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Divagando (8) – #montenegronaomarcelonunca

Enquanto Marcelo emborcava moscatel para esquecer o pungente ocaso em Belém e a D. Lucília Gago gozava a reforma dourada em casa foi atribuído o prémio Unesco Félix Houphouët-Boigny de 2024 a António Costa. Nem tamanha azia esgotou nas farmácias o bicarbonato! Entretanto, no PS surgem como cogumelos em dias chuvosos de Outono os defensores da aprovação do OE/2025. Há nove anos só Francisco Assis se dispôs a percorrer TVs em cruzada contra António Costa, agora são muitos contra Pedro Nuno dos Santos, e os media desenterraram os anátemas ao anterior líder para os usarem agora contra o atual. Há nove anos Cavaco tentou dividir o PS e, sem a inteligência e a maldade sibilina do sucessor, fracassou. E vez de dividir o PS dividiu o PSD com o Chega. Claro que há quem aposte em dois partidos idênticos, o PS e o PSD, antes de ser alternativa o Chega. Sabendo que em democracia liberal, única que defendo, é impossível um Governo com alguma sensibilidade social sem o PS, deixo aos seus milit

António Costa distinguido

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António Costa, ex-PM de Portugal, derrubado numa conspiração urdida no Palácio de Belém entre PR e PGR, foi distinguido com o prémio UnescoFélix Houphouët-Boigny de 2024 . A distinção do ora presidente eleito para o Conselho Europeu pelo “comprometimento para com a paz e a promoção dos países em desenvolvimento”, coloca-o na lista onde constam, entre outros, Nelson Mandela, Frederik De Klerk, Jimmy Carter e Ângela Merkel. Esperam-se agora as felicitações dos golpistas e do Governo que provocaram.  
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  Cartune de Varella
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                                       QUANDO A DIREITA É GOVERNO, O QUE FUNCIONA BEM ACABA MAL!...                   Cartune de Varella
  Sobre a Espiritualidade Por Onofre Varela Quando se fala em  E spiritualidade é comum ouvirmos referi-la sob o ponto de vista religioso, aliando-a a uma fé, de acordo com a definição de dicionário que aponta, como sinónimo, a palavra “misticismo” (Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 8ª Edição, 1998). N o mesmo dicionário, misticismo é “atitude caracterizada pela crença na possibilidade de comunicação directa com o divino ou a divindade”. Se seguirmos estas definições encontramo-nos no terreno da crença religiosa que é sementeira de ideias transcendentes relacionadas com as figuras de i ficas inexistentes no mundo físico que nos  fez e  acolhe, indo para lá de tudo quanto é natural, na procura de uma outra origem  que  transgr ide  a Natureza, vogando no espaço imaginativo da crença. O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2003) navega nas mesmas águas definindo a espiritualidade como “característica ou qualidade do que tem ou revela intensa activid

Divagando (7) – #montenegronaomarcelonunca

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Enquanto o primeiro-ministro, sem desmentir reuniões secretas com o líder do Chega, se diz focado no que é essencial, que não fala de questões menores e só quer o bem dos portugueses, Ventura, cuja credibilidade já era menor do que a do BES quando Cavaco garantiu que era um Banco sólido, conseguiu arrastar Montenegro para a lama. Já nem o País se interroga se quer continuar a confiar num PM que não desmente ser trapaceiro e mentiroso. De pouco valem as conjeturas do líder do IL a procurar parecer relevante. Entretanto, começa a ser julgado Ricardo Salgado, o poderoso banqueiro que arrastou na queda a economia portuguesa. O advogado exibiu a imagem de um velho face a uma vítima que perdeu as poupanças no BES. A coreografia obscena e escusada convinha à defesa e, perdido o pudor, a longa exposição televisiva trouxe à memória o caso dos submarinos cujo suborno a PGR de turno arquivou apesar de provado na Alemanha. Por sua vez, enquanto o mundo se encontra em desvario, à beira da tragé

Vital Moreira não emite apenas opiniões, apresenta factos

  sábado, 12 de outubro de 2024 Privilégios (22): As pensões dos magistrados do MP "jubilados" Publicado por  Vital Moreira 1.  O  problema da pensão da ex-PGR  (e dos magistrados superiores do MP em geral, quando "jubilados") não é somente o seu elevado montante, superior a 7 000 euros - o maior do setor público institucional -, mas sim o facto de as suas pensões serem  equivalentes ao último vencimento bruto no ativo  (sem dedução da contribuição para a segurança social!...), e de assim se manterem todo o tempo. Ou seja, é maior a pensão de aposentado do que a remuneração líquida no ativo! Trata-se de um regime altamente vantajoso em relação ao regime geral das pensões, aplicável aos demais servidores do Estado, as quais  (i)  dependem da carreira contributiva,  (ii)  equivalem a uma  percentagem do última remuneração (deduzida da contribuição para a segurança social) inferior a 90%  e  (iii)  têm regras próprias de atualização, sem indexação à atualização das rem
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O senhor Josep Borrell, chefe da política externa da União Europeia condenou hoje os ataques israelitas contra missões das Nações Unidas no Líbano e os bombardeamentos em "áreas com grande densidade populacional". "Deixem de culpar António Guterres", exigiu ele. Só depois de o senhor Borrel ter condenado Israel pelos ataques desvairados a Guterres o MNE português se atreveu a condenar o genocida Benjamin Netanyahu. Foi para deixar esta gente no Governo que o irresponsável PR, Marcelo, dissolveu a AR.  

