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A mostrar mensagens de janeiro, 2018

Notas Soltas – janeiro/2018

Geopolítica – O Irão e a Arábia Saudita continuam a confrontar-se através do Iémen e da Síria, enquanto a China procura substituir os EUA na liderança mundial e numerosos choques podem, em qualquer lugar, detonar um conflito à escala global. ONU – Na mensagem de Ano Novo do secretário-geral, António Guterres, há o lamento do homem excecional, amante da paz e da fraternidade entre os povos, face ao bloqueio dos piores líderes mundiais, alheios à catástrofe em que podem precipitar o mundo.   Aviação – A segurança deste meio de transporte atingiu tais níveis que as companhias comerciais registaram 0 (zero) mortes em todo o ano de 2017, mostrando que nenhum outro se lhe compara, e quão injustificados são os medos de o utilizar. CTT – A deterioração dos serviços prestados, o fecho de agências e o despedimento de trabalhadores mostraram que a privatização não foi um mero erro de gestão governativa, foi a eloquente demostração da cegueira ideológica de uma governação incompe

31 de Janeiro

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O Movimento Republicano 5 de Outubro comemora o 31 de Janeiro Restaurante - Solar do Bacalhau

Laura, todos somos culpados

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Laura, nada sei das dores que sofreste ao longo de 55 anos, sei apenas que fugiste de um bruto, com marcas no corpo e feridas na alma, a pedir ajuda a quem não sabe do que são capazes homens primitivos, e do sofrimento e coragem que são precisos para fugir. O homem que aceitaste para companheiro era violento. Os pontapés e as bofetadas eram bastantes para avaliar, nas marcas, a violência assassina do rústico que se julga dono da mulher com quem vive, mas foi preciso assassinar-te à paulada para te acreditarem. Sei que não é verdade que o magistrado, que te olhou com displicência, se confrontasse com 700 processos de violência doméstica, como afirmou no DN de ontem (pág. 19), Anselmo Crespo, subdiretor da TSF. Não há uma só comarca com 700 brutos em forma de homem e, muito menos, 700 mulheres capazes de vencerem a vergonha e o medo de se queixarem. Há, isso sim, um país onde o casamento religioso exigia à mulher a submissão, o direito de família que confiava ao homem o exclusivo

Federação Internacional do Livre Pensamento

A Federação Nacional de Livre Pensamento da França organizou um simpósio sobre o tema: “Laicidade na Europa ou Europa vaticana – Concordatas ou separação?” – (Metz, França, 16 de dezembro de 2017). Não tendo podido deslocar-me, enviei, como me foi solicitado, a seguinte mensagem:  « Laicidade e Europa – Mensagem Caros Amigos: Na impossibilidade de me deslocar a Metz para participar na conferência "Laïcité et Europe", saúdo todos os participantes e todos os livres-pensadores que, não estando presentes, partilham os nossos valores humanistas, laicos e democráticos. A Europa, herdeira do Iluminismo e da Revolução Francesa, tem na laicidade a sua bandeira e o instrumento, único e decisivo, para exigir a separação entre os Estados e as Igrejas.  Quando a laicidade esmorece, avança o proselitismo religioso dos dois monoteísmos que pretendem dominar a Europa: o cristianismo, que não se conforma com a laicidade, e o islamismo, que a não tolera e a combate à bomba. Todos o

EDMUNDO PEDRO

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Morreu a última vítima da 1.ª fase do Tarrafal – Campo da Morte Lenta Em 1936 abriu, com 152 presos políticos, o Campo de Concentração do Tarrafal, onde a morte era mais doce do que a vida e o Inferno da vida o Paraíso dos torturadores. Saídos de Lisboa, em 18 de outubro de 1936, foram nessa primeira leva grevistas do 18 de janeiro de 1934, na Marinha Grande, e alguns dos marinheiros que participaram na Revolta dos Marinheiros de 8 de setembro desse ano. E ali chegaram, no dia de hoje, há 77 anos. Outubro era mês, nesse dia 29, no ano de 1936. Salazar teve lá, no severo degredo da ilha de Santiago, Cabo Verde, o seu Auschwitz, à sua dimensão paroquial, ao seu jeito de tartufo e de fascista, algozes torturadores, ao serviço da ignóbil ditadura do facínora de Santa Comba Dão. Foram 37 os presos políticos que lá morreram, sucumbindo na «frigideira» ou privados de assistência médica, água, alimentos, e dos mais elementares direitos humanos, alvos de sevícias, desterrados e

