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A mostrar mensagens de junho, 2017

Incêndios florestais, debates, inquéritos e ‘ir buscar lã e vir tosquiado’…

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Começa a ficar bem explícito o que a Direita quer conquistar ao agendar debates parlamentares sobre os denominados “incêndios de Pedrogão Grande”. Trata-se, como é já bem evidente, de conseguir a cabeça da Ministra da Administração Interna (MAI). Com essa manobra pretende-se desestabilizar o Governo e, com esse passe de mágica, criar fissuras numa equipa que vem fazendo uma caminhada difícil mas conseguida. É - para o PSD e CDS - imperioso colocar grãos de areia na engrenagem governamental, isto é, tentar encravar a ‘geringonça’. Constança Urbano de Sousa está no Governo por escolha pessoal do primeiro-ministro e trabalha num sector sensível na governação já que as questões de segurança [individual e coletiva] não são assuntos de somenos importância. Na verdade, o MAI numa situação desta amplitude e trágica dimensão estaria sempre – fosse qual fosse o Governo – debaixo de fogo. Se a Direita estivesse no Poder já sabemos qual seria a resposta às questões que a tragédia levant

Notas soltas – junho/2017

Aquecimento global – A renúncia de Trump aos Acordos de Paris, não é leviandade de um ignorante, é a condenação à morte de milhões de pessoas, uma declaração de guerra às futuras gerações, e um crime contra a Humanidade. Filipinas – As metástases do Estado Islâmico (EI) chegaram ao país onde um presidente católico estimula execuções sumárias e despreza os direitos humanos. Agora surgiu o EI a criar um enclave sob a sharia . Para cancro, bastava o PR Duterte. Democracia – Não se pode exigir “eleições diretas, já”, no Brasil, cuja Constituição as não consente, e tomar uma posição diversa para a Venezuela, com limitações idênticas. Num caso e noutro é urgente chamar o povo às urnas. Reino Unido – A surpresa das eleições com que a senhora May quis reforçar a maioria do Partido Conservador, e a perdeu, não foi apenas uma derrota sua, foi a ascensão dos Trabalhistas, com Corbyn, um republicano de esquerda, a sepultar a Terceira Via . Arábia Saudita – A denúncia do Cat

Suicídios em Pedrógão

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Um artigo para arquivo

Cristas ou gato escondido com o rabo de fora…

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Ainda sobre os trágicos incêndios de Pedrogão Grande, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, etc., ontem, no debate parlamentar, a deputada Assunção Cristas veio liça com esta ‘pérola’: " Não há ninguém no Governo que ponha ordem na casa? Não há ninguém que diga às pessoas que, se não têm uma resposta consensual e definitiva, então que estejam calados, porque isto destrói a confiança nas instituições? " link .   Para a líder do CDS a ‘confiança política ’ adquire-se pela aplicação da ‘lei da rolha’. E as análises, opiniões, impressões e dúvidas só podem tornar-se públicas quando forem servil e habilidosamente orquestradas para funcionarem em coro, isto é, adquirirem o estatuto que eufemisticamente considera como ‘consensuais e definitivas’.   Esta concepção de procurar o esclarecimento dos factos sob um obscuro manto de silêncio para ocultar diferenças (negando as opiniões plurais) até ‘fabricar’ um pseudo-consenso é para esta líder partidária ‘por a ordem na

A tragédia de Pedrógão e a vertigem necrófaga do PSD

Hoje já não tenho dúvidas de que o aproveitamento político da tragédia nacional que enlutou o País e levou a morte e a desolação, especialmente ao concelho de Pedrógão Grande, foi urdido na reunião da bancada do PSD onde um deputado lamentou que o PR fosse “o primeiro a lançar a ideia de que foi feito tudo o que era possível”, quando se limitou, como devia, nesse momento, a procurar acalmar as populações. Pedro Pimpão e Maurício Marques, respetivamente deputados por Leira e Coimbra, visitaram os locais da tragédia. O primeiro disse logo que “Os deputados do PSD têm o dever de não deixar isto ser silenciado” lançando o mote para o aproveitamento político, até à exaustão, de uma tragédia de dimensões dantescas. O deputado Maurício Marques, ex-presidente da Câmara de Penacova afirmou de forma pungente que “…teve de se fazer à estrada para acudir a familiares que não conseguiam o apoio das autoridades”, acrescentando que a sua própria filha “foi encaminhada para a "estrada da mort

