É compreensível o receio de de Kaja Kallas relativamente à Rússia de Putin, tendo em conta a história da Estónia e a história familiar (Eduard Alver, avô, um dos fundadores da Estónia livre, durante os 22 anos de independência (1918–1940) depois de 200 anos de imperialismo russo; avó e mãe, deportadas para um “gulag” soviético na Sibéria pela União Soviética de Estaline no início da Segunda Guerra Mundial; Siim Kallas, pai, Primeiro-Ministro da Estónia, novamente independente em 1992, após a queda da URSS e 52 anos de ocupação soviética), relações com o regime soviético que terão certamente moldado as suas convicções políticas, especialmente a sua postura firme em relação à Rússia e a defesa da soberania estoniana e europeia. Pode sempre dizer-se que enquanto “Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança” não pode sobrepor ao cargo as suas convicções pessoais e políticas, mas tenho dúvidas que alguém com este passado político-familiar não fosse profundamente influenciada no exercício da política por esse mesmo passado.
Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
“Comemora-se em todo o país uma promulgação do despacho número Cem da Marinha Mercante Portuguesa, a que foi dado esse número não por acaso, mas porque ele vem na sequência de outros noventa e nove anteriores promulgados...” “A minha boa vontade não tem felizmente limites. Só uma coisa não poderei fazer: o impossível. E tenho verdadeiramente pena de ele não estar ao meu alcance.” “Neste almoço ouvi vários discursos, que o Governador Civil intitulou de simples brindes. Peço desculpa, mas foram autênticos discursos.” “A Aeronáutica, como várias vezes disse, é um complemento da navegação marítima, pois com o progresso da técnica e a rapidez da vida de hoje, era necessário por vezes chegar mais depressa.” “O caminho certo é o que Portugal está seguindo; e mesmo que assim não fosse não há motivo para nos arrependermos ou para arrepiar caminho” [1964] “Eu devo dizer que as incompreensões e as críticas – e quando me refiro ás críticas refiro-me àquelas que não sã...
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Pode sempre dizer-se que enquanto “Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança” não pode sobrepor ao cargo as suas convicções pessoais e políticas, mas tenho dúvidas que alguém com este passado político-familiar não fosse profundamente influenciada no exercício da política por esse mesmo passado.