Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2019

No 83.º aniversário de um herói de Abri - 31 de agosto.

Imagem
Otelo, herói de Abril Parabéns ao comandante militar e estratega do 25 de Abril, que iniciou a mais bela de todas as Revoluções e restituiu a Portugal a liberdade e aos portugueses a dignidade. Foi sinuoso o percurso da sua vida, mas há momentos que valem séculos, dias que marcam a História e madrugadas que perduram. Feliz aniversário. Obrigado, Otelo.

Os ciclos económicos da (na) Amazónia…

Imagem
A presente crise amazónica insere-se numa longa caminhada histórica brasileira que é de modo determinante paralela á evolução económica através de séculos. O ‘novo Mundo’ está a ser assoberbado com velhos problemas na qual a economia não é um parceiro inocente, mas o que será determinante, para enfrentar o futuro, são os ‘modelos de desenvolvimento’ adotados através dos tempos. A situação brasileira é muito complexa, diria mesmo, de uma extensa complexidade em consonância com a gigantesca dimensão da Federação de Estados do Brasil e torna-se um penoso exercício tentar compreender e sistematizar os parâmetros materiais que influenciam e ditam, neste momento, as decisões políticas com consequências económicas. Há todo um longo caminho percorrido que só muito dificilmente se invoca sem cometer erros ou criar lacunas. É óbvio que a sucessão de ciclos económicos tem sido ditada por opções políticas e sociais. O que se pretende é encadear os ciclos económicos de modo a dar uma pálid

Assunção Cristas e a entrevista de ontem à Rádio Observador

Imagem
Foram tantos e tais os elogios à entrevista da Dr.ª Cristas que resolvi lê-la, agora que a líder do CDS deixou para Nuno Melo o monopólio da desfaçatez e da insolência com que chamava mentiroso ao PM e encontrou em Paulo Rangel o substituto do PSD. É natural que não tenha pelas declarações da referida política a sedução dos intérpretes que a enaltecem e fazem a apologia de tudo o que vem da direita, por maiores que sejam os dislates e mais utópicas as promessas. É legítimo manter a ambição de ser primeira-ministra, ainda que a dimensão eleitoral do seu partido o condene a ser a eterna muleta do PSD, tal como se compreende que queira reduzir impostos, aboli-los até, e entregar tudo à iniciativa privada. O que não pode é ser o que reiteradamente chamava na AR ao PM sem que o jornalista a confronte. Para evitar transcrever a propaganda, desminto apenas duas afirmações que aprendeu no curso apressado de marketing político, onde as mentiras repetidas acabam por parecer verdades. Q

Independentes, hipócritas e dissimulados

A herança salazarista deixou um rasto de animosidade contra a política e os políticos, de que se aproveitam os populistas e reacionários de vários matizes. Aliás, quando alguém diz que não é de esquerda nem de direita, já se sabe o que é e o que oculta. Os independentes são uma casta desses híbridos disfarçados de equidistantes, cúmplices do oportunismo que procura minar a democracia e favorecer o regresso ao fascismo e a valores bolorentos que durante quatro décadas julgámos erradicados em Portugal. Os independentes atacam de mansinho, chamam regime autoritário à ditadura, heróis do ultramar às vítimas da guerra colonial e defesa da Pátria à ocupação de países africanos, omitindo a tragédia da opressão, perseguições, miséria, analfabetismo e emigração. Quem sofreu a guerra colonial e conheceu a repressão salazarista, não pode deixar de se assustar com a repetição do quadro ideológico que levou Hitler, Mussolini, Tiso, Franco e Salazar ao poder e as consequências trágicas e devas

Reino Unido

Imagem
A mais antiga e sólida democracia do mundo sucumbe às desvairadas ambições de um mitómano. A suspensão do Parlamento, contra a expressa vontade deste, é um golpe na democracia constitucional, subscrita pela mão de uma rainha obrigada a assinar todos os papéis que o PM lhe exija, para manter o fausto de figura decorativa herdada pela via uterina. Ninguém duvida da inteligência perversa do PM inglês e do ódio à União Europeia, mas o gesto de traição ao Parlamento é um sintoma de que as instituições britânicas estão obsoletas e de que a tradição já não é um seguro contra aventuras de um autocrata capaz de tudo. O Parlamento foi dispensado por um golpe palaciano de uma figura grotesca que apenas os militantes do seu partido sufragaram. Neste jogo antidemocrático que ora começa é o futuro do Reino Unido e das suas instituições que fica em xeque, ao arbítrio do antigo jornalista que foi despedido por enviar mentiras ao jornal que lhe pagava. Já não é a decisão legítima sobre o Brex

Madeira - Eleições regionais

Imagem
O que decidem os madeirenses?