Há 73 anos -- 27-01-1945

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O Terceiro Reich fez da morte indústria, do antissemitismo religião e da crueldade a sua imagem de marca. Há 73 anos, a chegada do exército soviético a Auschwitz-Birkenau, libertou quem restava, depois de gaseadas 2,7 milhões de vítimas, judeus, homossexuais, ciganos e deficientes. Esquecer esse dia é ser cúmplice da crueldade do nazismo. Calar aos filhos e netos o horror dos que aí morreram, entre maio de 1940 e janeiro de 1945, é não prevenir a repetição do que a loucura dos homens é capaz.

Quando se esquece Abril… regressam os fascistas

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Quando a insensibilidade, a ignorância e a debilidade democráticas chegaram aos mais altos cargos do Estado, apagaram do calendário dos feriados, duas datas identitárias do povo que somos e da nação que temos, o 1.º de Dezembro e o 5 de Outubro. Varridos os autores, sem honra nem glória, com militantes vexados com a ignomínia a que a solidariedade partidária os obrigou, não restava, a qualquer governo digno, outra alternativa que não fosse a reposição, como aconteceu. Lamentavelmente, parece estar em curso o apagamento da data maior da Liberdade, em quase 9 séculos de História, o 25 de Abril. Exceto para os denegrir, os nomes de Melo Antunes, Vítor Alves, Carlos Fabião, Rosa Coutinho, Vítor Crespo, Salgueiro Maia, Costa Gomes, Marques Júnior, Costa Martins ou Vasco Gonçalves, para referir apenas alguns dos que faleceram, raramente são relembrados. Quando só recordamos divergências e esquecemos aqueles a quem devemos a liberdade, deixamos de merecer a democracia, não faltando que

As Beiras 24-01-2005 – carta escrita há 11 anos e publicada em 02-02-2005

«Marcelo Rebelo de Sousa (MRS) vai assinar pela RTP, regressando ao comentário político televisivo sem que a notícia provoque indignação ou perplexidade. O país, angustiado com a crise a que os últimos três anos o conduziram, desinteressa-se. Parece ser indiferente que o comentador político seja um destacado militante do PSD, de que já foi presidente, e eventual candidato à Presidência da República; parece ser compatível com a isenção que se espera do canal público o facto de o referido colaborador ter agenda política própria e um empenhamento partidário com abundantes provas; parece ser aceitável oferecer uma tribuna a um partido político no momento provável que antecede a sua passagem à oposição. A indiferença dos portugueses, o desencanto crescente com a política e a falta de vigilância cívica geram situações patológicas nos critérios de equidade partidária que aos órgãos de comunicação social públicos cabe assegurar. Assim, paulatinamente, estiola o pluralismo e subvertem-se

A nova liderança do PSD e as manobras em curso...

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Os últimos desenvolvimentos à volta da nova liderança do PSD, corporizados na antevisão de qual será o papel e o desempenho de Rui Rio no contexto partidário e nacional, estão a desbravar um caminho sinuoso que, ainda, se mostra bastante nebuloso.   A campanha das ‘diretas’ no PSD foi dominada por uma antecipada candidatura a primeiro-ministro. Isto é muito importante em questões de poder mas pouco adianta em questões de posicionamento partidário. Na verdade o que o povo escolhe nas eleições legislativas é o Parlamento (230 representantes), não o primeiro-ministro. Este será um resquício do passado como era o ‘arco da governação’ e que, de certo modo, estava no pensamento de Passos Coelho, na saída das eleições de 2015. Um cenário que foi ultrapassado pelos ‘novos tempos’ que geraram novas práticas.   Na forja estará outra coisa, mais concretamente o ‘Centrão’ que responde aos desígnios de um sector privilegiado da burguesia empresarial nacional – representada pela CIP e eco

