Quo vadis, Europa?
A democracia liberal, não confundir com o neoliberalismo, é uma instituição recente e pouco apreciada. Só existe depois da Revolução Francesa, com avanços e recuos.
O respeito pelas minorias e a dependência do normativo constitucional deixa em aberto as fraquezas que os adversários exploram. Enganam-se os que pensam que a democracia é eterna e os que lhe atribuem demasiado valor quando esvaziada das suas componentes, económica, social e política.
Em Portugal e em toda a Europa nunca esteve tão frágil após a queda das duas ditaduras ibéricas. Num mundo cada vez mais globalizado renascem nacionalismos de base étnica ou religiosa, num retrocesso civilizacional onde surgem regimes autocráticos e ditaduras violentas. A chegada de Trump, Bolsonaro e Duterte ao poder mostra como é acessível a políticos exóticos e marginais a legitimação democrática por escrutínio eleitoral.
Falar da Rússia, onde nunca existiu uma democracia, ou da China onde uma ditadura se perpetua com o poder pessoal absoluto, é acrescentar às obscuras teocracias do Médio Oriente, duas grandes potências, com a novidade de a China ser uma ditadura violenta e próspera, onde o crescimento económico e a evolução científica granjeiam o apoio da população.
A Coreia do Norte, o Egito e a Turquia são o que são e os maus exemplos já chegaram à Europa onde a mais sólida e antiga democracia – o Reino Unido –, se encaminha para o abismo, enquanto na Hungria, Polónia e Itália se consolidam regimes protofascistas, que as urnas sufragaram, e na França, Alemanha e Áustria a extrema-direita explode.
São cada vez maiores as pulsões autoritárias e cada vez mais débeis as forças que as combatem e, por ingenuidade, julgávamos que não regressavam à Europa.
O respeito pelas minorias e a dependência do normativo constitucional deixa em aberto as fraquezas que os adversários exploram. Enganam-se os que pensam que a democracia é eterna e os que lhe atribuem demasiado valor quando esvaziada das suas componentes, económica, social e política.
Em Portugal e em toda a Europa nunca esteve tão frágil após a queda das duas ditaduras ibéricas. Num mundo cada vez mais globalizado renascem nacionalismos de base étnica ou religiosa, num retrocesso civilizacional onde surgem regimes autocráticos e ditaduras violentas. A chegada de Trump, Bolsonaro e Duterte ao poder mostra como é acessível a políticos exóticos e marginais a legitimação democrática por escrutínio eleitoral.
Falar da Rússia, onde nunca existiu uma democracia, ou da China onde uma ditadura se perpetua com o poder pessoal absoluto, é acrescentar às obscuras teocracias do Médio Oriente, duas grandes potências, com a novidade de a China ser uma ditadura violenta e próspera, onde o crescimento económico e a evolução científica granjeiam o apoio da população.
A Coreia do Norte, o Egito e a Turquia são o que são e os maus exemplos já chegaram à Europa onde a mais sólida e antiga democracia – o Reino Unido –, se encaminha para o abismo, enquanto na Hungria, Polónia e Itália se consolidam regimes protofascistas, que as urnas sufragaram, e na França, Alemanha e Áustria a extrema-direita explode.
São cada vez maiores as pulsões autoritárias e cada vez mais débeis as forças que as combatem e, por ingenuidade, julgávamos que não regressavam à Europa.
Ponte Europa / Sorumbático
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