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A mostrar mensagens de setembro, 2023

A agitação social e a luta partidária

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Se parasse a agitação social que tem razões para existir na justa luta dos sindicatos para defesa dos trabalhadores, a oposição de direita esboroava-se e Marcelo ficava a falar sozinho. A luta sindical vai, no entanto, permanecer. Exigem-no as aspirações dos trabalhadores da função pública e a luta dentro do movimento sindical para destruir a Intersindical e, no interior de sindicatos oportunistas, pelas contradições internas que os minam. Resta saber até onde pode ir o Governo, na defesa dos interesses coletivos. Não poderá reduzir a carga fiscal a todos e ampliar benefícios sociais a quem precisa, satisfazer os médicos, professores e enfermeiros, cujas reivindicações se afiguram justas, e anseios de bastonários, sindicatos, organizações patronais, restantes funcionários e empregados das empresas públicas. Talvez se compreenda a privatização da TAP, de que frontalmente discordo, agora que a empresa passou aos lucros muito antes do previsto, por medo do que os trabalhadores, espe

Dúvida metódica ou pergunta retórica ???

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A liberdade de expressão em perigo

O governo regional dos Açores propôs, com o beneplácito do sindicato dos jornalistas da Região, o pagamento de 40% dos salários dos jornalistas que aí trabalhem e ganhem até €1500 euros líquidos por mês com um contrato sem termo. O apoio salarial dos jornalistas, diferente de outros apoios à imprensa, é uma disfarçada tentativa de manipulação da imprensa pelo Governo PSD/CDS/PPM que, com o apoio da IL e do Chega, impediu que o partido mais votado tentasse sequer formar governo. Perante o silêncio do PR, Governo e AR, a ameaça paira sobre a Região e as ameaças já se estendem ao Continente. Recentemente a embaixadora Ana Gomes, comentadora da TV, foi condenada a pagar 10 mil euros por ter chamado “notório escroque” a quem outro tribunal tinha condenado por factos que justificam o epíteto. O que está em causa em um e outro caso é a ameaça à liberdade de expressão, num caso por compra de jornalistas, no outro por repressão judicial, que é lenta a absolver e célere a condenar. Soma-se a ten

Os últimos fuzilamentos do franquismo – 27-09-1975

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Há 48 anos, o frio e pio genocida, Francisco Franco, escreveu a última página de horror, perpetrou o derradeiro crime, e derramou o último sangue com que manchou o cadáver adiado.

Luís Montenegro e o PSD

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Luís Montenegro tem a ingrata missão de levar o PSD até ao próximo líder, não por ser mais incapaz do que Passos Coelho, mas porque apanhou um governo maioritário com um superavit orçamental após a pandemia e em plena guerra da Ucrânia e não com um governo minoritário na crise financeira de 2008. A decadência ética do PSD começou na Figueira da Foz, com Marcelo, Durão Barroso, Santana Lopes e J. Miguel Júdice, a tecerem a vitória de Cavaco contra João Salgueiro. Essa decadência acelerou quando o cavaquismo se tornou referência e Passos Coelho a escolha de Miguel Relvas e Marco António. Sá Carneiro, Magalhães Mota e Pinto Balsemão desapareceram da memória coletiva do PPD e deram lugar aos adversários da Constituição e da social-democracia. Urge lembrar que o líder do Chega nasceu na incubadora de Cavaco / Passos Coelho, e que Cavaco apoiou a aliança açoriana com o partido fascista. Quando um partido se sente órfão do ora catedrático Passos Coelho e não permitiu que o economista
  PEDI R PERDÃO Por Onofre Varela Em 2016 o presidente dos EUA, Barack Obama, visitou Hiroshima. Foi a primeira visita de um presidente norte-americano ao Japão de pois da Segunda Grande Guerra (d urante a qual, em 6 de Agosto de 1945, os EUA lançaram uma bomba atómica sobre Hiroshima destruindo a cidade e matando, instantânea mente, mais de 70.000 pessoas. D estruição atómica que se repetiu dias depois, em Nagasaki, causando mais de 60.000 mortos). Estranh ou-se qu e Obama não pedi sse desculpa p elo facto de os EUA terem enlut ado o Japão. Perguntado pelos jornalistas se pedia perdão ao Japão, Barack Obama respondeu que o objectivo daquela sua visita era “honrar todos os que morreram na Segunda Grande Guerra Mundial”. Era aqui que eu queria chegar para dizer que pedi r perdão por actos cometidos no percurso d a História, se pode parecer um acto de contrição com alguma positividade pelo arrependimento demonstrado, já não me parece ter cabimento quando não passa d

