Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2015

Notas Soltas - agosto/2015

Boys – O pagamento de favores aos amigos, através de colocações ministeriais, não foi exclusivo do Governo que vai terminar o mandato, é a lepra que corrói o respeito que os governantes deviam esforçar-se por merecer. BES – Houve quem pensasse que a falência do grupo GES/BES nada custaria ao erário público. Falta saber, para além da tragédia da riqueza e dos postos de trabalho perdidos, se a solução de o deixar falir foi a melhor e quanto custará ao País. Reina silêncio. Estado Islâmico – Com monótona regularidade, a violência é a marca do mais primário e cruel monoteísmo, vivido em suprema apoteoso pelo bando de facínoras de Maomé. A execução de mulheres é a pena das que recusam satisfazer os instintos sexuais do califa. Hiroshima – Em 6 de agosto de 1945 foi lançada a primeira bomba atómica, sobre uma cidade japonesa. O cogumelo, que é a imagem de uma tragédia de proporções dantescas, ficou como símbolo do poder destruidor e da crueldade de que os homens são capazes.

A frase

«Se o PS estivesse no poder, Sócrates e Salgado não seriam investigados». (Paulo Rangel, eurodeputado do PSD) Pergunta: As magistraturas não reagem?

Factos e documentos

«O número de refugiados e migrantes que atravessaram o Mediterrâneo neste ano já ultrapassou os 300 mil» (Porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os refugiados)

Cavaco Silva e as eleições

Cavaco, a descansar do infatigável apoio a este governo, na vivenda algarvia Gaivota Azul cujos contornos de aquisição se desconhecem, continua a interferir nas eleições que se aproximam e a pretender condicionar a opção livre dos eleitores. Nem a destruição acelerada, e celerada, da Segurança Social, com que o governo de que é fiel servidor já ameaçou os portugueses, o demove do apoio pertinaz. Nem a qualidade de economista o inibe face à promessa de plafonamento dos descontos para a SS, a fim de a inviabilizar e entregar à iniciativa privada, caso esta maioria se mantivesse. É por isso que as próximas eleições, inquinadas pelo medo e terrorismo que esta direita exerce através da comunicação social que domina e das redes sociais onde infiltrou os especialistas da sua central de intoxicação, não se destinam apenas a criar condições para um governo mais competente e patriótico, o que não é difícil, mas para repudiar a pior maioria, o pior governo e o pior PR depois do 25 de Abril.

UM FEITO GLORIOSO DA NOSSA HISTÓRIA

Passam hoje exatamente onze anos sobre um dos feitos mais gloriosos da nossa Marinha. Em Agosto de 2004, um navio – que ficou para a História como “Barco do Aborto”- tripulado por mulheres pertencentes à associação subversiva “Women on Waves”, que propagandeava a legalização da interrupção voluntária da gravidez, ameaçava invadir as nossas águas territoriais. Porém, a ameaça foi heroicamente repelida pelo então ministro da Defesa, Dr. Paulo Portas, que enviou um navio da Armada para impedir a invasão. As nossas forças saíram vitoriosas! Depois, à cautela, o Dr. Portas comprou uns submarinos, a fim de ficarmos mais prevenidos contra futuras ameaças do género. Lamentavelmente, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, dando razão ao vício contra a virtude, veio mais tarde a condenar o Estado Português por ter proibido a entrada do barco nas nossas águas territoriais. Seja como for, ficou salva a honra da Pátria! O Dr. Paulo Portas ganhou um lugar na História, ao lado de D. João d

