Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Podiam chamar-se Emiliano Zapata ou Pancho Villa, entre outros nomes.
Estes, com o apoio da revolta popular, venceram os vírus das "chapeladas" que sucederam à dominação espanhola capitaneada, por Mendoza...
Mas provavelmente não o extreminaram.
Após séculos de incubação ele aí está de novo.
Quem sabe se não foi este vírus -e não a varíola - que contribuiu para dizimar os aztecas?
Os suínos são para as duas religiões monoteístas (judaica e muçulmana) animais impuros cujo consumo é, ainda, proibido.
Essa atitude, muitas vezes denunciou-os.
Espero que, desta vez, pela calada da prevaricação, não os infecte.
Mas o que dirão, deste aparte, os mexicanos?
Chamarão aos judeus comedores de pão ázimo, do tipo panquecas?
Ou o que dirão dos barbudos ortodoxos com o seus chapéus demodées, donde se penduram ensebadas tranças.
Yuppies fora de época?
A pureza, segundo as interpretações religiosas não se compadece com o mundo actual, conspurcado por guerras, massacres e violências.
Hoje habitamos um mundo impuro e a "gripe porcina" faz parte dele.
Não vivemos, nem sobreviveremos, com ilusões religiosas.
Muito menos com preconceitos desse tipo.
Um judeu, ou um muçulmano, perante um hindu como se refere a um bovino infectado pela encefalopatia espongiforme (BSE)...
Diria que o animal possuia a "doença das vacas loucas", atribuindo uma terrível insanidade o seu animal sagrado?
Portanto, não vamos tratar de problemas de saúde com anátemas religiosos. Isso, ocorreu na Idade Média...com péssimos resultados.
Espero que a ironia do título do post não confunda ninguém.