Eleições

Imagem
Do que mais gosto nos pequeninos da política é da incoerência dos que combatem igualmente os que governam e os que são oposição, uma espécie de virtude acéfala onde o vazio é o seu local. O partido Iniciativa Liberal não gosta de quem viabilizou o Governo nem de quem se lhe opôs, esperando ser escolhido entre o não e o nunca 😊

Fátima -- terra de fé

Imagem
Fátima está condenada a ser instrumento da extrema direita. O que parecia a imitação de Lourdes, através de um catecismo arcaico, com o clero reacionário a vociferar contra a República, passou a ser, durante a ditadura salazarista, um instrumento de luta contra o comunismo. A implosão da URSS desviou o objetivo para a propaganda contra o ateísmo e manteve-se um santuário do clericalismo, sem perder a matriz original do reacionarismo. O catolicismo tridentino encontrou naquele lugar o ponto de encontro entre o arcaísmo da fé de natureza popular e a trincheira contra a modernidade e emancipação dos povos. As encenações pias têm o ponto alto nos dias 13, mas, nos intervalos, a extrema-direita marca presença em datas aleatórias, para conspirações contra a democracia. O último encontro de líderes políticos e religiosos daextrema-direita , preparado pelo International Catholic Legislators Network, com Viktor Orbán e o chefe de gabinete de Donald Trump, Mick Mulvaney, foi

O incêndio do Chiado – 25-08-1988

Imagem
Há 31 anos, o fogo consumiu 18 edifícios e deixou em escombros os oito hectares de Lisboa no centro comercial, onde morreu um residente e um bombeiro, 70 pessoas ficaram feridas, mais de 300 desalojadas e cerca de 2.000 perderam os postos de trabalho, na catástrofe urbana de dimensões colossais. Os bombeiros tiveram dificuldade de acesso à zona do incêndio, impedindo-os de controlar as chamas, o que permitiu que estas se espalhassem com mais facilidade. Não se disse que o Estado falhou. As oposições tiveram a decência de não explorar a desgraça. Cavaco Silva (PSD) era o PM e Nuno Abecasis (CDS) o presidente da Câmara. E as televisões, ao contrário do que fazem com o incêndio de Pedrógão, não andaram a explorar as imagens até à náusea, nem a oposição disse que o Estado falhou.

Dr. MANUEL LOUZÃ HENRIQUES - mais vale tarde do que nunca…

Imagem
A Câmara Municipal de Coimbra resolveu, na última reunião do executivo local, desenvolver esforços para acolher o valioso espólio do Dr. Manuel Louzã Henriques recentemente falecido link . O Dr. Manuel Louzã Henriques é uma figura incontornável da vida política, cívica e cultural coimbrã. Dificilmente se encontra alguém que, na atualidade, fosse capaz de granjear tanto respeito cívico e, paralelamente, cavalgasse de modo tão seguro, quanto natural, os difíceis caminhos da idoneidade. Foi um ‘Homem Maior’ num contexto lancinante onde a pobreza cívica e os interesses mesquinhos pontificam. A vivência cívica e política que o Dr. Louzã Henriques protagonizou está bem presente e expressa na sua íntegra postura enquanto conceituado médico psiquiatra - a quem muitos ficaram a dever o sossego e a sanidade mental - bem como, perante os seus amigos e camaradas, onde a coerência de uma postura de militância comunista foi uma constante de vida e, finalmente, um exemplo vivo de integrida

A frase

“Não sou político. Nunca fui político, ao contrário de muitos” (Pardal Henriques, ex-patrão fracassado, candidato a deputado do PDR, advogado e sindicalista de aluguer.)

Exageros

Imagem
Pode ser manipulação fotográfica mas a CMTV começou a exagerar antes da greve.