A comparação de Rui Rio a Cavaco Silva

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David Justino (PSD), um sociólogo que foi deputado, ministro e assessor de Cavaco, diz que este e Rui Rio “são duas personalidades muito diferentes”, mas “na parte de respeito institucional são iguais”. Sendo a primeira afirmação claramente favorável ao novo líder do PSD, não se percebe se é elogio ou vitupério a segunda, vinda de um indefetível de Cavaco e Durão Barroso. Não sei se Rui Rio será ou não um bom líder do PSD, mas a comparação com Cavaco é sempre ofensiva e, em relação ao respeito institucional, não podia ser mais acintosa. Se o objetivo era denegri-lo perante os portugueses não podia ter sido mais contundente. Deixemos de parte os negócios pessoais e o nebuloso passado do salazarista para quem a Pide era uma patriótica instituição, tendo concedido a torcionários seus, pensões por relevantes serviços à pátria. Quando a AR aprovou o estatuto dos Açores, um diploma que, tal como o da Madeira, é excessivo nos poderes conferidos ao Governo Regional, vetou-o, como dev

2.º aniversário da eleição do PR

Melhor do que 2 anos de Marcelo, só 2 dias sem ele.

MOVIMENTO REPUBLICANO 5 DE OUTUBRO - COIMBRA

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COMEMORAÇÃO do 127.º ANIVERSÁRO DA REVOLTA DE 31 DE JANEIRO O Movimento Republicano 5 de Outubro (Núcleo de Coimbra) vai evocar, no tradicional jantar republicano, os 127 anos da Revolta de 31 de Janeiro de 1891, como data referencial da caminhada do Portugal Democrático. No ano em que se comemoram 60 anos das Presidenciais (Humberto Delgado) (8 de Junho) e da Carta a Salazar (António Ferreira Gomes) (13 de Julho), prestaremos Tributo a estes dois Cidadãos pelo seu decisivo contributo na luta contra o Estado Novo, pela II República. É por isso, com júbilo e boas expectativas que se convidam todas/os Cidadãs/ãos para um jantar a realizar em Coimbra, no próximo dia 31 de Janeiro, quarta-feira, a partir das 19h30, no Restaurante Solar do Bacalhau, Rua da Sota 12, Coimbra. As inscrições podem ser feitas, desde já e até ao dia 29 de Janeiro, para anabela8@hotmail.com. Preço €16,50 (pagamento no local). Ementa: Entradas, Lombo de Bacalhau em crosta de broa de milho c/presunto no for

2.º CENTENÁRIO DO SINÉDRIO

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De Gomes Freire de Andrade a’O Sinédrio e à monarquia liberal Quando o prestigiado general português, liberal e grão-mestre do GOL, foi vítima de um simulacro de julgamento e executado de forma infamante, Portugal interrogou-se sobre o abandono da família real e a presença indesejada de Beresford, inglês que comandava o Exército e era regente do reino. Portugal era, na sequência das invasões francesas, um país arruinado e sem autoestima. A família real, refugiada no Brasil, abandonara o País e a dignidade, ao arbítrio de um general inglês, cada vez mais odiado. Foi neste ambiente que fermentou o ‘Vintismo’, período histórico bem documentado e que deu origem ao liberalismo, precedido pela crueldade sangrenta do miguelismo, que acabou derrotado. As tropelias de D. Miguel, a ambição da mãe, Carlota Joaquina, e os crimes do miguelismo terminaram com a derrota e a renúncia de D. Miguel a quaisquer veleidades reais, em Évora Monte, e conduziram à monarquia liberal. Hoje, no segund

O comércio das almas

O Paraíso não é um lugar especialmente bem frequentado. A avaliar pelos santos que o defunto João Paulo 2 tirou das labaredas do Inferno ou do estágio no Purgatório, tem hoje uma multidão de patifes a jogar as cartas e a servir bebidas ao Padre Eterno. Não sei se é Torquemada o encarregado do armazém das almas de crianças por nascer e de adultos por batizar, pois sabia-se de ciência certa, com a honestidade que se conhece ao clero, que os não batizados eram destinados ao Limbo, sítio insípido, sem recreações ou crueldades, adjudicado ao Deus de Abraão para fatalidade de almas por abençoar, e que um papa recente extinguiu, por pudor ou falta de rentabilidade. No armazém das almas o negócio anda próspero com a explosão demográfica a que se assiste, mas Deus é um lojista insatisfeito que quer despachar a mercadoria. É por isso que a ICAR é contra o planeamento familiar, a contraceção, o preservativo, a IVG, o DIU e a pílula. No Céu há uma alma para cada espermatozoide e é por isso q

