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A mostrar mensagens de outubro, 2020

Notas Soltas – outubro/2020

  CGTP-IN – No dia 1, comemorou o 50.º aniversário a mais importante central sindical, constituída ainda em ditadura. Merecem felicitações os que fizeram do sindicalismo um instrumento ao serviço dos trabalhadores e um relevante contributo para a democracia. Alemanha – O partido de extrema direita alemão (AfD), a principal força de oposição, demitiu o dirigente e porta-voz, Christian Lüth, por ter sugerido assassinar imigrantes “com gás”. A ressurreição de demónios, 75 anos após o Holocausto, estarrece. Mafalda – Faleceu J oaquín Salvador Lavada, argentino mundialmente conhecido como Quino. Há 56 anos criou Mafalda, miúda contestatária de rara humanidade, inteligência e humor, que, na sua desfaçatez, sobreviverá para continuar a falar-nos do presente. Donald Trump – Ao tirar a máscara, logo que chegou à Casa Branca, após ter saído do hospital onde esteve internado por infeção com covid-19, exibiu insânia e indiferença à saúde de quem o rodeia e ao controlo sanitário da pandemi

Os bancos e a crise financeira de 2008

É fácil acusar de incompetência e desonestidade quem geria os bancos em 2008, difícil é prever que as desonestidades, sem a crise do sistema financeiro, fossem descobertas, e é improvável que todos os gestores fossem corruptos e inaptos, ou que houvesse outros capazes de fazerem muito melhor. A luta partidária, a inveja e a ânsia de acusar os poderosos subverteu a análise serena da crise financeira a que a falência de Lehman Brothers Holdings Inc. deu início. Sem negar a corrupção que grassa onde o dinheiro é muito, a falência referida foi menos a causa do que o efeito de uma crise cíclica do capitalismo, a nível global, refreada com as emissões gigantescas de moeda pelos bancos centrais. As acusações aos governos de turno, sobretudo nos países de economias mais débeis, e o julgamento de subornos, engenharias financeiras e apropriações indevidas de dinheiro, de alguns milhões de €€, escondem os malefícios da crise e biliões que a crise engoliu. Sem minimizar a necessidade de ju

Tarrafal – o Campo da Morte Lenta (84.º aniversário)

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 Urge lembrar o Massacre de Batepá (do português coloquial "Bate-Pá!") atrocidade das tropas coloniais em S. Tomé e Príncipe, 3 de fevereiro de 1953, em que fuzilaram talvez mais de mil homens, mulheres e crianças, por motivos laborais e mera crueldade; o de Pidjiguiti, cerca de 50 mortos e de 100 feridos, que deu início à luta de libertação da Guiné–Bissau, também por motivos laborais; o de Wiriyamu, na guerra colonial, 16 de dezembro de 1972, com pelo menos 385 mortos da população civil. Recordar o que foram as mortes em plena rua das cargas da GNR e da polícia de choque da PSP, é uma obrigação cívica, ainda que os requintes de crueldade e sadismo fossem atingidos pela Pide nos interrogatórios e nas masmorras, e nos assassínios arbitrários. Mas hoje é dia de recordar o Tarrafal, esse campo da morte e da tortura onde a brandura dos costumes, alegada pelo ditador vitalício, era a imagem do regime beato e amoral. *** Para recordar as vítimas do Tarrafal, deixo um texto

Os bancos e a crise financeira de 2008

É fácil acusar de incompetência e desonestidade quem geria os bancos em 2008, difícil é prever que as desonestidades, sem a crise do sistema financeiro, fossem descobertas, e é improvável que todos os gestores fossem corruptos e inaptos, ou que houvesse outros capazes de fazerem melhor. A luta partidária, a inveja e a ânsia de acusar os poderosos subverteu a análise serena da crise financeira a que a falência de Lehman Brothers Holdings Inc. deu início. Sem negar a corrupção que grassa onde o dinheiro é muito, a falência referida foi menos a causa do que o efeito de uma crise cíclica do capitalismo, a nível global, refreada com as emissões gigantescas de moeda pelos bancos centrais. As acusações aos governos de turno, sobretudo nos países de economias mais débeis, e o julgamento de subornos, engenharias financeiras e apropriações indevidas de dinheiro, de alguns milhões de €€, escondem os malefícios da crise e biliões que a crise engoliu. Sem minimizar a necessidade de julgar o

