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A mostrar mensagens de janeiro, 2019

Viva o 31 de Janeiro!

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Heróis não são os vencedores, são os que lutam por causas nobres.

Notas Soltas – janeiro/2019

Brasil – A posse de Bolsonaro como PR, através de eleições, foi a legalização do golpe de Estado contra Dilma, urdido pela traição de Temer e outros políticos corruptos, com a conivência do sistema judicial. Sérgio Moro, ora ministro, foi essencial no golpe. Mário Centeno – Considerado o melhor ministro das Finanças do ano, na Europa, pela revista The Banker, um suplemento do Financial Times, é o primeiro oriundo do sul. O esforço inglório da direita, em minimizar o facto, não desmerece a escolha.     Espanha – A Igreja recusa o acesso ao Vale dos Caídos para a exumação de Franco, o genocida de que a Igreja católica foi cúmplice e que continua a inspirar os fascistas que visitam o túmulo. O clero franquista ainda julga o País um protetorado do Vaticano. China – A China alunou uma sonda no “lado negro” da Lua e tornou-se o primeiro país a aterrar no lado ‘oculto’ da Lua. É mais fácil o salto de gigante na tecnologia, rumo ao futuro, do que um pequeno passo em direção

Os tribunais políticos da ditadura – Recordar é alertar

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Basta a passagem de uma geração para apagar a memória da repressão, esquecer o que foi a ditadura e desprezar o salto que o País deu na educação, saúde, riqueza e liberdade. Comparar qualquer democracia, por pior que seja, a uma ditadura, por mais branda que se afigure, é uma iniquidade intolerável. Às vezes penso que apenas as vítimas recordam ainda os medos do passado, o pesadelo da guerra colonial, a fome, o analfabetismo, o poder discricionário da polícia política ou o simulacro de justiça que faziam os Tribunais Plenários onde não faltaram juízes que se sentiam honrados pelo convite para tão infamantes funções. Eram homens sem decoro, biltres com toga, homúnculos investidos em julgadores, que desviavam o olhar e riam, quando, nas audiências, os pides agrediam democratas, réus do delito de opinião e da luta pela democracia. Encontrei o despacho de um dos mais sinistros magistrados desses tempos ominosos, de uma criatura que terá ficado impune, ele e outros crápulas sem rem

Para memória futura

«Um total de 13 ex-governantes foram administradores da CGD entre 2000 e 2015, período analisado na auditoria da Ernst Young ao banco público. Deste universo de antigos membros de governos que foram gestores da CGD, sete são militantes ou simpatizantes do PSD, quatro do PS e dois do CDS-PP.» Ver AQUI .

Efeméride

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Faleceu no dia de hoje, há 5 anos, o antigo Diretor do campo de prisioneiros de S. Nicolau, em Angola, um obscuro general que Sá Carneiro inventou para concorrer contra Ramalho Eanes nas segundas eleições presidenciais livres. A democracia triunfou, mas contra todas as regras, a de não voltar ao ativo um militar que participe na política, Cavaco Silva reintegrou-o e elevou-o a CEMGFA, uma ilegalidade flagrante e uma ofensa gratuita ao ex-PR, general Ramalho Eanes, e à democracia.

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

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Comunicado A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) tomou conhecimento da deslocação de Sua Excelência o Presidente da República ao Panamá para, durante três dias, participar nas XXXIV Jornadas Mundiais da Juventude, assistir a uma missa papal e estar presente na bênção da restauração de um edifício religioso. O anúncio, na página oficial da Presidência da República, convenceu esta associação de que é de carácter oficial a viagem, atitude que, a ser assim, merece o seu maior repúdio por ser em representação do País. A título particular e a expensas próprias, caberia a esta Associação respeitar e ignorar tamanha devoção. Participar em jornadas da Juventude, onde manifestamente a idade não o recomenda, ir à missa e assistir à benzedura de um templo católico, é um assunto que a AAP ignoraria se o enviado fosse um membro da Conferência Episcopal, mas que considera um grave atentado à neutralidade religiosa do Estado laico, quando perpetrado pelo Presidente da República. A Associação

Não esqueçamos

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DIA INTERNACIONAL DE COMEMORAÇÃO EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO 74.º aniversário da libertação de Auschwitz: As tropas soviéticas derrotaram o nazismo Vários países da União Europeia denunciam que la extrema direita está conseguindo que se minimizem as atrocidades cometidas pelo nazismo.