Momento Zen de quarta

João César das Neves (JCN), aka Beato João César, é um sério caso de estudo. As suas divertidas homilias, no DN, primeiro à segundas-feiras (Momento Zen de segunda) e agora às quartas, sofreram uma alteração temática assombrosa depois da chegada ao Vaticano do papa Francisco. As citações bíblicas, as diatribes contra o divórcio, o horror à IVG, as manifestações de homofobia e outras pias obsessões, mais dolorosas do que os picos do cilício, que ruborizavam  os crentes e hilariavam os incréus, deram lugar aos temas económicos. Curou-o da obsessão mística o atual papa, de quem foge de invocar o nome como o seu demónio da cruz, e passou às homilias laicas onde alterna entre o envergonhado a apoio a Passos Coelho e previsíveis afirmações do economista de direita, ex-assessor do Prof. Cavaco e ora catedrático na madraça romana do ensino superior, em Palma de Cima. Na homilia laica de ontem, JCN, sob o título « Horror àsprivatizações » diz que “Certas vozes porém [sic], sobretudo na

Laicidade traída

Imagem

A FRASE

O senhor de la Palice não diria melhor! «A agressão que ocorreu na sexta-feira podia ter degenerado numa carnificina monstruosa e é a prova recente de que temos de nos preparar para outros ataques e, assim, protegermo-nos a nós próprios». (François Hollande, sobre o ataque falhado ao comboio entre Paris e Amsterdão) Fonte: DN – hoje, pág. 10.

As eleições que aí vêm

O ruído introduzido pelas eleições presidenciais torna-se insuportável para quem deseja, nas legislativas, julgar esta maioria, este Governo e este PR, largamente protegidos pelo controlo da comunicação social e infiltração, nas redes virtuais, de agitadores treinados nas madraças da direita e com experiência na campanha que de Passos Coelho fez PM. A esquerda, dilacerada pela legítima disputa eleitoral, constitui um trunfo acrescido para a minoritária direita, confiscada pela sua ala radical. E, se não bastassem as malfeitorias desta direita da direita, a eleição presidencial ameaça quem se opõe à pior maioria, ao pior Governo e ao pior PR do regime democrático, com um duelo que fará sangrar quem pretende para o país um novo rumo e, na direita, a derrota dos extremistas liberais. É inevitável a crispação entre as candidaturas de Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém e o aproveitamento da direita num terreno onde já tinha posto a sua lebre, Henrique Neto,  a fazer ruído. O meu candid

O erro estratégico (não de Descartes) …

Imagem
A tarefa do actual secretário-geral do PS está a tornar-se bastante complicada. Eleito para essas funções para ‘garantir’ uma vitória ao PS vê saltar pelo caminho diversos ‘fantasmas’. O clima político nacional sofreu substanciais alterações (variações) durante este ano (2015) o que sendo coincidente com a entrada em funções do Dr. António Costa não lhe podendo ser imputadas responsabilidades directas. É, acima de tudo, uma dinâmica imposta pelo exterior. O País foi colocado sob uma pressão mediática onde abundam números avulsos (alguns como o da taxa de desemprego claramente manipulados) e onde se apresentam índices e projecções fora de qualquer contexto analítico (ou ‘torturados’ por enviesadas análises da ‘maioria’).  Uns dias o Governo compara as suas performances actuais com os piores dias de 2012 e 2013, noutros com o memorando que aplaudiu em 2011. Em mais raras ocasiões recua até à entrada na zona Euro onde efectivamente está o problema. Mas o actuar líder do P

O divisão administrativa e o poder autárquico

Não, não temos uma divisão administrativa coerente nem sustentável. Não, não temos a plêiade de autarcas que se apregoa e, suspeita-se, nem a gestão racional dos recursos de que dispõem. Esta grande conquista do 25 de Abril foi confiscada por caciques locais que, excetuando os municípios de maior dimensão, se converteram em máquinas de emprego e tráfico de influências. Nem todos, naturalmente. É evidente que as generalizações são arriscadas e injustas, mas não se percebe que um país, onde falta fazer a regionalização continental, tenha permitido Regiões Autónomas com estruturas faraónicas e custos incomportáveis. O número de autarquias e a dimensão dos seus órgãos, com a imaginativa descoberta de Empresas Públicas (EPs), tem custos que o país não pode suportar e nenhum partido se atreve a alterar, tal a dependência da rede de captação de votos. Há autarquias em que todos os partidos juntos não achariam gente preparada para a boa administração dos recursos que consomem. Falta a mu

Até o céu ficará cheio!

