O terror em Viena de Áustria

 Acontece mais um ataque terrorista com a chancela do fascismo islâmico que, de forma metódica e persistente, vai submetendo pelo terror a Europa das Luzes.

Por mais determinada que seja a vontade dos dirigentes europeus, por maior que seja a vigilância, o terror persistirá enquanto as religiões não forem consideradas como outras associações e sujeitas ao mesmo tratamento policial e penal.

Nas democracias é impensável impedir o direito de reunião e livre associação, mas não bastam as piedosas declarações do chanceler austríaco Sebastian Kurz, que classificou os crimes como “ataques terroristas nojentos” e disse que “Nunca seremos intimidados pelo terrorismo e lutaremos contra esses ataques com todos os meios”, que reconduzem à tranquilidade uma sociedade cosmopolita e democrática.

Os assassinos são indivíduos fanatizados nas madraças e mesquitas, envenenados pelos ensinamentos do Corão e motivados na crença de rios de mel doce e dezenas de virgens, como recompensa dos seus desvarios assassinos.

É natural que, desta vez, o inqualificável bispo católico do Porto se remeta ao silêncio e, no regalo do Paço Episcopal, se consagre à oração, uma das raras atividades em que não é nefasto.

Não me conformo com este vírus, a ameaçar, de forma cada vez mais frequente, intensa e duradoura, a paz, a democracia e a civilização.

Comentários

Jaime Santos disse…
Pergunto ao Carlos Esperança, o que sugere que se faça, para além do cumprimento da Lei, que pune o apelo à violência?

Que se proíba o ensino da religião islâmica na Europa, pelo risco que existe de que alguns muçulmanos sejam fanatizados? Olhando para a linguagem de certos evangélicos, diria que estes teriam que ser calados a seguir...

Tipicamente, os indivíduos que cometem estes crimes até não tinham um historial de fervorosos crentes antes do processo de radicalização, tratando-se mais de pequenos criminosos, alienados da sociedade onde nasceram, e que encontram um chamamento no martírio...

É que, com franqueza, não percebo muito bem o que propõe. Mas se se trata de impor limites à liberdade de culto para além dos já referidos, eu seria contra...
Jaime Santos:

Proponho a exigência da laicidade. A França abdicou de a fazer cumprir.

Uma Igreja não pode ser diferente de uma outra associação. Ao Estado cabe, através dos Tribunais, punir, suspender ou proibir uma associação que não cumpra as leis do Estado.
Jaime Santos disse…
Carlos Esperança, estamos de acordo, trata-se do cumprimento da Lei da qual os Estados se têm demitido por não saberem bem como lidar com as minorias muçulmanas.

Faço notar no entanto que se o agressor era muçulmano, dois jovens que ajudaram os transeuntes e transportaram um polícia ferido para a ambulância também o são:

https://www.theguardian.com/world/2020/nov/04/vienna-attack-two-austrians-of-turkish-origin-hailed-for-helping-wounded

Como disse, na luta contra o radicalismo e o terrorismo, não precisamos de andar a criar divisões entre os justos...
Jaime Santos

1 - É perigoso confundir as religiões com os crentes. Tal como no ateísmo há criminosos, ditadores, beneméritos e generosos cidadãos;

2 - O Estado é que não pode (no meu ponto de vista) tratar as religiões de forma diferente de outras associações.

Claro que sublinho a sua afirmação: (...) na luta contra o radicalismo e o terrorismo, não precisamos de andar a criar divisões entre os justos...

Jaime Santos disse…
Não poderia estar mais de acordo. Por isso é que considero que é perigoso assumir que o Islão é por natureza radical. Algumas interpretações são radicais e violentas. A grande maioria dos crentes e dos não-crentes querem é que os deixem em paz.

Quanto à sua afirmação de que o Estado não pode tratar as religiões de modo diferente de outras associações, discordo, como discordaria se se tratassem de Partidos Políticos. As religiões transmitem visões do mundo e são demasiado importantes para os crentes para serem tratadas como uma associação columbófila, por exemplo.

Reconheço, por essa via, que organizações como a Maçonaria também merecem um tratamento especial, não apenas pelos actos beneméritos que promovem, mas sobretudo porque são organizações que promovem uma certa doutrina de pensamento e merecem ser reconhecidas enquanto tal.

O reconhecimento social, Carlos Esperança, é uma das grandes necessidades dos seres humanos. Toda a polémica à volta dos casamentos de pessoas do mesmo sexo, por exemplo, advém daí, do reconhecimento pela sociedade do valor dessas uniões e da sua integração num conceito mais alargado de família. As palavras do Papa constituem nessa medida um avanço profundo.

Uma parte dos conflitos da nossa era têm que ver com isto...

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