O PR e o Panamá

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Quando li que o PR estava no Panamá, pensei que o dom da ubiquidade, atributo de um frade português que a mitologia católica colocou em Pádua e em Lisboa, à mesma hora, no mesmo dia, se repetia agora com Marcelo. Dado que fujo dos telejornais, para preservar alguma sanidade mental, resolvi consultar o sítio da PR onde, de facto, estava anunciada a deslocação do PR ao Panamá para as XXXIV Jornadas Mundiais da Juventude. A deslocação a festivais da juventude, de onde o julgava arredado pela idade, levou-me a indagar o que iria fazer ali o PR e a surpresa tornou-se azedume e a deslocação motivo de censura. Não foi procurar os papéis do Panamá que, noutros países, levaram pessoas à prisão, foi participar numa Via Sacra com os jovens, numa missa e assistir à bênção das obras de restauro de um edifício pio. Se foi a expensas próprias, em merecidas férias, só me cabe respeitar a devota intenção, mas se foi em viagem de Estado fico com a vaga sensação de que desprezou o País laico que

CGD

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O nevoeiro que tem obscurecido os contornos da situação à volta da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e, malgrado a catadupa de explicações, tende a densificar-se. Existem múltiplos problemas à volta desta instituição bancária pública que recentemente vieram a lume incendiados por uma auditoria que acaba por entrosar a CGD na ‘confusão’ generalizada (sistémica?) que infecta o sistema bancário nacional que, nos dias que correm, só residualmente, é ainda ‘português’. A crise que decorreu entre 2008 e 2015 (...e continua de modo larvar) foi, como todos temos noção, causada pela desregulação do sector financeiro que se lançou em desenfreadas manobras especulativas o que determinou a explosão de várias ‘bolhas’. As impiedosas medidas de austeridade impostas aos países mais fragilizados económica e financeiramente (como foi o caso de Portugal), destinaram-se não a recuperar o sistema bancário debilitado pela suas más práticas mas, começa a ser bem nítido, a ‘salvar’ alguns banqueir

Marques Mendes (MM) e os seus paradoxos

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O ex-líder partidário que faz do tráfico de informações privilegiadas um modo de vida, que compromete o Conselho de Estado, para onde foi nomeado pelo PR, pelas opiniões que emite, que faz da sua tribuna televisiva um instrumento de combate ao Governo, na defesa das teses da direita, esqueceu-se de que já tutelou a RTP onde foi constante a sua interferência no alinhamento dos noticiários e influência nos conteúdos. Talvez, por isso, tema nos outros aquilo de que foi capaz no consulado cavaquista.   Marques Mendes, ex-líder do PSD, foi corajoso quando retirou a confiança partidária a Isaltino Morais e Valentim Loureiro, timorato na Câmara de Lisboa e cobarde perante Alberto João Jardim, cujos desmandos não teve coragem de afrontar, mas, antes de se dedicar aos negócios e à intriga aparentava grande honestidade e uma coluna vertebral direita, independentemente das opções partidárias. Hoje, ignora-se se MM é a vuvuzela de Belém, intriguista por conta própria ou acumula. Na penúlti

Surpresa política

A direita era feroz opositora das greves e só a Constituição lhe barrava o caminho, mas, com a evolução, não fez apenas a viagem para sua aceitação, está na liderança das mais gravosas para o País. Não sei se é a genuína democratização que a move ou o gosto por incêndios, à custa dos quais procura viver, enquanto não encontra um líder e um projeto para Portugal. Desde o PREC que não se via a direita portuguesa tão crispada.

COIMBRA - Jantar do 31 de janeiro

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jantar de 31 de janeiro    Evocação do 31 de janeiro de 1891... A primeira tentativa de revolta republicana contra a monarquia teve lugar no dia 31 de janeiro de 1891, a partir do Porto. Apesar de gorada nos seus objetivos fundamentais, não deixa de ser uma das datas mais emblemáticas do calendário republicano. Tal tem sido assinalado, ano após ano, na cidade de Coimbra, por um grupo de republicanos mais atento, que se recusa a deixar passar em branco tal efeméride.  Assim sendo, convidam-se todos aqueles que se queiram reunir num jantar para partilha de ideias e reflexões, geradoras de um debate construtivo, sobre este tema ou outros da nossa República. Restaurante PISCINAS DO MONDEGO (junto ao Exploratório, Rotunda das Lages, Santa Clara) Entradas - pão, broa, azeitonas, tostas e Paté do Mar Sopa - Creme de Legumes Prato de Carne - Lombo recheado com ameixa, batata padeiro e legumes salteados ou Prato de Peixe - Bacalhau com natas recheado com espinafres

