Marques Mendes e os incêndios

Marques Mendes (MM)

Marques Mendes apela à união sobre incêndios: “Este não é tempo para fazer críticas”.

O alter ego de Marcelo e homem de mão de Montenegro é um político videirinho que, para se candidatar a PR, tirocinou na televisão longos anos ao serviço do PSD.

Quando foi despedido o governo de Passos Coelho/Paulo Portas e deixou de ter acesso à agenda do governo foi medíocre nas previsões, mas exímio na intriga e vencedor na luta interna do PSD para substituir Rui Rio por Luís Montenegro.

Pagou-lhe o Luís ao indigitá-lo candidato do partido que ele ajudou a purgar dos que nunca se aliariam ao Chega, mas, quando quis apresentar-se como mais sensato do que Marcelo, declarando-se incapaz de ser fator de instabilidade, ninguém o levou a sério.

Não lhe falta inteligência, ambição e apoios para uma boa votação à primeira volta, mas mingua-lhe credibilidade e confiança para alguém o preferir a qualquer outro candidato que não seja declaradamente do Chega.

Há um ano, nos seus comentários na TV, descobriu neste mesmo PM a liderança notável da crise dos fogos e, na inépcia da MAI, tão incapaz como a atual, só viu necessidade de ajuda. Agora quer evitar as críticas que ele fazia aos governos que combateu.

MM, misto de Maquiavel e de pitonisa, livre de questões fiscais e de querelas judiciais, depois de abrigado pelo PR no Conselho de Estado, foi durante dez anos, o porta-voz da direita, alter ego de Marcelo e intriguista por conta alheia e em benefício próprio.

A imunidade de Conselheiro de Estado sossegou-o. E foi eficaz nas homilias semanais onde, inteligente e astuciosamente, ajudou o PR a criar condições para devolver o poder à direita.

O ativo tóxico do Conselho de Estado e da ética é agora o aliado indefetível do Luís e o aspirante a PR. Não irão longe, nem ele nem o Luís.


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