Os incêndios e a putativa ‘comissão independente’…

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O primeiro-ministro António Costa aceitou a proposta (da Oposição) para a constituição de uma ‘comissão independente’ para estudar a tragédia de Pedrogão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra a ser nomeada pelo Parlamento link .   Esta súbita evolução política tornou premente abordar este assunto aprioristicamente, isto é, antes que a dita Comissão seja nomeada porque, a partir daí, todo o comentário sobre o assunto corre o risco de ser considerado uma obstrução ao apuramento factual ou, mais remotamente, uma ‘ofensa’ à idoneidade (e independência?) dos seus futuros membros.   A aceitação da constituição de uma ‘ comissão independente ’ para averiguar os trágicos acontecimentos relativos aos incêndios da última semana é mais um passo na porfiada tentativa de desautorizar o Governo e de desestabilizar o exercício de funções das instituições nacionais. É mais uma manobra de igual quilate (embora introduzindo a nova variante da ‘independência’) como foram, por exemp

SIC - "Queridas manhãs da SIC»

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Amanhã, a partir das 11H00 estarei em estúdio, como convidado, para um debate entre crentes e não crentes (ao que me dizem). Temo sempre estes programas pois já me saiu a Alexandra Solnado a dizer que falava com Deus e a quem me limitei a dizer que duvidava que a inversa acontecesse. Num outro programa [CMTV] saiu-me a taróloga Maya, que tinha um milagre gravado para me mostrar. Bem, amanhã terei, pelo menos, um médico psiquiatra como interlocutor, além de um prosélito erudito.

A influência de La Palice no pensamento político de Passos Coelho

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O turista é a pessoa que viaja para um lugar diferente daquele onde vive por um determinado período de tempo. Se o faz por tempo indeterminado deixa de ser turista, passa a residente e, eventualmente, torna-se imigrante. O Senhor de La Palice podia ter dito que quem viaja por outro lugar anda em turismo. Terá sido a previsão de trabalhadores sazonais que o impediu de cunhar tão profunda análise. Mas Passos Coelho, inspirado no grande pensador, descobriu que havia turistas em Portugal.

Pensando em meu pensamento...

Passos Coelho não tem de pedir desculpa pela informação errada que um correligionário lhe deu sobre um suicídio inexistente, tem de se envergonhar do plural que anunciou, dos motivos que inventou e do carácter que lhe permitiu usar a tragédia para os objetivos que pretendia.

Pedrógão Grande – Um crime não pode ficar impune

O deputado Maurício Marques, ex-presidente da Câmara Municipal de Penacova, deve ter participado ao Ministério Público a situação referida no último número do Expresso: (…) «Contou também que a sua filha foi encaminhada para a "estrada da morte" , e só se salvou porque passou por debaixo dessa estrada e dirigiu-se para a A13, em vez de seguir o caminho fatal de outros automobilistas.» A filha do Sr. deputado do PSD, já terá sido chamada a prestar declarações à PJ sobre quem a encaminhou para a fatídica estrada e a epifania que a levou à rejeição que a salvou. Se foi verdade, urge saber se foi crime; se foi mentira, hipótese improvável, é necessário saber se os comportamentos crapulosos são possíveis em deputados e a que nível desceu a baixeza ética da bancada a que pertence.