As autonomias das Regiões dos Açores e Madeira

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A dimensão imponderada das autonomias insulares impediu a necessária regionalização do continente português e espanta a facilidade com que os excessos autonomistas foram vertidos na lei, por razões meramente eleitoralistas. Os eleitores, na sua iliteracia política, que 44 anos de democracia ainda não corrigiram, ávidos de chamarem corruptos todos os políticos, dissimulando a inveja, confundindo a parte com o todo, alhearam-se, numa imoral negligência cívica, dos estatutos regionais e da obscena dimensão autonómica que encerram. A situação, comum aos Açores e Madeira, tornou-se mais detestável na Madeira, onde o sátrapa autóctone insultou durante quatro décadas o continente e chantageou Lisboa. Lá voltou ele agora à campanha eleitoral a ensinar a Miguel Albuquerque, mais sensato e urbano, a vantagem de ser troglodita, com a experiência adquirida nas festas do Chão da Lagoa e carnavais madeirenses. É assim que o candidato do PSD-M, Miguel Albuquerque, rejeita “imposição colonial”

Não há regimes eternos

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Assunção Cristas (AC) dixit “As esquerdas não servem para o nosso país porque não têm nenhuma prova dada”. De facto, durante os 48 anos de fascismo e nos governos da democracia, a que a direita teve de submeter-se, deu abundantes provas, mas não foram boas nem originais. Numa conferência sobre o tema da saúde, a líder do CDS acusou António Costa de querer “pintar o país de cor-de-rosa”. [“A preocupação do CDS é mostrar que há alternativa”, com “foco no doente e seu bem-estar e não no sistema”, tanto no setor público como no privado], mas omite que o CDS votou contra o SNS e defendeu sempre o privado e o das Misericórdias. AC, não tendo argumentos, usa a fé, não tendo ética, acusa sem factos, não sabendo que o passado do seu partido a obrigaria a ter algum pudor, expõe-se ao ridículo. Ela não faz política, usa a maledicência, não tem um programa, reza as orações, enquanto pensa nos negócios da família. *** Rui Rio Depois da retumbante vitória contra Passos Coelho, Relvas

Que grande boca!

“Centeno é o coveiro de Portugal” (Manuela Moura Guedes, ex-deputada do CDS)

Benevolência da censura fascista

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Abraçar ou arrochar…?

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Hoje, 21 de Janeiro, comemora-se nos EUA o ‘ National Hug Day ’, isto é, um dia em que os americanos são incentivados a abraçarem-se, sejam família, amigos ou desconhecidos. Nos últimos tempos assistimos a amplexas manifestações reconciliatórias num dos partidos do arco parlamentar - o PSD. Vimos Rui Rio ser efusivamente abraçado por Filipe Menezes, no Conselho Nacional no Porto, e, alguns dias depois, no conclave PDS-Madeira, Miguel Albuquerque repetiu o gesto com Alberto João Jardim. Claro que estes gestos têm o seu significado e o seu contraditório. Não podemos ignorar que Filipe Menezes foi violentamente zurzido por Rui Rio quando o primeiro se candidatou à Câmara do Porto e, por outro lado, Miguel Albuquerque desafiou abespinhadamente a longa liderança de Alberto João Jardim nas terras de Zarco quando este pretendia manter a suspense sobre a sua sucessão. Todavia, a ‘classe política’ tem a preocupação de, quando ‘apertada’ à volta de intestinas quezílias, dar sinais,

Curiosidades

–  Há várias pessoas que vivem à custa de um irmão, mas só conheço um jornalista que o faça, neste caso, para o combater. É Ricardo Costa. Talvez se possa dizer, da relação, que se trata de amor fratricida. –Assunção Cristas apresentou-se na cozinha de ‘O Programa da Cristina’, na SIC, para confecionar o prato favorito dos filhos: arroz de atum – diz a comunicação social. Quem, como eu, não conhece a Cristina nem sabe cozinhar arroz de atum, fica maravilhado com a arte da senhora, mas preferia que soubesse governar e tivesse boas maneiras

