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A mostrar mensagens de novembro, 2020

Notas Soltas – novembro/2020

Terrorismo – Depois de Paris e de Nice, este mês começou com um ataque do fascismo islâmico em Viena. A metódica e persistente ameaça à democracia, à civilização e à paz tem de ser contida. A herança iluminista da Revolução Francesa está em perigo. Turquia – Erdogan sonha com um novo império otomano, e não é alheio à mobilização muçulmana contra o Ocidente, em busca da liderança global do islamismo. O ISIS não precisa de novo Estado, tem o do Irmão Muçulmano, em colisão com a Europa e a Nato. EUA – O ato eleitoral pareceu a produção de um filme de terror, série B, cujo guião foi sendo escrito pelos atores, com a distribuição assegurada, em direto, à escala planetária. Não enobreceu a maior potência mundial nem constituiu um exemplo democrático. EUA_2 – Trump não foi o primeiro presidente indesejável, mas será o único a sair sem dignidade e à força. As eleições não derrotaram apenas o PR em exercício, esvaziaram um furúnculo que infetava a Casa Branca e contaminava o mundo. A

O REFERENCIAL – Revista trimestral da A25A

O último número d’ ‘O Referencial’ , revista trimestral da Associação 25 de Abril, julho-setembro, tem como tema de capa “O lado obscuro do Ministério Público”, excelente reflexão do ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento. O ilustre jurista, que foi 4.ª figura do Estado português, revela muitas inquietações, que os democratas sentem, e alerta para os riscos que o título do seu valioso e extenso artigo deixa entender. É uma pena que esta revista, apenas distribuída aos sócios, não esteja à venda nos locais públicos. O texto referido (pág. 8-33) devia motivar a reflexão de todos os democratas, nomeadamente os que são magistrados do Ministério Público Para os não-juristas, deixou uma aula magistral de quem percorreu todos os escalões da magistratura, e pensa a democracia; para os outros cidadãos, fica um desafio à reflexão, sobretudo para os legisladores, juristas ou não. Uma frase inquietou-me: «O pior que pode acontecer é qualquer magistrado convenc

OE-2021 – As lideranças imaturas do PSD e BE

Este foi o último Orçamento de Estado aprovado ao Governo no último ano completo que cumprirá na legislatura. O Governo vai cair no primeiro OE que apresentar quando for possível a dissolução da AR. E a geometria partidária alterar-se-á substancialmente. O Bloco de Esquerda perdeu a compostura e o tino, entrando pela porta da chantagem e saindo pela janela da vingança. Não quer ser Governo, quer a Revolução Permanente, i. e., a tagarelice permanente. Escuso de citar o autor. Prefere o palco ao poder. Sabendo que a AR não pode ser dissolvida até 9 de setembro de 2021, esforçou-se para deixar um governo de gestão, indiferente às consequências da gestão por duodécimos e sem capacidade política. Foi o único partido de esquerda a votar contra o OE-2021. O BE decidiu a revolução socialista com a avaliação da correlação de forças feita pelo campesinato universitário e o operariado dos doutorados. O PSD sacrificou os interesses do País, sabendo que terá um PR de direita a facilitar-lhe

“Dia Internacional da não violência contra a mulher” – 25-11-2020

«O Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA) contabilizou 30 mulheres mortas entre 1 de janeiro e o dia 15 de novembro, 16 das quais em contexto de relações de intimidade, um valor abaixo das 21 registadas em 2019.» (Miguel A. Lopes / Lusa, 23-11-2020 A notícia só surpreende quem anda desatento, mas é a vergonha de uma sociedade onde a violência masculina se perpetua como a herança de séculos de escravidão da mulher, a resistir à civilização e ao respeito pelos direitos humanos, sem que a redução do número de crimes permita acalentar a sua erradicação a curto prazo.   Desde 2004, morreram 504 mulheres, em contexto de violência doméstica, em Portugal. A tradição religiosa e cultural pesa certamente na perpetuação dos crimes cuja violência oculta a crueldade quotidiana sofrida em silêncio, a humilhação de quem quer preservar os filhos e teme pior danos. Recorde-se quem impedia o divórcio antes do 25 de Abril. A agressão dentro do lar, física ou psíquica, é uma cobardia de quem