A minha ida a Fátima (Crónica de 2001)

21 de dezembro de 2001. Almoço de Natal Novartis --- BU – Oncologia. Não sei quem teve a ideia do local, se alguém, na esperança de um milagre, pretendia aliviar a alma do fardo dos pecados, ou tão só cumprir o ritual canónico da comunhão fraterna em torno de uma mesa de fartos recursos gastronómicos. O restaurante Tia Alice, ao lado do cemitério, do outro lado da rua da igreja paroquial onde foram batizados os pastorinhos, instalou-se numa cave onde só recebe fregueses depois do meio-dia. A cave é o local recôndito adequado ao ágape na capital da fé. A gula ignora aí os preceitos religiosos e ninguém tenta encontrar o Céu através do jejum. Depois do repasto fui ver a capelinha das Aparições onde a Júlia e a Vanda debitavam padres-nossos e ave-marias, iluminando a fé com velas de 150 escudos emprestados pelo Cordeiro Pereira. À volta da capela mulheres cansadas da vida viajavam a fé progredindo de joelhos a adejar o rosário; outras paravam genufletidas, em êxtase, acompanhadas

França, Macron e os actuais desafios da Esquerda…

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A decomposição do sistema partidário francês, verificada nas últimas eleições presidenciais e confirmada nas legislativas subsequentes, levanta vários problemas doutrinários e políticos, podendo inclusive questionar o regime (V República). A começar pelo complexo sistema eleitoral que lhe está inerente e não possibilita a expressão de quotas de representatividade de acordo com a dimensão e peso da expressão popular, considerada no seu conjunto. Em relação ao establishment verifica-se uma abrupta alteração dos contornos das forças político-partidárias no terreno se considerarmos a situação existente há cerca de 1 ano. Tal rutura só foi possível porque o sistema apresenta múltiplas lacunas na representatividade popular e tem como consequência a perda de capacidade para responder às questões que os cidadãos desejam ver resolvidas e decorrem do exercício pleno da cidadania. Por detrás dessa alteração existem fatores múltiplos e diversificados sendo o mais relevante a ‘deriva financ

Os incêndios, as florestas e algumas circunstâncias…

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Os portugueses perante os trágicos acontecimentos do último fim-de-semana têm a sensação que todos os diagnósticos estão feitos. E que muita da legislação já foi produzida, restando alguma em estado preparatório como é habitual nos processos dinâmicos. Mesmo nas situações infernalmente dinâmicas. Há, contudo, situações com algum melindre institucional, económico, social e cultural. Pretende-se num ápice – com motivações díspares - reformar tudo, de modo a ‘branquear’ uma arrastada situação que resvalou para o caótico. O rodopio de ‘responsáveis’ por Pedrogão Grande é revelador da aflição e do desnorte. Muito do que foi sendo mostrado exibia uma impositiva chancela de necessidade de mudança que a volumosa carga de acidentes mortais e o avanço na destruição rural (e não só florestal) pelas chamas pressionavam hora a hora. Apelos à ‘reforma da floresta’, ao emparcelamento rural, à prevenção, à ativação das ZIF’s (Zonas de Intervenção Florestal), à gestão da floresta, etc., pulula

Incêndios

A sofreguidão dos ‘especialistas’, a debitarem opiniões. e dos inquisidores, a exigirem execuções, ultrapassa a dos fogos, que tudo devoram à passagem.

O escândalo da lista VIP do fisco – Governo PSD/CDS

O escândalo, no governo Passos Coelho / Paulo Portas, levou o então diretor-geral dos Impostos, António Brigas Afonso, a pedir a demissão, mas os processos disciplinares foram arquivados, ilibando-o a si e a outros três altos funcionários suspeitos de terem criado a referida lista. Foi inútil. Nada aconteceu. O líder do PS, António Costa, defendeu publicamente que existiam indícios criminais, que justificaram a iniciativa dos socialistas de remeter o caso para o Ministério Público (MP), que arquivou o processo em fevereiro do ano corrente. Agora foi a vez da Direção-Geral de Impostos proceder também ao arquivamento. Os instrutores concluíram que “agiram no cumprimento dos seus deveres de proteção dos dados” e não se provou que a lista fosse da responsabilidade do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, que fora acusado de ter conhecimento. Foi certamente suspeição infundada, pois a lista tinha apenas quatro políticos, os únicos com medidas especiais de proteção de

Incêndios

Primeiro foi a hora dos incêndios, do terror e da indizível tragédia da perda de vidas humanas. Agora chegou a hora dos chacais, necrófagos por natureza, que já estão no terreno a disputar os despojos da morte. Não é a fome que os atrai, é o odor dos cadáveres.

