Notas Soltas – janeiro/2019
Brasil – A posse
de Bolsonaro como PR, através de eleições, foi a legalização do golpe de Estado
contra Dilma, urdido pela traição de Temer e outros políticos corruptos, com a
conivência do sistema judicial. Sérgio Moro, ora ministro, foi essencial no
golpe.
Mário Centeno – Considerado
o melhor ministro das Finanças do ano, na Europa, pela revista The Banker, um
suplemento do Financial Times, é o primeiro oriundo do sul. O esforço inglório
da direita, em minimizar o facto, não desmerece a escolha.
Espanha – A Igreja
recusa o acesso ao Vale dos Caídos para a exumação de Franco, o genocida de que
a Igreja católica foi cúmplice e que continua a inspirar os fascistas que
visitam o túmulo. O clero franquista ainda julga o País um protetorado do
Vaticano.
China – A China
alunou uma sonda no “lado negro” da Lua e tornou-se o primeiro país a aterrar
no lado ‘oculto’ da Lua. É mais fácil o salto de gigante na tecnologia, rumo ao
futuro, do que um pequeno passo em direção à democracia, no presente.
PR – A ida à
posse de Bolsonaro, apesar de ter sido um líder europeu isolado, ou pior, sendo
o outro o PM húngaro, Viktor Orbán, era aceitável, mas a audiência solicitada ao
“irmão Bolsonaro” foi um ato lamentável.
Banif – O banco
da Madeira, UNITA, Fátima e Horácio Roque, e dignitários da RAM, já custou mais
de 3 mil milhões de €€ ao erário público. É surpreendente que sejam à porta
fechada as audiências em que os alegados lesados exigem indemnizações.
Andaluzia– A geringonça entre o PP, Ciudadanos e Vox
é legítima para impedir que o partido mais votado (PSOE) forme governo, mas a
aliança ao partido fascista – VOX –, que exige o fim dos partidos e limita os
direitos da mulher, é indigna e alarmante.
Pedro Sánchez – O
líder do PSOE, ao denominar “as três direitas” (PP/C’s/VOX), de
"voxonaros" da política espanhola, não criou apenas uma palavra demolidora,
resumiu a deriva reacionária que remete para Bolsonaro a atual direita
espanhola.
Parlamento Europeu
– Os líderes dos grupos 'popular' e liberal, que integram o PP e C’s,
respetivamente, no dia da investidura andaluza, evitaram a imprensa, para se
furtarem a declarações sobre a aliança com o partido fascista VOX, que os
envergonha.
VOX – O
financiamento muçulmano ao partido espanhol era estranho, mas a exigência da
suspensão da lei sobre a violência doméstica, para o acordo partidário, fundamenta
o investimento da religião que recusa direitos humanos à mulher.
Brexit – O referendo
oportunista de Cameron trouxe o medo à U. E. e o caos ao Reino Unido. Este país
sabia onde estava, agora não sabe para onde vai, e o Parlamento nega aos eleitores
a possibilidade de reverter a decisão em que foram manipulados.
PSD – Luís
Montenegro tem mais tempo de antena do que Rui Rio, líder do partido, tal como
aconteceu com Francisco Assis em relação a António Costa. Enquanto der jeito à
direita mais à direita, ele e os adversários do líder têm a comunicação social por
conta.
Suécia – A
coligação de social-democratas e verdes formou governo graças à abstenção dos
conservadores que preferiram um governo de esquerda a partilharem o poder com a
extrema-direita, de raízes nazis. Fica o exemplo para a Europa. E para a
esquerda.
Luís Montenegro –
Homem de mão de Passos Coelho, assustado com a possibilidade de ver o PSD
devolvido à matriz original, escolheu mal o momento para reconduzir os fiéis à
AR e ao Parlamento Europeu, desafiando Rui Rio e beneficiando o CDS.
Flávio Bolsonaro
– O filho do PR do Brasil recebeu 22.500 euros, num só mês, em 48 depósitos
iguais, do ex-assessor de Bolsonaro, Fabrício Queiroz. A investigação já foi
suspensa por decisão provisória do juiz Luiz Fux, vice-presidente do Supremo
Tribunal Federal.
PR_2 – A
ingerência nos assuntos internos do partido a que presidiu arriscou o prestígio
de que goza e prestou um mau serviço ao PSD e ao País. Ao receber o adversário
de Rui Rio, agora mero militante de base, deu-lhe uma importância que prejudica
o líder.
Marques Mendes –
O mais mediático comentador televisivo, e de maior ressonância na imprensa
escrita, compromete a reputação pela excessiva parcialidade, clamorosos erros
de previsão e, sobretudo, por ser considerado o moço de recados de Belém.
Polónia – O discurso
do ódio que a extrema direita levou para o poder já fez uma vítima emblemática,
o presidente da câmara de Gdansk, esfaqueado por um fascista enfurecido com o carácter
liberal e tolerante do popular autarca. Foi um assassínio político.
Reino Unido – Depois
de silêncios táticos, o Partido Trabalhista defende uma proposta de alteração
ao plano de Theresa May, que o parlamento possa votar a realização de um
segundo referendo à saída da União Europeia, proposta que May recusa.
António Guterres –
O S-G da ONU, com imensa sabedoria, teme que a luta contra as alterações
climáticas esteja a ser perdida, e é cada vez mais evidente ser insustentável o
modelo económico que explora os recursos do Planeta e ignora a sua finitude.
Bolsonaro – O PR
brasileiro defendeu durante 3 décadas, no Parlamento, que a melhor forma de
combater a criminalidade era esterilizar os pobres, agora decidiu que a solução
é liberalizar o uso de armas, num país onde já se matam a tiro 64 mil pessoas
por ano.
Bairro da Jamaica
– A pobreza e exclusão incitam à violência e repressão. Urge evitar as causas e
eventuais abusos policiais. A Dr.ª Cristas, na AR, exibiu falta de tato, talvez
ainda contaminada pela supremacia branca, usuais no lugar e no tempo em que
nasceu.
Ponte Europa / Sorumbático
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