Divagando 28
Enquanto a ministra da Saúde continua a tratar-nos da Saúde, no dia em que uma morte mais é atribuída à falha do INEM, quando o ministério se esqueceu de decretar serviços mínimos, a secretária de Estado da Saúde, que o tutelava, foi recompensada. O Governo nomeou-a presidente do Conselho de Administração do Metro de Lisboa.
No dia em que é divulgada uma sondagem para as eleições
presidenciais, Rui Moreira anuncia a sua candidatura presidencial. Pacheco de
Amorim, do MDLP, chegou a vice-presidente da AR e Rui Moreira quer ser PR. Já
ninguém se recorda do padre Max! E se Marcelo degradou tanto a função por que
motivo alguém há de julgar que não a merece?
O almirante que teria ganhado as eleições à primeira volta
se não abrisse a boca, está em queda acentuada e já é certo que os almirantes
também se abatem. Referindo-se à lei dos estrangeiros, inconstitucional, lei do
Chega/ AD, promulgá-la-ia “porque é para resolver problemas”. Com este
candidato e o da Spinumviva e Marcelo, já em segundo lugar, a Lei de Murphy vai
verificar-se. Tudo pode correr ainda pior.
Centeno nunca seria reconduzido no Banco de Portugal, e o
facto de o Luís ter admitido a recondução foi apenas a gestão da data do
anúncio pelo farsante. Só a animosidade de Ventura o pode manter, para o Luís
fingir que o não ainda é não.
Na Ucrânia continuam a morrer centenas de milhares de
soldados ucranianos e russos e a resposta é desviar da Saúde e das pensões 5%
do PIB, para a Nato (?) da UE + RU + Turquia, depois de 2030, se defender da
Rússia, quando a China e EUA forem as duas únicas superpotências, se o Planeta
lá chegar connosco.
Em Gaza continua o genocídio e, às mortes a tiro, juntam-se
as da fome, que o Governo do Luís exigiu que fosse retirada do comunicado dos
países da CPLP. Até os jornalistas ali morrem de inanição com o povo que está a
ser apagado da Terra.
Enquanto Trump destrói todas as organizações que são as
referências da civilização que nos moldou, a ONU, a Unesco, o TPI, o Acordo de
Paris sobre mudanças climáticas e o respeito por fronteiras, a UE perde a honra
em Gaza com a duplicidade ética perante a Ucrânia e Israel.
No Japão, os vivos não se lembram da derrota do
nazi-fascismo na 2.ª Grande Guerra, e a extrema-direita atingiu o poder, oitenta
anos depois. E já muitos se anteciparam.
Em Portugal, após sucessivos golpes palacianos de Marcelo,
destruída a referência ao 25 de Abril, com a correlação de forças solidamente no
PSD, a direita é cada vez mais extrema-direita e o PS, sob bullying, com medo
de lhe chamarem extremista, desistiu de fazer oposição e prepara-se para abstenções
violentas às malfeitorias do Governo.
Com o PR, o PAR e o PGR neutralizados, o Luís substituiu-se
ao André no regresso ao 24 de abril. Até a educação sexual vai ser retirada do currículo
obrigatório dos ensinos básico e secundário. A catequese basta, tal como no
salazarismo.
Vêm à memória os velhos tempos em que só nos dois últimos
anos do liceu, agora 11.º e 12.º, se entrava com cuidado e apenas para os
alunos de ciências. Começava-se pelos estames da papoila e só depois se avançava
para o assunto deletério da sexualidade, com o estudo do órgão sexual… da
minhoca.
E, por falar de sexualidade, estamos… conversados. Todos, todos, todos.

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