Um artigo para reflexão

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Agradeço ao jornalista Carlos Fino a divulgação do excelente artigo de Victor Ângelo, publicado no DN, jornal de que sinto a falta diária, agora reduzido a uma única edição semanal impressa. É o melhor artigo que li sobre a chantagem islamita que subjuga a França e ameaça a civilização, um texto culto, lúcido e pedagógico que seria uma lástima os meus leitores perderem. (Texto e foto do mural do Facebbock de Carlos Fino) TERROR OU DEMOCRACIA "Quase duzentos e cinquenta anos após a sua morte, Voltaire permanece como um dos pensadores mais influentes da história de França e da Europa. Escreveu abundantemente e foi conselheiro dos grandes de então. O seu pensamento político e filosófico abriu o caminho que levaria à Revolução Francesa e à divisa nacional, que ainda hoje se mantém: liberdade, igualdade, fraternidade. Os seus escritos troçavam dos dogmas religiosos, numa altura em que era muito perigoso fazê-lo, batiam-se contra a intolerância, advogavam a liberdade de expressão

No 179.º aniversário de José Fontana – 28-10-1840

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  O redator dos estatutos e um dos fundadores da Associação Fraternidade Operária, com marcada influência de Bakunine, que daria origem ao Partido Socialista Português, foi o operário associativista, defensor das classes trabalhadoras, amigo inseparável de Antero de Quental, com quem animou as Conferências do Casino. Sócio-gerente da Livraria Bertrand, vítima da tuberculose, decidiu pôr termo à vida, aos 35 anos. Viveu depressa, deixando um enorme legado cívico. Este notável comunicador, propagandista do socialismo, maçon, deixou uma marca inapagável na sociedade do seu tempo. Deixo à reflexão dos democratas que o trazem no seu devocionário, esta figura maior da Geração de 70, publicista, intelectual e ativista político, inspirador de várias correntes do pensamento atual.

Ponte Europa - Textos em jornal de emigrantes

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 Lusitano de Zurique

O Novo Banco

O Novo Banco, nascido da mais infeliz e danosa decisão do Governo de Passos Coelho, tomada por uma ministra cuja competência oferecia tantas dúvidas a Portas que levou à sua demissão irrevogável, signifique o adjetivo o que significar, é um sorvedouro insaciável dos dinheiros públicos. O Banco de que a ministra Maria Luís garantiu que não custaria um único cêntimo aos contribuintes, aí está a consumir os recursos que não temos e a envenenar a política. Este folhetim que se arrasta há anos exige, exigiu sempre, uma pergunta para a qual não encontro resposta: - É possível legalmente evitar que o Governo pague a fatura e, no caso afirmativo, quais são as consequências? Se alguém me der uma resposta cabal e que eu perceba, além de ficar grato, posso ter de rever as minhas posições políticas. Haja quem me esclareça.

OE/2021

Discute-se o Orçamento perante a pandemia que já consumiu uma década de reservas de pensões e, em cada dia que passa, se desatualiza e aguarda um Orçamento Retificativo que, de novo, abrirá feridas nos partidos que viabilizaram o Governo que pôs fim ao cavaquismo e à deriva neoliberal de Passos Coelho e Portas. Há razões ideológicas que fraturam as esquerdas, e há outras que não se compreendem. Não parece ser de esquerda a exigência generalizada de aumentos salariais e de pensões perante uma queda do PIB de dois dígitos. Aumentar os mínimos de salários e pensões é solidariedade, aumentar percentualmente todos é oportunismo eleitoral e agravamento do fosso salarial, já obsceno, e que deviam ser as esquerdas, no seu conjunto, a procurar a sua redução. As eleições presidenciais vieram inquinar a discussão orçamental e não surpreende que a ligeira alteração da correlação de forças que estas eleições provocam seja o princípio de um terramoto nas legislativas. Quando, à força de se q

