Convém não exagerar e acabar por dar razão a Rui Rio que, na fase agónica da greve dos motoristas, apareceu a adivinhar o resultado (e os tramites) um pouco ao estilo futebolístico de 'prognósticos só depois do jogo'.
O motorista que escreveu o mail não cometeu qualquer crime (de insurreição ou outro) e tão-somente usou da sua liberdade de expressão.
Mais, o seu mail não passa da enunciação de um 'facto político', coisa que o seu compincha de uma fortuita viagem - nos tempos de comentador - usava e abusava.
Todavia, este mail revela outras coisas. A mais evidente é que a resposta musculada do Governo (serviços mínimos extensos e requisição civil precoce) surpreendeu da direcção sindical da jornada de luta. O novel sindicalista Pedro Pardal Henriques já deve ter compreendido que não faz greves quem quer mas quem pode e sabe.
E outra coisa. Para uma greve não se transformar numa espécie de haraquíri sindical tem de existir capacidade para avaliar, a par e passo, a correlação de forças no terreno... e não temos visto isso!
48 DIAS Faltam 48 dias para as eleições legislativas. E durante estes 48 dias, vamos ter a extrema direita a tentar mudar o sentido de voto. Deitar fogo ao país, não resultou. A greve dos motoristas está a dar as últimas. Não há semana em que não inventem uma merdice qualquer para virar as pessoas. E vêm as sondagens e o povo continua sereno, com a direita a sumir-se e a esquerda em alta. E temos agora uma nova ameaça: a extrema direita infiltrada nas policias criou um movimento clandestino para derrubar o governo. Esse movimento clandestino chama-se Movimento Zero e teve o seu lançamento no telejornal da RTP do Zé Rodrigues dos Santos. A RTP do Zé Rodrigues dos Santos é paga por todos nós. Não pertence ao Zé Rodrigues dos Santos, mas até parece que é dele. E amanhã, na SIC e na TVI, na RTP 3, na TVI 24, na CMTV - vamos ter propaganda ao Movimento Zero. Ou o governo e a PGR agem em defesa do Estado de Direito, ou teremos aqui uma grande bernarda. Teremos uma minoria em perda a tentar dominar a maioria que não está ao lado deles e que mês após mês tem demonstrado que não quer ver a direita a governar(-se). Mas os abutres não desistem.
A cerimónia, que contou com mais de 250 juízes, foi presidida pelo “chefe” [sic] do Supremo Tribunal de Justiça – diz o DN. Comentários: – Se os juízes não aprenderem a respeitar o poder legislativo e o poder executivo, sem ameaças, arriscam-se a perder o respeito que lhes é devido; – Os juízes podem acusar o Governo de agir como no Estado Novo (eufemismo que designa a ditadura fascista), apenas os que têm mais vocação sindicalista, mas hoje não se podem queixar de passar pela humilhação de integrarem Tribunais Plenários para os quais nunca faltaram candidatos. Fonte : DN, hoje – pg. 14
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O motorista que escreveu o mail não cometeu qualquer crime (de insurreição ou outro) e tão-somente usou da sua liberdade de expressão.
Mais, o seu mail não passa da enunciação de um 'facto político', coisa que o seu compincha de uma fortuita viagem - nos tempos de comentador - usava e abusava.
Todavia, este mail revela outras coisas.
A mais evidente é que a resposta musculada do Governo (serviços mínimos extensos e requisição civil precoce) surpreendeu da direcção sindical da jornada de luta. O novel sindicalista Pedro Pardal Henriques já deve ter compreendido que não faz greves quem quer mas quem pode e sabe.
E outra coisa. Para uma greve não se transformar numa espécie de haraquíri sindical tem de existir capacidade para avaliar, a par e passo, a correlação de forças no terreno... e não temos visto isso!
Raramente tenho NET.
Abraço, e-pá.
Faltam 48 dias para as eleições legislativas.
E durante estes 48 dias, vamos ter a extrema direita a tentar mudar o sentido de voto.
Deitar fogo ao país, não resultou.
A greve dos motoristas está a dar as últimas.
Não há semana em que não inventem uma merdice qualquer para virar as pessoas.
E vêm as sondagens e o povo continua sereno, com a direita a sumir-se e a esquerda em alta.
E temos agora uma nova ameaça: a extrema direita infiltrada nas policias criou um movimento clandestino para derrubar o governo.
Esse movimento clandestino chama-se Movimento Zero e teve o seu lançamento no telejornal da RTP do Zé Rodrigues dos Santos.
A RTP do Zé Rodrigues dos Santos é paga por todos nós.
Não pertence ao Zé Rodrigues dos Santos, mas até parece que é dele.
E amanhã, na SIC e na TVI, na RTP 3, na TVI 24, na CMTV - vamos ter propaganda ao Movimento Zero.
Ou o governo e a PGR agem em defesa do Estado de Direito, ou teremos aqui uma grande bernarda.
Teremos uma minoria em perda a tentar dominar a maioria que não está ao lado deles e que mês após mês tem demonstrado que não quer ver a direita a governar(-se).
Mas os abutres não desistem.