A Festa do Pontal – o Luís a trabalhar
A Festa do Pontal fez lembrar a autarca de Marinhais que, com a despesa feita e perante a proibição de lançar foguetes depois da meia-noite, pelo perigo dos incêndios, decidiu antecipar o fogo de artifício. Os foguetes provocaram fogos, mas a festa fez-se.
Quando Portugal ardia, o Palácio de Belém e o de S. Bento foram
a banhos. Com o País a arder, bombeiros exaustos e gente aflita, nem um simples
Secretário de Estado foi aos locais ameaçados pelo fogo. O Governo e o PR estavam
em fato de banho no Algarve.
O casal desavindo, PR e PM, surgiu de mãos dadas, para defender
em público interesses comuns e não desapontar os fãs, e remoeram, em privado, rancores
recíprocos.
A Festa do Pontal, com lotação esgotada, não empolgou os fãs.
O artista entrou em cena vencido, lembrado do discurso do ano anterior, sem
ilusões. A cor laranja luzia no País vinda de fogos que o consumiam. Não era a do
PSD, na Festa na Quarteira, onde gente bem comida, bem bronzeada e bem dormida contrastava
com a das televisões, tisnada, exausta e em pânico.
Nunca foi tão grande a diferença entre os festivaleiros da
Quarteira e os residentes nas aldeias do interior desertificado. Muitos dos que
ali foram prestar vassalagem já devem estar arrependidos, ansiosos para saírem
das fotografias.
O Luís, não zurziu as oposições com o fulgor do ano anterior.
O PSD dorme agora com o Chega, e todos sabem que foi ele o proxeneta! Na
Quarteira viveu em realidade virtual o sonho de uma noite de Verão. Foi a
estrela cadente que se apagou.
O Luís julgava-se líder nacional, capaz de brilhar na Europa e no mundo, e regressou à dimensão de Espinho. Queria ser um novo Sá Carneiro no PSD e acaba por ser o Miguel Albuquerque da Madeira. Na ética, na suspeição e no brilho.

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