O novo governo dos Açores – A aritmética e o pudor

PS – 25 ; PSD – 21 ; CDS – 3 ; Ch – 2 ; BE – 2 ; PPM – 2 ; IL – 1 ; PAN – 1 A alternância democrática é uma exigência do regime em que me revejo; e a integração de partidos que combatem a democracia, um ultraje. Não podendo Rui Rio reconduzir o PSD à sua matriz fundadora rendeu-se ao que dele fizeram Cavaco e Passos Coelho. O PSD, que aprovou a CRP, um partido fundador do regime democrático, abdicou da a dignidade e da defesa da democracia.   A pressa do regresso ao poder nos Açores levou todos os partidos da direita democrática a cometer a indignidade de integrarem na normalidade um partido fascista. E não havia necessidade de se sujeitarem a tal humilhação, a tão despudorada cumplicidade, escrita e assinada. Olho para os números e vejo que ao PS, admitindo que o BE o apoiava, não conseguiria a maioria (ainda há quem pense que o PAN é um partido de esquerda). Teria sempre 28 votos contra. Perante o impasse, o segundo partido (PSD) seria convidado a formar governo. Teria 26 v

A fé é que a salva

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  'Senhora' brasileira cheia de fé e com a alma a caminho da lavandaria.

Eleições presidenciais

A marcação da data (24 de janeiro de 2021), pelo atual PR, Marcelo Rebelo de Sousa, sem antes anunciar se é ou não candidato, é um ato insólito e desleal para com os portugueses. Espero que os candidatos que já anunciaram a sua candidatura reajam, como devem.

Cavaco Silva e a arte

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 O ar de entendido a apreciar Miró.

Quando o silêncio é uma forma de cumplicidade

Em 46 anos de democracia nunca assisti a uma campanha tão bem orquestrada e eficaz contra o PCP como aquela que os média, os partidos concorrentes, as redes sociais e os fascistas ressuscitados organizaram de forma demolidora, e mantêm em marcha. Em política não há gratidão, mas exige-se pudor nas atoardas, um mínimo de decência nos ataques e alguma verdade no combate democrático. Podem esquecer-se os militantes que morreram nas masmorras da Pide, os combatentes contra a ditadura, os torturados, assassinados, demitidos da função pública e deportados; pode esquecer-se o seu sofrimento, o contributo do PCP para a arquitetura democrática do Portugal de Abril, para o equilíbrio partidário da democracia oferecida pelo MFA; pode esquecer-se a sua participação na elaboração da CRL, na organização sindical dos trabalhadores e no combate democrático; o que não se pode negar ao PCP ou a qualquer outro partido é o direito de reunião. As reuniões partidárias não podem ser proibidas pelo Gove

A UE, o OE-2021 português e a luta partidária

Com o Orçamento da UE bloqueado pela Polónia e Hungria, países onde a democracia não é um ideal dos governantes, nem o respeito pelos direitos humanos o seu desígnio, joga-se em Portugal um braço de ferro à volta do OE que vai provocar um terramoto na futura geometria partidária. Resta saber em quem os eleitores portugueses de esquerda verão polacos e húngaros. O Brexit continua a ser uma tragédia para o Reino Unido e para a União Europeia, sem saída airosa para um necessário entendimento que minimize os danos de um divórcio de inapagáveis traumas e prejuízos mútuos irrecuperáveis. A pandemia não dá tréguas e a vacina, por mais próxima, eficaz e generalizada que seja, não normalizará uma economia que se afundou no mundo, particularmente fora da área económica chinesa que cavalga a onda favorável a caminho da hegemonia planetária. Com um futuro tão incerto, com os previsíveis abalos sísmicos que as consequências da pandemia provocam na sobrevivência dos cidadãos e garantia das n

A missa em Fátima – Perplexidades de um ateu

O PR, Marcelo Rebelo de Sousa, e o PM, António Costa, assistiram, no último sábado, 14 p.p., a uma missa em memória das vítimas da pandemia da covid-19, em Fátima. Surpreende que: 1 – O local da celebração da missa contribua para a sua maior eficácia; 2 – A presença do PR e do PM sejam úteis ao ato litúrgico; 3 – A Basílica da Santíssima Trindade seja mais apropriada do que qualquer capela; 4 – O bispo José Ornelas, presidente da CEP, esteja melhor relacionado com o Divino do que o padre de uma aldeia; 5 – Os defuntos da Covid-19 apreciem mais a missa do que os outros; 6 – Haja discriminação de defuntos, em função da patologia que levou à defunção,   pelo PR e PM; 7 – Em tempo de pandemia, seja aceitável a deslocação do PR e do PM; 8 – A prática de uma crença particular mereça exibição pública; 9 – O Estado laico exponha os seus mais altos dignitários a piadas jacobinas; 10 – O exemplo seja recomendável e repetível. No entanto, sem questionar a legitimidade canó