Açores – Eleições regionais

Ainda sem resultados finais já se podem tirar conclusões: - O PS é o vencedor, com clara erosão da hegemonia que mantinha no arquipélago e a necessidade de negociar a sua governação; - O PSD de Rui Rio, teve uma honrosa votação que lhe permite aspirar à vitória nas eleições de 2024, em que o PS terá de apresentar um novo candidato; - A extrema-direita é a lepra que alastra até aos sítios mais recônditos; - O aparecimento de novos partidos na Assembleia Regional é o prenúncio do aumento da conflitualidade e da ineficácia; - A grande vitória foi a da redução da forte abstenção habitual, agora com a participação aumentada em cerca de 10%. Apostila – O número de deputados regionais, face à população, é um exagero que deve ser corrigido quando houver coragem política a sobrepor-se à mercearia eleitoral.

Covid-19 e civismo

 Quando, independentemente das opções militares dos líderes do mais poderoso país do mundo, os EUA eram governados por PRs fiáveis, John F. Kennedy, disse uma frase que quase todos conhecem e me permito parafrasear e adaptar à pandemia em curso. ‘Não perguntem o que o nosso Governo pode fazer por nós para minimizar os efeitos de uma devastadora pandemia, perguntem o que cada um de nós pode fazer contra ela.’ Há quem não perceba que estamos em guerra, com um número de baixas a crescer, cada dia que passa, com o inimigo, o último coronavírus, a alimentar-se da nossa negligência e falta de civismo. Perguntem que povo somos, capaz de pôr em risco a nossa vida e a de outros, quando os casamentos, batizados e demais reuniões sociais são o principal veículo de proliferação do vírus, e a incúria e ausência da responsabilidade individual continuam a promovê-la. Quando se usa o muito que falta saber sobre a pandemia para negar os mais elementares princípios de prudência e pôr em causa as

75.º aniversário da PIDE – 22 de outubro de 1945

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 Faz hoje 75 anos que a ditadura fascista criou a PIDE, ampliando a ação repressiva e o poder discricionário da extinta Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE). Evocar o seu nome ainda provoca calafrios. Parece que uma amnésia coletiva se abateu sobre os portugueses que facilmente esquecem o que os envergonha ou o que os oprime. Quando o PR, Cavaco e Silva, concedeu uma pensão a dois membros da sinistra polícia, pensão que negou a Salgueiro Maia, o país não morreu de vergonha nem corou de raiva. Se houvesse memória, decerto teriam sido outros os políticos ao mais alto nível e mais honrado o regime saído da generosidade dos militares e da coragem dos que resistiram Possa a evocação de tão sinistra efeméride impedir o ressurgimento salazarista e servir de vacina para o futuro. (Texto recuperado e adaptado)

O plágio é lepra que alastra sem se ver

 «O estudante (…), da Escola Secundária (…), em (…), ganhou duas medalhas nas provas das Olimpíadas da Matemática do ano letivo de 2019/2020, anunciou o agrupamento» – lê-se no Jornal do (…), de 20 do ct., na sua página do Faceboock.  § Nota – Este estudante apropriou-se de um texto alheio. *** Reflexão Recebo frequentemente textos meus, enviados por amigos, atribuídos a outros autores e, habitualmente, limito-me a sorrir, satisfeito por terem merecido apreço. Desta vez, por se tratar de um aluno premiado em Matemática, que poderá reincidir no plágio, na ciência é-se implacável com as fraudes, que publicou, como seu, o meu texto «Não gosto de que me decapitem», de 19 ct., merece-me algumas considerações. Omito o seu nome, foto e link do jornal, por não ter o direito de o enxovalhar, e, dado que tem 330 ‘amigos’ comuns, espero que lhe ensinem ética com o mesmo esmero com que o guiaram na Matemática os professores da escola que frequenta. Há quem tenha visto carreiras desfeitas, a honra