As capitais da indigência mental

Em dezembro de 2018, o edil da Guarda designou a cidade ‘capital do Natal’. Escrevi aqui um texto, a troçar deste capricho dos autarcas, quererem ser presidentes de capitais, umas sazonais, outras vitalícias, algumas referentes à gastronomia outras à botânica, nunca em homenagem à cultura ou às artes. Do queijo ao requeijão, da chanfana ao ensopado de borrego, das migas ao caldo verde, do cabrito ao leitão, das amendoeiras às oliveiras, das alfarrobeiras às batatas de semente, há capitais de tudo para todos os gostos da frivolidade autárquica. Um velho amigo e conterrâneo, excelente escritor, Jorge Carvalheira foi ao meu livro Ponte Europa e publicou no seu blogue «Ladrar à Lua», o texto que aqui deixo, para mostrar a minha reincidente preocupação:  «A capital do Natal Em 2006 o Barroco Esperança publicou as Pedras Soltas, uma colectânea de crónicas que estão aí para se ler. E é logo no preâmbulo que ele inicia a fuzilaria contra o despautério. Sabendo nós que o Ruas foi parar

Há 2 anos

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Donald Trump tomou posse como 45.º PR dos EUA

Rui Rio e o fantasma de Fausto…

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Segundo relata a imprensa Rui Rio terá, no final do último Conselho Nacional do PSD, infletido o seu modo de estar na política aproximando-se dos contestatários internos que viram a luz do dia através de um dos alter ego de Passos Coelho de sua graça: Luís Montenegro. Rui Rio teria dito no final do Conselho Nacional da passada 5ª. feira “…que vão passar a ver um novo Rio, mais emotivo a atacar o Governo e indisponível para acordos com o PS até às legislativas” link , isto é, a proximidade de um ciclo eleitoral vai determinar novos comportamentos partidários. A acreditar no que lhe foi atribuído como tendo sido dito haverá múltiplos fatores em jogo. Em primeiro lugar, um ‘travestismo político’ que adapta o discurso ao sabor das conveniências, isto é, das oportunidades. E como sabemos da expressão popular 'a ocasião faz o ladrão’, neste caso, Rui Rio conseguiu, assim, roubar protagonismo aos contestatários, esvaziando o mérito reivindicado por estes invocado acerca d

Curiosidades

PSD – Luís Montenegro tem mais tempo de antena do que Rui Rio, líder do PSD, tal como aconteceu com Francisco Assis em relação a António Costa. Enquanto der jeito à direita mais à direita, ele e os adversários do líder têm a comunicação social à disposição. PS –  Há várias pessoas que vivem à custa de um irmão, mas só conheço um jornalista que o faça, neste caso, para o combater. É Ricardo Costa. Talvez se possa dizer, da relação, que se trata de amor fratricida. CDS –Assunção Cristas apresentou-se na cozinha de ‘O Programa da Cristina’, na SIC, para confecionar o prato favorito dos filhos: arroz de atum – diz a comunicação social. Quem, como eu, não sabe quem é a Cristina e nem sabe cozinhar arroz de atum, fica maravilhado com a arte da senhora, mas preferia que aprendesse a governar e tivesse boas maneiras.

BREXIT e o desastre anunciado…

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As peripécias à volta do Brexit mostram a verdadeira face do atual momento da política europeia e são um infindável romance sem se divisar um final feliz. Nos último dias o Partido Conservador britânico entrincheirou-se no poder apesar dos desastres verificados nas negociações de saída do Reino Unido da UE mas esta é uma situação que, efetivamente, tem uma génese muito mais recuada.   Tudo começa com a ‘entrada’ da Grã-Bretanha na Europa, então, CEE. Nunca é demais ‘regressar’ aos recuados tempos de desconfiança alimentados por De Gaulle que, em 1961, determinaram o veto francês, em relação às intenções britânicas. Só em 1969, isto é, após o afastamento do velho general da atividade política, é que recomeçaram as negociações e o Reino Unido (RU) - só em 1973 - teve possibilidades de integrar a presente UE. Os problemas atuais que ensombram a relação RU/UE têm um longo e conflituoso percurso.   A postura britânica sempre foi estar com um pé dentro e outro fora. A não-ade

