25 de Abril, Sempre! (texto atualizado)
Amanhã é dia de comemorar o cinquentenário da data maior da liberdade num país de quase nove séculos de História. Daqui a horas começa a noite da primeira madrugada em que a liberdade veio na ponta das espingardas embrulhada em cravos vermelhos, com balas por disparar e sonhos para cumprir. Há 50 anos. Nunca tantos deveram tanto a um exército que deixou de ser o instrumento da repressão da ditadura, para se transformar no veículo da liberdade que os capitães conduziram. Foi a mais bela página da nossa História e o dia mais feliz da minha vida. Abriram-se, por magia, as prisões, neutralizou-se a polícia política, acabou a censura e não mais se ouviram os gritos dos torturados nas masmorras da Pide. Há 50 anos, ainda os coronéis e os padres censores empunhavam o lápis azul da censura já sem efeito nas palavras e imagens cortadas. O dia 25 de Abril nasceria límpido e promissor com a guerra para acabar e a promiscuidade entre o Estado e a Igreja a ser interrompida. Os exilados e