Assunção Cristas e a entrevista de ontem à Rádio Observador
Foram tantos e tais os elogios à entrevista da Dr.ª Cristas que resolvi lê-la, agora que a líder do CDS deixou para Nuno Melo o monopólio da desfaçatez e da insolência com que chamava mentiroso ao PM e encontrou em Paulo Rangel o substituto do PSD.
É natural que não tenha pelas declarações da referida política a sedução dos intérpretes que a enaltecem e fazem a apologia de tudo o que vem da direita, por maiores que sejam os dislates e mais utópicas as promessas.
É legítimo manter a ambição de ser primeira-ministra, ainda que a dimensão eleitoral do seu partido o condene a ser a eterna muleta do PSD, tal como se compreende que queira reduzir impostos, aboli-los até, e entregar tudo à iniciativa privada. O que não pode é ser o que reiteradamente chamava na AR ao PM sem que o jornalista a confronte.
Para evitar transcrever a propaganda, desminto apenas duas afirmações que aprendeu no curso apressado de marketing político, onde as mentiras repetidas acabam por parecer verdades.
Querer libertar os portugueses da maior carga fiscal de sempre, que atribui ao Governo do PS viabilizado pelo BE, PCP e PEV, parte de uma falsidade onde esquece a baixa de impostos no IVA da restauração e no IRS, por exemplo, confundindo carga de impostos com receita fiscal, esta devida ao aumento do emprego e à melhoria da economia e das remunerações.
Não se pode exigir mais a quem afirma, certamente sem corar de vergonha, que “Cada eleição é uma eleição: tive 21% nas autárquicas e 6% nas europeias”.
Que a Dr.ª Assunção confunda Lisboa com o País e atribua às eleições autárquicas a sua irrepetível quota na capital (21%) com menos de 4% que o CDS teve no país, revela a confusão que faz entre uma cidade e o País e a desonestidade com que refere números. Nas eleições europeias o CDS não baixou, até aumentou a percentagem de votos das autárquicas para 6%, permitindo ao truculento eurodeputado Nuno Melo a solidão dourada do único mandato do CDS em Bruxelas.
A Dr.ª Cristas não quis responder à pergunta sobre se voltará a candidatar-se à liderança do CDS, com um resultado baixo em outubro. Sabe que o prazo de validade se esgotou.
É natural que não tenha pelas declarações da referida política a sedução dos intérpretes que a enaltecem e fazem a apologia de tudo o que vem da direita, por maiores que sejam os dislates e mais utópicas as promessas.
É legítimo manter a ambição de ser primeira-ministra, ainda que a dimensão eleitoral do seu partido o condene a ser a eterna muleta do PSD, tal como se compreende que queira reduzir impostos, aboli-los até, e entregar tudo à iniciativa privada. O que não pode é ser o que reiteradamente chamava na AR ao PM sem que o jornalista a confronte.
Para evitar transcrever a propaganda, desminto apenas duas afirmações que aprendeu no curso apressado de marketing político, onde as mentiras repetidas acabam por parecer verdades.
Querer libertar os portugueses da maior carga fiscal de sempre, que atribui ao Governo do PS viabilizado pelo BE, PCP e PEV, parte de uma falsidade onde esquece a baixa de impostos no IVA da restauração e no IRS, por exemplo, confundindo carga de impostos com receita fiscal, esta devida ao aumento do emprego e à melhoria da economia e das remunerações.
Não se pode exigir mais a quem afirma, certamente sem corar de vergonha, que “Cada eleição é uma eleição: tive 21% nas autárquicas e 6% nas europeias”.
Que a Dr.ª Assunção confunda Lisboa com o País e atribua às eleições autárquicas a sua irrepetível quota na capital (21%) com menos de 4% que o CDS teve no país, revela a confusão que faz entre uma cidade e o País e a desonestidade com que refere números. Nas eleições europeias o CDS não baixou, até aumentou a percentagem de votos das autárquicas para 6%, permitindo ao truculento eurodeputado Nuno Melo a solidão dourada do único mandato do CDS em Bruxelas.
A Dr.ª Cristas não quis responder à pergunta sobre se voltará a candidatar-se à liderança do CDS, com um resultado baixo em outubro. Sabe que o prazo de validade se esgotou.
Comentários
Nenhum português vai acreditar numa nova versão do CDS como o 'partido dos impostos' depois do que se passou, neste terreno, no Governo Passos Coelho/Paulo Portas.
É habitual que nas campanhas eleitorais haja devaneios, se alimentem ilusões, se prometam mundos e fundos, para arrebanhar incautos.
O que não pode existir é ausência de decoro. E decididamente o CDS parece ter enveredado por um caminho onde a honestidade não entra e o pejo foi mandado às urtigas. Isto é o CDS aparenta ter perdido a vergonha!