RYANAIR - em terra, no ar ou numa deriva (laboral)…

Imagem
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) considerou os serviços mínimos decretados pelo Governo – na sequência de uma greve dos tripulantes de cabine da Ryanair convocada entre os dias 21 e 25 de Agosto - como uma tentativa de «aniquilar o direito à greve dos portugueses» link .   O despacho conjunto do ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e o das Infraestruturas e Habitação invoca 6 razões que estiveram na base deste condicionamento restritivo ao exercício do direito à greve que – numa abordagem primária – mostram uma gritante fragilidade. Desde critérios subjetivos como a invocação que uma duração da greve prevista para 5 dias é relativamente longa (os conceitos temporais são muito volúveis); ao esgrimir de considerações genéricas sobre mobilidade dos cidadãos (“um crescimento considerável da procura de transportes aéreos”); falácias sobre descongestionamento do tráfego (“evitar o aglomerado de passageiros nacionais”); relacionar

AMAZONAS – a tragédia na ‘calha’…

Imagem
A Amazónia enfrenta uma terrífica onda de incêndios que não tem paralelo nos últimos anos. Todavia, o problema não se resume à Amazónia, nem sequer ao Brasil. É uma questão de âmbito mundial. O Amazonas tem sido vítima de diversas cobiças já que é um tesouro ambiental que influencia o clima a nível global e reveste-se em termos ecológicos de uma importância estratégica. Nos últimos anos foi sendo desenvolvido o conhecido plano ‘Triplo A’ (Andes, Amazónia e Atlântico), isto é, um extenso ‘corredor ecológico’, com 200 milhões de hectares, onde habitam 30 milhões de pessoas, envolve 8 países sul-americanos e estende-se desde o Peru até ao Atlântico. Trata-se de um projeto que visa preservar a bacia amazónica mantendo as suas características e equilíbrios naturais e assegurar a sobrevivência de um dos maiores santuários mundiais de biodiversidade. Este plano (Triplo A) é mais uma das vítimas da eleição de Bolsonaro dentro da lógica de que um mal nunca vem só. Bolsonaro comparti

Milagres

Imagem
Hoje seriam mais poluídos

Quo vadis, Europa?

Imagem
A democracia liberal, não confundir com o neoliberalismo, é uma instituição recente e pouco apreciada. Só existe depois da Revolução Francesa, com avanços e recuos. O respeito pelas minorias e a dependência do normativo constitucional deixa em aberto as fraquezas que os adversários exploram. Enganam-se os que pensam que a democracia é eterna e os que lhe atribuem demasiado valor quando esvaziada das suas componentes, económica, social e política. Em Portugal e em toda a Europa nunca esteve tão frágil após a queda das duas ditaduras ibéricas. Num mundo cada vez mais globalizado renascem nacionalismos de base étnica ou religiosa, num retrocesso civilizacional onde surgem regimes autocráticos e ditaduras violentas. A chegada de Trump, Bolsonaro e Duterte ao poder mostra como é acessível a políticos exóticos e marginais a legitimação democrática por escrutínio eleitoral. Falar da Rússia, onde nunca existiu uma democracia, ou da China onde uma ditadura se perpetua com o poder pessoa

PARDAL HENRIQUES – o óbvio e ululante…

Imagem
O porta-voz do sindicato dos motoristas de matérias perigosas – o advogado Pedro Pardal Henriques - vai ser candidato a deputado, nas próximas eleições legislativas de 6 de Outubro, pelo Partido Democrático Republicano (PDR) dirigido por Marinho Pinto link .   É óbvio que Pardal Henriques tem todo o direito de escolher partido e concorrer a eleições. Esse é um direito constitucional.   Mas o ululante é entendermos como este dirigente dos motoristas se esforçou por desencadear uma imprudente greve, sem reunir o mínimo de condições objetivas, a pouco mais de 1 mês das eleições e devemos ficarmos sentados para ouvir as justificações que, monocordicamente, debita para os órgãos de comunicação social.   As coincidências são por vezes muito ruidosas, muito ao estilo de Nietzsche, isto é, frequentemente tendem a encobrir acontecimentos silenciosos.   Para deslindar, e para futuro, seria necessário tentar perceber qual o papel de um ‘sindicalista da nouvelle vague’ estribado