Discorrendo ao correr das teclas

Enquanto a depressão Bárbara despejava torrentes de água, que era uma bênção guardar, e o vento despia as árvores de folha caduca, partia ramos e arrancava caleiras, observei os 30 minutos de ruído televisivo dos noticiários do almoço e do jantar na RTP-1. Dou por mim a pensar que ultrapassei o prazo de validade, que as notícias, salvo as que se referem à Covid-19, sem necessidade de serem servidas em doses tóxicas, não se ajustam aos meus interesses e expetativas. Valem-me os jornais, um impresso e os outros virtuais, estes a deixarem ler o suficiente para saber o que ocorre no mundo, para compensarem a pobreza da informação do canal público e a desadequação à minha hierarquia de exigências. Até a linguagem é pobre, com uma economia vocabular confrangedora para quem gosta da língua que se habituou a amar em Vieira, Garret, Camilo, Aquilino e Saramago. Há tempos, o adjetivo ‘complicado’ variava em género e número para qualificar as mais diversas situações ou incidentes. Agora u

Se as estátuas pudessem...

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Perguntar não ofende?

– Marques Mendes não tinha há anos um processo judicial por fuga ao fisco e outro por fraude fiscal? Bem sei que um Conselheiro de Estado não pode ser fiscalizado, mas os média não podiam criar-lhe a situação que criaram a Dias Loureiro, ainda que o final fosse o mesmo? – A antiga PGR, Joana Marques Vidal, que se vestiu com beca e insígnias para desfilar na procissão do Senhor Santo Cristo, em Ponta Delgada, com desprezo do Estado laico, afirmou em artigo da Ordem do Advogados, e numa palestra, que o mandato era único, como entendia o constitucionalista Marcelo Rebelo de Sousa, e deixou correr a calúnia de que era um saneamento da dileta do sindicato. Quereria, no segundo mandato, reabrir o processo de corrupção dos submarinos, depois das provas alemãs, como admitiu e não fez, e investigar o processo Tecnoforma, que nunca lhe ocorreu, apesar de a UE obrigar o Estado português à devolução das verbas fraudulentamente desviadas? – A Igreja católica tem quase 50 mil edifícios isentos d

Não gosto de que me decapitem

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A decapitação do professor de História que exibiu na aula as caricaturas de um beduíno amoral, que criou uma religião de fanáticos através do plágio grosseiro do judaísmo e cristianismo, conduziu à sua decapitação por um fascista islâmico. Quando um manual terrorista conduz à violência assassina, tal como o Mein Kampf, na política, é a civilização que fica em perigo e a liberdade de expressão coartada. A morte do professor Samuel Paty, em França, é a metáfora do Islão dito radical, como se houvesse outro, como se os versículos não fossem os do Antigo Testamento, os que os patriarcas tribais da Idade do Bronze, atribuíram ao suspeito que inventaram – Deus. Os europeus esqueceram as sangrentas guerras religiosas, o caminho percorrido com a Reforma, Renascimento, Iluminismo e Revolução Francesa, a Guerra dos Trinta Anos e a paz de Vestefália, e os mortos que a precederam, e os que ainda houve depois. Foi a repressão política sobre o clero que permitiu a laicidade, um valor que se

Quando o ódio partidário dissolve os neurónios

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Em pessoas livres, só a ignorância ou a má fé conduzem à mentira, calúnia e rancor que bolçam, mas há também quem defenda um emprego ou ludibrie por encomenda. Há posições que, a menos que sejam do domínio da psiquiatria, não se compreendem na análise política, sobretudo assumidas por quem é jornalista e deve apoiar em factos as afirmações que faz. É deprimente ver um homem que pode não ter sido fadado pela inteligência, nem fazer da ética uma exigência, somar à indigência mental a boçalidade de acusações ridículas. Este homem, sejam quais forem as razões por que se ridiculariza, não é o jornalista que quer esclarecer, é o avençado que julga fugir-lhe a gamela se não grunhir barbaridades, que não se encolhe na desfaçatez para que o julguem uma pessoa de coragem, alguém a quem mingua o discernimento, e a verdade varia ao sabor do humor e da demência. Foi preciso ouvir a gravação do que afirmou para eu ter a certeza das imbecilidades que debitou, das mentiras que proferiu, pessoas que en