TRUMP: The ‘first year’ e outros ‘First’s’…

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Os slogans são - em larga medida - postulados (não axiomas) debitados pelos políticos desprovidos da arquitectura de pensamento aristotélica, dos fundamentos socrático-platónicos e da sistematização matemática euclidiana. Os slogans - na propaganda política - misturam tudo: a racionalidade, o desejo, a ilusão, o imaginário, o método, os meios, os fins, etc.  São construídos – por agências de marketing e spin doctors - à volta de irracionalidades sonantes e de contradições gritantes para ‘ levar a água ao moinho ’, vender uma falácia, mistificar desejos ou impingir um qualquer (e diletante) títere e putativo candidato a uma imprevisível e errática liderança (como se verificou há 1 ano com Donald Trump). Um dos mais terríveis slogans – porque perigoso em termos de entendimento e execução - é o ‘ America, First ! ’ que conseguiu mobilizar muitos americanos para uma ‘nova cruzada’ e levou ao poder um vendedor de imóveis e de ilusões cavalgando as inseguranças, os medos, os pr

Deutsche Uber Alles, Portugal à Frente, America First

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Há no simplismo dos slogans o apelo à irracionalidade de quem abdica da inteligência e troca a razão pelas emoções. Os slogans em epígrafe foram o início de duas tragédias à escala planetária e, o do meio, de um desastre local. Do primeiro, sabem-se as dezenas de milhões de mortos e estropiados que provocou, a chacina que varreu o mundo e terminou no holocausto nuclear de Nagasaki e Hiroxima, passando pelos fornos crematórios, destruição, caos e miséria de países e povos. O último está na origem das tragédias que se avizinham, depois de um ano a prepará-las e das já consumadas. O racismo, a xenofobia e o extremismo ideológico desestruturam a sociedade e aprofundaram o abismo entre pobres e ricos, enquanto alimentaram novas guerras e velhos ressentimentos na espiral de demência bélica que ameaça o Planeta. Depois dos ataques a um módico de apoio aos americanos mais pobres, da perseguição às minorias étnicas, da erosão ética da sociedade, do ataque a instituições internacionai

UE: Os cíclicos recados e a ‘paranóia reformista’…

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Mais uma vez a UE ao analisar a situação portuguesa volta a colocar o acento tónico na intensificação do ‘ímpeto reformista’ link .    É uma recomendação crónica para além do caricato que a questão encerra neste momento, isto é, Mário Centeno, presidente do Eurogrupo,  a transmitir recados a Mário Centeno, Ministro das Finanças português.   A forma genérica encontrada pela UE para definir esta ambiguidade crítica é solicitar a promoção reformas ambiciosas que promovam (passe a redundância) o desenvolvimento económico. Penso ser uma asserção do tipo Monsieur La Palisse. As reformas serão sempre necessárias e, por tal motivo, óbvias. Por outro lado, a ambição é uma característica humana.   O difícil é definir o tipo de reformas que cumpram o objetivo de desenvolvimento (e não só de crescimento). E fazer isso sem espezinhar as pessoas e os seus direitos poderá ser o busílis. Na realidade, a UE pretende ignorar - contornar  o facto - que no País governa o Partido Socialist

A abertura do ano judicial

Por E-Pá A abertura do ano judicial trouxe à ribalta política questões verdadeiramente importantes. A primeira das quais será uma promiscua relação entre a justiça e a política. A clarificação desde dois âmbitos é essencial. Nem a justicialização da política (p. exº. Brasil), nem a governamentalização da justiça (exº. Polónia) são boas soluções.  A 'separação das águas' é fundamental para preservar a autenticidade democrática e o decorrer da abertura do ano judicial questiona se foi, de facto, isso que aconteceu. Todos temos queixas sobre o sistema judicial e desejamos que se resolvam bloqueios ancestrais que infestam este pilar da democracia. Para além de questões pontuais como é a duração do mandato do(a) Procurador(a) Geral da República e o imbróglio com a República de Angola existem problemas de fundo.  Um deles - para figurar como alerta - é a intromissão do Presidente da República numa área que pode e deve opinar, mas não deverá ser o seu 'condottieri

PSD - Quem o viu e quem o vê!