A Madeira é um Jardim

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Onze partidos e duas coligações  disputam hoje as eleições regionais legislativas em um território que tem a dimensão, PIB e população aproximada do concelho de Sintra, com uma administração político-administrativa faraónica. A autonomia, necessária e benéfica, foi progressivamente ampliada com a chantagem de Alberto João Jardim e a cumplicidade dos partidos e governos da República, incapazes de porem termo aos desmandos de 47 anos em que o PSD confiscou todos os lugares do aparelho regional e se furtou ao escrutínio da República. Alberto João Jardim ultrapassou, através de eleições, o tempo de Salazar em S. Bento e exerceu um poder musculado, feito de ameaças e prepotência, continuado pelo sucessor. Talvez haja quem ache saudável que o mesmo partido se tenha perpetuado no poder nos 47 anos de poder regional, em democracia, e não é hoje que a mera alternância se torna possível. O PSD elegerá uma maioria folgada no universo de 47 deputados, um excesso para tão parca população, que servi

M. – O PR 38 – Rambo da direita

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O “sulista, elitista e liberal” Marcelo Nuno Rebelo de Sousa é um lisboeta nascido nos corredores do salazarismo em cujas madraças medrou. Jornalista, professor e comentador nasceu cedo para o espetáculo e para a propaganda, e cresceu nos canais televisivos onde ora lidera a oposição e sacia as redes sociais. Depois de liderar a viragem à direita do PPD/PSD, passou pela sua chefia a caminho da promoção da própria candidatura a PR onde ora envilece desde 9 de março de 2016.     Depois de Cavaco Silva, de cuja candidatura a PR foi promotor, com o cúmplice Durão Barroso, em casa do seu amigo e benfeitor, Ricardo Salgado, foi ele a ocupar o Palácio de Belém de onde urde a conjura contra a República e prepara a viragem do regime para a estreita disputa entre direita e extrema-direita onde baliza a democracia. Estão esquecidas as mulheres aviltadas e assustadas com o aborto clandestino a que as remeteu com o seu ódio à modernidade e subserviência à Igreja, através de um criativo refe
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                        Cartune de Onofre Varella
  MAIS UMA ATITUDE POSITIVA D O PAPA  FRANCISCO I Por Onofre Varela A seita  de extrema-direita católica  denominada Opus Dei  (OD)  nasceu na mente do  beato  Balaguer em 1928 e teve o seu desenvolvimento durante o Franquis mo. Admirador confesso de Hitler e  de  Francisco Franco, o padre Balaguer odiava republicanos e comunistas. Disse, um dia, que “era um exagero afirmar que Hitler tinha matado seis milhões de judeus”…  pois, na sua opinião , “Hitler não era mau. Só tinha matado três ou quatro milhões” (?!).  O Papa João Paulo I I  (JP2)  promoveu a seita OD por dívidas de gratidão que contraíu com Balaguer por ter sido fornecedor de dinheiro ao Vaticano nos momentos difíceis. Durante o seu papado  a OD  tomou  excessiva   dimensão  dentro da Igreja, o que não era bem visto por muitos bispos… e, provavelmente, nem o próprio Balaguer teria imaginado ter sido possível conseguir tanto poder dentro da Santa Sé. A OD sempre funcionou com secretismo na aproximação aos poderes políticos e

M. - O PR e a cumplicidade com o antecessor

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Face a irregularidades e inconsistências das contas da Presidência, Marcelo prometeu, no início do seu primeiro mandato, que dizia ser único, reduzir as despesas e introduzir maior transparência, de modo a não se repetir o escândalo com o Museu da Presidência. Nunca revelou o resultado da sindicância e acabou a dizer que era para uso interno como se Belém estivesse ausente do escrutínio dos cidadãos.