Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Está na altura da peninsula começar a correr com os abusadores do governo. Comecem em espanha e depois que seja ca!
Eu vi o debate com a parcialidade de quem concorda com as medidas do PSOE e não gosta do PP.
O que posso dizer é que Mariano Rajov me impressionou pela positiva e que Zapatero tem um rival à altura, o que não acontece em portugal com a oposição de direita a Sócrates.
Houve momentos claramente favoráveis a Zapatero e outros a Rajov. Este esteve bem no combate à imigração mas com um discurso que eu não aceito - demasiado xenófobo.
Tenho dificuldade em decidir quem foi o «vencedor».
Zapatero normalmente consegue ter mais brilho nos media que Rajoy que é algo cinzento.Isto é mais ou menos consensual.
Acho no entanto que neste debate isso foi mais um ponto de pressao para o governante, algo que lhe pesou nos ombros pois as expectativas seriam mais favoraveis a ZP.
Nao tendo sido um debate brilhante acho que foi bastante bom, Rajoy começou melhor do que findou, ZP teve o seu melhor momento na enumeraçao das políticas sociais mas surgiu quase sempre mais frouxo do que se esperaria, mais cansado talvez e com excesivas referências a Aznar que claro, nao se apresenta a eleiçoes.
Rajoy foi mais contundente e mais claro, brilhou de facto na questao da imigraçao mas creio que fundamentalmente na questao do estatuto catalao esteve particularmente veemente, nessa circunstância ZP meteu o pé pelas maos e falou dos cuidados paliativos...
P.S. Nao deixei de achar caricato o "momento marretas" quando os dois políticos decidiram esgrimir um contra o outro gráficos coloridos em que nao se percebia o que continham nem referiram as respectivas fontes para aclarar a fiabilidade das mesmas.
Segunda-feira é a segunda parte.
Também não consegui ver os gráficos, só as cores.
Para além das opções ideológicas parece-me razoável a sua apreciação mas não me parece que algum deles tenha uma varinha mágica para o estatuto/problema catalão e outros «países» espanhóis.
O que me deixou perplexo foi a crispação mais compreensível numa guerra civil do que numa democracia consolidada.
Abraço.