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A mostrar mensagens de maio, 2024

Eleições europeias - 2024 (Texto atualizado)

Nunca as eleições europeias foram tão decisivas como as atuais e tão desinteressantes como as tornaram os candidatos a eurodeputados. Os portugueses, sobretudo os europeístas convictos, os que não se refugiam na desculpa de quererem a União Europeia, mas não esta, como se a que existe fosse imutável e não resultasse das escolhas eleitorais nos países que a integram, sentem-se frustrados com os temas estranhos ao nosso futuro comum. A UE não pode alhear-se da guerra comercial entre os EUA e a China nem da influência de autocratas a favor da extrema-direita, mas os candidatos estão mais empenhados nas lutas internas dos seus partidos do que na afirmação de posições ideológicas perante os grandes problemas que ameaçam a Europa e o Mundo. A defesa, o comércio, a diplomacia, a segurança social, a paz e a posição da UE perante os grandes blocos e as suas ambições geoestratégicas estão ausentes da campanha, como se a UE estivesse condenada a ser um satélite americano, chinês ou russo.

CURIOSIDADES

A AD prometeu aumentos para todos e cumpriu: a inflação teve um aumento robusto – soube-se hoje –, e é para todos. O Ventura faz ao Tânger o que Montenegro fez ao Gonçalo. A Sr.ª Ursula Van der Leyen, parece estar a piscar o olho à extrema-direita para se manter na presidência da Comissão Europeia. Talvez venha a Portugal dar a tática a Montenegro.

Feira do Livro de Lisboa

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  É a primeira Feira do Livro para o meu recente livro de crónicas.

O XXIV GOVERNO CONSTITUCIONAL E O PR

Isto não é um governo, é uma empresa de marketing em campanha eleitoral. Nasceu do parto antecipado em Belém, com a PGR como parteira, em vez de aguardar os três anos que faltavam à sua gestação. Está em respiração assistida com o PR, os ex-bastonários da Saúde, a comunicação social e outros cúmplices a mudar as botijas de oxigénio. Este governo anuncia como medidas estruturais medidas em vigor e, como respostas a problemas, promessas a cumprir no futuro. Nem a folga orçamental herdada sabe gerir. O PR que estimulou reivindicações, anda agora a defender o equilíbrio orçamental e a implorar a aprovação do próximo Orçamentos para não explicar a leviana dissolução da AR, após a demissão do ex-PM. Antes, apoiava todas as oposições ao Governo, agora apoia-o contra todas as oposições. Antes, exigia negociações ao Governo, agora exige a capitulação às oposições. O PR e as greves deixaram de abrir telejornais. Terminaram as filmagens das urgências hospitalares, atenuaram-se as reivindica

Para memória fujtura

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Para memória futura

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  Da série: Casamento sem noiva.

A banalização do mal e o partido fascista português

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O regresso das ideologias fascistas torna urgente a reflexão sobre a banalização do mal. Falar do mal é dar-lhe publicidade, mas ignorá-lo é deixá-lo à solta a envenenar os que esqueceram a mais longa ditadura europeia e suportaram 13 longos e dolorosos anos de guerra colonial.

A postura de Estado e o estado do impostor.

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 Dois vestem de igual e pensam o mesmo.

ELEIÇÕES EUROPEIAS 2024

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A liderança bicéfala do PSD e a decadência ética da Presidência da República no apelo ao voto.

PALESTINA

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A nossa indignação é seletiva e choramos mais depressa os que morrem em certo espaço do que os que morrem noutro, em linha com um algoritmo que nos convoca. No caso da Palestina parece estarmos à espera que desapareça o que resta com os últimos que restarem.

28 de maio de 1926 – 98.º aniversário

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Há quem esqueça a opressão salazarista, denigra a primeira República, para justificar a ditadura, e deprecie a democracia para ilibar o regime fascista que a precedeu. Deixar que o tempo apague a memória e a amnésia absolva os crimes, é um favor prestado às forças totalitárias, adormecidas e nunca erradicadas. No perigoso declive em que nos encontramos urge defender o que resta das conquistas do 25 de Abril. «Fascismo nunca mais»!

ELEIÇÕES EUROPEIAS 2024

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A liderança bicéfala do PSD e a decadência ética da Presidência da República no apelo ao voto.