Segundo informação de Boeing, que analisa o período 2015-2034, há no mundo 21.600 aviões comerciais em serviço. Nos próximos 20 anos, a industria terá encomendas e produzirá 38.050 aviões, estimando que em 2034 voem 43.560 aviões no mundo, o dobro dos atuais. Cerca de 40% dos novos aviões servirão para substituição de aeronaves antigas.

No 79.º aniversário da sua morte.

Imagem
Homenagem a Federico García Lorca   Foram os fascistas do genocida Francisco Franco que o assassinaram.

O Planeta, nós e o futuro

‘As árvores não crescem até ao céu’ e os recursos do Planeta são limitados. É inviável o acréscimo da população e a redução da capacidade de a suportar. Há muito que a resiliência do Planeta se tornou insustentável. No último meio século o mar perdeu 60% dos recursos, o solo arável não parou de minguar, escasseia a água, os lençóis freáticos sofrem as infiltrações do lixo e os combustíveis fósseis caminham para a exaustão. Dos alimentos ao ar os venenos contaminam tudo e só as bactérias veem o seu habitat melhorar. Penso que não há progresso sustentável no consumo e é doloroso o reajustamento. Até há alguns anos, as novas tecnologias trouxeram mais emprego do que o que destruíram, mas deixou de se verificar. O trabalho tem de ser distribuído assim como o produto que dele resulta. A redução drástica de nascimentos em nações desenvolvidas é anulada pela explosão demográfica das pobres acelerando migrações impossíveis de integrar, com alterações étnicas que, em vez de contribuírem p

Factos & documentos

Imagem
Nota: Não sou especialista a verificar a autenticidade do recorte mas conheci da ditadura o suficiente para aceitar a forte probabilidade de ser verdadeiro.

É preciso avisar a malta

Imagem

PP & PPC – chama-lhe tu primeiro antes que te chamem a ti

O casal que ontem se deslocou à Quarteira, conduzido pelo padrinho Marco António, essa referência ética, oficializou, depois do irrevogável arrufo, o matrimónio que já une o partido de Sá Carneiro com o que enxotou o fundador, Freitas do Amaral, na presença de 3.500 testemunhas comprometidas e interessadas a ulular de contentamento. PP acusou o PS de ter um projeto para pôr em risco, nada disfarçado, a sustentabilidade da Segurança Social, através de um convite disfarçado à privatização, ‘acuso-o primeiro para não ser ele a acusar-nos’. Foi o arauto da defesa das famílias, da classe média e dos reformados, aqueles que o Governo, onde casta e inocentemente esteve, mais castigou. A vida em comum obrou um estranho mimetismo em que já não se distingue quem é o inteligente e quem comprou a rifa que Miguel Relvas, Marco António e Paulo Júlio viciaram para lhe entregar o lugar de PM. Os militantes e avençados extasiam-se com os dois. São o abono de família de farta clientela. PPC alerto

Paradoxos de números e percepções cívicas...

Imagem
A recente ' crise dos cartazes ' demonstra que a guerra dos números e o consequente esgrimir de estatísticas e dados é um caminho enviesado. Melhor será analisar o que os números pretendem ocultar. Na maior parte das vezes acrobacias e piruetas contabilísticas. Durante a última semana esgrimiram-se valores, dados e previsões - na praça pública e envolvendo múltiplas formações partidárias - à volta do crescimento económico durante o último trimestre e, na passada, teceram-se múltiplas comparações com períodos transactos (homólogos, não homólogos ou aleatórios). Sem entrar nas minudências estatísticas que muitos têm dificuldades em perceber é de supor que os portugueses gostariam de entender como - no mesmo período - registando-se uma queda abrupta da produção industrial link estamos a crescer de modo ' sustentáve l' (para usar uma qualificativo muito comum na política e nos negócios).

