreja católica do passado cúmplice com as ditaduras e das posições do lado errado da vida e da História.

Ao honrar o grande defensor dos direitos humanos não prova a existência de Deus mas prova à saciedade a enorme coragem de que um homem de bem é capaz.

Para um ateu democrata, laico e republicano, é uma honra prestar homenagem ao gesto do papa católico, associando-me na homenagem ao clérigo que deu a vida pelos pobres na luta pelos direitos humanos.

Comentários

e-pá! disse…
Uma interessante entrevista foi publicada hoje no El País link.

Claro que não existem opiniões blindadas e inexpugnáveis. Esta poderá estar contaminada pelo entrevistado ser jesuíta….

Mas não deixa de ser importante a conotação da actuação do bispo Romero com a ‘Teologia da Libertação’.
Tanto mais que a paredes meias com o actual dirigente da ICAR ainda sobrevive Ratzinger o carrasco dessa teologia (enquanto perfeito da Congregação para a Doutrina da Fé /ex-Santo Ofício) e executor público da sua figura carismática – Leonardo Boff.
Emmanuel disse…
Oscar Romero era da Opus Dei
e-pá! disse…
Não é de espantar. A ICAR é um viveiro de (ecuménicas)contradições.
O jesuíta, no artigo do El Pais, sai em defesa da decisão de Francisco já que é bem visível o incómodo que esta beatificação causa a alguns sectores da Igreja.

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