Sindicalismo e luta partidária

Imagem
Parece-me que há no surto grevista recente uma boa dose de oportunismo, irreflexão e motivação partidária, mas isso é opinião subjetiva sem factos que o comprovem. O que surpreende é a quantidade de pessoas de boa fé que apoiam todas as greves, sejam quais forem as reivindicações, a capacidade de serem satisfeitas, as desigualdades sociais que agravam e o risco de falência de empresas incapazes de corresponder às exigências. Também na função pública, onde o Governo usa uma geometria variável na resposta às diversas greves, com as mesmas pessoas sempre ao lado dos trabalhadores, indiferentes ao agravamento das injustiças sociais e da disparidade salarial, sem a mínima reflexão sobre a capacidade orçamental, parece que a demagogia revolucionária é uma constante de quem teme ser acoimado de direita ou de inimigo dos trabalhadores, ainda que sejam dos que exigiram ganhar mais do que o presidente da AR e PM os autores da greve. Nada tenho contra os que consideram o PS um partido de di

50 €€ mensais

Se o sindicato dos motoristas de matérias perigosas não chega a acordo com a Antram, como refere o próprio sindicato, já não é uma reivindicação que está em causa, é uma humilhação aos sindicatos que assinaram o acordo com a entidade patronal. O simbolismo com que pretendem marcar a diferença é uma provocação aos que, de boa fé, levaram ao máximo o que julgaram poder exigir, e conseguiram obter. Isto já não é sindicalismo, é guerrilha inconsequente a roçar o terrorismo sindical, numa tentativa de branquear uma derrota que a imprudência e incorreta avaliação de forças permitiu.

Nova LEI de BASES da SAÚDE e a sua relevância político-social.

Imagem
A recente promulgação pelo Presidente da República da nova Lei de Bases da Saúde link cria uma nova situação social e tem um enorme significado político.   Trata-se, no campo social, de um instrumento fundamental para consolidar a prestação de Esquerda (de toda a Esquerda) ao País. Nunca será demais reafirmar que esse instrumento, só por si, não chega para reabilitar o SNS e conseguir, no futuro imediato, recompor uma situação que tem exibido evidentes sinais de degradação.   Mais uma vez, também, não será despiciendo invocar que as atuais dificuldades do serviço público saúde são consequência direta, com efeitos ao retardador, da crise económica e financeira que devastou o País entre 2008 e 2014 e cujos reflexos sociais e operacionais (em termos de resposta) continuarão, por mais algum tempo, a manifestar-se. Cabe aqui a conhecida parábola do cavalo do inglês que remata com a atónita conclusão de que: - “quando o cavalo tinha-se habituado a não comer, morreu!”.   A nov

A greve dos camionistas, o Governo e a democracia

Imagem
Gastamos mais tempo a combater adversários do que a defender correligionários, numa espiral de ataques em que debilitamos as instituições e corroemos o poder dos políticos sem o qual a anarquia se instala e o jogo democrático é pervertido. Os constrangimentos sociais e a cobardia individual promovem o medo de defender os políticos, como se estes fossem mais corruptos do que os outros cidadãos, mais venais, impreparados ou oportunistas. A política, a religião e o futebol são em Portugal os temas que mais excitam a crispação. Qualquer dos temas fomenta quezílias e inimizades. No futebol, a ignorância evita-me o mais escaldante. Quanto às religiões, considerando-as criações humanas, sem razão para as prezar, desgosto equitativamente todos os crentes. É, pois, na política que suscito mais estima, raiva, simpatia ou repúdio, com expressões tão pitorescas como mandarem-me para a União Soviética, Cuba e Coreia do Norte ou tratarem-me por comissário político do PS, BE ou PCP, inútil, i

A greve ou a insurreição

Imagem
Se os factos se verificarem a República não pode deixar de responder de forma musculada. Os Tribunais terão de desempenhar o seu papel. Vale a pena ler este artigo do Expresso .