EUA – A derrota de Donald Trump e as oportunidades para a UE

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  Não foi a vitória de Biden que me empolgou, foi a derrota de Trump que encantou e me fez voltar a acreditar que os EUA são regeneráveis. Por maiores defeitos que se tenham entranhado no tecido social de um país de injustiças sociais gritantes, o amor à liberdade e a coragem de jornalistas, capazes de pararem uma conferência convocada pelo PR, redimem. Quando Trump debitava mentiras, foram-lhe silenciados os microfones e os telespetadores prevenidos de que estava a “fazer falsas declarações”. Não foi a decisão de um jornalista suicida, na própria Casa Branca, foram três cadeias de televisão generalista, ABC, CBS e NBC. Isto é motivo de esperança. É surpreendente que um país cuja independência foi proclamada por agnósticos maçons, fugidos das guerras religiosas da Europa, se tenha tornado feudo do fundamentalismo evangélico, e que um país, criado por imigrantes, atinja níveis de xenofobia intolerável. Por ignorância e maldade, o isolacionista Trump, foi aliado objetivo de Erdogan

Que raio de sorte!

Quando a esperança de vida se ia reduzindo, fruía-se o tempo com os amigos e os dias eram contados em função do regresso de filhos e netos. Os afetos explodiam e os braços enchiam-se de corpos que se estreitavam; os lábios encontravam faces que se ofereciam à doce carícia de contactos; os dias eram o espaço de tempo para exprimir sentimentos, cultivar ócios e regressar às leituras que nos preencheram a vida. Tudo nos fazia esquecer as rugas, os lapsos de memória, moléstias da idade e dores do corpo e da alma. Tudo se desvaneceu numa reclusão autoimposta ou em deambulações solitárias, na esperança de um impossível regresso à normalidade. Um homem nunca anda só, é verdade, traz consigo memórias de vida, marcas do trajeto que percorreu, histórias por contar, recordações que nos preenchem os vazios, mas falta agora a alegria que os amigos traziam à tertúlia e até o ar que se inspirava na tranquila e lenta oxigenação dos pulmões, agora concentrado de anidrido carbónico que se acumula na

A FRASE

«Nos seus ‘programas ativos’, o BE e o PCP caminharam para a democracia, o Chega caminha para fora dela e a força da sua inegável vitalidade vem daí.» José Pacheco Pereira, Público – 14-11-2020

A menina Efigénia Fagundes – Metáfora sanitária

Efigénia Fagundes era a última dos 7 irmãos, ainda conhecida por ‘menina’, depois dos 70 anos, pelo celibato e castidade. Gabava-se de ser a mais parecida com o pai, teimosa e determinada. Ainda há dias, discutia acaloradamente com um primo que não saía à rua sem máscara, a azucriná-lo pelo seguidismo em relação às recomendações da ministra e da diretora-geral da Saúde, pessoas que detestava com a mesma sanha dos bastonários do sector. O primo argumentava que era obrigação do próprio, e para com os outros, a norma que, neste período de pandemia, reduzia as cadeias de transmissão do vírus e os riscos de contágio. Pois sim, “a mim ninguém me obriga a usar máscara, nem em locais fechados, sempre houve gripes e vai continuar a haver, a ministra e a diretora-geral não mandam em mim”, dizia a menina Fagundes ao primo enquanto o acusava de medricas. Farto da prima e da descompostura, não resistiu a lembrar à 7.ª cria do sr. Fagundes e da D. Gertrudes, seus tios, o motivo por que ela n

Coisas da política

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Não querendo aquela coisa regressar ao PSD, onde Passos Coelho o iniciou na vida autárquica, resolveu Rui Rio aceitar a coisa, num abraço suicida, para a alimentar com a sua própria honra.

EUA & Brasil

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  Nem tudo o que pode correr mal, corre necessariamente pior e da pior maneira. Há motivos de esperança na remoção dos primeiros furúnculos.

Estados Unidos da América (USA)

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  Biden quer entrar, mas Trump recusa-se a sair.

