Recordar… é aborrecer direita
Sempre considerei que a constituição de políticos arguidos de bagatelas penais era mais uma humilhação para destruir carreiras e, eventualmente Governos, do que uma atitude com consequências penais, para salvaguardar a decência e a ética na política.
Quando o ministro Mário Centeno pediu ao clube em cujo estádio tem camarote, para assistir com um filho a um jogo de futebol da tribuna da presidência, o que sucedeu, a central de intoxicação da direita partiu para o insulto, com a suspeita de que o ministro das Finanças, em troca, favorecesse fiscalmente o presidente do clube e a família deste.
O Ministério Público chegou a investigar o ministro e atual presidente do Eurogrupo do ilícito que o pudor levou a arquivar, e até o inefável PR produziu um comentário infeliz.
A memória é curta, mas quiseram destituir o ministro, enquanto a PGR (com a atual e a anterior titular) ignora os edis do PSD, Marco António, Luís Filipe Meneses, Agostinho Branquinho, Hermínio Loureiro, Virgílio Macedo e Valentim Loureiro, que a Visão n.º 1278 (31/8 a 6/9 de 2017) refere, com provas aparentemente evidentes de faturas falsas, empresas de fachada, contratos públicos viciados, tráfico de influências, negócios simulados, fraudes em subsídios, manipulação de contas e iniciativas fictícias.
Quando a GALP, como era hábito, convidou políticos do que a direita chamava arco do poder, Rocha Andrade, João Vasconcelos e Jorge Costa Oliveira, secretários de Estado, aceitaram o convite para assistirem à final do Euro 2016, em que Portugal era finalista. Não deviam, e fizeram-no. Pediram a exoneração ao primeiro-ministro, antecipando que iam ser constituídos arguidos pelo alegado crime de recebimento indevido de vantagem.
O Governo perdeu três membros e o MP reuniu indícios suficientes da prática de crime no chamado Galpgate. A PGR já confirmou que o MP tomou a decisão “de suspender provisoriamente o processo em relação a alguns dos arguidos”, com multas que variam entre os 600 e os 4500 euros, sendo os valores mais altos aplicados aos ex-titulares de três secretarias de Estado, Rocha Andrade (Assuntos Fiscais), João Vasconcelos (Indústria) e Jorge Costa (Internacionalização). O juiz ainda pode recusar o arquivamento do crime, feito às escâncaras, visto na RTP e noticiado nos jornais.
Nos jornais I, Correio da Manhã e Público, não vi que multa foi aplicada aos ex-líderes parlamentares sociais-democratas Luís Montenegro e Hugo Soares, talvez por serem os homens de mão de Miguel Relvas, Marco António e Passos Coelho, mas também foram convidados para o Euro 2016 e estiveram lá nas mesmas condições dos rferidos.
Perante a aparente displicência com que foram investigados, ou ignorados, os casos dos submarinos, da Tecnoforma ou da permuta da vivenda Mariani pela Gaivota Azul, não se dúvida da igualdade da Justiça para todos, mas das consequências.
Quando o ministro Mário Centeno pediu ao clube em cujo estádio tem camarote, para assistir com um filho a um jogo de futebol da tribuna da presidência, o que sucedeu, a central de intoxicação da direita partiu para o insulto, com a suspeita de que o ministro das Finanças, em troca, favorecesse fiscalmente o presidente do clube e a família deste.
O Ministério Público chegou a investigar o ministro e atual presidente do Eurogrupo do ilícito que o pudor levou a arquivar, e até o inefável PR produziu um comentário infeliz.
A memória é curta, mas quiseram destituir o ministro, enquanto a PGR (com a atual e a anterior titular) ignora os edis do PSD, Marco António, Luís Filipe Meneses, Agostinho Branquinho, Hermínio Loureiro, Virgílio Macedo e Valentim Loureiro, que a Visão n.º 1278 (31/8 a 6/9 de 2017) refere, com provas aparentemente evidentes de faturas falsas, empresas de fachada, contratos públicos viciados, tráfico de influências, negócios simulados, fraudes em subsídios, manipulação de contas e iniciativas fictícias.
Quando a GALP, como era hábito, convidou políticos do que a direita chamava arco do poder, Rocha Andrade, João Vasconcelos e Jorge Costa Oliveira, secretários de Estado, aceitaram o convite para assistirem à final do Euro 2016, em que Portugal era finalista. Não deviam, e fizeram-no. Pediram a exoneração ao primeiro-ministro, antecipando que iam ser constituídos arguidos pelo alegado crime de recebimento indevido de vantagem.
O Governo perdeu três membros e o MP reuniu indícios suficientes da prática de crime no chamado Galpgate. A PGR já confirmou que o MP tomou a decisão “de suspender provisoriamente o processo em relação a alguns dos arguidos”, com multas que variam entre os 600 e os 4500 euros, sendo os valores mais altos aplicados aos ex-titulares de três secretarias de Estado, Rocha Andrade (Assuntos Fiscais), João Vasconcelos (Indústria) e Jorge Costa (Internacionalização). O juiz ainda pode recusar o arquivamento do crime, feito às escâncaras, visto na RTP e noticiado nos jornais.
Nos jornais I, Correio da Manhã e Público, não vi que multa foi aplicada aos ex-líderes parlamentares sociais-democratas Luís Montenegro e Hugo Soares, talvez por serem os homens de mão de Miguel Relvas, Marco António e Passos Coelho, mas também foram convidados para o Euro 2016 e estiveram lá nas mesmas condições dos rferidos.
Perante a aparente displicência com que foram investigados, ou ignorados, os casos dos submarinos, da Tecnoforma ou da permuta da vivenda Mariani pela Gaivota Azul, não se dúvida da igualdade da Justiça para todos, mas das consequências.
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