Subsídios para a biografia de um deputado de Braga

A 8 meses do fatídico 28 de maio, não será em Braga que o fascismo tem ambiente para a comemoração do 1.ª centenário, mas tem ali herdeiros que medram à sobra da estátua do cónego Eduardo Melo Peixoto, que um edil do PS apadrinhou, esquecido da morte do padre Max pelo MDLP de que o aguerrido cónego foi ideólogo.

Também não será o belicoso Nuno Melo que, à frente dos generais, trocará Olivença por um golpe militar, regozijando-se apenas de ter feito aprovar um voto de pesar na AR pelo passamento do cónego Melo Peixoto, normalmente só conhecido por cónego Melo.

Agora, é o deputado Filipe Melo Peixoto, como o cónego Eduardo Melo só conhecido por Filipe Melo, o lídimo herdeiro do fascismo, mas com uma biografia assustadora.

O deputado do Chega, Filipe Melo, é um ex-funcionário bancário que está a ganhar uns dinheiritos na AR para ser retirado da lista de execuções do Ministério da Justiça, depois de ressarcir o Estado da dívida de 80.493,55 €€ relativa aos três processos em que está envolvido no Tribunal Judicial da Comarca de Braga.

As ambições políticas do deputado Melo podem agora estar comprometidas, não por ter o salário penhorado por dívidas a um colégio, não por ter defendido a extinção dos tribunais administrativos e fiscais, nos quais tem processos por dívidas, não porque lhe falte o afeto do chefe da seita, André Ventura, mas porque se excedeu na baixeza dos gestos, da mesa da presidência da AR. Não foi do meio da vara que o seu gesto saiu.

E o que fez o energúmeno? – perguntarão os leitores? Como se vê na filmagem da AR, o deputado Melo, julgando que estava na pocilga do Chega, provocou uma deputada do PS enviando-lhe beijos. O pastor da vara veio logo em seu auxílio dizendo que os beijos se destinavam, não a Isabel Moreira, mas ao deputado Rui Tavares, do Livre.

Mostrando a sua fina educação, o deputado Filipe Melo, corroborou a versão do Pastor André, alegando não ser para a senhora deputada, por três razões, ser casado, ter bom gosto e ainda ver bem. Era, reiterou, para o deputado Rui Tavares. Pior a emenda!

Na foto: o deputado do Chega no momento dos beijos. É o da direita.  

Comentários

Aliás, até penso que o dito cujo tem laços familiares com o cónego, será sobrinho ou sobrinho neto.

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