O principezinho e a coroa (metáfora política)

Havia um príncipe, acossado por vassalos rebeldes, desejosos do regresso do anterior ou de um equivalente, mais reacionário e incapaz, com a coroa em risco por não conseguir a derrota dos republicanos ainda no poder. Surgiu no principado a possibilidade aritmética de o príncipe remover o republicano que      levava dois mandatos num arquipélago da coroa, e precisava da conivência de marginais para o afastar, embora com nojo generalizado do principado aos sequazes do batráquio. Entre o poder e a honra, foi mais forte o primeiro, e o príncipe beijou o sapo a pensar na princesa em que o transformava, branqueando-lhe a viscosidade e integrando a peçonha, agora no arquipélago e, no futuro, talvez em todo o principado. Chegou-lhe uma cobra onde quis ver a princesa, e o que mais custa é o primeiro beijo. O príncipe, que continua odiado pelos súbditos, agora também pelos que o estimavam e lhe garantiam o apoio, perdida a honra, desatou a inventar desculpas. Diz que a cobra, “se se mode

A liberdade de expressão e a democracia_2

A minha liberdade não acaba onde começa a arbitrariedade dos outros nem a dos outros termina onde começam as minhas idiossincrasias. A liberdade de expressão tem de estar muito além do que cada um de nós deseja aceitar aos outros. Não faria qualquer sentido que pudéssemos impedir o que nos incomoda ou ofende e que a lei consagrasse o direito de não sermos irritados ou ofendidos. Todos as correntes filosóficas, religiões, tradições e crenças podem, e devem, ser objeto de crítica, refutadas, aplaudidas ou troçadas. Quem conheça a evolução dos costumes sabe quão perigoso seria condescender com as tradições, crenças e hábitos que passaram de geração em geração. Desde a antropofagia, escravatura, tribalismo e pedofilia, até ao advento da civilização, foi longo e penoso o caminho percorrido. A moral é a ciência dos costumes e podemos dizer que a moral da civilização é incomparavelmente superior à das tribos patriarcais. Do criacionismo à ciência, há um longo caminho andado, com vítim

Estados Unidos da América

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O riso é a catarse do medo.

Estados Unidos da América

Trump não é o único primata perigoso com alma de ditador. As mais poderosas ditaduras do Planeta estão com ele: Rússia, China, Brasil e Turquia recusam saudar Joe Biden como presidente-eleito dos EUA.

Se não autorizasse era substituído...

  O Procurador-Geral dos Estados Unidos autorizou, na segunda-feira , investigações por "alegações substanciais" de irregularidades na contagem dos boletins de voto,  antes da certificação das presidenciais de 3 de novembro, apesar da falta de provas de fraude.

Donald Trump – A remoção de um aldrabão contumaz

Derrotado com mais 7 milhões de votos do que aqueles com que venceu as eleições em 2016, numa prova insofismável de que os EUA estão doentes, talvez a prenunciar o fim da hegemonia global, recordo com gosto o texto que escrevi, no dia de hoje, há 4 anos.  *** «Hillary e Trump – As eleições americanas e o desvario coletivo A nação mais poderosa do mundo serviu-nos o mais deprimente espetáculo, próprio do país capaz do melhor e do pior. De um lado, Wall Street; do outro, a Disneylândia. O medo de Hillary e o terror de Trump decidiram o voto. Entre o aldrabão imprevisível e a competente agente do capital financeiro, a América preferiu o cancro à SIDA. O Mundo dividiu-se em quatro categorias, acompanhando os eleitores autóctones: – os indiferentes; os que gostariam que perdessem os dois; os que queriam a vitória de Hillary, para derrotar Trump; os que apoiaram Trump, para destruir Hillary. Sabe-se o que sucedeu. Os Democratas apoiaram a mais bem preparada para defender os interesses dos am

Uma frase para recordar

  Frases que devem ser recordadas, quer pela inteligência do autor quer pela honestidade que o caracteriza: «O povo português não fica seguro se Jorge Sampaio for eleito Presidente. Tenho algumas preocupações em colocar o futuro dos meus filhos nas suas mãos». (Aníbal Cavaco Silva ao «Expresso» em 13-01-1996).

EUA – Eleições presidenciais – o princípio do fim de Trump

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É preciso cinismo e hipocrisia para mostrar indiferença face os resultados eleitorais dos EUA e inconsciência para ser indiferente perante o derrotado da eleição mais importante para o Mundo. A eleição presidencial americana tem uma relevância ímpar, não apenas por se tratar do país mais poderoso, talvez no seu estertor, o que não augura melhor sorte, porque o PR é simultaneamente chefe de Estado, do Governo, das Forças Armadas e proponente dos juízes vitalícios, sem limite de idade, para vagas do Supremo Tribunal. Não há paralelo, em democracia, de tamanha concentração de poderes, com a relevância de se tratar da mais poderosa potência militar, económica e financeira do Planeta. Acabada de ser anunciada a vitória de Joe Biden na Pensilvânia, garantindo a derrota de Trump, não é motivo de regozijo. É verdade que o País votou contra Trump, não é certo que tenha votado a favor de Biden. A democracia americana sai desprestigiada destas eleições, com um sistema anacrónico de contag