Ainda António Barreto (AB)

Não me movem ódios pessoais e dói-me que democratas amigos se sintam irritados com a denúncia de oportunistas a quem o ar carrancudo disfarça a vacuidade das afirmações. Nem por isso deixarei de expor na praça pública os oportunistas, por maior devoção que pessoas de bem lhes tributem. Alfredo Barroso, a quem os jornais negam a participação graciosa com os seus textos de análise política, apesar da longa carreira de jornalista. com provas dadas, recorda que AB, depois do apoio à direita onde foi um adereço útil à AD, se reaproximou de Soares para completar 8 anos como deputado para poder receber o subsídio político vitalício. E diz: «…Mal completou os oito anos (só lhe faltavam uns meses) que davam direito ao subsídio político que continua a receber, António Barreto deitou mão a todos os pretextos para entrar em conflito político com o PS, rompendo mais uma vez com o partido e saindo com alarido da Assembleia da República...» (Alfredo Barroso) E eu não resisto a republicar outro

EUA – As eleições presidenciais

É difícil combater a ansiedade e conciliar a escrita sob a ameaça aterradora de um vírus cuja evolução é imprevisível, enquanto se agrava a destruição da economia, do emprego e da confiança nas instituições democráticas e a fome se dissemina no mundo. No caso português, a dúvida sobre a aprovação do OE-2021, com execução em período de incertezas, acrescenta instabilidade à economia e à política numa conjuntura em que a AR é indissolúvel e o governo ficará sem soluções, manietado através de duodécimos. Ainda assim, com o aquecimento global a ameaçar o futuro da humanidade, a explosão demográfica a infernizar o presente e a falta de água potável a ameaçar, em apenas uma década, a maior parte da população do Globo, as eleições americanas afligem e marcam a atualidade. Sendo o PR dos EUA o mais determinante para a vida de todos os habitantes do Planeta, merecia ser eleito por todos os que lhe sofrem as consequências, mas, sendo uma utopia, é ao povo americano que confiamos o nosso futuro,

Texto censurado no Faceboock por causa das imagens

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Esta publicação desrespeita as nossas normas relativas a nudez infantil, por isso, só tu a podes ver. Temos estas normas para impedir utilizações indevidas ou partilhas destas imagens. Carlos Esperança 8 de maio de 2017 · Conteúdo partilhado com: Público «Há 72 anos – Fascismo, nunca mais!? Na década de 30 do século passado a crise económica e o desemprego foram o caldo de cultura de regimes autoritários, homens providenciais e povos submissos, a germinarem no pântano da xenofobia onde desaguaram esgotos nacionalistas e pulsões belicistas. O nazismo e o fascismo foram populares. Hitler chegou ao poder por via eleitoral. A demagogia e o populismo submergiram as vozes sensatas, em toda a Europa. A própria família real inglesa, de origem alemã e germanófila, apenas foi constrangida à discrição. Em Portugal, Itália, Áustria, Polónia, Croácia, etc., etc., eram muitos os que exultavam com a expansão alemã, enquanto a demência antissemita cremava 6 milhões de judeus. A Alemanha, ignorando o