Recordar… é aborrecer direita

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Sempre considerei que a constituição de políticos arguidos de bagatelas penais era mais uma humilhação para destruir carreiras e, eventualmente Governos, do que uma atitude com consequências penais, para salvaguardar a decência e a ética na política. Quando o ministro Mário Centeno pediu ao clube em cujo estádio tem camarote, para assistir com um filho a um jogo de futebol da tribuna da presidência, o que sucedeu, a central de intoxicação da direita partiu para o insulto, com a suspeita de que o ministro das Finanças, em troca, favorecesse fiscalmente o presidente do clube e a família deste. O Ministério Público chegou a investigar o ministro e atual presidente do Eurogrupo do ilícito que o pudor levou a arquivar, e até o inefável PR produziu um comentário infeliz. A memória é curta, mas quiseram destituir o ministro, enquanto a PGR (com a atual e a anterior titular) ignora os edis do PSD, Marco António, Luís Filipe Meneses, Agostinho Branquinho, Hermínio Loureiro, Virgílio Mace

A direita no seu labirinto

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O PSD anda em polvorosa, como é da tradição, quando está fora do poder e minguam os lugares para quem se julga ungido para os ocupar. Luís Montenegro cometeu um erro que dificilmente lhe será perdoado, desafiando o líder num dos piores momentos que o partido atravessa e quando o seu desespero pode acelerar a implosão, com benefício dos partidos à sua direita (do PSD, não de Montenegro, Passos Coelho ou Maria Luís). Não é fácil ser homem de mão de Passos Coelho e tentar um golpe para fazer regressar à AR a tralha que vendeu as principais empresas do Estado ao preço da uva mijona. A Dr.ª Cristas é a mais perseverante adversária do PSD, embora sem tropas e qualidades de comando, mas Santana Lopes, cujo passado autárquico, governamental e de gestor da Misericórdia de Lisboa devia ter vacinado os eleitores, pode ser o grande beneficiário da derrocada eleitoral do PSD, que Montenegro acelerou de forma canhestra. Há na esquerda quem se sinta feliz com esta dissolução da direita, sem p

Lembram-se?

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Lembram-se de a Dr.ª Maria Luís, cuja promoção a ministra das Finanças deu origem à “demissão irrevogável” de Paulo Portas, que a considerava inadequada para o cargo, ter afirmado que a resolução do BES não custaria 1 único cêntimo aos contribuintes? Lembram-se da mestre, que ensinou o catedrático Passos Coelho, a pedir à Dr.ª Cristas, que viria a confessar não estar informada sobre o assunto, que desconhecia e nunca fora discutido em Conselho de Ministros, que a apoiasse na resolução do BES, tendo a ora líder do CDS acedido à amiga, ao enviar-lhe o apoio por SMS, para a decisão sobre o GES/BES, num conselho de ministros por telemóvel ? Lembram-se qual foi o fundo abutre inglês que a convidou para lhe dar conselhos, uma vez por semana, levando a experiência de quem fizera Swaps com o Estado português, pelas empresas privadas, e ficou depois a conhecer por dentro o ministério das Finanças, altura em que arranjou o lugar bem remunerado para o marido, despedido de um jornal económic

O PSD e a democracia

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Quando, há 1 ano, Rui Rio ganhou as eleições no PSD, havia no partido um desejo de regresso à matriz fundadora de que Cavaco e Passos Coelho se tinham afastado, um por ser salazarista e outro por ser coisa nenhuma. A chegada à liderança de um militante civilizado, com preparação cívica e experiência política, com provas dadas na gestão autárquica, nos órgãos do partido e nas atividades privadas, sem relações com o grupo de autarcas vizinhos que construíram uma rede de corrupção, estranhamente nunca investigada, apesar da gravidade dos factos referidos na Visão, deixara o país mais tranquilo e alguns sectores do PSD assustados. Rui Rio, de quem decerto não serei eleitor, é um adversário sem cadastro, sem negócios suspeitos ou participação nos jogos de poder de Relvas, Marco António, Passos Coelho e outros militantes que levaram ao poder o último. Rui Rio merece respeito, mas o PSD, habituado a ser cada vez pior, teme um líder que não pode controlar nem chantagear. Não admira, po

FISCO: 8, 80 ou 'encanar a perna à rã'?

