Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Um cavaleiro de triste figura, mas sem o pendor trágico do autêntico.
Ficaria o cómico, não fosse tão triste.
Ou como revelar a solidariedade cristã, aos egrécios.
A bem do Regime.
Ficamos a saber que a saga do 'bom aluno' levou a Direita portuguesa a integrar uma infindável hipocrisia, uma insuportável insensibilidade e uma impiedosa rudeza, cartilha de valores que regem os inimputáveis credores onde nada é real ou compreensível, para além dos cifrões.
Só que as instituições internacionais (ainda) tentam adoptar um linguajar cauteloso.
Por cá, seja em S. Bento ou em Belém, a mediocridade tomou conta da ocorrência (eleições gregas) e um saloio diletantismo saltou para a ribalta.
De facto, o dito 'resgate' empobreceu-nos brutalmente no campo social e económico e fez que uma escondida 'pobreza de espírito', de alguns dos nossos dirigentes políticos, aflore à luz do dia. Para nossa incomensurável vergonha.
Ontem, o PR, ao perorar sobre a mais recente 'crise europeia' derramou sobre os portugueses uma vergonhosa concepção da Europa e do Mundo.
Ficamos conscientes que não reside em Belém um cidadão mas talvez um frustrado 'guarda-livros' (para usar uma expressão démodé).