RTP – Fátima Campos Ferreira e António Barreto

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Depois de 18 anos de Prós e Prós e Contras e Contras, conforme as conveniências, a D. Fátima, enquanto aguarda a canonização pela Igreja de Roma, na véspera do aniversário das bem-engendradas aparições de que tem o nome, serviu como primeiro convidado do programa, “Primeira Pessoa”, uma assombração – António Barreto. O ex-emigrante que usa o pseudónimo de ex-exilado e aceita ser referido por socialista, desde que Mário Soares o vestiu de ministro da Agricultura e se convenceu de que tinha queda política, é o homem de mão das televisões reservado para combater as esquerdas. Foi este sociólogo, a quem Marcelo outorgou o mais alto grau da Ordem da Liberdade, por erro de perceção, confundindo devoção ao Liberalismo com amor à Liberdade, que a D. Fátima levou ao seu novo programa, “Primeira Pessoa”. Entre vários atributos, foi referido que “até já foi, no passado, apontado como possível candidato a Presidente da República”, ficando aquém do Tino de Rãs que foi mesmo. Para não gastar mais ce

Espanha – A República e a vontade popular

  40,9% dos espanhóis apoiaria a república em referendo contra34,9% que votariam a favor da monarquia. A maioria dos entrevistados acredita na ordem e estabilidade política que a monarquia proporciona, mas prescinde da instituição monárquica. Já tarda a renúncia à herança de Franco.

A estratégia de Trump

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Em vez de apresentar a declaração de impostos exibe um atestado médico sobre a saúde física, sendo a mental um assunto tão nebuloso como os seus negócios e a influência dos algoritmos na eleição. Em vez de defender a democracia deixa no ar a possibilidade de não aceitar uma derrota eleitoral, com o Supremo Tribunal confiscado e o medo da instabilidade social, militar e económica como instrumento da decisão dos eleitores que prescindem da liberdade.

Cavaco Silva e a social-democracia

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 Cavaco Silva, a dizer que só os seus governos aplicaram o modelo da social-democracia e que não é de esquerda nem de direita, ignora que a social-democracia é de esquerda e, não a distinguindo do neoliberalismo, mostra que já nem de economia sabe. A obstinada presunção de dois catedráticos, um por decreto e outro por convite, Cavaco e Passos Coelho, a assumirem-se “social-democratas, sempre!”, deixa-nos a convicção de que estamos perante ignorados teóricos de uma desconhecida neo-social-democracia. Não resisto a repetir um texto, sob o título em epígrafe, escrito em 10 de outubro do ano passado sobre o primeiro salazarista, que periodicamente abandona a defunção política, pela porta da literatura, para a intriga político-partidária e a medíocre contribuição para a história da economia. *** Andava o homem que menos deu à democracia, e dela mais recebeu, a fruir a sua doce aposentação, recheada de pingues e múltiplas pensões, que lhe permitem fazer face às despesas, quando fez p

Eleições presidenciais – Reflexões

Marcelo é um democrata. Não vale a pena denegri-lo pelo meio de onde veio ou mesmo pelo seu percurso ziguezagueante. Não é justo nem descente. É desonesto e de mau gosto negar-lhe as convicções democráticas, tão arreigadas como o seu exacerbado conservadorismo nos costumes, paradoxalmente não sendo praticante. MRS é um político de direita e, no seu segundo mandato, tudo fará para deixar no poder a direita democrática, se a houver com força suficiente, razão para não merecer votos de sociais-democratas, isto é, do PS, Livre e parte do BE. MRS é um genuíno conservador e democrata-cristão, com a indiscutível simpatia de quem lhe negaria o voto em eleições legislativas, e votará nele nas presidenciais. Esta é a razão pela qual um candidato à PR, indicado pelo PS, fosse quem fosse, obteria sempre uma votação inferior a 20%, averbando uma enorme derrota para o partido. A declaração final do candidato do PS, a assumir a derrota como pessoal, faria as delícias de comentadores da noite eleitora

