Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Os lisboetas nunca esquecerão da megalomania e do esbanjamento que se gerou na cabeça de Pedro Santana Lopes, à volta da reabilitação do Parque Mayer, dos projectos faraónicos (e onerosos) de Frank Gehry e da trapalhada de transferências de Casinos.
A CM Lisboa até tem vergonha de dizer quanto custou o projecto...
E, os alfacinhas não se esquecem, porque já estão a pagar estes desvarios e vão continuar a fazê-lo por alguns anos...
E, pagar extravagâncias, ainda para mais em tempos de crise, custa. Dói.