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A fé e a liberdade

Herdeiro do Renascimento e do Humanismo, o Iluminismo fez do século XVIII o «século das luzes». Foi o confronto dialético entre a cultura greco-romana, que os sábios do Renascimento retomaram, e a escolástica medieval, que o clero romano se esforçou por preservar, que fez germinar o Iluminismo. O ceticismo de Hume, filósofo e historiador escocês, arrasou os dogmas religiosos e abriu as portas da modernidade. Hoje, com a secularização e a razão a avançarem nos países europeus, assistimos à aflita revolta do clero ansioso pelo retorno à fé e aos valores medievais. Os milagres  são manifestações de obscurantismo e a torpe tentativa de manipulação contra a ciência e o progresso. É o desespero da fé, que definha, contra a secularização que avança. O retorno aos dogmas e a chantagem sobre os Governos democráticos são uma obsessão das Igrejas cristãs que convocam o histerismo dos seus padres e o fanatismo dos crentes contra a modernidade. Os mitos agradam aos crédulos enquanto a ref

O PSD e a chicana política

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A melhor forma de desviar as atenções das trapalhadas próprias é inventar ou ampliar as do adversário e provocar o máximo ruído. A UE descobre que o governante Miguel Relvas deu dinheiros europeus à Tecnoforma, quando Passos Coelho era administrador, e que esse dinheiro foi desviado. A exigência da devolução de 6 milhões de euros foi minimizada com o facto de o ministro da SS ter sido vice-presidente da AG de uma IPSS cuja corrupção não vigiou. Não se disse quem era o presidente, nem foi referido o Conselho Fiscal a quem cabia fiscalizar as contas! Bastou atirar lama. A revista Visão denuncia o descaminho de milhões de euros em municípios do PSD, por Marco António Costa, Luís Filipe Meneses, Agostinho Branquinho, Hermínio Loureiro, Virgílio Macedo e Valentim Loureiro, com faturas falsas, empresas de fachada, tráfico de influências, negócios simulados, contratos públicos viciados, fraudes em subsídios, manipulação de contas e iniciativas fictícias. O PSD e o CDS descobriram um min

Rui Rio e o PSD

As afirmações de Manuela Ferreira Leite sobre o Diabo prestam-se ao humor de quem sabe que era o anjo de Passos Coelho, a quem confiou a alma própria e a do partido, na esperança de que a praga que rogou ao Governo, apoiado na AR por PS, BE, PCP e PEV, fosse ouvida pelo Mafarrico. Depois da Idade Média e da extinção da Inquisição, o Diabo sumiu-se e nunca mais foi visto, mas a vitória de Rui Rio não foi a mera transferência do alvará do PSD através da AG onde militantes de residência incerta, bem inscritos, melhor transportados, e com as quotas em dia, decidiram varrer a pior gente e humilhar a máquina partidária. É evidente que a eleição de Santana Lopes seria muito mais divertida e conveniente para a esquerda, onde me situo, mas bem mais perigosa para o País. Em democracia, a direita é legítima e desejável. Não há democracia sem pluralismo. Comparar Rui Rio, Manuela Ferreira Leite e Pacheco Pereira com a tralha derrotada, é um insulto à inteligência e uma ofensa à democracia. N

Viva a República!

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Passos Coelho tentou e não resultou

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Coerência

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Prefiro um homem de coluna vertebral direita à de quem que se verga às conveniências dos afetos, às genuflexões pias e à agenda pessoal de um peronismo de influência.

