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Ontem, em Almeida. Almoço popular com cerca de 200 democratas

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   25 de Abril - Caros conterrâneos e amigos: Como é tradicional encontramo-nos hoje a celebrar o 25 de Abril, o 51.º aniversário da Revolução e o cinquentenário das primeiras eleições livres depois do longo período de 48 anos de ditadura. Foi para muitos da minha geração o dia mais feliz das nossas vidas, a data mais ansiada, a que transformou Portugal, de uma ditadura autoritária numa democracia moderna. A Revolução de Abril foi obra de militares e a democracia herança sua. Foram capitães de Abril os que libertaram Portugal e, nessa distante madrugada, concretizaram o desejo de um povo reprimido. Por isso, hoje, aqui homenageamos a data e os capitães de Abril. Muitos democratas sofreram a violência da repressão, as perseguições, prisões, tortura e até assassinatos. Todo o povo sofreu a censura, as ameaças, o medo e a devassa das suas vidas, mas foram os capitães de Abril, só eles, que trouxeram a liberdade na ponta das espingardas. É difícil imaginar hoje o que era...

Do Diário da Diana – 13 anos – escola C+S da Musgueira (24 de abril de 2025)

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A minha mãe adora o 25 de Abril e eu também. O meu pai detesta-o. Se a democracia fosse futebol, cá em casa a democracia ganhava 2-1. Ontem a minha mãe estava possessa. Ouviu o Ventura a fazer promessas, como se as pudesse cumprir, e disse que há mais gente estúpida do que pensava e que esse aldrabão de feira parece um encantador de burros. Como o meu pai andava com o táxi a dizer mal dos taxistas do Bangladesh e de todos os imigrantes, ficámos à conversa depois de jantar. A minha mãe não detesta só o Ventura, está desiludida com o Costa, irritada com o Montenegro e furiosa com o Marcelo. Ó Diana – dizia –, vê a falta que o Costa faz cá e a inutilidade que é na União Europeia, onde bastavam a Von Leyen e a Kaja Kallas para fazerem asneiras e serem humilhadas pelo desmiolado Trump! Em Portugal a vergonha desceu à rua e o 25 de Abril está de regresso ao 28 de maio. O país está entregue ao Bando dos Quatro que emigram para Roma em gozo de férias de nojo pela morte do Papa, um home...

Para a biografia de um canalha

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O estado a que o Estado chegou

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Notas Soltas, entre a ironia e a cólera.

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Ministério Público – Na terceira vez que entrou em período eleitoral, prejudicando o PS, criou uma investigação preventiva para arquivar suspeitas graves sobre o líder do PSD; depois, inventou outra para, através da imprensa, criar suspeitas sobre o líder do PS. PM – Montenegro foi à Madeira inspirar-se em Miguel Albuquerque para aprender com o exemplo a ganhar as eleições. Não foi por acaso que prometeu continuar a governar (-se), mesmo que fosse constituído arguido. É a ética a render votos. Funeral do Papa – Marcelo, Montenegro, Aguiar Branco e Paulo Rangel vão ao funeral do Papa, e deixam o Moedas. Acompanham o Papa à última morada, mas regressam. É, aliás, o regresso que preocupa, depois de gozarem a época baixa da hotelaria romana! André Ventura – O homem é tão pequenino que cabe numa casa de 30 m 2 onde cabem ainda o Moedas e as malas do Miguel Arruda. Trump há de orgulhar-se dele por ver no discípulo um modelo tão inspirador. MAI – Em 14 de abril disse ignorare em absol...

Para memória futura

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  Uma cobra cuspideira Um sacristão num país laico.