Os sistemas partidários e a democracia

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A democracia não é um regime político aliciante, exceto no rescaldo das ditaduras. Só quando a discricionariedade do poder, as perseguições e o nepotismo se prolongam por demasiado tempo, é que a democracia é saudada em apoteose. Portugal teve um longo e penoso período ditatorial, mas se não fosse a derrota militar na guerra colonial e a coragem dos capitães de Abril, ainda perduraria por alguns anos. Hoje, depois de notáveis avanços, raros na História portuguesa, na saúde, na educação e na esperança de vida, a acentuação das desigualdades sociais, a exclusão de sectores da população do emprego e do bem-estar, fazem esquecer as prisões arbitrárias, os delitos de opinião, a censura, a tortura, as perseguições políticas e a intolerável discriminação da mulher. Não podemos, no entanto, conformar-nos com a corrupção, cuja denúncia só é possível em democracia, nem com as desigualdades sociais de um país onde é sempre difícil um aumento de alguns euros no vencimento mínimo sem que o Es

Um crime é isso mesmo

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A moldura penal de um crime inclui a sua natureza e motivações. O ódio sectário que se verifica em numerosos atentados tem motivações xenófobas, fatalmente agravadoras das penas que cabem aos criminosos. Os crimes dos muçulmanos que se explodem e arrastam consigo os infiéis, convencidos de que vão jantar com o Profeta, depois de fazerem a catarse da repressão sexual que os consume em vida, com as 72 virgens que o manual lhes anuncia e um demente pregador lhes confirma, têm sido largamente divulgados na comunicação social. A dissimulação com que os arautos do misericordioso profeta falam da religião de paz, como se tivesse havido uma tentativa séria de alterar a interpretação de um conjunto de versículos intoleráveis do manual ou de hadits do beduíno analfabeto, não contribui para conter a insânia de quem não se limita a acreditar e exige a conversão alheia. A entrevista dada há dias pelo presidente turco à RTP-1, a Paulo Dentinho, é um manual de descaramento e disfarce da cobra

Eucaliptos da nossa desgraça

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Vale a pena recordar o Público de 19 de março de 2016 para perceber que os acusadores de hoje são os que procuram esconder as suas responsabilidades.

Afinal, Fátima só promove o obscurantismo...

Segundo a Universidade Católica Portuguesa , os católicos têm estado a diminuir, em Portugal: - «Este trabalho revelou que de 1999 a 2011 os católicos diminuíram 7,4% passando de 86,9% da população para 79,5%.» - «Ao contrário da tendência de diminuição de católicos, duplicou a percentagem de pessoas com uma religião diferente da católica (2,7% em 1999 para 5,7% em 2011), assim como cresceu o número de pessoas sem qualquer religião (de 8,2% para 13,2%), um aumento que se sentiu em todas as categorias: os indiferentes passaram de 1,7% para 3,2%, os agnósticos de 1,7% para 2,2% e os ateus de 2,7% para 4,1%.» - «A autonomia face às religiões é o traço mais saliente juntando os que sublinham como "não concordo com a doutrina de nenhuma igreja ou religião" (32,7% dos casos), "não concordo com as regras morais das igrejas e religiões" (22,2%), e "prefere ser independente face às normais e práticas de uma religião" (21,1%).» - «Os investigadores descobrira

Os incêndios e a nossa angústia

Sei que sou injusto para com a ministra da Administração Interna, aparentemente sem dormir e no limite do sacrifício que as funções impõem, mas a política tem uma lógica que ultrapassa os olhos cansados, a abnegação e o sofrimento pessoal de quem está no vértice do comando do combate ao fogo (no duplo sentido) que lavra. Sei que a meteorologia, o desordenamento florestal, o abandono agrícola, os interesses das empresas de celulose, que reduziram a floresta a pinheiros e eucaliptos, e a incúria, se conjugaram na tragédia dos incêndios que cada ano ameaçam ser mais devastadores. Sei que enquanto sangram as feridas, o país arde e o luto continua impossível de fazer, é de contenção o momento, e silenciosa deve ser a frustração. Sei que no fingimento da reforma administrativa, cada vez mais urgente e impossível, se extinguiram os governadores civis, os responsáveis pela proteção civil distrital que, em caso de catástrofe, coordenavam todos os meios, e que as funções estão hoje sem tit