Os dois indomáveis patifes

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O rural precisou de 5 (cinco) reuniões para explicar ao fascista urbano que o «não é não», e este só depois de ouvir repetido em público que o «não é não» pôs a boca no trombone. Foi a esta gente, à sua gente, que Marcelo entregou o poder e o defende de eleições. E não lhe faltam cúmplices no PS para evitar que lhe peçam contas.

O Ministério Público (MP) e a democracia

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A nomeação do novo titular da PGR não me tranquiliza apesar de acreditar que Amadeu Guerra é um magistrado de enorme competência e possa ter notável isenção política. Não é a sua honestidade que se discute, é a suspeita de quem o nomeou, não tanto de quem o propôs, de quem publicamente afirmou ter um perfil para o cargo e só não o revelava porque a proposta cabia ao PM, mas seria sempre ele a decidir. É certo que no discurso de posse elogiou a antecessora, indo além das simples palavras de circunstância, mas, ainda assim, sem sair beliscado. Já a alegria de Marcelo a afagar o cocuruto da Dr.ª Lucília Gago com agrado da própria, depois do parágrafo assassino saído do gabinete do primeiro, se afigura obsceno. Mas há razões de fundo que me inquietam, por um lado a proveniência do PGR, oriundo do MP, quando os interesses corporativos do Sindicato aconselhavam outra origem e, por outro lado, a afirmação do próprio, no discurso de posse contra alterações ao estatuto do MP , o que aos olhos d

Vital Moreira denuncia as corporações

  sábado, 12 de outubro de 2024 Privilégios (22): As pensões dos magistrados do MP "jubilados" Publicado por  Vital Moreira 1.  O  problema da pensão da ex-PGR  (e dos magistrados superiores do MP em geral, quando "jubilados") não é somente o seu elevado montante - no caso, o maior do setor público institucional -, mas sim o facto de as suas pensões serem  equivalentes ao último vencimento bruto no ativo  (sem dedução da contribuição para a segurança social!...), e de assim se manterem todo o tempo. Ou seja, é maior a pensão de aposentado do que a remuneração líquida no ativo! Trata-se de um regime altamente vantajoso em relação ao regime geral das pensões, aplicável aos demais servidores do Estado, as quais  (i)  dependem da carreira contributiva,  (ii)  equivalem a uma  percentagem do última remuneração (deduzida da contribuição para a segurança social) inferior a 90%  e  (iii)  têm regras próprias de atualização, sem indexação à atualização das remunerações no at

O PSD e o OE/2025 – #montenegronaomarcelonunca

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As negociações do Orçamento são a coreografia para justificar a intenção deliberada de pôr o Estado ao serviço de negócios privados. Foi para isso que foi redigido o parágrafo, para afastar o PM, e criar o pretexto para a dissolução da AR e substituição do Governo. O que está em causa é a gestão do PRR e os negócios das privatizações, especialmente o da Saúde. A ministra parece inteiramente incapaz, mas é absolutamente competente para destruir o sector público. É a pessoa certa para a função. Outro negócio urgente e milionário é o das infraestruturas. Por isso Marcelo se esforçou a desacreditar o ministro Galamba, e o Ministério Público a escutá-lo durante 4 anos. O ministério já se encontra agora em excelentes mãos. E experientes! A Segurança Social ficará para depois. É um negócio para mais de uma legislatura. Os seguros privados já medram e os fundos de pensões estão ávidos, mas podem esperar. Para que a execução do guião neoliberal não sofresse acidentes de percurso era preciso pre

Notícias de hoje em Le Monde

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Os jornais portugueses só referem a atribuição do Prémio Nobel.  

Para memória futura

Onofre Varela – 10 de out. de 2024, 20:13 (há 16 horas) CARTA ABERTA A LUÍS MONTENEGRO, DO MEU CAMARADA JORNALISTA MIGUEL CARVALHO   Caro Sr. Primeiro-Ministro: Espero que se encontre bem. Li a sua intervenção pública sobre os jornalistas e o jornalismo e, se me permite, vou abster-me de repetir o que disse e passar adiante, pois ambos sabemos do que estamos a falar. Antes de mais, saiba o seguinte: em matéria de autocrítica, diagnóstico e reflexão não há nenhum congresso do PSD que se compare aos dois últimos congressos de jornalistas. Pelo menos. É pena que nenhum dos assessores do seu governo, e há tantos ex-jornalistas entre eles, não lhe tenha dito isso. Se há profissionais obcecados com o que fazem e as condições em que o fazem, somos nós. Se há profissionais que esgravatam as próprias feridas – por vezes, em demasia – e discutem até à exaustão (e às vezes quase até ao confronto), somos nós. Se há profissionais que procuram, no seu íntimo, as circunstâncias mais dig

Paradoxo

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Nunca se viu um PR tão ansioso por perder a competência para dissolver a AR como o atual. Quem diria que um narcisista que sempre exorbitou as competências estaria agora tão desejoso de as perder? Já conseguiu tudo o que pretendia, embora com o sacrifício pessoal da credibilidade e da honra: substituir um governo por outro que privatize as empresas públicas rentáveis. Na Foto: Marcelo a presidir ao Politburo do PSD.