Manuel Soares – O sindicalista que despiu a toga

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O meu apreço pelos desembargadores é inversamente proporcional ao desprezo que me inspira este sindicalista, que escreve em bom português e pensa como o seu homólogo dos camionistas de matérias perigosas. Tenho pelo sindicalismo judicial, especialmente pelo dos juízes, uma animosidade que o pensamento deste ativista exacerba. O azedume que exterioriza por associações cívicas e religiosas, não isentas de críticas, e que lhe cabe respeitar como juiz, denunciam a parcialidade de quem, tendo por principal função aplicar as leis, se expõe a condená-las. Não é o venerando desembargador que as contesta, é o execrável sindicalista que o faz. E é nesta condição, salvo o respeito devido à função judicial, que merece recriminação. O sindicalista Manuel Soares tem lugar cativo semanal no jornal Público, onde debita as suas opiniões. Como cidadão e sindicalista tem direito a fazê-lo, mas devia dar-se conta do prejuízo que causa ao respeito devido aos juízes, cuja independência é condição ‘sine qua

O Conselheiro de Estado e as calúnias

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Misto de Maquiavel e de pitonisa, a nível paroquial, Marques Mendes, livre de questões fiscais e querelas judiciais, após oportuna escolha do PR para o Conselho de Estado, é a voz da direita, o alter ego de Marcelo e o intriguista por conta alheia e benefício próprio. A imunidade do cargo dá-lhe tranquilidade e permite-lhe pensar na eficácia das homilias semanais onde, de forma inteligente e astuciosa, procura devolver a direita ao poder. Não há um caso, por muito esclarecido que esteja, que o comentador não aproveite para lançar suspeitas sobre o governo e o carácter do PM. Se um jornalista é despedido de um canal televisivo, insinua que teve dedo do PM; se um funcionário termina o mandato e não é reconduzido, afirma que é um despedimento escandaloso; se o Governo exerce o seu direito a uma nomeação, é emprego para um amigo. O caso da ex-PGR, cujo mandato a própria considerava único, tal como o constitucionalista Marcelo Rebelo de Sousa o anotara, quando do ampliação da duração, volto

Eleições presidenciais – Marcelo Rebelo de Sousa (MRS)

A campanha para as eleições presidenciais entrou na discussão pública, e é imparável, por mais preocupações que a pandemia e os seus reflexos na economia, na letalidade e nas dificuldades sanitárias devessem postergá-las. Não é irrelevante que o candidato da direita democrática ande em campanha há décadas e parta em vantagem, mas não evita o salutar confronto político das várias candidaturas. Não seria sequer democrático partir para a disputa como se houvesse uma candidatura antecipadamente vencedora. É nesta perspetiva que deixarei a minha opinião, irrelevante para a decisão de voto que a cada um cabe tomar, e não deixarei de intervir com a única arma que sou capaz de usar – a palavra, neste caso, escrita. É uma exigência do percurso cívico e das circunstâncias que me moldaram. Nas candidaturas democráticas só tenho um adversário, Marcelo Rebelo de Sousa. Parto para a campanha com a certeza de que o/a vencedor/a será sempre um/a democrata, quer a eleição seja à primeira ou, dese

Eleições presidenciais

Há duas coisas que o primeiro-ministro, António Costa, tem obrigação de fazer: 1 – Declarar o apoio à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa; 2 – Votar noutra.

Viva a República!

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A Revolução de 1820 (24 de agosto), o 31 de Janeiro, o 5 de OUTUBRO e o 25 de Abril são os marcos históricos da liberdade, em Portugal. Foram os momentos que nos redimiram da monarquia absoluta e da dinastia de Bragança; são as datas que honram e dão alento para encarar o futuro e acreditar na determinação e patriotismo portugueses. Passos Coelho, Portas e Cavaco Silva eliminaram o feriado da data que mudou Portugal, pedra basilar da democracia, ofenderam a cidadania, ultrajaram os heróis da Rotunda e traíram a história, vilania que nem a ditadura ousou. Comemorar a República é prestar homenagem aos cidadãos que não quiseram continuar vassalos. O 5 de Outubro de 1910 não se limitou a mudar de regime, foi portador de um ideário libertador que as forças conservadoras obstinadamente combateram. Com a monarquia caíram os privilégios da nobreza, o imenso poderio da Igreja católica e os títulos nobiliárquicos. Ao poder hereditário e vitalício sucedeu o escrutínio do voto; aos registos