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Muitos portugueses não sabem o que significa um termo técnico usado na gíria fiscal: “ high net worth individuals ”. Traduzindo à letra serão os ‘os indivíduos com o património líquido elevado’. Ou mais corriqueiramente os ditos ‘milionários’.   Em Portugal – cingindo-nos ao valor referenciado de 5 milhões de dólares - a evolução prevista desta faixa privilegiada de indivíduos abastados, isto é, pessoas singulares, é evolutiva e entre 2012 e 2022 foram contabilizados 4.740 (2012) e uns estimados 5.650 (em 2022) link .   Qual o problema? Ninguém está a querer exorcizar os ‘ricos’ mas será bom conhecer o seu comportamento de grupo em termos de fiscalidade. Pouco haveria a dizer sobre este restrito grupo de portugueses e portuguesas se não tivesse sido levantada a lebre por um ex-diretor geral dos Impostos (nomeado por um Governo PS sendo ministro das Finanças Teixeira dos Santos), de sua graça José Azevedo Pereira link que o levou à Comissão parlamentar de Orçamento, Finanç

Luís Montenegro desafia Rio a convocar diretas “já”.

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Car@s leitores Aproveito este espaço para anunciar ao País que não sou candidato à liderança do PSD, não por ter medo do confronto com Luís Montenegro, com interesses próprios e medos legítimos, não por ter amigos a proteger, como a rede de autarcas do PSD do norte, que a Visão denunciou e não são investigados, não por saber que Rui Rio não me indigitará para candidato à AR ou Parlamento Europeu, não por pertencer à tralha cavaquista ou aos órfãos de Passos Coelho, apenas porque não pertenci nem pertencerei a qualquer partido que me aceite como militante (humor marxista, linha Groucho), e, muito menos, ao PSD de um qualquer Montenegro. A candidatura de Luís Montenegro, a um cargo que não está vago, representa um ato de desespero e o medo de quem disse que não seria oposição a Rui Rio nem lhe faria o que dizia ter António Costa feito a Tozé Seguro, quando se travou, aí sim, uma luta de ideias e opções políticas. É o desespero de ver frustradas as ambições próprias e o medo de ver

A saudita Rahaf e o direito à apostasia

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Rahaf Al-Qunun é uma corajosa saudita de 18 anos que se barricou num quarto de hotel no aeroporto de Banguecoque, Tailândia, na zona de trânsito do aeroporto, para impedir os agentes da imigração tailandesa de a enviarem num avião para o Kuwait, onde estava a sua família, de que fugiu, e fosse obrigada a regressar à Arábia Saudita. Rahaf recusa o hijab e um casamento imposto. Queria pedir asilo na Austrália, país para onde tinha um visto de 3 meses, mas foi impedida de sair da Tailândia, e só saiu do seu quarto sob proteção da ACNUR, agência da ONU para os refugiados, que irá “avaliar o caso à luz dos estatutos” e dar uma resposta. Se a ACNUR salvar esta jovem já justifica a sua existência. A jovem gritou o seu desespero através do Twitter e implorou a solidariedade através da mensagem: "Peço a todas as pessoas que se encontram em trânsito em Banguecoque que se manifestem contra a minha expulsão", barricada no seu quarto de hotel, receosa de um regresso que lhe podia cu

Mel, Pastel e um Boneco de Papel…

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As recentes movimentações da Direita no nosso país trouxeram-me à memória uma peça de um brilhante homem de teatro, Júlio Castronuevo, intitulada “Mel, Pastel e um Boneco de Papel” que, nos anos 70, foi objeto várias representações no âmbito da animação teatral infantil. Vários grupos de teatro, entre eles coletivos universitários e experimentais (TEUC, TEP, …) levaram à cena esta peça obra criativa de um mestre do mimo e da pantomima - que tive a honra de conhecer - e que por aqui trabalhou.   Uma nota à margem do post. Júlio Castronuevo foi – faleceu em Madrid em 2013 – um artista que foi obrigado a fugir da Argentina, em 1967, após a dita ‘Revolução Nacional’ (1966), orquestrada pelo general Onganía, mais um exemplo das ditaduras militares fascistas que varreram a América Latina. A ‘revolução’ de Onganía foi um capítulo da luta anti-peronista com a falsa motivação de que o peronismo - por defender um modelo sui generis de justiça social - seria a antecâmara do comunismo. Cast