Revisitando os bastidores de uma greve (ainda em curso…)

Imagem
As declarações de Pedro Mota Soares, representando o CDS/PP, sobre eventuais alterações do direito à greve, gravitando sobre obscuros ou imaginários desafios da globalização, fazem soar as campainhas de alarme quanto à pretensão do neoliberalismo, de braço dado com conceções demo-cristãs, em alterar o contexto das liberdades sindicais link .   O direito à greve constitui, por ventura, o mais forte instrumento reivindicativo dos trabalhadores para - num sistema capitalista - regularem o ‘mercado de trabalho’ e conquistarem uma justa compensação retributiva e, ainda, regalias sociais anexas a esse desempenho.   Nem sempre o entendimento sobre as greves – um jargão dos políticos sobre esta forma de luta sindical - foi aceite pacificamente. Nos tempos atuais quando um político aparece em público a declarar solenemente o seu respeito pelo direito à greve, quase sempre acrescenta um ‘mas’. Esse ‘mas’ coloca sistematicamente em confronto dinâmicas económicas versus sociais, valor

Há 83 anos – A Guerra Civil espanhola e o massacre de Badajoz (14-08-1936)

Imagem
Foi um dos crimes mais sinistros cometidos pelos homicidas de Franco no início da sublevação que derrubou a República espanhola. Os historiadores calculam em 4.000 (10% da população da cidade) as vítimas do massacre, sumariamente fuziladas e cuja investigação foi [e ainda é] impedida. Os sediciosos foram protegidos em solo português antes da rendição. Depois, a GNR prendeu as vítimas que se refugiaram do lado de cá da fronteira e, por ordem de Salazar, entregou-as para serem fuziladas. É esta cumplicidade ibérica com o fascismo que hoje se procura esconder e, sobretudo, esquecer. Enquanto em Madrid o PP faz acordos com o VOX para conquistar o poder e preservar a memória do genocida Franco, os democratas portugueses mantêm-se solidários com a Espanha que ainda sangra.

A melga

Imagem
A melga atormenta quem acredita no divino e quem não crê. 

Violência doméstica

Imagem
Um deles bateu na mulher  A infeliz teve de ir para uma casa de acolhimento, mas ninguém mais se interessou pela sorte da vítima. Há profissões acima da lei e pessoas inimputáveis.

Greves, (neo)sindicalismo e circo…

Imagem
A situação que se gerou à volta da greve dos motoristas é relativamente complicada. Para quem está de fora mas segue atentamente o problema – a esmagadora maioria dos portugueses – reina a sensação que a ação de protesto decretada (legítima, sublinhe-se) não conseguiu prever com nitidez e rigor todas o tipo de reações que viria a desencadear e, o que será ainda pior, qual o alvo real da contestação. Facilmente, toda esta movimentação sindical foi objeto de uma ampla campanha mediática que, em poucos dias, virou a população contra os motoristas. Ao entregarem a condução da luta a um curioso (vamos ficar por aqui…) estranho ao sector, isto é, ao advogado Pedro Pardal Henriques, perderam o contacto com a realidade laboral e desencadearam um processo reivindicativo que, partindo de posições justas (é importante reconhecer), rapidamente se transformou numa situação profissionalmente deslocada (à volta de uma cascata de reivindicações irrealistas), socialmente desajustada, acabando

Silly season

Imagem
Em nome da laicidade deve proibir-se a ostentação de símbolos religiosos excessivos, quer seja o burkini ou o cruzkini.

A greve dos camionistas, o Governo e o PS

Imagem
Faltou ao camionista Pardal Henriques, um advogado sem carta de pesados nem tradições sindicais, a envergadura das asas para os voos da sua ambição, apesar de ter chegado a vice-presidente do sindicato que o alugou e o vai despedir. Enganou trabalhadores, que tinham razões justas, e quis enganar o país, que também tem as suas razões. Quando ontem anunciou que vivia em ditadura, ele que tem mais audiência na RTP do que qualquer ministro, mais microfones para debitar ameaças do que o Governo para se  defender, mais tempo para dizer asneiras do que os governantes para protegerem o País, não pôs os portugueses a rir com a ditadura que inventou porque é livre a asneira e não surpreende o dislate. Quando o camionista honorário disse que sentia vergonha de ser português, não pensou que era mais fácil os portugueses terem vergonha dele, se acaso estranhassem políticos exóticos e sindicalistas de aviário ou em comissão partidária. O ainda vice-presidente do SNMMP enredou-se numa luta d