A França e as eleições legislativas

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Um sistema eleitoral desenhado para favorecer a exclusividade da alternância ao PS francês e à direita (republicana e gaulista) conduziu à humilhação da direita tradicional e ao apagamento do PS. A vitória esmagadora de Macron, alicerçada na sua imagem e na animosidade contra os partidos, tem proporções que levarão à asfixia do movimento, sem tradições e coerência doutrinária. Não tardará que as contradições internas criem clivagens e que a oposição se torne cada vez mais eficaz nas ruas do que no Parlamento. A agenda neoliberal de Macron não encontrará na sociedade francesa uma percentagem maior de apoiantes do que de eleitores que lhe garantiram a gigantesca vitória. Como ponto positivo, fica o europeísmo convicto de Macron, revelado, aliás, no apoio à Grécia, quando a ministra Maria Luís e o homólogo espanhol se prestaram à vergonhosa vassalagem ao Sr.Wolfgang Schäuble, contra um país com a economia devastada. Do sistema eleitoral francês retiro dois ensinamentos: 1 –

Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos

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Quando faltam as palavras e sobram emoções, o silêncio é a única atitude razoável.

A política e os independentes

Não há independentes em política, há indiferentes e dissimulados, sendo estes últimos os que gozam da preferência dos menos politizados. Nunca fui independente e raramente me identifiquei com qualquer partido, talvez fruto de uma militância frentista que começou em 1961 e terminou em 25 de abril de 1975, data em que me afastei da CDE. Julguei erradamente que já não fazia falta, que bastaria cumprir os meus deveres cívicos, mas não imaginei que regressassem os derrotados em 25 de Abril de 1974. É por isso que, sem me sentir inferiorizado por estar arredado da militância partidária, procuro intervir pela palavra, dita e escrita, no apoio às posições em que me revejo e no apoio aos partidos de que me sinto mais próximo. Assisti, nestes 43 anos de democracia, à reabilitação de velhos fascistas, à condecoração de crápulas, à eleição de salazaristas, à humilhação de antifascistas e ao esquecimento de resistentes, para não falar da ostracização dos militares de Abril. O período cavaqu

Coimbra - há 48 anos (crise de 69)

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Boas notícias

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UNICEF: Portugal lidera em saúde de qualidade e bem-estar das crianças A posição cimeira é justificada por uma taxa de mortalidade neonatal baixa, uma taxa de suicídio de adolescentes também baixa e poucos casos de crianças entre 11 e 15 anos com problemas psicológicos. Conclusão é do relatório da UNICEF sobre a situação das crianças nos 41 países considerados mais ricos, incluindo os da União Europeia e OCDE. (Prof. H. Carmona da Mota)

A Frase

«De facto, enquanto organização, a Igreja [católica], se quiser seguir o exemplo de Jesus e não ficar cada vez mais atrasada em relação ao mundo, tem dois problemas fundamentais a resolver: por um lado, a democratização e, por outro, a integração das mulheres, sem discriminação.» Padre Anselmo Borges, hoje, no DN 

É preciso lembrar...

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Quando se perde a memória, aliena-se a esperança e quando se abdica da Justiça colabora-se na impunidade.

O DN e o embaixador Martins da Cruz

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No dia 10 de junho, o DN ocupou as páginas 12 e 13 com uma entrevista ao embaixador Martins da Cruz cujo interesse e conteúdo cabem ao jornal definir. A razão da minha estupefação resulta da reincidência do DN em apresentar, no perfil do diplomata, a insólita afirmação, a negrito, «António Martins da Cruz, com menos de 30 anos, foi abrir a embaixada de Portugal em Maputo», afirmação que repete da anterior entrevista do DN (11-02-2017). Não surpreende a omissão biográfica da demissão de MNE de Durão Barroso, de quem é compadre, na sequência do escândalo da portaria feita à medida da filha, Diana, para a entrada em Medicina, escândalo que tornou insustentável a sua permanência no governo e a do ministro do Ensino Superior, Pedro Lynce, autor da Portaria. Admito que, para as duas entrevistas, fosse irrelevante ter sido administrador da Afinsa (numismática e filatelia), a terceira maior empresa mundial de ativos não financeiros, logo a seguir à Sotheby's e à Christie's, fal