Silly season

Imagem
Marcelo Rebelo de Sousa deu ontem uma extensa entrevista de seis páginas ao DN, que a capa anunciou ocupando metade do espaço. Da entrevista pode dizer-se o que padrinho dele, Marcelo Caetano, disse a Pedro Soares Martinez no ‘exame’ de doutoramento: “A sua tese tem coisas boas e originais, mas as boas não são originais e as originais não são boas». Da leitura sofrida, por afeição aos leitores que não desistem de me ler, deixo aqui, não a sibilina propositura da pré-candidatura a PR, nem síntese óbvia da intenção, mas apenas as afirmações originais do inegável bom comunicador. Diz Marcelo que “Passos Coelho é uma pessoa muito fria, inteligente e desapaixonada a julgar”, sem deixar perceber se abdicou da inteligência própria ou deslizou para um enigmático sarcasmo. Não considerando original esta afirmação profunda “Vai ser preciso que o próximo Presidente seja capaz de dialogar”, não pude deixar de me maravilhar com a apoteose da imaginação e da originalidade de quem reza o te

O Deus dos peregrinos gosta do odor a velas queimadas

Imagem

Imagem de marca do Governo

Imagem

No 56.º aniversário da morte de Bertold Brecht

Imagem

Acontece...

Imagem
Quem nunca perdeu o guarda-chuva que atire a primeira ogiva.

Esta esquerda não é a minha

Não esqueço que quem diz que não é de direita nem de esquerda é de certeza de direita, e quem, dizendo-se de esquerda, é maior adversário de outro partido de esquerda do que de qualquer um de direita, é deliberado ou ingénuo aliado da última. O frenesim quanto ao futuro PR só se compreende pela frustração que o atual causou ao País, pelo cansaço insuportável que, pela primeira vez em democracia, um PR provocou e pelos danos que a sua paixão partidária causou à instituição para que foi eleito. A antecipação da discussão sobre a candidatura presidencial apenas serve para diminuir a importância das legislativas e do julgamento desta maioria bem como o esquecimento precoce de Cavaco Silva que dilatou a agonia do país sob um governo inapto e à solta. É legítimo, todavia, que qualquer cidadão manifeste a intenção de se candidatar, que vá procurando ocupar espaço na comunicação social e apoios na sociedade o que faz que a realidade seja o que é e não o que devia ser. O que não assiste

A 'velha' chicana política no seu esplendor…

Imagem
Hoje o Governo entreteve-se a emanar orientações sobre a situação dos idosos no País link .  Não se tratou de legislar. Colectou uma série de intenções e transmitiu-as à comunicação social. Não as produziu para endereçar ao Parlamento que, como sabemos, já esgotou a sua actividade nesta legislatura. Não está em causa o teor dos anúncios efectuados que, em grande medida, muitos portugueses subscreverão. Trata-se, isso sim, da metodologia ensaiada. O Governo que gosta de afirmar estar na plenitude de funções esqueceu-se que se meteu a aprovar resoluções e não lhe pode dar seguimento. A maioria que lhe deu suporte durante 4 anos entrou em licença sabática. Chegou a hora do escrutínio. Na verdade o Governo neste momento está em roda livre sem o contraponto do seu órgão fiscalizador. Já não estando em funcionamento a Assembleia da República o Governo está, por exemplo, ao abrigo de uma moção de censura. Se isto não for suficiente para condicionar a actividade do Governo neste p

Ilusões, mentiras e utopias

Pensar que é pagável a dívida que não para de crescer, nem com os juros mais baixos de sempre, combustíveis a preços irrepetíveis e depreciação do euro, é ilusão, tão perigosa como imaginar que o crescimento económico irá disparar para a casa dos dois dígitos. Há quem não se dê conta de que a dívida se tem alimentado do aumento de empréstimos e da mentira que especuladores e devedores gerem com profissionais especializados em propaganda, elevando o esquema da D. Branca à categoria de ciência económica. Portugal, à semelhança de Espanha, Grécia, Chipre, Itália, Irlanda e muitos outros, não consegue sair da espiral suicida em condições irrepetíveis. Como o poderá fazer quando os combustíveis recomeçarem a subir e a dívida for ainda maior? A crise financeira de 2008, repercutida na falência do Lehman Brothers, cujas ondas de choque se refletiram nos campos económico, social e político, foi uma crise do sistema capitalista que ninguém sabe se foi já a última. A crença na sua superaçã

