O lento regresso ao passado
A Festa do Avante que hoje termina, o maior evento cultural promovido por um partido português, tem a cobertura mínima que os média podem dispensar à festa com que o PCP inicia o ano político. Não há melhor forma de destruir um partido do que ignorá-lo.
Hoje, assistimos a um discurso monótono do líder do PSD em
direto, para jovens cujo entusiasmo não ultrapassou o de um velório, com as
grandes propostas sobre a redução de impostos com que espera resolver os
problemas sociais dos mais desfavorecidos.
Não logrando o líder do PSD entusiasmar quem o projete para
a vitória que assegure a alternância, seguiam-se os comícios do PR com grosseira
interferência em assuntos do Governo.
Parece que o PSD desistiu de ser alternativa partidária e se
reduz à vuvuzela de Marcelo para atirar com o Governo de António Costa sem
cuidar de quem lhe sucederá.
É esta política de terra queimada que o filho de um ministro
da ditadura se encarrega de fomentar numa obsessiva presença no palco mediático
onde destrói os líderes do PSD e a democracia.
Depois do regresso da Ucrânia onde insistiu pateticamente na
imposição de uma venera a quem lha recusou, inventando uma cerimónia privada, M.
– O PR não mais desistiu de fingir que é ele que comanda a política interna e externa.
E assim, sem mediação da comunicação social, se impede o
jogo democrático que gere alternativas e preserve a democracia.
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