Morreu Francisco (2)

Para lá do escândalo da TV pública a dedicar infindáveis horas dos três canais à morte do Papa e das piruetas dos que nunca o apreciaram, surpreendeu a transferência dos comentadores das guerras na Ucrânia e na Palestina para o comentário pio. Podiam ter-nos poupado a ouvir tantos padres e bispos, e a ver tantas batinas e tantos colares romanos a emoldurar cachaços eclesiásticos, enquanto o mundo continuou a girar e as outras notícias importantes foram omitidas! Quando disseram que Francisco sucedeu a um Papa erudito, ignoraram o valor dele e a razão dos padres jesuítas, os mais preparados, não quererem ser bispos, salvo em casos excecionais, o motivo por que foi ele o primeiro Papa oriundo dos discípulos de Loyola. Foi inaceitável a manutenção do protocolo salazarista na declaração de três dias de luto para chefes de Estados amigos falecidos em funções, pelo que decretou três dias de luto insólito por Hitler, em teimoso zelo fascista que os Aliados ignoraram. Era importante di...

Papa Francisco

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 Morreu Francisco. Não esperam os leitores que o primeiro presidente da Associação Ateísta Portuguesa (2008/20020) se manifeste desolado com a morte do Papa. Nem sequer sinto tristeza, sinto-me, aliás, aliviado pelo fim do sofrimento do homem bom e generoso. Deixo a consternação aos parasitas da fé, aos narcisistas que se gabam dos minutos de vida que estiveram com o líder dos católicos, aos vampiros do seu prestígio. Ainda ontem vi o moribundo exibido e explorado pela Cúria, pelos funâmbulos da Cruz, como o fazem há dois mil anos ao corpo de Jesus, usando palavras dos versos de Guerra Junqueiro. Obrigaram-no a receber J. D. Vance, um celerado mais próximo do Opus Dei do que do Papa. Agora que morreu, é ver os parasitas a explorar os sentimentos dos devotos para fins de propaganda pessoal, o Moedas a atribuir ao Papa o tratamento por tu que lhe teria dado, o Paulo Rangel a dizer que, para lá das questões que foi tratar como ministro, Francisco quis saber quem era o Paulo Rangel (si...
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           Cartune de Varella
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       Cartune de Varella
O MERECIDO SILÊNCIO Por Onofre Varela A manchete do jornal Público na edição do último Domingo (hoje, para quem me lê no dia 20 de Abril) informa que “já há coimas aplicadas por falar em voz alta nos transportes”. Para quem viaja em transportes públicos, como eu, isto é uma excelente notícia… não raras vezes quero ler nas viagens que faço no Metro do Porto, e não consigo porque no banco ao lado, atrás ou à frente, alguém ouve música alta no seu telemóvel, talvez no convencimento de estar a prestar serviço público gratuito, inundando aquele espaço com tal poluição sonora, a qual, na sua óptica, até Mozart, Chopin ou Beethoven, aplaudiriam! A notícia remeteu-me para a lembrança da minha primeira viagem em Metropolitano, o que aconteceu há mais de meio século (1973), em Paris. Era a minha estreia na Cidade-Luz e também naquele meio de transporte urbano (só depois daquela viagem a França fui, pela primeira vez, a Lisboa e viajei no Metro… o qual, por comparação com o de Paris, me pareceu u...

SNS

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Não é a primeira Páscoa em que há maternidades fechadas, mas nunca houve tantas, 10 contra 4 do ano passado.  E é  a primeira vez que o diretor do SNS responsabiliza uma grávida por tão grande espera.

Dia de Páscoa

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A Páscoa é no primeiro Domingo depois da primeira lua cheia após o equinócio da Primavera. A datação baseia-se no calendário lunar que os hebreus usavam para identificar a Páscoa judaica, razão pela qual é uma festa móvel no calendário romano. E o imperador Constantino, no Concílio de Niceia, também se meteu no assunto, ajudado por 318 bispos, no ano 325. Mas a Páscoa é quando e como a religião quiser. Os judeus celebram a libertação da escravatura no Egito e os cristãos a ressurreição de Cristo, mais de quinze séculos depois. Acertam no dia e divergem no milénio. Com o tempo, diluiu-se a memória do plágio e a razão da festa. Os cristãos ortodoxos complicaram o achamento do dia. É hábito recordarem a ressurreição de Jesus Cristo (JC) com uma semana de atraso, em relação aos católicos. Hoje foi dia de Páscoa nos países cristãos, data em que JC ressuscitou dos mortos, após breve defunção. Depois andou quarenta dias a errar por Jerusalém, a fazer prova de vida para os que acreditaram e pa...