O PSD e as eleições da Madeira

A derrota do PS e o desaparecimento da oposição à sua esquerda devia ser motivo de profunda reflexão entre todos os democratas. A eternização do PSD no poder numa sociedade que conserva traços de feudalismo e onde numerosas pessoas vivem à sua sombra justificam muita coisa, mas não tudo. Curiosamente é o partido que temendo o desaparecimento, usou à exaustão o argumento do excessivo afastamento do poder no Continente, que acha normal a eternização de um poder onde são maiores os constrangimentos e menores as garantias de votação livre. Espero que o desespero da esquerda, passadas as eleições europeias, não se envolva em guerras fratricidas para justificar a sua derrota global e procure diagnosticar as causas do desaire em circunstâncias tão desfavoráveis para a direita. É aqui que algo de estranho se passou após a ruidosa incursão do Ministério Público, a exigir explicações. É claro que ninguém esperaria de Miguel Albuquerque os pruridos éticos de António Costa, que o levaram à
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                                                                                                                                                                                                                                                         Cartune de Varella
  A LIBERDADE QUE ABRIL NOS DEU A “púdica” e manipuladora  C ensura Por Onofre Varela “ Este número foi visado pela Comissão de Censura” era um recado estatal que todos os jornais  estavam obrigados  a imprimi r   dentro de um rectângulo dissimulado no rodapé de uma qualquer notícia ao fundo da  primeira  página .  O governo  de Salazar  censurava as notícias  não deixando publicar o que  não interessava à ditadura … mas  também   é verdade  que  ninguém podia dizer que o s   jornais eram censurados em segredo… porque a “prova do crime” estava escarrapachada na primeira página de todos os jornais!…  ( Depois de Abril de 1974  censur ou -se em segredo). Recordo uma tragédia causada pelas águas da chuva de um Inverno rigoroso que fez transbordar  o Tejo , isolou povoações e provocou mortes. Est á vamos em Novembro de 1967 e a precipitação das fortes chuvas equivaleu a um quinto da precipitação anual.  Na madrugada de 25 para 26, o Vale do Tejo  foi inundado por  cheias  que ocorreram  em

Marcelo – O Dissolvente – #montenegronaomarcelonunca

Marcelo rejeita responsabilidade pela instabilidade política, mas foi ele que, depois de se ter apressado a dissolver a AR, sem permitir à maioria indicar novo PM, ficou sem margem para convidar o PSD a indicar um novo presidente para o Governo Regional da Madeira. Na Madeira vários partidos darão o dito por não dito, mas Marcelo terá a oportunidade de ser mais ainda mais campeão a dissolver Assembleias legislativas. É a segunda vitória de Montenegro e de Marcelo. Veremos como a digerem em conjunto com a PGR Lucília Gago.

Dois pesos e duas medidas #montenegronaomarceonunca

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A indemnização da TAP a Alexandra Reis levou à sua demissão de secretária de Estado de um governo PS e à balbúrdia sobre um assunto lateral [roubo de um computador] na AR. No governo da AD Cristina Pinto é apenas um caso menor sem relevância mediática.

XXIV Governo Constitucional – #montenegronaomarcelonunca

A instabilidade em que Marcelo lançou o País, na pressa de levar a direita ao poder e de robustecer a extrema-direita, tornou irrelevante a reeleição do sátrapa da Madeira que hoje vai a votos.   É por isso que as notícias de hoje se esgotam no desporto, sem fados e sem senhora de Fátima, à espera de um Conselho de Estado onde a presença de Albuquerque será uma presença a juntar às que aí violam o segredo de Estado.

XXIV Governo Constitucional – #montenegronaomarcelonunca

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A primeira medida estrutural da AD, o banimento do logótipo da República, acaba de ver o desenho do autor, Eduardo Aires considerado o melhor trabalho de branding feito em Portugal em 2023 e apurado para os prémios do Art Directors Club Europe. https://sicnoticias.pt/pais/2024-05-25-lembra-se-do-antigo-logotipo-da-republica--acaba-de-ganhar-um-premio-7b855991?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter?utm_source=site&utm_medium=share&utm_campaign=twitter Todas as reações: 1 1