A canonização de Pio 12 – 66.º Aniversário da sua morte – 9-10-1958

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Mesmo com o atual Papa Francisco, de que a ICAR teve necessidade, como as nódoas da benzina, após dois pontificados a perder freguesia, os milagres perduram na indústria de produtos pios e no exercício ilegal da medicina por mortos com longa defunção. Os santos continuam a nascer como cogumelos em noite de orvalho e Pio 12 parece ser dos que estão bem colocados no certame e nas intenções devotas. Pio 12 não foi um celerado que arrancasse olhos a sérvios, um carrasco que estivesse nos campos de concentração a assassinar judeus, um biltre que usasse as próprias mãos para despachar hereges a caminho do Inferno. Pio 12 foi apenas um Papa católico, amigo da ordem e da paz, antissemita como os seus pios antecessores e anticomunista como os sucessores. Foi com muita mágoa – dizem os panegiristas de serviço –, que assistiu em silêncio ao extermínio dos judeus e, depois da guerra, para compensar, converteu conventos e seminários em refúgios nazis, enquanto o Vaticano emitia os respetivos

Os desvarios do governo AD - A opinião de Vital Moreira

  Como era de temer (11): À custa do serviço público Publicado por  Vital Moreira 1.  Contrastando com as muitas medidas favoráveis aos média privados, previstas no anunciado  Programa de Ação para os Media , no valor de muitos milhões de euros (apoio à contratação de jornalistas, a assinaturas digitais, a programas de formação, etc), o Governo prevê o corte, em três anos, de toda a publicidade comercial na RTP, que atualmente vale 18 milhões de euros por ano. Para além da óbvia transferência dessa publicidade e respetivas receitas da televisão pública para as televisões privadas, a supressão dessa receita da RTP, sem compensação noutras receitas, ostensivamente não prevista, vai traduzir-se necessariamente na diminuiação sensível da sua capacidade de investimento, tanto mais que os seus encargos são aumentados com novas tarefas, como o combate à desinformação, com os inerentes custos adicionais. Menos receita e mais despesa.. Ou seja, um  manifesto empobrecimento das condições de pres

José Saramago – 26 anos depois do Nobel

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O maior ficcionista português de todos os tempos foi um escritor que se reinventou em cada livro que acrescentou ao banquete da literatura. O jornalista robusteceu a escrita na crónica e tornou-se um caso ímpar na arte de contar, na forma como moldou a língua e na argúcia com que abordou o outro lado da nossa História nas mais belas páginas da literatura. Há 26 anos, mal acabara de ser anunciado o Nobel do nosso contentamento, recebi uma chamada do meu querido colega e amigo Marinho Rosa a transmitir-me a novidade e a dizer que a minha convicção se tornara realidade. Esperava há anos ver o nome de Saramago entre os laureados do prémio maior da literatura e acabara de acontecer. Foi com um grito de júbilo que gritei a notícia no bar do Hospital de Leiria, onde me encontrava, e ficar estupefacto com o desconhecimento generalizado do escritor e a indiferença perante o galardão. Há paladares rudimentares que a Universidade não ajuda a requintar, e as iguarias são para quem sabe apreciá

Guerra na Ucrânia - A opinião de Clara Ferreira Alves

Clara Ferreira Alves Escritora e Jornalista Esta guerra não pode ser ganha. A vitória da Ucrânia foi preservar Kiev e o regime, a de Putin foi tomar o Donbass 02 outubro 2024 09:20   E xiste uma pressão contemporânea nos  media  liberais para dizer sempre duas coisas, no mais perfeito exemplo de maniqueísmo moral que caracteriza a disponibilidade permanente das boas intenções em detrimento da realidade e da verdade.  O primeiro postulado, que nunca pode ser desmentido pelos factos, é o da vitória da Ucrânia. Não interessa que nada, mesmo nada, aponte para a vitória numa guerra que não é ganha com armamento sofisticado e sim nas trincheiras, palmo a palmo, disputando terreno à custa de cadáveres dos soldados. E a Rússia não se importa de sacrificar homens e de continuar a avançar, embora se possa concluir que a superioridade tecnológica e eletrónica da Rússia não tenha sido prejudicada pela enxurrada de armamento americano, mísseis e drones europeus. Sem a América, a NATO é um fantasma