A auspiciosa vitória de Rui Rio (RR)

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Não se diga que era igual a vitória de Rui Rio ou de Pedro Santana Lopes, por pior que o primeiro venha a revelar-se. RR fará o difícil percurso de um caminho incerto, em que necessita de fazer currículo num período curto, mas PSL, o menino guerreiro, perdeu a última batalha, arrastando consigo o pior que o PSD tem, à espera de ressurreição. RR ganhou o apoio de gente séria do PSD, talvez por vergonha do único candidato que o defrontou, resgatando do opróbrio as últimas lideranças do PSD onde, apenas, as de Manuela Ferreira Leite e Marques Mendes não mancharam o partido. Durão Barroso, PSL, Luís Filipe Meneses e Passos Coelho, ontem derrotados, já podem ser julgados. Dizer que Rui Rio é igual a PSL é o mesmo que comparar Marcelo a Cavaco, como se a cultura, a inteligência e a transparências dos negócios não exigissem benevolência numa comparação em que a malvadez de um pode vir a confrontar-se com a astúcia do outro. RR começou por afirmar a renúncia ao populismo, e não resistiu

Considerações sobre a eleição de Rui Rio…

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Rui Rio venceu as eleições para a liderança do PSD. Este facto colocado a reboque da derrota de Pedro Santana Lopes deverá ter consequências que extravasam a luta partidária. Os equilíbrios político-partidários que vigoraram até aqui – nomeadamente os derivados das últimas eleições legislativas e que ‘sustentaram’ a adoção de posições conjuntas da Esquerda – poderão ser submetidos, a breve trecho, a novos stress. No ato eleitoral ocorrido no PSD, do último sábado, poderão ter sucumbido algumas premissas que configuraram o quadro inter-relacional partidário do País. A cantilena santanista que insistia na sigla “PPD/PSD” não colheu os louros necessários para se impor. O regresso ao espaço político original que esta sigla pretendia sugerir, é uma miragem que vem sendo destroçada (desmontada) há longo tempo. Provavelmente desde o golpe partidário do Congresso da Figueira da Foz (1985) onde emerge o ‘cavaquismo’ e se enterra veladamente o ‘sá-carneirismo’ . Cavaco Silva começou

O PSD e a chicana política

A melhor forma de esconder as trapalhadas dentro de casa é espreitar pelas frinchas da porta do vizinho e ver o que pretende, sem se preocupar com o que encontra. A UE descobre que o governante Miguel Relvas deu dinheiros europeus à Tecnoforma, quando Passos Coelho era administrador, e que esse dinheiro foi desviado. A exigência da devolução de 6 milhões de euros, transforma em escândalo a vice-presidência da AG de uma IPSS pelo ministro da Segurança Social, quando o não era, por não ter vigiado a corrupção na instituição. Nem sequer se soube quem era o presidente nem se referiu o Conselho Fiscal! A revista Visão denuncia o descaminho de milhões de euros em municípios do PSD, por Marco António Costa, Luís Filipe Meneses, Agostinho Branquinho, Hermínio Loureiro, Virgílio Macedo e Valentim Loureiro, com faturas falsas, empresas de fachada, tráfico de influências, negócios simulados, contratos públicos viciados, fraudes em subsídios, manipulação de contas e iniciativas fictícias. O PSD

A GRIPE e a ‘CRISE’ do SNS: Do Minho ao Algarve (Guimarães, Coimbra, Viseu, lisboa, Faro, etc.)...

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Chove, faz frio e as madrugadas são gélidas. Um caldo de cultura apropriado para as síndromas gripais. O SNS rebenta pelas costuras. Mas há quem queira aproveitar-se da situação. Para fins corporativos.   Na realidade, o SNS está a sentir – ao retardador – os efeitos dos cortes impostos pela Troika e pressurosamente adotados pelo governo PSD/CDS. Quer o desinvestimento orçamental, quer o abandono da inovação, quer o estimulo ao êxodo dos profissionais de saúde não têm consequências imediatas. Só pontualmente, isto é, nas situações de maior stress da procura o sistema público de saúde exibe claramente as suas insuficiências. Resumir tudo a uma questão de recursos humanos e, dentro desta visão limitada, reduzir as questões a um sector profissional não é propriamente lutar pelo SNS. Será antes aproveitar-se de uma situação concreta que estruturalmente aflige o SNS. Os profissionais de saúde são o motor do SNS mas este não se resume a isso. A capacidade instalada degradou-se. A

