Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
De facto, quando a hipocrisia fala tão alto, nada mais há a dizer!
1º) por culpa própria (dos candicatos) que saiem fora dos limites da urbanidade necessários a um bom e esclarecido debate;
2º) o "comando" da campanhas eleitorais por empresas de marketing "político" e de promoção pessoal, veio agravar, ainda mais, a precária situação anterior.
Finalmente, a conjugação dos 2 factores anteriores impossibilita ou dificulta os consensos necessários na fase tardia do timing pré-eleitoral.
Pior, este modelo americano, "withdraw skeleton closet", está a fazer carreira no Mundo. As eleições russas, p. exº., mostraram isso à saciedade.
Depois nascem os problemas por detrás das "mafias políticas".
À atenção dos eleitores a quem cabe por cobro a esta deriva democrática. Punir a sujidade, devia ser a palavra de ordem!