Triste realidade

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Feira do Livro - LISBOA - Amanhã

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Car@s Amig@s Amanhã, dia 13, feriado municipal, encontro-me na Feira do Livro de Lisboa, no Stand da Âncora Editora, para uma sessão de autógrafos, entre as 19 e as 21 horas , a fim de promover o meu livro de crónicas «Ponte Europa». Estarei na Feira, e na proximidade do Stand da Âncora, a partir das 16H00. Assim, quem quiser e puder aparecer dar-me-á o gosto do encontro e a possibilidade de rever amigos que, de outro modo, não terei oportunidade de encontrar. Até amanhã.

Pensando em meu pensamento...

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Passos Coelho considera “uma pouca vergonha” que “o homem nomeado pelo Governo” de António Costa para a administração da TAP [Diogo Lacerda] seja quem defendeu o interesse público, negociando o processo de reversão da privatização da transportadora. Não lhe merecendo reparo a nomeação para chairman da TAP, de Miguel Frasquilho, destacado membro do PSD, partido que quis privatizar tudo, e que constitui a nódoa no novo Conselho de Administração, ainda acrescentou que a nomeação do primeiro “fica tão mal a quem aceita como a quem nomeia”. Quando a noção de serviço público chega a este extremo, é natural que esqueça os que negociaram as privatizações e foram os escolhidos pelos novos donos para continuarem a assegurar os interesses privados ao serviço dos quais estiveram no seu Governo. Não é falta de vergonha, é a decadência ética e a ausência de sentido de Estado de quem transformou o Governo numa sucursal dos interesses privados.

As eleições francesas

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Com a fulgurante vitória, na primeira volta das legislativas, Emmanuel Macron assegurou um lugar na História da 5.ª República, cuja arquitetura partidária destruiu. Independentemente dos resultados da segunda volta, já garantiu a maior vitória de um só partido, com a mais elevada abstenção de sempre. O Movimento «A República em Marcha» tornou-se o maior ‘partido’ de França, com a implosão do Partido Socialista e a derrota da direita tradicional e da extrema-direita. A vantagem imediata do PR francês é o seu europeísmo e o facto de poder ser a última esperança para uma UE mais coesa e solidária. O eixo franco-alemão poderá tornar-se o polo federador da verdadeira União, capaz de resistir ao Brexit, aos desvarios de Trump, às ameaças ao euro e à tirania suicida do monetarismo do Sr. Wolfgang Schäuble cuja reforma política é imprescindível e urgente. A fraqueza de Macron, cuja vitória esmagadora assenta no sistema eleitoral, reside nos sindicatos que serão o único obstáculo ao t

Eleições britânicas e as ‘lições inglesas’…

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Provavelmente será mais avisado começar a usar a designação de Inglaterra em detrimento do conceito ‘Reino Unido’. Há fortes indícios que essa expressão poderá ter ficado arrumada no baú das recordações após o ‘Brexit’ e as mais recentes eleições parlamentares daí decorrentes. O histórico desfecho do conflito ocorrido, no início do século XVIII, entre a casa dos Stuarts e a de Hannover e que levou ao Tratado da União, originando a tão influente e ‘imperial’ Grã-Bretanha deixou, no presente de muitos dos cidadãos britânicos, de ter significado.   As relações entre a Ilha e a Europa continental foram sempre muito difíceis e conflituosas. Muitos dos confrontos foram traumatizantes e duradouros como é o paradigmático exemplo da ‘guerra dos cem anos’. Grande número desses conflitos teve para além das catastróficas consequências humanitárias um profundo impacto nas evoluções política e institucional dos ‘envolvidos’, quer na Ilha, quer no continente europeu.   Na verdade, foi o ma