Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Uma farsa improporcional...
Na verdade, o xeque palestino Taisir al-Tamimi que, mais uma vez, publicamente interpelou o papa - nunca (penso eu) terá sido convidado para proferir uma homilia na Catedral de S. Pedro.
Segundo consta, já teve de ouvir - em circunstâncias idênticas - João Paulo 2, tendo, então, também, interrompido a pia prelecção...
E, o citado xeque, ao ouvir Bento 16 tecer uma rebuscada retórica sobre o diálogo inter-religioso que, sendo eterno pretexto de discursos, mas não ata nem desata na solução do problema israelo-palestino, limitou-se a exigir uma Paz Justa no Médio Oriente...
[*] expressão do xadrez: lance fatal que põe fim ao jogo...