Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Penso que a sua nomeação para presidir ao grupo de reflexão sobre o futuro da UE é uma aposta certeira.
Embora não sendo conhecida a configuração total deste "grupo", tenho as maiores reservas se essas reflexões vão corresponder ao esperado por Sarkozy, o grande promotor deste grupo de "sábios" (como lhe chama).
Para já, temos a declaração prévia (à integração neste grupo) expressa por Felipe Gonzalez sobre o seu apoio à entrada da Turquia na UE. Exactamente nos antipodas de Sarkozy.
Ficaria mais uma vez desiludido se o trabalho desta comissão fosse, uma vez apresentado, para arquivar.
Mas a UE se, nesse momento, ainda for dominada pelo agrupamento político que é centralizado pelo Partido Popular Europeu, nem vai querer ler o relatório.