O PR fala hoje ao País às 20H00

Cada vez que quero ouvir notícias num canal televisivo e o sintonizo, deparo-me com a informação de que o PR fala hoje ao País, às 20H00, pelo/a apresentador/a e em nota de rodapé, sucessivamente repetida a cada minuto, a circular ininterruptamente. Como não há dia em que não fale ao País, repetidas vezes, em todos os noticiários, em todos os canais, sobre os mais variados assuntos, fica-me a dúvida de se tratar de uma nova informação ou da repetição quotidiana que, por incúria, ficou a rodar, desde o dia anterior, entre o número de mortos, infetados e internados com Covid-19. Quem procura notícias fica desolado.

EUA

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  A farsa continua

A liberdade de expressão e a democracia

O direito à liberdade de expressão merece a maior amplitude e a mais veemente defesa. A memória da ditadura, de quem sentiu a repressão e viu aquilo de que eram capazes os censores, os repressores e a própria opinião pública, submissa ao medo e à tradição, não permite limites superiores aos do Código Penal e, mesmo esses, desafiáveis. Aliás, em Portugal, entre ofensas e liberdade de expressão, a jurisprudência, que honra os juízes, privilegia a última em detrimento das primeiras, mas o ADN da censura e da repressão ficou a impregnar a consciência coletiva e a transformar pessoas normais em grotescos julgadores dos limites da liberdade. Não se deve dizer mal dos mortos, porque já faleceram, nem dos vivos porque acabarão mortos, como se os ditadores devessem ser esquecidos; não convém dizer mal do clube porque fere os adeptos; na religião, não se ofendem as crenças e tradições, como se as tradições fossem toleráveis e respeitáveis as crenças. A única exceção é a política, onde difama

Eleições nos EUA

Havia quem pensasse que havia eleições no país mais poderoso do mundo e acreditasse que as regras democráticas eram uma exigência e a seriedade uma prática. Assiste-se à produção de um filme de terror da série B, cujo guião vai sendo escrito por atores medíocres e a distribuição assegurada em direto, à escala planetária, enquanto a mesa de montagem vai a caminho do Supremo Tribunal, com juízes escolhidos pelos atores.

O terror em Viena de Áustria

 Acontece mais um ataque terrorista com a chancela do fascismo islâmico que, de forma metódica e persistente, vai submetendo pelo terror a Europa das Luzes. Por mais determinada que seja a vontade dos dirigentes europeus, por maior que seja a vigilância, o terror persistirá enquanto as religiões não forem consideradas como outras associações e sujeitas ao mesmo tratamento policial e penal. Nas democracias é impensável impedir o direito de reunião e livre associação, mas não bastam as piedosas declarações do chanceler austríaco Sebastian Kurz, que classificou os crimes como “ ataques terroristas nojentos ” e disse que “Nunca seremos intimidados pelo terrorismo e lutaremos contra esses ataques com todos os meios”, que reconduzem à tranquilidade uma sociedade cosmopolita e democrática. Os assassinos são indivíduos fanatizados nas madraças e mesquitas, envenenados pelos ensinamentos do Corão e motivados na crença de rios de mel doce e dezenas de virgens, como recompensa dos seus desv

Amanhã é o dia perigoso para os EUA e o Mundo

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BISPO DO PORTO JUSTIFICA ATENTADOS ISLÂMICOS!

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O general-bispo Manuel Linda, ex-comandante supremo dos católicos fardados, e agora bispo do Porto, justificou no Twitter , no dia seguinte ao ataque islâmico que matou três pessoas na basílica de Nossa Senhora da Assunção, em Nice, o crime islamofascista . Enquanto o Papa Francisco condenou o ataque "selvagem" à igreja, o bispo que furou o cerco sanitário de Ovar, a convite do edil, para abençoar um hospital de urgência, pago pelo Estado, escolheu justificar um crime a condenar a doutrina que ordena assassinar homossexuais, apedrejar mulheres adúlteras e degolar infiéis. O general-bispo Manuel Linda, uma alimária paramentada, imagina o báculo um cajado para zurzir os réprobos, a mitra o adereço cefálico episcopal para evocar a anatomia das galinhas, noutro sítio, e o anelão a miniatura da argola onde gostaria de enforcar infiéis. Do primata que violou um cerco sanitário, para fazer sinais cabalísticos e transformar a água normal em benta, não se espera respeito pelo livre-pe