Independentes, hipócritas e dissimulados
A herança salazarista deixou um rasto de animosidade contra a política e os políticos, de que se aproveitam os populistas e reacionários de vários matizes. Aliás, quando alguém diz que não é de esquerda nem de direita, já se sabe o que é e o que oculta.
Os independentes são uma casta desses híbridos disfarçados de equidistantes, cúmplices do oportunismo que procura minar a democracia e favorecer o regresso ao fascismo e a valores bolorentos que durante quatro décadas julgámos erradicados em Portugal.
Os independentes atacam de mansinho, chamam regime autoritário à ditadura, heróis do ultramar às vítimas da guerra colonial e defesa da Pátria à ocupação de países africanos, omitindo a tragédia da opressão, perseguições, miséria, analfabetismo e emigração.
Quem sofreu a guerra colonial e conheceu a repressão salazarista, não pode deixar de se assustar com a repetição do quadro ideológico que levou Hitler, Mussolini, Tiso, Franco e Salazar ao poder e as consequências trágicas e devastadoras da última guerra mundial.
É aterrador assistir ao regozijo de extremistas de direita com novos partidos nebulosos e movimentos inorgânicos nascidos na opacidade de redes sociais e nas alfurjas fascistas que julgávamos neutralizadas.
A maioria silenciosa acorda ao toque de clarim de novos demagogos que recuperam as velhas ideologias e apelam a emoções tribais para novas e trágicas aventuras.
Na Polónia já se homenageiam os cúmplices do nazismo, e proíbem-se referências aos crimes antissemitas; na Hungria o fascismo católico chegou ao poder sufragado em eleições livres; a Alemanha, único país que criminalizou o negacionismo genocida, viu nascer e vê crescer um partido antissemita e neonazi; a França rende-se à extrema-direita; a Itália vibra com Salvini; o RU fragiliza a UE e desagrega-se sob a égide de um demagogo extremista; a Espanha assiste à radicalização da direita e à aceitação do partido fascista VOX. Enfim, volvidos 74 anos, esqueceram-se dezenas de milhões de mortos e as origens da guerra que dilacerou o mundo.
Movimentos dissimulados nos objetivos, sindicatos que combatem os partidos políticos que serviam de referência e a quem devem a existência, demagogos e fascistas dão-se as mãos numa manobra orquestrada contra a democracia e o Estado de Direito.
Não desistirei de denunciar o que me parece ser uma conjura, onde Putin e Trump estão apostados a destruir a União Europeia e criar focos de tensão que a neutralizem na disputa geoestratégica onde EUA, China e Rússia são atores principais.
Voltarei ao assunto, nomeadamente à preparação em curso de uma central de sindicatos ‘independentes’, destinada a destruir as organizações sindicais com um aventureirismo de contornos anarquistas e política de terra queimada. Não é uma nova confederação que nasce é uma velha receita que usa os trabalhadores contra si próprios e as instituições democráticas.
A infiltração das polícias pela extrema-direita tem no Movimento Zero, com elementos da GNR e da PSP, o seu embrião. O cerco à democracia aperta-se.
Os independentes são uma casta desses híbridos disfarçados de equidistantes, cúmplices do oportunismo que procura minar a democracia e favorecer o regresso ao fascismo e a valores bolorentos que durante quatro décadas julgámos erradicados em Portugal.
Os independentes atacam de mansinho, chamam regime autoritário à ditadura, heróis do ultramar às vítimas da guerra colonial e defesa da Pátria à ocupação de países africanos, omitindo a tragédia da opressão, perseguições, miséria, analfabetismo e emigração.
Quem sofreu a guerra colonial e conheceu a repressão salazarista, não pode deixar de se assustar com a repetição do quadro ideológico que levou Hitler, Mussolini, Tiso, Franco e Salazar ao poder e as consequências trágicas e devastadoras da última guerra mundial.
É aterrador assistir ao regozijo de extremistas de direita com novos partidos nebulosos e movimentos inorgânicos nascidos na opacidade de redes sociais e nas alfurjas fascistas que julgávamos neutralizadas.
A maioria silenciosa acorda ao toque de clarim de novos demagogos que recuperam as velhas ideologias e apelam a emoções tribais para novas e trágicas aventuras.
Na Polónia já se homenageiam os cúmplices do nazismo, e proíbem-se referências aos crimes antissemitas; na Hungria o fascismo católico chegou ao poder sufragado em eleições livres; a Alemanha, único país que criminalizou o negacionismo genocida, viu nascer e vê crescer um partido antissemita e neonazi; a França rende-se à extrema-direita; a Itália vibra com Salvini; o RU fragiliza a UE e desagrega-se sob a égide de um demagogo extremista; a Espanha assiste à radicalização da direita e à aceitação do partido fascista VOX. Enfim, volvidos 74 anos, esqueceram-se dezenas de milhões de mortos e as origens da guerra que dilacerou o mundo.
Movimentos dissimulados nos objetivos, sindicatos que combatem os partidos políticos que serviam de referência e a quem devem a existência, demagogos e fascistas dão-se as mãos numa manobra orquestrada contra a democracia e o Estado de Direito.
Não desistirei de denunciar o que me parece ser uma conjura, onde Putin e Trump estão apostados a destruir a União Europeia e criar focos de tensão que a neutralizem na disputa geoestratégica onde EUA, China e Rússia são atores principais.
Voltarei ao assunto, nomeadamente à preparação em curso de uma central de sindicatos ‘independentes’, destinada a destruir as organizações sindicais com um aventureirismo de contornos anarquistas e política de terra queimada. Não é uma nova confederação que nasce é uma velha receita que usa os trabalhadores contra si próprios e as instituições democráticas.
A infiltração das polícias pela extrema-direita tem no Movimento Zero, com elementos da GNR e da PSP, o seu embrião. O cerco à democracia aperta-se.
Ponte Europa / Sorumbático
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