O da esquerda não bate na mulher

Imagem

A interrupção voluntária da gravidez (IVG) e a taxa moderadora

O ministério da Saúde aceitou o parecer da Direção-Geral da Saúde (DGS). Só o ato da interrupção é pago (7,75 €). Todo o acompanhamento antes e depois da IVG é gratuito. O último relatório da DGS refere que, no ano passado, se realizaram 16.589 IVGs, 97% a pedido da mulher, opção prevista na lei até às dez semanas de gestação. E acrescenta ainda: «Este foi o número mais baixo desde 2007, ano que a opção foi legalizada. Desde 2011 que o número está a descer». Com indicadores tão favoráveis, com o número de abortos em crescente declínio, após a despenalização, o que levou esta maioria a alterar a legislação pacífica e que renderia ao Estado menos de 130 mil €€ anuais, sem isenções, quando muitos abortos são devidos a graves carências económicas que isentam as pacientes de taxa moderadora!? Não foi a poupança do custo de uma viatura de alta gama das centenas que este Governo comprou, em fim de legislatura, que esteve na origem da decisão. Foi a concessão a um movimento jurássico de

O direito à eutanásia – uma reflexão necessária

No dia 10 de agosto de 2001, a Holanda foi o primeiro país a legalizar o direito que nos interpela e assusta mas que, cada vez mais, se assume como direito individual que deve ser aprovado, regulamentado e objeto de ponderação. Foi há 14 anos. A morte, como disse Saramago, é uma injustiça, mas a vida, em certas circunstâncias, é um suplício cujo prolongamento não se pode impor ao enfermo contra a sua vontade. Urge ponderar o poder arbitrário dos médicos na sua obsessão terapêutica ou na decisão irrevogável de prolongar a vida, segundo os seus preconceitos religiosos tal como ao doente uma decisão precipitada ao primeiro sinal de desespero. Entre os médicos nunca haverá consenso e, das Igrejas, não se pode esperar senso. Cabe aos Estados, de forma responsável, responder a dramas que diariamente afligem doentes terminais, pessoas em vida vegetativa ou seres sem uma réstia de esperança ou qualquer trégua no sofrimento. Defender a alimentação obrigatória dos pacientes em estado veg

A campanha eleitoral e os ruídos

Esta não é a minha campanha. Discutir cartazes para iludir a tragédia do desemprego é o talento da central de intoxicação da direita, da pior direita imaginável, que o pior PR do regime democrático ungiu. Há quem veja nas ondas apenas a espuma e ignore a dimensão do mar e a influência dos ventos. Há quem viva para explorar aparências e ocultar a realidade, quem espalhe ruído para não deixar ouvir a música, quem faça o mal e a caramunha. A canibalização do espaço mediático e a infiltração de peritos de contrainformação nas redes sociais por quem malbaratou o que restava do País, impede o contraditório e faz da campanha eleitoral uma cerrada oposição às oposições, na razão direta do perigo que cada partido representa para esta maioria que confiscou o PSD, o Governo e o PR. Esforçaram-se por inviabilizar a alternativa política e, com a destruição do Estado, já se preparam para impedir a mera alternância partidária e assegurar a impunidade. As eleições de outubro vão julgar este Go

PS: erros & confiança…

Imagem
A mudança de responsável pela campanha é, apesar de justificada, mais uma perturbação no processo eleitoral do PS link . O emendar de mão não apaga os erros já cometidos e, para já, faz transparecer que o ‘ inner circle ’ de António Costa está muito confinado à Câmara de Lisboa. É aguardar para ver. O problema é que o tempo urge enquanto a confiança corre o risco de dissipação... Em poucos meses assistimos a uma brusca inversão dos papéis. Agora o PS tem de mexer-se a todo o vapor enquanto a coligação PSD/CDS está a tentar ' fazer-se de morta '...