XXIV Governo Constitucional

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António Costa, depois do seu pedido de 2 de abril, foi ontem ouvido durante uma hora e meia pelo Ministério Público sem ter sido constituído arguido, prevendo-se para breve o arquivamento do processo. Entretanto, exige-se do juiz-conselheiro Henrique Araújo, presidente do STJ, explicação sobre a sua declaração: “o fenómeno da corrupção, que está instalada em Portugal, tem uma expressão muito forte na Administração Pública. Isto não é uma simples perceção, é uma certeza”. Foi uma declaração feita depois de ter recebido a suspeita sobre António Costa, antes de qualquer investigação. Até hoje não explicou tão grave denúncia. Enquanto o golpe de Estado contra o XXIII Governo Constitucional, urdido no Palácio de Belém, é do conhecimento público e tem sido largamente referido, a declaração do presidente do STJ, de enorme leviandade e intenso alarme público, foi esquecida sem que lhe tenham sido exigidas explicações. As consequências da leviandade do comportamento de altas figuras do Es

XXIV Governo Constitucional

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A satisfação da generalidade dos comentadores, dos sindicatos e da opinião publicada com a Felicidade Interna Bruta pode levar a agradecer ao PR e à PGR o golpe de Estado que transformou a pesada herança de Costa na satisfação das reivindicações por Montenegro. É agora natural que rebente a popularidade do PR e da PGR.

Cónego Melo (Texto omisso no Ponte Europa

Ainda há quem se recorde do cónego Melo do MDLP e da Sé de Braga? Conheço das confidências do sr. Cónego Melo a “O Diabo”, o que delas transcreveu o D.N. (LIDO 01/8/2001). Que o ditoso membro do cabido da Sé de Braga era um homem de ação já o sabíamos, desde o verão quente de 1975. Sabíamo-lo ao serviço de Deus e da sua Igreja, da fé e da sua difusão, do clero e dos seus interesses. Coerente. Sem medos. Sem falsos pudores. Em explosões constantes, de proselitismo. Sabíamo-lo o braço armado da Providência, guardião da moral e dos bons costumes. Com muitos como ele ninguém lamentaria hoje “uma mancha negra na História de Portugal” como Sua Reverência considera “em muitos aspetos” o 25 de Abril. Só não sabíamos que a sua santa alma podia explodir num desabafo de incontida admiração. “O dr. Salazar foi um estadista insigne, com um grande sentido de Estado e uma inigualável noção de autoridade” – afirmou o sr. Cónego, defendendo outra vez “um pulso forte como foi o dele”. Se ninguém

A Invasão do Iraque (Texto de 2002)

Como é que um presidente tão perspicaz como George W. Bush, que descobriu em Durão Barroso um dos mais brilhantes jovens líderes políticos mundiais, tão sensato que preza as opiniões do Primeiro-ministro português e quis ouvir os seus conselhos, pode embarcar numa deriva belicista ao arrepio das Nações Unidas e da opinião pública mundial? Como é que um génio que descobriu a profilaxia dos incêndios através do corte de árvores, sugerida, é certo, pelos madeireiros, despreza a Europa, que pode ser irrelevante sob o ponto de vista militar, mas conta no plano moral? Talvez prefira os conselhos do vice-presidente Cheney, seu mentor de serviço, com a alma e o passado mergulhados em petróleo e suspeitas. Sadam é um biltre fascista que, tal como no poema de Brecht, eliminou e elimina todos os que se lhe opõem, não hesitando em dizimar comunistas, xiitas e curdos, mantendo-se no poder graças ao apoio efetivo das Forças Armadas e à eventual proteção do Profeta, mas não é pior que outros dita

XXIV Governo Constitucional

Este governo é melhor do que o anterior como se vê pela opinião dos Bastonários, dos comentadores televisivos e do Eng. Carlos Moedas. Até o PR, tão exigente com os últimos três governos, exige às oposições que o apoiem.

XXIV Governo Constitucional

#montenegronaomarcelonunca Os ministros podem não saber governar, mas têm uma conduta comum, são arrogantes e arruaceiros para com os altos funcionários que substituem. Umas vezes não os ouvem, outras insultam-nos, quase sempre sem conhecerem o conteúdo das funções. Com a pressa de colonizarem o aparelho de Estado, não se pode dizer que tenham sido felizes nas escolhas e, muito menos, nas substituições. O benefício deste governo não foi a paz social que obteve, foi o sossego que conseguiu nas notícias e o silêncio do PR sobre os diplomas que promulga.