A demência da fé:

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Ignoro se este ano as autoridades de saúde das Filipinas emitiram o habitual aviso aos participantes nos rituais de crucificação da Páscoa, recomendando-lhes que se vacinem contra o tétano antes de se flagelarem e de perfurarem as mãos com os pregos na cruz, e aconselhando boas práticas de higiene, desinfeção dos pregos e dos outros instrumentos. A verdade é que o bárbaro ritual se cumpriu.

Operação Influencer:

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«Desembargadores concluíram que não há provas de pressão do ex-primeiro-ministro para acelerar o projeto do Data Center de Sines. E que o alegado “plano criminoso” defendido pelo Ministério Público não passa de “um conjunto de meras proclamações assentes em deduções e especulações». (Expresso) E se houvesse provas de pressão? – pergunto eu. Onde estava o crime? Que legitimidade tem o MP para interferir nos atos políticos do Governo? – Esta é a pergunta que um leigo pode fazer. Cavaco Silva pode ter feito pressão para que os alemães instalassem em Palmela uma fábrica de automóveis, pode até ter concedido benefícios fiscais ou outros e não se vê que uma coisa boa pudesse ter sido objeto de investigação judicial. E mesmo que tivesse sido uma decisão ruinosa só ao eleitorado caberia julgá-la – penso eu. É difícil perceber a legitimidade de qualquer escrutínio de atos do Governo de que não há a mínima suspeita de benefício pessoal. E, no entanto, há sérias suspeitas do interesse do...

Para memória futura

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Quando a direita precisa o Ministério Público nunca falha.  

Do Diário da Diana – 13 anos – escola C+S da Musgueira (18 de abril de 2025)

Quando a Rússia invadiu à Ucrânia eu não sabia ainda onde ficavam esses países e tive uma conversa interessante com a minha mãe, conversa que registei no diário: - Mãe, a Ucrânia é europeia e a Rússia? - Também. - Mas a Rússia não é da União Europeia… - Nem a Ucrânia. - Mas a Rússia não pertence à Nato… - Nem a Ucrânia. - Mas a Ucrânia é um país eslavo… - A Rússia também. - Mas a Ucrânia é do grupo de países eslavos orientais… - A Rússia também. - Qual é a religião da Rússia? - É a religião ortodoxa russa. - E a da Ucrânia? - Também. - Então porque é que a União Europeia é a favor da Ucrânia contra a Rússia? - Bem, segundo a Sr.ª Von Leyen, a Rússia é uma ditadura e a Ucrânia uma democracia. Até hoje ainda estou confusa. Musgueira, 18 de abri de 2025 – Diana

Pensamento do dia

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  UE - Quem não tem Von Leyen caça com Meloni.

O Ministério Público (MP) e as campanhas eleitorais

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O que tem de ser tem muita força. Nada como um lugar comum para explicar a entrada do MP na campanha eleitoral, uma inevitabilidade das campanhas eleitorais, seguida de fuga de informação para a comunicação social. A bizarria de uma “averiguação preventiva”, a reboque da inevitável denúncia anónima, logo comunicada ao jornal Observador, desta vez não ao órgão oficioso do MP, Correio da Manhã, só surpreende quem não se recorde de outros períodos eleitorais. O MP não precisa de recolha de assinaturas ou de listas para se tornar um ator decisivo nos resultados eleitorais. Não disputa eleições, só as condiciona. O que surpreende na precisão cirúrgica da divulgação da “averiguação preventiva” não é a coincidência com a reviravolta nas sondagens, que colocavam o PS à frente do PSD, é o sincronismo da divulgação pública e das declarações do ministro Miguel Pinto Luz, a dizer que a AD não utilizaria na campanha o que manifestamente estava a explorar. Já hoje, o habitual beneficiário da...

Miguel Guimarães - ex-Bastonário

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Da série: Nem ministro nem autarca.  Isto não se faz a um moço de fretes.