O alegado moderado e pacífico muçulmano

Imagem
Ler notícia AQUI

As multinacionais da fé

Deus é uma perigosa ficção que conquistou, no início, gente primária e supersticiosa. Umas vezes extinguiu-se rapidamente, outras fez uma carreira gloriosa até atingir as classes poderosas que o confiscaram e transformaram em instrumento do seu próprio poder. Se escasseiam os sócios, Deus dá origem a uma seita. Quando se reproduz e esmaga a concorrência, combate os indiferentes e passa a religião. Então, cria-se uma hierarquia, impõem-se regras, organizam-se as finanças e reduz-se a escrito a tradição oral sob os auspícios de um iluminado a quem Deus dita um livro, normalmente num sítio ermo. As religiões do livro já foram a sofrida aspiração de quem tinha o medo e a fome como horizonte. O Paraíso tornou-se o bálsamo para o desespero, a aspiração inconsciente de uma sociedade sem classes, o desejo de pobres e infelizes se tornarem iguais aos ricos e poderosos, renunciando à luta. A correlação de forças impôs em cada lugar a hegemonia de uma religião e definiu qual era, ali, o Deu

Telefonemas a partir da esplanada do Café Trianon

No dia 11 de julho, cerca das 10 horas, entrei no Café TRIANON, em Coimbra, onde conheço muitos dos clientes habituais. Fui o primeiro a chegar de um grupo que ia participar numa sardinhada na Murtinheira a convite de um amigo comum, na tentativa de levar alguém que não quisesse levar carro. Enquanto esperava, não pude deixar de ouvir telefonemas de um militante do PSD que é cliente habitual. Só ao segundo dei conta, verdadeiramente surpreendido, do entusiasmo com que comunicava com eventuais correligionários. - Preciso de que assines a candidatura do Henrique Neto. - (…) - Não, não se trata de apoiar, era o que faltava. - (…) - O nome aparece só na lista dos proponentes que vai para o Tribunal Constitucional. - (…) - Eu depois explico-te. Tens de assinar. Abraço. A princípio estava surpreendido com o apoio de pessoas do PSD a uma candidatura de um velho apoiante do PCP e, mais tarde, militante do PS, de que foi deputado. Apesar da rutura com o aparelho partidário, não pe

Alguns países criam oportunidades, outros, oportunistas

Imagem

Há 70 anos, em Horishima

Imagem
Para que não se repita

Os impolutos e castos cônjuges Passos/Portas

Imagem
Os cônjuges e o Padrinho As referência éticas da venda de Portugal a retalho andam em excesso de velocidade na azáfama eleitoral com que sonham a perpetuação no poder, à espera de ser multadas por excesso de velocidade, má fé e embuste. O impoluto Passos Coelho, da Tecnoforma, cujo ascendente em Belém é enigma que o futuro desvendará, fez um casamento de conveniência com o casto Paulo Portas que foi administrador da empresa de sondagens “Amostra” falida fraudulentamente. Mas quem se lembra do caso Moderna ou da fina flor cavaquista que o BPN e o BES mancharam? Na central de intoxicação da direita e, certamente, nos avençados deslocados nas redes sociais, a completar o trabalho da comunicação social que dominam, nota-se o dedo dos experimentados Miguel Relvas, Marco António e Paulo Júlio, além dos que irão depois denunciá-los, quando se zangarem as comadres, por falta de sinecuras. O que sobressalta é a desfaçatez de quem reclama os louros do desastre e o talento da inépcia, n

Sentido de Estado

O que Pedro Passos Coelho, alegado PM, pensa da função social do Estado: «[Há] uma malha extraordinariamente coesa e, ao mesmo tempo, disseminada de instituições de solidariedade social que ajudam em muito aquilo que é a concretização das preocupações que um Estado moderno e um Estado desenvolvido deve ter na área social.» Pedro Passos Coelho, como PM, na inauguração do centro de reabilitação de Ourém)

