Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
falar de socialismo na China, hoje ou no passado, é uma ingenuidade inesperada e surpreendente.
O capitalismo não vai avançar em breve, porque já avançou há muito.
E a maior contradição chinesa é vermos o exército vermelho chinês a manter na linha a força de trabalho chinesa, e a servir de cão de guarda aos patrões ocidentais.
Curiosamente, isso permite ao mesmos patrões ocidentais pôr na ordem a força de trabalho ocidental. Reduzindo-a ao medo, tirando-lhe direitos de um século de lutas. A globalização e a deslocalização é no que dão.
Claro que esse mundo absurdo não durará muito. Mas entretanto folgam as costas e sobem os lucros.
Até estranho não terem sido abatidos!
Viva a democracia!