A síndrome de Trump – Anda tudo doido…

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- A Assembleia da República quer decidir sobre o uso da canábis para fins terapêuticos, competência do Infarmed, cabendo aos deputados decidir sobre a eventual legalização para fins recreativos. - A Ordem dos Médicos aprova o uso da canábis em várias situações, posição que deve ser acolhida, mas só como medicamento, como se lhe coubesse a decisão. A AR decide a introdução de medicamentos (este já existe em gotas) e a OM as indicações? - A ministra da Justiça disse que “o mandato de PGR é longo e único”, e a comunicação social, o PSD e o CDS, os comentadores e os constitucionalistas, contestaram-na. Gerou preocupação no PS e consternação em Belém. § A lei foi alterada para que o cargo que Cunha Rodrigues ocupou 16 anos não fosse vitalício. O mandato único foi o que, depois dele, Souto Moura e Pinto Monteiro cumpriram. Independentemente da interpretação dos juristas, a hipótese omissa de recondução, a existir, podia transformar em 18, 24, 30 ou 36 anos os 16 de Cunha Rodrigues. -

DONALD TRUMP

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‘ Porque razão queremos pessoas do Haiti’ e de ‘países de merda’ em vez de noruegueses ?  link , link .   A dúvida oriunda de uma avantesma que se julga ‘genial’ e que contempla resquícios de uma ‘solução final’…

Insólito

Rui Pena Pires , sociólogo e deputado do PS, como se identifica num artigo de opinião do DN de ontem, pág. Pág. 39, defende o “socialismo liberal”, à semelhança do médico Álvaro Beleza, cuja pertença ao PS faz tanto sentido como um vegetariano nos Amigos do Leitão à Bairrada. Ou se é social-democrata, pior ainda se se intitula socialista, ou se é liberal. (Não confundir com liberal em questão de costumes), Ele escreveu mesmo sobre modelo económico, " Em defesa do socialismo liberal ". Um paradoxo.

As vacas sagradas...

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Até aqui foram Teodora Cardoso e Carlos Costa. A primeira como presidente do Conselho de Finanças Públicas e o segundo como Governador do Banco de Portugal. São praticamente inamovíveis. Qualquer gesto, qualquer comentário, qualquer burburinho, suscita logo que caia o Carmo e a Trindade. Devemo-lhes tudo e estamos 'obrigados' por começar uma laudatória cascata de louvaminhar das suas inexcedíveis competências e exaltar publica e repetidamente a sua independência (política?, profissional ?, técnica?). Tudo lhes é devido mesmo que a realidade vá demonstrando erros, negligências e diletantismo.  Quer Teodora Cardoso, quer Carlos Costa, têm passeado nas margens destas 'eventualidades' nos seus domínios estritos. O defeito estará na realidade que não se quer 'adaptar' às previsões e acções dos titulares, como seria desejável para os lídimos defensores da sua eternização nos cargos. A mais recente ' vaca sagrada ' é a PGR, Joana Marques Vidal. Ho

O CDS, o financiamento partidário e o PR

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Sou de opinião que o financiamento partidário, para além das quotas dos militantes e donativos de simpatizantes, não deve ser feito por empresas. Não há almoços grátis. A democracia é mais dispendiosa, mas a ditadura, sendo mais barata, custa a liberdade e a honra de um povo. Quem, como nós, viveu na ditadura fascista, com censura, prisões sem culpa formada, violações de correspondência, torturas, vindictas, degredos e guerra colonial, devia ser sensível ao esforço coletivo para a defesa e manutenção dos partidos, de cuja existência e competição depende o funcionamento normal de uma democracia. Quando julgávamos que todos os partidos se tinham entendido sobre a melhor forma de preservar a independência e desenvolver a sua atividade, após reuniões interpartidárias que, como é habitual, não elaboram atas, a decisão, que parecia consensual, foi discutida e votada na AR. Eis que, ao arrepio do que acontecera nas reuniões, o CDS veio pôr em causa o consenso partidário, com a baixeza d