Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Mas vc quer mesmo reformar a ICAR?
Deixe-se disso!
Eles que se amanhem. O que devemos é pedir, é exigir que a força da lei lhes entre pela porta dentro,sempre que se organizem am mafias. Sejam financeiras, políticas, de corrupção, de tráfico de armas e de pedofilia.
Isto sim deve constituir uma preocupação. Agora se eles se casam ou não, é lá com a agremiação a que pertencem!
Cumps.
A meu ver – e sem pretensões de querer “reformar a Igreja” - a persistência do celibato, no seio dos clérigos da ICAR, associada à exclusão das mulheres do múnus religioso são, actualmente, sérios empecilhos à sua sobrevivência.
Como diz o post trata-se de uma "coisa" obsoleta, corporizada por um papa, de igual modo, prisioneiro de uma degradante e decadente obsolescência.
No passado, a pedofilia no seio da Igreja era, pura e simplesmente, ocultada.
Actualmente, a Humanidade não perdoa tais práticas e, cada vez mais, esses nefastos e criminosos clérigos estão a ser confrontados com a pública prestação de contas em tribunais civis, perante a humilhação da hierarquia religiosa, muitas vezes comprometida com os ancestrais métodos de "ocultação".
A incriminação de todos os cúmplices, qualquer que seja o seu grau hierárquico, será o passo qualitativo para a ICAR tomar consciência de tão nefandos crimes.
Até lá o Vaticano tenta contentar o Mundo com as "lágrimas de crocodilo" que, piedosamente, vai derramando... para cada novo caso que se torna conhecido.
Hoje, em consonância com a evolução do Mundo, tais "encobrimentos" não são mais possíveis e, irremediavelmente, afectarão a idoneidade e a continuidade das pretensões hegemónicas do Vaticano, num latente conflito religioso que, Bento XVI, em múltiplas e, por vezes, desastradas intervenções públicas, não se inibe de alimentar e exacerbar…