O SR. Duarte Pio e a entrevista ao DN

Imagem
Com o país a arder, a economia moribunda, o desemprego trágico e a dívida pujante, o DN, que há dias tinha publicado uma entrevista à mulher, dedicou hoje ao Sr. Pio cinco páginas completas. Só a capacidade de sofrimento de um republicano, ateu e democrata, permite o esforço de tentar descobrir ideias nos mitos do mais jurássico reacionarismo. Para poupar os leitores ao suplício da leitura, respigo, segundo o meu critério, algumas afirmações interessantes do descendente do caceteiro Sr. D. Miguel, o cabotino real que ensanguentou o país na obstinação da monarquia absoluta. O Sr. Duarte Pio começou por debitar uma fantasia que o salazarismo lhe inventou para o nacionalizar – o nascimento. Na véspera foi ao cinema na barriga da mãe donde foi para a Embaixada de Portugal onde nasceu “no dia seguinte às tantas da manhã”. Teve como padrinho de batismo o Papa Pio XII e como madrinha a rainha D. Amélia. Sente-se mais à vontade nas questões de fé do que nas económicas, o que se entend

Boa Pergunta

«É legítimo perguntar se os 267 mil habitantes da Madeira têm mais direito a uma substancial redução do IVA e do IRS  do que aqueles que, dos 3,7 milhões de residentes na Região Norte, têm menor rendimento disponível (…)» (José Mendes in Jornal de Notícias)  – [Só não percebo que refira apenas a Região Norte e não o País]

Factos & documentos

Imagem

Bendito caruncho

Imagem
Há 47 anos, antes de um novo milagre da defunta rainha Santa Isabel, a cadeira cumpriu a obrigação para que o caruncho laboriosamente a tinha preparado.

Recordar Américo Tomás – Silly season

Eis aqui um post de Helena Pato publicado em «Fascismo nunca mais», com a devida vénia à divulgadora da pequena antologia: «Ah grande Presidente da República (durante 16 anos)! _ dignas de registo ficaram estas e outras frases... “Comemora-se em todo o país uma promulgação do despacho número Cem da Marinha Mercante Portuguesa, a que foi dado esse número não por acaso mas porque ele vem na sequência de outros noventa e nove anteriores promulgados...” “A minha boa vontade não tem felizmente limites. Só uma coisa não poderei fazer: o impossível. E tenho verdadeiramente pena de ele não estar ao meu alcance.” “É uma terra [Manteigas] bem interessante, porque estando numa cova está a mais de 700 metros de altitude...” «O Senhor Professor Oliveira Salazar, ao longo de mais de trinta anos, é uma vida inteiramente sacrificada em proveito do país, e desconhecendo completamente todos os prazeres da vida, é um homem excepcional que não aparece, infelizmente, ao menos, uma vez em cada sécu

Curiosidades...

Imagem
Nepotismo? – Não, apenas um curso a aproveitar nas funções. Não se sabe se foi o pedigree do nome – uma ‘De Bellegarde’ –, o cartão da madraça da JSD ou a amizade com o Sousa Lara de turno que serviu de pós-graduação ao curso da protésica, mas esta curiosidade de 2013 repetir-se-á até ao último dia deste Governo. Há uma explicação mais prosaica, o cuidado dedicado aos dentes por estes governantes. Eles sabem que o eleitorado lhos poderá partir, nas urnas, em outubro. 

Se abençoasse os governantes...

Imagem
...Como outrora se pedia nas missas portuguesas ao deus dos Srs. padres, em relação aos governantes salazaristas!

PAF - o pseudónimo de uma coligação perigosa

Imagem
Quem tem esta linhagem devia aproveitar os cartazes antigos

A indigência não evita a venera

Imagem
Cabo dos Forcados de Santarém, momentos antes de receber a medalha de grau de Membro-Honorário da Ordem do Mérito atribuída por este Presidente da República.